Concepção de ensino de Rousseau - Resumo

Didática CONCEPÇÃO DE ENSINO DE ROUSS EAU 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivos ....................................................................................................................................... 2 1. A formaçã o do sujeito ........................................................................................................... 2 1.1. Contexto: século X VIII, o sécul o da luz ......................................................................... 2 1.2. Concepção de cr iança .................................................................................................. 2 1.3. \u201cEmílio ou da Educação\u201d .............................................................................................. 3 Exercícios ...................................................................................................................................... 7 Gabarito ................................................................................................ ........................................ 7 Resumo ................................ ......................................................................................................... 7 2 Introdução Na apostila intitulada \u201c A didática como possi bilidade de resolução de problemas na sala de aula \u201d conhec emos de que forma a didática pode se configurar como uma possibilidade na gestão e mediação de conflitos na sala de aula. Desta vez, iremos apre nder sobre a concepçã o de educação pro posta pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau. Percebendo suas contribuições e infl uências do Iluminismo. Objetivos \u2022 Conhecer a concepção de educação proposta pelo filósofo Rousseau ; \u2022 Descrever os princípios sobre infância e educação presentes na obra \u201cEmílio ou da Educação\u201d. 1. A formação do su jeito 1.1. Contexto: século XVI II, o século da luz Você já ouv iu falar no \u201cséculo da luz\u201d? O \u201cséculo da luz\u201d corresponde ao período histórico denominado Iluminismo , no q ual as linhas de pensamento valorizavam a humanidade, a razão e a ci ência, p or isso os estudiosos o c hamavam assim, pois consideravam que finalmente chegara o momento de sa írem da \u201cescuridão\u201d (atribuída ao excesso de como tudo era explicado a partir da fé), para a \u201cluz\u201d da racionalidade humana . O Iluminismo ocorreu no século XVIII, antes da Re volução France sa. Essa linha de p ensamento se espalhou pel a América e Europa, infl uenciando p rincipalmente a literatura e a educação. Influenciado pelo cont exto do Iluminismo, o f ilósofo suíç o Jean -Jacques Rousseau (1712-1778) dedicou-se a estudar e repensar questões relacionadas à concepção de criança e educação da época. Vamos conhecer seus apontamentos! 1.2. Concepção de c riança Rousseau é um dos pensadores ma is importantes para a educação, su as ideias ainda são consideradas um marco revolucionário em muitos aspectos. De certa forma, suas ideias re volucionaram o contexto educacional e são perceptíveis até hoje! Afinal Rousseau possibilitou uma nova concepção de criança. 3 A quebra d e paradi gma mais e videnciada pelo estudioso está na concepção de infância. A criança passa a ter um lugar soci al em si mesma (Figura 01) , rompendo com a crença até en tão de que se tratava de um adulto em m i niatura e que, portanto, não necessitava de nenhum tipo de atenção ou cuidado especial. 01 Criança Nessa linha de pensamento, a infância passou a ser respeitada, compreendida e valorizada enquanto uma etapa específica da vida humana. Um tempo especial, e m q ue particularidades precisavam ser consideradas. Uma das frases ma is conhecidas do estudioso é \u201ca natureza q uer que as cr ianças sejam crianças antes de serem homens\u201d. Segundo Rousseau, toda a e ducação deveri a seguir o livre desenvolvimento da própria natureza da criança, de sua s inclinações natura is. Por isso mesmo, \u201ca primeira educação, seria purame nte n egativa, já que c onsistiria não em ensinar os princípios da virtude ou da verd ade, mas em proteger o coração contra o vício e o espírito contra o erro\u201d. Dizia que a criança não está pronta para compreender a verdade, mas devia ser preparada para o exercício adequado dos sentidos. 