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REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR UNIVERSIDADE KATYAVALA BWILA INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO ( TEMA: SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DIDÁCTICA ) NOME: Suzana Mbimbi Ndondi Especialidade: Educação Primária ANO ACADÉMICO: 2º Professora _______________ Carla Bendrau, Ph.D BENGUELA, 2020 Índice INTRODUÇÃO 3 1. Surgimento e desenvolvimento histórico da Didáctica 4 CONCLUSÃO 7 Referência Bibliográfica 8 INTRODUÇÃO A Didáctica, tal como a Pedagogia, no seu conjunto, teve um desenvolvimento histórico cumprindo as tarefas que se formularam á escola em determinadas etapas do desenvolvimento da sociedade. Vista historicamente, a Didáctica desenvolveu-se como a teoria da instrução, como a “Teoria da instrução correcta”. A Didáctica significa arte de ensinar. Acerca desta arte, alguns homens eminentes, tocados de interesses pelos alunos puseram-se a fazer investigações com resultados diferentes. Querendo abraçar a Didáctica Geral vou abordar sobre como surgiu, isto é a partir do século XVII por Coménius e vai surgindo outros teóricos como Herbar, Pestalozzi, Diesterweg que vão desenvolvendo ela até chegar na era moderna com Freire, Haydt. 1. Surgimento e desenvolvimento histórico da Didáctica O desenvolvimento das ciências e o incremento da produção e do comércio proporcionaram um desenvolvimento ininterrupto do ensino, como esfera especial da actividade humana no mundo antigo e nos séculos da Idade Média e gradualmente, permitiram que se criassem as condições para o surgimento d teoria do ensino. Isto ocorreu no século XVII quando Jean Amos Coménius (1592-1670) criou o seu trabalho capital Didáctica Magna ou Tratado Universal de ensinar tudo a todos (1657). A obra revela a importância deste pedagogo, que reside em ter sido o primeiro a proclamar a tarefa de “tudo a todos” e oferece uma exposição detalhada dos princípios e regras no ensino das crianças. 1.2 Importância dada a Didáctica e teorias de grandes didactas João Amós Coménio na sua Didáctica Magna qualifica a Didáctica como “Arte de instruir”. A Didáctica de Coménius foi estruturada baseando-se na ideia da educação em contacto com a natureza (o homem é parte da natureza e por conseguinte se subordina as suas leis universais). Partindo deste critério, Coménius procurou revelar as regularidades que se manifestam no processo de educação e ensino do homem. A tarefa principal da Didáctica segundo Coménius consistia em descobrir a ordem natural das coisas no ensino o qual sempre conduz ao êxito. O objecto desta ciência é o estudo das capacidades dos alunos para o conhecimento e para busca dos métodos de ensino que correspondem as capacidades de conhecimentos que os alunos devem dominar. A importância de Coménius na história da Pedagogia em ter revelado, as fases do ensino: a objectiva (leis do ensino) e a subjectiva (aplicação hábil destas leis); Ele deu início a Teoria do ensino (Didáctica) e da arte de ensinar. Coménius apresentou algumas regras didácticas para ensinar e aprender com facilidade entre quais se destacam: 1. Proceder das coisas gerais para as coisas particulares; 2. Dar exemplos antes de ensinar as regras; 3. E das coisas mais fáceis para as mais difíceis; 4. Se em tudo se proceder lentamente. Jean Jaques Rousseau (1712-1778) criticou o ensino escolar do seu tempo (livresco, divorciado da vida) e desenvolveu uma concepção do ensino baseado nas necessidades do educando e nas suas exigências imediatas, tendo destacado o papel do conhecimento sensorial. Rousseau tal como Coménius considerava que na educação da criança deve-se ter em conta as características própria da idade e a estruturou tendo como centro a natureza infantil. Segundo Rousseau o ensino procede da própria vida da criança e os seus resultados têm uma aplicação directa. “Os verdadeiros mestres são a experiência e os sentimentos”. A limitação de Rousseau consistiu nas suas conclusões extremamente unilateral formulando que a própria criança determina a linha do seu estudo e desenvolvimento. As ideias de Rousseau tiveram ulterior desenvolvimento a aplicação prática nos trabalhos do pedagogo suíço Pestalozzi (1746-1827). A sua Didáctica este indissoluvelmente ligada com Psicologia. O mérito fundamental de Pestalozzi consiste em ter mostrado a necessidade do estudo da Psique da criança com fins didácticos. Pestalozzi considerava o ensino como um meio ou instrumento importante de educação, concedendo para tal grande importância á Psicologia infantil, tendo sublinhado a importância do método intuitivo como meio fundamental para o desenvolvimento das capacidades dos educandos de acordo com a natureza. O objectivo do ensino para ele, radica no desenvolvimento das qualidades humanas (no desenvolvimento harmonioso de todas as forças e capacidades do homem), a criação do amor ao trabalho. Por tudo o que foi apresentado anteriormente, as teorias de Coménios, Rousseau e Pestalozzi sobre ensino, sobressai como ideia fundamental a criação de uma Didáctica baseada no respeito pela personalidade dos educandos, na atenção aos interesses cognitivos destes, na necessidade de atender as particularidades das idades e no realce a método intuitivo. Juan Frederico Herbart (1776-1841) tratou de estruturar um sistema de ensino sobre um base uma base psicológica idealista. Foi o criador de Passos formais: Clareza - o professor apresenta novo conteúdo, Associação - consiste em que o novo conteúdo se relacione com a experiência anterior mediante a explicação do professor, Sistema consiste no estabelecimento de conclusões por parte dos alunos; Modo consiste na aplicação dos conhecimentos adquiridos. No entanto, no processo de desenvolvimento da Didáctica, não podemos negar o contributo das ideias de Herbart, na sua época, para o desenvolvimento da Teoria do Ensino. Diesterweg (1790-1866) expos suas ideias sobre o ensino para o desenvolvimento que fundamentou em trinta e três regras didácticas, enfatizando que o ensino devia partir dos exemplos ás regras, do imediato ao mediato, do simples ao complexo. Ushinski entendia o ensino como “processo de transmissão de conhecimentos e habilidades, por parte do professor, e assimilação desses conhecimentos e habilidades por parte do professor, e assimilação desses conhecimentos e habilidades por parte dos alunos que vai do desconhecido ao conhecido. Assim acabou de dar um excelente contributo delimitando o objecto de estudo da Didáctica. Na visão de Capina (2010, p.18): A Didáctica moderna, constitui um ramo desenvolvido da ciência pedagógica, que se caracteriza por possuir um objecto de estudo específico e um sistema de métodos que lhe correspondem, assim como pelas novas tarefas, extraordinariamente importantes, que devem acometer, dada a impetuosa marcha da revolução técnico-científico e cultural da sociedade. CONCLUSÃO Verdadeiramente a Didáctica é a ciência que ajuda o professor na arte do ensino. Assim coménius foi fundador dela estreando o seu livro de Didáctica Magna, definindo-a como arte de ensinar tudo e a todos. Rousseau vai deliberar que para que haja ensino é necessário que se comece por coisas fáceis do mais simples ao complexo, e Herbart vai deduzir que para ensinar na sala de aula é necessário seguir alguns passos que designou por passos formais, dizendo que são de uso obrigatório, já Dewey vai retratar que o ensino deve proceder-se com amor ao trabalho, aprender a trabalhar, na visão comunista. Referência Bibliográfica Capina G. Louryval (2010) Didáctica Geral, Benguela, ISCED
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