Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Dra Lana Claudinez dos Santos Nutricionista Clínica e Esportiva MSc e PhD em Bioquímica e Imunologia INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS EM NUTRIÇÃO Avaliação nutricional... Avaliação Clínica Avaliação dietética Avaliação Antropométrica Avaliação Comortamental Avaliação Bioquímica DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL!! II. ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA Fundamento legal. Inciso III, VI, VII, VIII do Artigo 3º e Incisos III, VII e VIII do Artigo 4º da Lei Federal nº 8.234, de 17 de setembro de 1991. Competência. Compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições em Nutrição Clínica: prestar assistência nutricional e dietoterápica; promover educação nutricional; prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais; solicitar exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição a coletividades e indivíduos, sadios e enfermos, em instituições públicas e privadas, em consultório de nutrição e dietética e em domicílio. 2. Solicitar os exames laboratoriais exclusivamente necessários à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional e dietoterápica do cliente-paciente. 3. Considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multiprofissional, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames laboratoriais; Recomendação 005 de 21/02/2016 5. Solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovados cientificamente; 7. Denunciar o descumprimento na aceitação de solicitações de exames laboratoriais ao Conselho Regional de Nutricionistas de sua jurisdição, às Secretarias Estaduais e Municipais (SUS) e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (planos de saúde e seguradoras de saúde) Recomendação 005 de 21/02/2016 Dificuldades enfrentadas pelos profissionais? Como solicitar exames? MATERIAIS COLETADOS Sangue Urina Fezes Secreções / Tecidos Valores de Referência... Como interpretar? EXAMES BIOQUÍMICOS HEMOGRAMA COMPLETO Hemograma Eritrograma Leucograma Hemácias / Eritrócitos “Células vermelhas” Transporte de oxigênio e gás carbônico https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hematose.htm; https://www.significados.com.br/hemacias/ Hemácias Indicador de anemia / ↓ concomitante da hemoglobina Comprometimento no transporte de O2 e CO2 Policitemia x Policitemia fisiológica Fatores que influenciam: Fármacos; Postura; Exercício físico; Idade; Altitude; Gravidez Hematócrito Medida indireta da massa de hemácias Expressa a quantidade de hemácias por volume de sangue total Sofre alterações conforme idade, sexo e hemodiluição Hemoglobina (Hb) Principal componente dos eritrócitos: transporte de O2 e CO2 Rastreamento de anemia ou de doença associada à anemia Fatores que influenciam: Altitude; hidratação; idade; gestação; fármacos https://pt.dreamstime.com/estrutura-da-mol%C3%A9cula-humana-hemoglobina-image102593315 https://www.dreamstime.com/royalty-free-stock-image-hemoglobin-image23464646 •Deficiência de ferro, talassemia, anemia perniciosa, hemoglobinopatias, baixa produção de eritropoetina •Hepatopatias, hipotireoidismo •Hemorragia (crônica ou aguda) •Anemia hemolítica •Alcoolismo, neoplasias, SIDA •Policitemia •ICC, DPOC, doença