1.3. \u201c E mí lio ou da Educaç ão \u201d A obra \u201cEm í lio ou da Educação\u201d foi escrita por Rousseau no ano de 1762 e representa um marco na história da e ducação ocidental. Nela estão presentes as mais importantes c onsiderações sobre a e ducação, e m destaque à infância, à natureza e às metodologias de ensino. 4 Emílio é o nome d ado a um a pe rsonagem fictícia, o livro e m forma de romance descreve os primeiros anos de vida de Emílio, isolado da civilização, com forte interação com a natureza e protegido das coerções da sociedade. Vale ressaltar que as considerações do estudioso são influen ciadas pela ideia de que e ducação e política são i ndissociáveis. Isso explica o motivo pelo qual, concomitantemente c om a obra \u201c Emí lio ou da Educação\u201d, Rousseau tenha escrito \u201cDo contrato social\u201d (1762). Na concepção de Rousseau, à criança não poderiam ser ofertadas as mesmas condições que a um adulto, portanto, o pilar está na liberdade da infância. A p roposta de educação contida em \u201cEmílio ou d a Ed ucação\u201d caminha para um objetivo bem delimitado: a formação do sujeito livre. Dessa forma, a aprendizagem da criança ocorre no exercício de sua liberdade (Figura 02). 02 Criança brincando É importante esclarecer que para o estudioso a ideia de liberdade não se refere à omissão do cu idado, da proteção necessária à inf ância, ou seja, não faz apologia ao abandono ou a uma \u201cliberdade vazia\u201d. Mas sim, contrapõe a superproteção, a infantilização exacerbada. Existe uma comple xidade na ação ed ucativa, já perc ebida nessa obra, que aponta p ara a ne cessidade da interação entre a criança e a natureza. Ambas deveriam caminhar juntas, de modo org ânico, vi sando não apenas a saúde 5 biológica, mas também a mental, pois n a época a presença das indústrias e a crescente urbanização já modificam o ambiente de modo nega tivo. A partir de Rousseau começou a int ensificar -se a tendência psicológi ca na educação, vendo a e ducação a p artir da criança, da sua n atureza, dos seus i nsti ntos, de suas c apacidades e tendências, em oposição aos padrões e normas impostos pela sociedade daquela época. CURIOSIDADE! Considerando que a essencialidade da relação criança -meio ambiente, Rousseau foi o c riador das escolas conhecidas como \u201cJardim de Infância\u201d, uma junção entre os dois pilares. (Figura 03). 03 Criança em interação com a natureza A fil osofia para a educa ção de Rousseau estava pautada nos ideais de liberdade, solidarieda de e igua ldade. Incluindo a n ecessidade da in teração e c onvívio da criança com o meio ambiente natural. Tais concepções compõem a Proposta Pedagógica de muitas esc olas hoje em dia, c onsideradas \u201cescolas rousseaunianas\u201d. 6 O \u201cmé todo natural\u201d é o nome dado às propostas de Rousseau, que basicamente traz a premissa de que o sujeito te ria uma evolução natural, que não precisaria ser forçada, tampouco pre parada, o q ue era uma forte crí tica a questão de que a função da escola seria de \u201cpreparar para a vida adulta\u201d. No livro \u201cEmílio ou da Educação\u201d, Rousseau dispõe a evolução humana em cinco estágios: \u2022 Lactância: do nascimento aos 2 anos; \u2022 Infância: dos 2 aos 12 anos; \u2022 Adolescência: dos 12 aos 15 anos; \u2022 Mocidade: dos 15 aos 20; \u2022 Início da Idade Adulta: entre os 20 e 25 anos. Partindo dos p ressupostos do \u201cmétodo n atural\u201d, a ed ucação nos estágios da lactância e infância deveria sofrer a me nor intervenção possível do adulto (docente, no caso escolar). Essa é uma das características consideradas controversas, pois Rousseau esc revia a partir do Iluminismo, entretanto considerava que a cria