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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA HCFMUSP
Programa de Especialização de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia
Bruna Alves da Silva de Oliveira
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
São Paulo
2019
DEFINIÇÃO: displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é um termo que denota uma anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação anatômica ou na organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular ou em ambos. Esta é caracterizada pelo acetábulo imaturo com a cavidade rasa que pode acarretar a subluxação ou a luxação da cabeça femoral.
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA: Aproximadamente 1/1.000 recém-nascidos poderá nascer com o quadril luxado e cerca de 10/1.000 com o quadril subluxado (instável), o quadril esquerdo é o mais afetado (60%) e o quadril direito é o menos afetado (20%) nas situações de unilateralidade, sendo a bilateralidade menos frequente (20%). Os fatores de risco incluem: sexo feminino, raça branca, primiparidade, mãe jovem, apresentação pélvica ao nascimento, história familiar, oligohidrâmnio, recém-nascido com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou na coluna vertebral.
QUADRO CLÍNICO: No recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani, de Barlow e Galeazzi:
Sinal de Ortolani é um teste de redução do quadril, ou seja, quando um recém-nascido com a articulação coxofemoral luxada é examinado, a cabeça femoral é reduzida no acetábulo com a manobra, assim sendo demonstrada a luxação. A manobra é realizada com a criança em decúbito dorsal com os quadris e os joelhos em posição de flexão de 90°, com as coxas em adução e com rotação interna leve.
O sinal de Barlow é uma manobra provocativa da luxação de um quadril instável que determinará o potencial para a luxação do quadril examinado. Neste a coxa do paciente é mantida em ângulo reto com o tronco, em posição de adução; a força será exercida pelo joelho da criança em direção vertical ao quadril, em um esforço para deslocar a cabeça femoral do interior do acetábulo. O examinador procura um sinal de “pistonagem” no quadril em exame, que poderá ou não ser acompanhado por “ressalto”.
O sinal de Galeazzi é realizado com a criança deitada e com os joelhos fletidos, eles não estarão na mesma altura, denotando já a diferença de comprimento entre os membros inferiores. Evidentemente este sinal será mais claro nos casos unilaterais e nos casos tardios.
 Sinal de Galeazzi
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Radiografia convencional tem um valor limitado na confirmação diagnóstica da DDQ nos recém-nascidos, pois as epífises femorais proximais (cabeças dos fêmures) não estão ossificadas até os quatro a seis meses de vida.
A tomografia axial computadorizada (TAC) no estudo da DDQ tem o poder de resolução e à possibilidade de realizar os cortes transversais, permitindo a observação da interposição do tendão do músculo iliopsoas e da hipertrofia do pulvinar, mesmo sem a contrastação da cápsula e do interior da cavidade articular é possível evidenciar as subluxações femorais e a medida do ângulo de anteversão acetabular. Este exame poderá ser realizado mesmo com a criança usando aparelho gessado e será útil, portanto, para informar a exata posição de redução.
TRATAMENTO MÉDICO:
Tratamento do recém-nascido até aos três meses de vida: O tratamento é baseado no conceito de que, mantendo-se o posicionamento do quadril reduzido em flexão e em leve abdução, ocorrerá o estímulo necessário para o desenvolvimento normal da articulação. Inúmeros aparelhos ortopédicos estão disponíveis nos dias de hoje para cumprir o objetivo do tratamento inicial, atualmente a órtese mais comumente usada é o suspensório de Pavlik.
Tratamento dos três meses de vida até a idade da marcha: Redução incruenta (fechada) e a imobilização em aparelho gessado pelvipodálico. No ato operatório poderá ser necessária a tenotomia percutânea dos músculos adutores do quadril.
Tratamento após a idade da marcha: Esta necessidade não deveria existir, pois o ideal é que o diagnóstico seja efetuado bem antes desta faixa etária; entretanto, em algumas crianças, pode ocorrer a falha tanto do diagnóstico como do tratamento precoce. Nesta faixa etária teremos de considerar o encurtamento femoral (ósseo) para permitir a redução articular como, também, as operações com osteotomias complementares na região acetabular (osteotomias tipos Salter, Dega e outras). O limite de idade para indicação das tentativas de redução do quadril será até os quatro ou cinco anos de vida da criança. Após esta idade, as denominadas operações “de salvamento” da articulação são utilizadas, incluindo as osteotomias pélvicas mais elaboradas e difíceis (tipos Steel, de Chiari, poligonal pélvica e outras) ou pensaremos nas artroplastias totais do quadril.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Objetivo:
Ganhar ADM ativa de quadris, joelho e tornozelos;
Manter força muscular ativa;
Evitar aderências cicatriciais;
Prevenir encurtamentos musculares;
Evitar/Prevenir atrasos no desenvolvimento motor do bebê;
Orientar pais e responsáveis referente as AVD’s e pós operatório.
Condutas:
Mobilização articular das articulações com o uso de gesso e após o uso de gesso;
Fortalecimento muscular de MMII e MMSS;
Mobilização cicatricial em casos cirúrgicos;
Alongamento muscular de adutor, quadríceps e isquiostibiais após o uso de gesso;
Estimular o desenvolvimento motor com o uso de gesso e após o uso de gesso;
Orientar os pais quanto à estimulação do bebe, higiene da criança e AVD’s.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Guarniero, Roberto. Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização. Rev Bras Ortop. 2010;45(2):116-21
Guarniero, Roberto. Congenital dislocation of the hip. Epidemiology. Mapfre Med. 1992;3(Suppl 2):11-3.
. Guarniero R, Peixinho M, Montenegro NB. Avaliação do uso de um modelo de ensino e treinamento para o diagnóstico precoce da luxação congênita do quadril. Rev Bras Ortop. 1988;23(5):133-5.
Seringe R, Bonnet JC, Katti E. [Pathogeny and natural history of congenital dislocation of the hip] Rev Chir Orthop Reparatrice Appar Mot 1990;76(6):391–402.

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