renal, neoplasias •Hipóxia, desidratação, pré-eclâmpsia VCM • Volume Corpuscular Médio Volume das hemácias • Importante para o diagnóstico diferencial de anemias https://www.tuasaude.com/volume-corpuscular-medio/ http://mesa3equipo12.blogspot.com/2011/04/valores-corpusculares.html ↓ VCM Anemia microcítica Deficiência de ferro Talassemia Anemia sideroblástica Doença crônica (<1/3) Hemoglobinopatias ↑ VCM Anemia macrocítica, perniciosa (B9/B12) Dieta vegetariana Anemia não megalobástica: (alcoolismo, doença hepática, hipotiroidismo, leucemia, radioterapia, síndrome de Down) ↔ VCM Anemia normocítica • Hemoglobina corpuscular média • Conteúdo de Hb na hemácia • Heparina e hiperlipidemia apresentam falsa elevação • Normo-Hipocrômica HCM http://www.elmundo.es/elmundosalud/especiales/2005/05/analisis_sangre/celulas/color.html HCM e CHCM diminuídos Anemia hipocrômica HCM e CHCM normais Anemia normocrômica • Concentração de hemoglobina corpuscular média • Leucemia e aglutininas aumentam os níveis CHCM https://www.youtube.com/watch?v=-RoS0mAmXII RDW Red Cell Distribution Width Avalia a variabilidade de tamanho dos eritrócitos + média do tamanho dos eritrócitos (RDW + VCM) Alteração precoce ↑ RDW deficiência de ferro Detecção de anisocitose hemoglobinização e deficiência funcional de ferro Fragmentos citoplasmáticos anucleados produzidos na medula óssea - 70% sangue; 30% baço Capacidade de se aglutinar e aderir às rupturas vasculares Coagulação sanguínea Plaquetas ou Trombócitos https://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-royalty-free-plaqueta-image2202478 https://www.dreamstime.com/stock-image-platelets-wound-image2202461 Castro et al, 2006 Plaquetas Vida útil 9 a 10 dias Marcador de fase aguda Coagulação <20 mil – sangramento espontâneo Getty Imagens ↑ Plaquetas trombocitose; leucemia; metaplasia; trombocitose ↓ Plaquetas ↓ produção (anemia aplásica, leucemia; neoplasia); Deficiência de B12 e folato Alterações imunes, doenças infecciosas linfoma, leucemia, causas não imunes (coagulação, púrpura, sepse, malária, rejeições a transplante Altitude; menstruação; exercícios... Leucograma https://biologianet.uol.com.br/histologia-animal/leucocitos.htm Diagnóstico/Monitoramento de processos infecciosos / inflamatórios Leucócitos Granulócitos Neutrófilos Fagocitam bactérias e corpos estranhos Eosinófilos Reações alérgicas Basófilos Reações alérgicas Agranulócitos Linfócitos (T e B) Processo de defesa imunitária (citotóxica e não citotóxica); produção de anticorpos (B) Monócitos Fagocitose LEUCOGRAMA LEUCÓCITOS ↑ Leucocitose Resposta inflamatória exacerbada. Infecções bacterianas e virais, inflamação, leucemia ↓ Leucopenia Resposta imune reduzida. Variação étnica, medicamentos, doença auto-imune NEUTRÓFILOS (bastões + segmentados) ↑ Neutrofilia Infecções agudas, localizadas ou generalizadas; doenças reumáticas; doenças neoplásicas; traumas; doenças endócrinas e metabólicas; doenças hematológicas; exercício físico... ↓ Neutropenia Infecções, doenças hematológicas, anafilaxia, caquexia LEUCOGRAMA EOSINÓFILOS ↑ Eosinofilia Doenças alérgicas (atópicas, drogas); doenças infecciosas (parasitose); neoplasias; doenças hematológicas; anemia perniciosa; policitemia; doenças pulmonares; doenças