nça até os 12 anos não teria desenvolvid o a razão, por isso precisava construí -la com liberdade, ou seja, que não poderia ser influenciada pela racionalidade adulta. Uma premissa para o \u201cpensar por si mesmo\u201d. A ação de influenciar as crianças com os pensamentos e conclusões adultas, Rousseau chamou d e \u201ce ducação negativa\u201d, já que estaria fundada na vi cissitude do erro. Como uma das estratégias, Rousseau defendia o direito ao brincar, ao brinquedo e ao jogo, como esp aço de construçã o de aprendizagens. Daí parte a maioria dos pr imeiros estudos sobre um termo muito usado n a educação contemporânea: a ludicidade. DICA DE FILME ! Não podemos deixar d e mencionar o mito d o \u201cbom sel vagem\u201d, sob o q ual a teoria de Rousseau, de certo modo, faz uma crítica à civilização, no se ntido d o individualismo, da competição e dos constrangimentos sociais. Para perceber a importância do brincar para o processo de construção de c onhecimento, uma ótima dic a é o documentário \u201cTarja Branca\u201d (2014, direção de Cacau Rhoden). Assista, será uma experiência valiosa! 7 Para o estudioso e ra preciso e ducação para q ue os sujeitos \u201creap rendessem\u201d a buscar a felicidade por vias naturais, valorizando a coletividade. O princípo é possbilitar a felicidade da cri ança enquanto ainda vive se u próprio período: a infância. Exercícios 1) (Autora, 2018). Qual é a principal premissa do \u201cséculo das luzes \u201d /Iluminismo? 2) (Autora, 2018). Os i deais d e Rousseau re presentaram uma quebra de paradigma na educação. Qual deles foi o de maior impacto? 3) (Autora, 2018). Em que consiste a proposta do \u201cJardim de Infância\u201d em Rousseau? Gabarito 1) A p rincipal p remissa do Iluminismo se re fere à ideia d e que finalmente a humanidade sairia de séculos de \u201c escuridão\u201d, guiada pela fé apenas, e entraria na \u201cluz/iluminação\u201d pe lo pe nsamento raci onal e que valorizava os sujeitos como humanos. 2) Rousseau contri buiu muito para com a educação, suas i deias transformaram, sobretudo, a concepç ão de criança, c ompreendendo -a enquanto um ser em mesma, valorizando a in fância como um período específico e especial da vida humana. O que consequentemente, implicou em mudanças no processo educativo. 3) Consiste n a junção de dois pilares da educação se gundo o estudioso: a educação para a liberdade e a interação e convivência em meio ambiente natural. Resumo Nesta apostila aprendemos que o filósofo Rousseau, influenciado p elas ideias iluministas, desenvolveu uma c oncepção própria d e in fância. Valorizando a c riança em seu próprio tempo de vida. O alicerce d os e studos de Rousseau estava n a liberdade e na interação com a natureza. Para ele à criança deveriam ser ofertadas oportunidades de interação com o mei o ambiente natural, além do rompimento c om o paradigma de que ela fosse um adulto em miniatura. Vimos também que n a obra \u201cEmílio ou da Educação\u201d, o filósofo apresenta por meio de um r omance, um processo educativo p autado em seus ideais. Essa obra representa um grande marco na história da educação. 8 Por fim, aprendemos também q ue Rousseau foi o cri ador do \u201cJardim de Infância\u201d, defendo as especificidades d a infância e o direito ao bri ncar c om liberdade. 9 Referências bibliográficas ROUSSEAU, J. J . Emílio ou Da educa ção. São Paulo: Martins Fontes, 1995. PILETTI, Claudino. Filosofia e História da Educação . São Paulo: Ática, 1986. Referências imagéti cas Figura 01. PIXABAY. Dispo nível em ixabay.com/pt/ %C3%A1frica -menino- crian%C3%A7a- felicidade-1854308/>. Acessado em: 22/11/2018 às 07h 10 min. Figura 02 . PIXABAY. Dispo nível em pixabay.com/pt/cria n%C3%A7a -cores-nepal- %C3%ADndia-tradi %C3%A7%C3%A3o- 3194977/ >. Acessado em: 22/11/201 8 às 07h35min. Figura 03 . PIXABAY. Disponível em ps://pixabay .com/pt/flores- crian%C3%A7a -menina- dandelion-2562079/Ac essad o em: 22/11/2018 às 07 h 45 min.

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