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5 EFEITO DOS PSICOTRÓPICOS SOBRE A ATIVIDADE MOTORA EM Mus musculus

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA 
CURSO: FARMÁCIA 
DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA 
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA
EFEITO DOS PSICOTRÓPICOS SOBRE A ATIVIDADE MOTORA EM Mus musculus
JOSÉ ARIMATÉA DE OLIVEIRA NERY NETO
(20169002450)
TERESINA – PI
SETEMBRO, 2018
INTRODUÇÃO
 “Psicotrópico é a substância química que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a função cerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência. Tais alterações subjetivas da consciência e do humor podem, contudo, ser interpretadas como fonte de prazer (p. ex. a euforia) ou vantagem (p. ex. o aumento da atenção), razão pela qual se observam abusos dessas substâncias. O uso recorrente de alguma delas pode levar à dependência física ou psicológica, promovendo um ciclo progressivamente mais difícil de ser interrompido” (GOLAN, 2009). Segundo BRUNTON (2012) e colaboradores “os fármacos com ações no sistema nervoso central (SNC) tem valor terapêutico inestimável. Eles podem aliviar a dor, reduzir a febre, abolir movimentos desordenados, induzir sono ou excitação, diminuir o apetite e aliviar a ânsia de vômitos. Assim, os agentes que atuam seletivamente podem ser usados para tratar ansiedade, depressão, mania ou esquizofrenia e exercem efeitos sem alterar a consciência.” 
 O presente experimento objetivou avaliar os efeitos psicotrópicos das substâncias anfepramona (5 mg/Kg), haloperidol (2,5mg/Kg), através da avaliação da atividade motora espontânea utilizando o instrumento de sistema em campo aberto (Open Field), tendo como controle, a utilização de solução fisiológica (0,1mL/10g) para a comparação dos resultados.
MATERIAIS E MÉTODOS
 Inicialmente pesou–se três camundongos Mus musculus para determinar o volume da substância a ser administrado por via intraperitoneal, os mesmos foram identificados com marcas na cabeça (Anfepramona, 1 mg/ml), dorso (Haloperidol, 0,5 mg/ml) e na cauda (Soro fisiológico 0,9%). Para a avaliação da atividade motora os animais foram postos no centro de um campo aberto (Open Field), uma área de dimensões de 45 x 45 x 25 cm, subdividida em nove quadrados menores, verificando-se quantos quadrados cada indivíduo invadiria no tempo de 5 minutos. Então, observou-se o número de quadrados invadidos (invasão indica a posição das quatro patas do animal no quadradinho), o número de groomings (auto limpeza) e rearing (exploração vertical) durante 5 minutos. Após a injeção foi observado os parâmetros novamente durante 5 minutos, esperou – se 10 minutos, e repetiu – se da mesma maneira por mais três vezes. Os resultados foram tabulados em tabela e em gráfico, relacionando o número de invasões em função dos respectivos intervalos de tempo. 
RESULTADOS
TABELA 1.0 – REGISTRO DO NÚMERO REARING (EXPLORAÇÃO VERTICAL) OBSERVADOS EM Mus musculus APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA (5,0 mg/Kg), HALOPERIDOL (2,5 mg/Kg) OU SOLUÇÃO FISIOLÓGICA (0,1 mL/10 g), AO LONGO DO TEMPO DE OBSERVAÇÃO EM CAMPO ABERTO (OPEN FIELD). TERESINA – PI, 2018.2.
	
Tempo (min) 
	Substância
 Anfepramona Haloperidol Solução fisiológica
	0 – 5
15 – 20
30 – 35
45 - 50
	17 13 15
17 8 11
13 3 11
 10 0 7
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Estudantes de Farmácia, 2018.2
TABELA 2.0 – REGISTRO DO NÚMERO GROOMING (AUTO LIMPEZA) OBSERVADOS EM Mus musculus APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA (5,0 mg/Kg), HALOPERIDOL (2,5 mg/Kg) OU SOLUÇÃO FISIOLÓGICA (0,1 mL/10 g), AO LONGO DO TEMPO DE OBSERVAÇÃO EM CAMPO ABERTO (OPEN FIELD). TERESINA – PI, 2018.2.
	