GI; doenças reumatológicas; reações imunológicas ↓ Eosinopenia Estresse, infecções agudas, neoplasias com metástases, lesões graves, uso exógeno de corticosteroides BASÓFILOS ↑ Basofilia Reaçõesalérgicas (rinite, asma), sinusite, infecções, DII, dermatite crônica, inflamação crônica, alterações da medula óssea, hipotiroidismo, anemia hemolítica ↓ - - LEUCOGRAMA LINFÓCITOS (verificar número absoluto) ↑ Linfocitose Mononucleose infecciosa, coqueluche, leucemia linfocítica aguda e cronica; ↓ Linfopenia Linfocitopenia Infecção por HIV e outros virus, hepatite, doenças infecciosas, doenças neoplásicas; tireotoxicose; DII; doenças do tecido conjuntivo; insuficiencia adrenal; vasculite; reações a drogas; Desnutrição, radiação, mieloma, QT, doença de Hodgkin, estresse, LES, cirurgias, traumas, hemorragias, MONÓCITOS ↑ Monocitose Infecções (endocardite, tuberculose); doenças neoplásicas; doenças GI; cirrose; sarcoidose; QT; doenças do tecido conjutivo ↓ Monocitopenia Não são comuns Importância clínica quando os demais elementos do leucograma estão reduzidos Plasmocitose ↑ neoplasias, doenças autoimunes, infecções em geral Laboratório A Laboratório B Laboratório C https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/duvida EXAMES 03-09 04-09 REFERÊNCIA Hemácias 2,3 2,2 4 – 5,9 HB 8,05 7,7 12 – 17,5 HTC 23,9 23 35 – 53 VCM 103 105 80 – 100 HCM 34,7 35,4 26 – 34 CHCM 33,7 33,8 31 – 37 RDW 24,4 23,4 11,5 – 13,4 Pcte, 75a, F, HAS, depressão, fratura de fêmur EXAMES 21-08 REFERÊNCIA Hemácias 4,2 4 – 5,9 HB 11,2 12 – 17,5 HTC 35,6 35 – 53 VCM 82,1 80 – 100 HCM 30 26 – 34 CHCM 36,4 31 – 37 RDW 12,6 11,5 – 13,4 Pcte, 69a, M, HAS, IRC EXAMES 01-09 05-09 REFERÊNCIA Hemácias 3,4 3,4 4 – 5,9 HB 10,9 10,3 12 – 17,5 HTC 31,8 30,5 35 – 53 VCM 91,1 91,3 80 – 100 HCM 31 30,8 26 – 34 CHCM 34,5 33,8 31 – 37 RDW 15,1 14,8 11,5 – 13,4 PLAQUETAS 179 291 150 - 440 Pcte, 59a, M, LUPUS, síndrome de Stevem Jhonson Exemplos... Exame 11-08 16-08 Referência HEMÁCIAS 4,270 3,92 3,1 – 4,5 HB 14,8 12 10,5 – 13,5 HTC 41,2 40,1 29 – 42 LEUCÓCITOS TOTAIS 32000 24960 5000 – 15000 NEUTRÓFILOS 22080 13978 1000 - 7000 Criança, F, 15 dias de vida (06/08), diagnóstico de hiperbilirrubinemia e sepse neonatal Criança, M, 10 dias de vida (27/08), diagnóstico de obstrução intestinal, distensão abdominal, acidose metabólica e vômitos Exame 04-09 06-09 Referência HB 9,6 10 9 – 14,8 LEUCÓCITOS TOTAIS 14960 10990 5000 – 19500 SEGMENTADOS 9875 6375 1000 - 7000 EXAMES BIOQUÍMICOS ANEMIA FERROPRIVA, PERNICIOSA E MEGALOBLÁSTICA Anemia “Condição na qual os níveis de hemoglobina se encontram abaixo do valor de referência de acordo com o sexo, faixa etária, estado fisiológico e altitude.” OMS, 2004 Anemia por carência de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente no mundo Causas das anemias Ferro Vitamina B12 Folato Hb Anemia Microcítica e Hipocrômica (VCM e HCM ↓) Normocítica e Normocrômica (VCM e HCM ↔) Macrocítica (VCM e HCM ↑) Hb Policitemia Acima dos valores de referência Classificação das anemias Exames complementares • FERRITINA • PTN de armazenamento do ferro fígado, baço e medula óssea • Concentração sérica correlaciona-se com os estoques de ferro total • Teste mais sensível para diagnóstico da deficiência de ferro INFLAMAÇÃO