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COP (Conferencia das Partes sobre Mudanças climáticas) A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, também conhecida como UNFCCC (do original em inglês United Nations Framework Convention on Climate Change) ou Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (CQNUAC, em Portugal), é um tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), informalmente conhecida como a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Este tratado foi firmado por quase todos os países do mundo e tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. Esse nível de concentração segura para o clima ainda não é conhecido, mas a maior parte da comunidade científica considera que, se a emissão destes gases continuar crescendo no ritmo atual, trarão danos ao meio ambiente. Protocolo de Kyoto Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento. Diante da efetivação do Protocolo de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012. O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa forma, comprometeram-se a implantar medidas com intuito de diminuir a emissão de gases. As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. Protocolo de Kyoto 2 Cerca de 200 países concordara, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 18), em Doha, no Qatar, em estender a validade do Protocolo de Kyoto. O acordo, assinado em 1997 e que se expiraria no final de 2012, é a única ferramenta que compromete os países industrializados a reduzir os gases de efeito estufa. O alcance do novo acordo, no entanto, é ainda menor do que o Protocolo de Kyoto era. Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia se recusaram a assiná-lo porque queriam que países emergentes como a Índia, a China e o Brasil também tivessem metas a cumprir, o que não é previsto pelo documento. Os Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto. IPCC Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, mais conhecido pelo acrônimo IPCC (da sua denominação em inglês Intergovernmental Panel on Climate Change) é uma organização científico-política criada em 1988 no âmbito das Nações Unidas (ONU) pela iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Tem como objetivo principal sintetizar e divulgar o conhecimento mais avançado sobre as mudanças climáticas que hoje afetam o mundo, especificamente, o aquecimento global, apontando suas causas, efeitos e riscos para a humanidade e o meio ambiente, e sugerindo maneiras de combater os problema. O IPCC não produz pesquisa original, mas reúne e resume o conhecimento produzido por cientistas de alto nível independentes e ligados a organizações e governos. Relatório de mudanças climáticas do IPCC ganha versão em português O relatório, feito pelo painel de pesquisadores reunidos pela ONU, resume a visão científica sobre o fenômeno e suas consequências - inclusive para o Brasil O Relatório trouxe ainda mais certeza sobre a contribuição do homem nas mudanças climáticas que já estão ocorrendo no planeta. Os cientistas concluíram que o homem, com 95% de certeza, está contribuindo com a maior parte do aquecimento global. O relatório também traz um pouco de otimismo, pois considera que ainda é possível manter o aquecimento em até 2ºC (meta estabelecida durante a COP-15 de Copenhague, em 2009) até 2100, mas para isso medidas urgentes e ousadas devem ser tomadas nos próximos anos. O relatório é enfático ao mostrar que as mudanças climáticas já estão ocorrendo, que os extremos climáticos serão mais frequentes e que todo o planeta sofrerá com as consequências, e se nada for feito elas serão catastróficas não só para os países menos resistentes (como pequenas ilhas, por exemplo), mas para toda a população e para toda a economia mundial. Previsões para a América do Sul O Relatório apresenta dados generalistas e pouco específicos de cada país. Porém, podemos ressaltar que o IPCC deixa claro que o Brasil (e toda América do Sul) sofrerá graves impactos, relacionados principalmente com saúde e alimentação, pois novas características climáticas trarão consequências para a produção agrícola desses países. A floresta amazônica pode também sofrer um processo de savanização, o que influenciaria todo o clima no País. As regiões Sul e Sudeste podem ter extremos climáticos mais acentuados, principalmente, chuvas mais intensas podendo ocasionar graves deslizamentos, como os ocorridos no Rio de Janeiro, em 2011. O Brasil possui desde 2009 (a partir da Política Nacional de Mudanças Climáticas) o Painel Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, que lançou em 2015 o seu primeiro relatório com dados sobre os impactos e possíveis medidas de mitigação e adaptação no Brasil, envolvendo o trabalho de 360 especialistas. Cresce o desmatamento na Amazônia Em um ano, o desmatamento na Amazônia aumentou mais de 200%. O número foi calculado pela organização não- governamental Imazon. O instituto de pesquisa Imazon, em Belém, monitora o desmatamento na Amazônia há mais de 20 anos. No levantamento divulgado no primeiro semestre de 2015, foram derrubados 1.700 km² de floresta nativa, entre agosto de 2014 e fevereiro deste ano. A área desmatada é maior que a cidade de São Paulo. Comparando essa derrubada com o período anterior, o desmatamento na Amazônia aumentou 215%. Segundo o Imazon, quase a metade do desmatamento ocorreu em áreas particulares, onde a floresta veio abaixo para a expansão da pecuária, principalmente no Mato Grosso. No Pará, o desmatamento foi provocado em grande parte pela grilagem, que é a invasão de terras públicas. Já em Rondônia, segundo os ambientalistas, as árvores vêm sendo destruídas para dar lugar à agricultura. Do total desmatado nos últimos sete meses, o estado que mais destruiu a floresta foi Mato Grosso (35%), depois Pará (25%) e Rondônia (20%). Os analistas também fazem outro alerta: como os satélites do Imazon só detectam o desmatamento em áreas acima de dez hectares, os números da derrubada da floresta podem ser ainda mais altos.
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