Tempo (min) 
	Substância
 Anfepramona Haloperidol Solução fisiológica
	0 – 5
15 – 20
30 – 35
45 - 50
	3 2 3
5 1 2
 4 0 2
 3 0 1
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Estudantes de Farmácia, 2018.2
GRÁFICO 1.0 – REGISTRO DA VARIAÇÃO NO NÚMERO DE INVASÕES OBSERVADAS EM Mus musculus APÓS ADMINISTRAÇÃO DE ANFEPRAMONA (5,0 mg/Kg), HALOPERIDOL (2,5 mg/Kg) OU SOLUÇÃO FISIOLÓGICA (0,1 mL/10 g), AO LONGO DO TEMPO DE OBSERVAÇÃO EM CAMPO ABERTO (OPEN FIELD). TERESINA-PI, 2018.2.
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Estudantes de Farmácia, 2018.2
DISCUSSÃO
“Os agentes antipsicóticos têm a capacidade de reduzir os sintomas psicóticos em uma variedade de condições, inclusive esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão psicótica, psicoses senis, várias psicoses orgânicas e psicoses induzidas por substâncias. Além disso, são capazes de melhorar o humor e de reduzir a ansiedade e os distúrbios do sono, porém não constituem o tratamento de escolha quando esses sintomas representam o transtorno primário em pacientes não psicóticos” (KATZUNG; TREVOR, 2017).
“Acredita-se que seja o antagonismo dos receptores D2 na via mesolímbica que alivia os sintomas positivos da esquizofrenia. Infelizmente, os fármacos antipsicóticos sistemicamente administrados não distinguem entre os receptores D2 em regiões cerebrais distintas e, receptores D2 em outras vias cerebrais também serão bloqueados. Deste modo, os fármacos antipsicóticos produzem efeitos motores adversos (bloqueio dos receptores D2 na via nigroestriada), aumentam a produção de prolactina (bloqueio dos receptores D2 na via tuberoinfundibular), reduzem o prazer (bloqueio dos receptores D2 no componente de recompensa na via mesolímbica) e talvez até piorem os sintomas negativos da esquizofrenia (bloqueio dos receptores D2 no córtex pré-frontal, embora estes estejam apenas expressos em uma densidade pequena – os receptores D1 estando em uma maior abundância). Enquanto todos os fármacos antipsicóticos bloqueiam os receptores D2 e devem, portanto, em teoria, induzir todos esses efeitos adversos, alguns têm atividade farmacológica adicional (p. ex., antagonismo do receptor mACh e antagonismo do receptor 5-HT2A) que, em graus variados, melhoram os efeitos adversos” (RANG et al., 2016).
“A maioria dos fármacos antipsicóticos produz efeitos subjetivos desagradáveis em indivíduos não psicóticos. Os efeitos leves a graves, inclusive acatisia, sonolência, inquietação e efeitos autônomos, diferem daqueles associados a sedativos ou hipnóticos mais familiares. Indivíduos sem doença psiquiátrica aos quais se administram fármacos antipsicóticos, mesmo em baixas doses, apresentam prejuízo do desempenho, com base em vários testes psicomotores e psicométricos” (KATZUNG; TREVOR, 2017). Os efeitos observados no camundongo administrado com haloperidol condiz com as informações mostradas acima, principalmente em relação a catalepsia, pois quando foi colocado na caixa de campo aberto ele avançou em um menor número de quadrados e permaneceu imóvel durante o resto do tempo. 
 Katzung e Trevor (2017) citam que o haloperidol, uma butirofenona, é o fármaco antipsicótico típico mais usado. As butirofenonas e congêneres tendem a ser mais potentes e a ter menos efeitos autônomos, porém apresentam maiores efeitos extrapiramidais do que as fenotiazinas, o que explica o comportamento das cobaias observado na TABELA 1.0. e TABELA 2.0, em que há menor atividade motora nos camundongos em que se administrou haloperidol. As tabelas revelam a ordem de potência dos fármacos testados em diminuir a atividade motora (redução da exploração vertical) do animal, na ordem Haloperidol > Anfepramona > Soluçãofisiológica. A solução fisiológica foi utilizada como controle,,pois não tem atuação sobre o Sistema Nervoso Central (SNC).
 “As anfetaminas atuam na liberação de monoaminas, sobretudo dopamina e norepinefrina, nas terminações nervosas cerebrais. Isso acontece de várias formas. Anfetaminas são substratos para os transportadores de captura de aminas da membrana plasmática neuronal DAT e NET, mas não SERT e, assim, atuam como inibidores competitivos, reduzindo a recaptura da dopamina e norepinefrina. Em animais, a administração prolongada resulta na degeneração dos terminai nervosos que contêm monoaminas e, eventualmente, morte celular. Esse efeito se observa com doses tóxicas e, provavelmente, resulta da acumulação de metabólitos reativos dentro dos terminais nervosos” (RANG et al., 2016).
 Rang et al. (2016) informa que os principais efeitos centrais dos fármacos semelhantes às anfetaminas são estimulação locomotora, euforia e excitação, insônia, aumento da resistência, anorexia e efeitos psicológicos prolongados: sintomas psicóticos, ansiedade, depressão e movimento cognitivo. Já os efeitos adversos das anfetaminas incluem ansiedade, irritabilidade e inquietação, à medida que as reservas energéticas do corpo vão se esgotando. Em doses elevadas, as anfetaminas podem induzir o pânico e a paranoia. “A anfetamina, β-fenilisopropilamina racêmica, possui poderosa ação estimulante sobre o SNC, além das ações periféricas sobre os receptores β e α-adrenérgicos por induzir a liberação de catecolaminas comuns às drogas simpaticomiméticas de ação indireta, ou seja, liberam transmissores em sinapses monoaminérgicas periféricas, no SNC, principalmente, no córtex e na medula” (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2012). De acordo com a GRÁFICO 1.0, é possível observar que após a administração de anfepramona (5,0mg/Kg) o camundongo obteve um maior número de invasões, que foi consideravelmente maior quando comparado ao da administração de solução salina (0,1mL/10g), assim confirmando o efeito já esperado da anfepramona, de potente estimulante. O camundongo na qual foi administrado o antipsicótico, haloperidol apresentou um estado de quietude significativa em grande parte do tempo e sedação. Apresentou-se relaxado com pouca invasão dos quadrados, o que confirma as características observadas pelas referencias do haloperidol.
CONCLUSÃO
 Por meio deste experimento, foi possível comprovar a ação psicotrópica de duas substâncias: anfepramona e haloperidol. O efeito pscicoanaléptico (estimulante do SNC) da anfepramona manifesta-se pela sua capacidade em aumentar a atividade motora, enquanto que o haloperidol constitui agente neuroléptico, em virtude de reduzir esta atividade. Portanto, constata-se que o experimento coincide com a literatura de referência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
GOLAN, D. E. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J.; Farmacologia básica e clínica. 13 ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.
RANG, H. P., et al. Farmacologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

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