TUMOR TRAUMA RESISTÊNCIA A INSULINA ESTEATOSE HEPÁTICA ANEMIA HIPOTIREOIDISMO PROTEÍNA DE FASE AGUDA!! https://www.alamy.pt Exames complementares TRANSFERRINA e SATURAÇÃO DA TRANSFERRINA Transporte Fe Capacidade de ligar duas moléculas simultaneamente (zinco, cobre, cromo, vanadio) Vida média: 8 a 10 dias ANEMIA FERROPRIVA Transferrina elevada % de saturação baixo ANEMIA POR DOENÇAS CRÔNICAS Transferrina normal % de saturação aumentado gestação, deficiência de ferro, hepatites agudas e sangramento crônico anemias, doenças hepáticas crônicas, sobrecarga de ferro, neoplasias, inflamação, infecção https://pt.wikipedia.org/wiki/Transferrina Exames complementares • CTLF ou CTFF • Medida indireta de todas as proteínas disponíveis para ligar o ferro livre • Interpretar junto dos demais parâmetros Deficiência de Ferro: - ↓ Ingestão - ↑ Demanda - Sangramento Gestação Doença hepática Hemocromatose Hepatopatia Nefropatia Neoplasia Exames complementares Ferro sérico Compõe Hb, mioglobina Cofator enzimático essencial Avalia a quantidade de ferro circulante Índice fraco para monitorar o estado de ferro muitas oscilações diárias Altos níveis hemocromatose; radicais livres Fe CTLF Sat. Transferrina Ferritina Anemia Ferropriva ↓ ↑ ↓ ↓ Processos inflamatórios crônicos e neoplasias ↓ ↓ ↓ ↑ ↓ Hb, Htc, VCM, HCM, CHCM ↑ RDW Anemia ferropriva Anemia megaloblástica x Anemia perniciosa B12 B9 Exames complementares!! Anemia por deficiência de B12 • Consumo Insuficiente • Má absorção • Fármacos • H. pylori https://www.hipertrofiatotal.com/vitamina-b12-beneficios-e-efeitos/ Sintomas /Sinais da deficiência Fraqueza Glossite Parestesia Cansaço Dispneia Anemia por deficiência de B9 • Consumo Insuficiente • Disbiose intestinal • Má absorção: • Fármacos • Alcoolismo Sintomas/Sinais Fadiga Perda de Peso Anorexia Inapetência Diarréia EXAMES BIOQUÍMICOS DIABETES MELLITUS Glicemia jejum Glicemia pós-prandial TTOG HbA1C Frutosamina Insulina Glicemia jejum TOTG ou curva glicêmica TOTG ou curva glicêmica HbA1C Hemoglobina glicada Reflete o estado da glicemia sérica nos últimos três meses Frutosamina Proteína glicada que reflete o controle glicêmico em uma a duas semanas atrás Usada quando HbA1c não é indicada hemoglobinopatias, hemólise e anemia Insulina Avaliação da resistência a insulina, DM, hiperinsulinemia Hormônio peptídeo, sintetizado e secretado pelo pâncreas Promove maior captação da glicose pelo GLUT4 IMC (Kg/m²) Insulina (µUI/L) Até 25 2 a 13 > 25 ≤ 30 2 a 19 > 30 2 a 23 Homa IR resistência à insulina Software Homa2 Calculator Quicki resistência à insulina Pontos de corte? médias e desvios-padrão para o índice: não obesos: 0,382 ± 0,007 obesos: 0,331 ± 0,010 diabéticos: 0,304 ± 0,007 Índice TyG Índice de resistência a insulina Ln – logaritmo neperiano Pontos de corte adultos - 4,55 para mulheres e 4,68 para homens EXAMES BIOQUÍMICOS SAÚDE CARDIOVASCULAR Hiperlipidemia Hipolipidemia Causas: - Primárias - Secundárias Tipos de dislipidemia H. Isolada (LDL-c ≥ 160 mg/dL) Htg Isolada (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum) H. Mista (LDL-c ≥ 160 mg/dL TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum) HDL baixo homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) (com ou sem aumento de LDL e TG) Combinação entre os níveis plasmáticos de CT, HDL-C E LDL-C ÍNDICE DE CASTELLI I IC I= CT (mg/dl) / HDL-c(mg/dl) Valor de Referência: Homens: até 5,1 Mulheres: até 4,4 ÍNDICE DE CASTELLI II IC II= LDL (mg/dl) / HDL-c (mg/dl) Valor de Referência: Homens: até 3,3 Mulheres: até 2,9 Índice de Castelli ApoB Presente nas lipoproteínas aterogênicas (VLDL, IDL, LDL e Lp(a) ) Dosagem é uma medida indireta de todas as partículas aterogênicas presentes na corrente sanguínea (fração não HDL) Dosagem não é superior à quantificação de LDL para risco de DCV Não indicado na prática clínica Apo A1 Principal apoproteína da HDL Fornece boa estimativa da concentração de HDL-c Concentrações plasmáticas (baixos níveis): < 120 mg/dL para homens < 140 mg/dL para mulheres Dosagem não é superior à quantificação de HDL Não recomendado na prática clínica Lp (a) A Lp(a) é uma partícula de LDL com uma Apo adicional, a Apo (a), ligada à ApoB Considerada proteína de fase aguda Concentrações plasmáticas de Lp(a) são, em grande parte, determinadas geneticamente Associada a LDL muito elevado, aumento 5x maior de risco para DCV Análise não recomendada como rotina PCR Ultrasensível Indicada na estratificação do risco de eventos coronarianos, desde que o paciente não seja obeso, diabético, tabagista, portador de osteopatias, infecções, ou que esteja em uso de anti-inflamatório e terapia de reposição hormonal Proteína de fase aguda e marcador de inflamação Baixo risco: < 1mg/L. Médio risco: 1 a 2 mg/L. Alto risco: > 2mg/L. Muito alto risco: ≥ 10mg/L. Triglicérides Correspondem a 95% dos lipídios armazenados nos tecidos Níveis elevados maior risco de DCV Relação Triglicérides/HDL <2,5 Risco baixo 2,5 – 5,0 Risco médio >5,0 Risco alto 240/45 = 5,3 Triglicerídeos: 240 mg/dL HDL: 45mg/dL Exemplo Hepatopatia Síndrome nefrótica, doença renal Hipotireoidismo DM Desnutrição Hipertireoidismo Síndrome de má absorção Triglicérides Valores de Referência: Homens: 4 - 12umoL/L Mulheres: 4 – 10umol/L • Ação pro-aterogênica e pró-trombótica • Formação de 5 homocisteno nitroso prejuízos da vasodilatação Homocisteína SÍNDROME METABÓLICA EXAMES BIOQUÍMICOS FUNÇÃO HEPÁTICA Bilirrubinas (direta / indireta) Aminotransferases (ASL / ALT) Fosfatase alcalina Gama glutamil transferase (GGT) Detecção, investigação e acompanhamento de doenças hepáticas Bilirrubina indireta ou não-conjugada ligada a albumina fígado conjugação com o ácido glicurônico formação da bilirrubina direta ou conjugada eliminação pela bile liberação no intestino ação da microbiota produção de urobilinogênio reabsorção fígado Bilirrubina Indireta Bilirrubina Direta Lipossolúvel Ligada à albumina Não conjugada (Hemólise e Síndrome de Gilbert) Conjugada ao Ác. glicurônico Hidrossolúvel Excreção pela bile/rins Hiperbilirrubinemia conjugada (colestase) ↑ bilirrubina indireta relação com hemólise: anemia perniciosa, anemia falciforme, doença hemolítica ↑ bilirrubina direta doença hepática (hepatite, cirrose, reação a medicamentos...) Aminotransferases ALT(TGP): produzida principalmente pelo fígado rins, coração e músculos também produzem (< quantidade) Lesão à membrana celular liberação de ALT (disponível no citoplasma) aumento rápido no sangue Mais específica que TGO hepatite, cirrose, obstrução biliar, pancreatite, infarto, insuficiência cardíaca, queimaduras graves, choque Baixa produção da enzima AST (TGO): Produzida pelo fígado, miocárdio e músculo esquelético Associada à mitocôndria Liberação morte celular Primeira enzima a elevar a atividade em doenças hepáticas IAM, choque, pancreatite aguda, arritmias, isquemia miocárdica, lesões de músculos esqueléticos (lesões, inflamações...) Baixa produção da enzima Gama glutamiltransferase Presente no epitélio tubular renal, fígado, pâncreas, intestino GGT sérica marcador de função hepática 90% pacientes hepáticos apresentam aumento da GGT Doença hepática confirmada se FA aumentada GGT (↑): hepatites, cirrose, CA hepático, colestase, hepatopatias alcoolicas, pancreatites, LUPUS, hipertiroidismo (↓): hipotiroidismo Fosfatase alcalina Grupo de enzimas responsáveis pelo transporte de metabólitos pelas membranas celulares Sintetizada pelo fígado e tecido ósseo Encontra-se na superfície externa da membrana dos canalículos biliares Resultados devem ser confrontados com GGT FA (↑): doenças ósseas, hepáticas e renais, DII, hiperparatireoidismo, IAM, medicamentos (↓): hipotiroidismo, escorbuto, cretinismo EXAMES BIOQUÍMICOS FUNÇÃO RENAL Ureia Produção hepática excreção de nitrogênio (urina, suor) Níveis relacionados com hidratação, alimentação e medicamentos Produção pelo adulto (dieta normoproteica): 25 a 30g/dia Dietas hiperproteicas, catabolismo proteico, hemorragia digestiva, uso de esteroides, traumatismos, infecções, insuficiência renal, nefropatia crônica, glicocorticoides Hepatopatias graves, dieta hipoproteica, androgênios, gestação, hemodiálise, hormônio do crescimento Creatinina Derivada do metabolismo da creatina muscular e da ingestão de dieta à base de carne ATP creatinina 2% da creatina total é convertida a creatinina Filtrada diretamente nos rins não sofre reabsorção Produção proporcional a massa muscular esquelética Usada para calcular o RFG ↑ Creatinina – insuficiência renal RFG Paciente, 67a, feminino, 79,5kg, trombose Paciente, 62a, feminino, pneumonia Paciente, 47a, feminino, hipertensão, edema UREIA CREATININA RFG 36,4 (20 – 36) 0,7 (0,57 – 1,1) 97,8 (>90) UREIA CREATININA 52 (20 – 36) 0,81 (0,57 – 1,1) UREIA CREATININA 75 (20 – 36) 1,6 (0,57 – 1,1) EXAMES BIOQUÍMICOS FUNÇÃO DA TIREOIDE TSH T4 T3 TSH Produzido pela hipófise - tireoestimulante Alterações na produção distúrbios envolvendo hipotálamo / hipófise Tiroxina (T4) Principal hormônio produzido pela glândula tireóide Pró-hormônio T4 T3 principal forma ativa T4 Total x T4 Livre T4 (↑): Fenitoína, ácido acetilsalicílico, propanolol, estimulantes da função tireoidiana (↓): Estrogênio, inibidores da função tireoidiana, baixa ingestão de iodo, ferro, selênio, zinco Triiodotironina (T3) Principal forma ativa dos hormônios tireoideanos T3 total x T3 livre Condições que influenciam nos níveis de T3: Doenças graves, pós-operatório, jejum prolongado, propanolol, glicocorticoides T4 e T3 elevados TSH diminuído Hipertireoidismo subclínico: T4 e T3 livres normais TSH diminuído Hipertiroidismo Hipotiroidismo T4 e T3 diminuídos TSH elevado Hipotireoidismo subclínico: T3 e T4 normais TSH elevado Ausência de sintomas lanaclaudinez@gmail.com @dralanaclaudinez
Compartilhar