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CARLOS HIAGO FERREIRA 4º SEMESTRE Anatomia Topográfica Carlos Hiago Ferreira CARLOS HIAGO FERREIRA ANATOMIA TOPOGRÁFICA CONCEITO, SINONÍMIA E IMPORTÂNCIA Definição Estudo das regiões do corpo e das estruturas e cavidades nessas regiões, associando-as entre si. Sinônimos: anatomia regional ou aplicada/médico-cirúrgica. Conceitos 1. Holotopia: Relação de um órgão dentro de uma cavidade ou região. Exemplos: - Pulmão: região pleuropulmonar - Coração: região torácica no mediastino - Útero: cavidade pélvica - Vasos e nervos femorais: trígono femoral. 2. Sintopia: Relação de um órgão com as suas estruturas vizinhas. Exemplos: - Trígono femoral: o Superior: ligamento inguinal o Anterior: fáscia lata, fáscia cribriforme, tec. subcutâ- neo e pele o Lateral: m. sartório o Medial: m. adutor longo - Artéria femoral: o Lateral: N. femoral o Medial: V. femoral - Útero: o Anterior: bexiga o Posterior: reto/sigmoide o Lateral: ligamento largo do útero o Inferior: diafragma pélvico o Superior: - - Pedículo hepático: o Lateral: vias biliares/ducto colédoco o Medial: A. hepática própria o Compartimento intermédio- posterior: V. porta 3. Idiotopia: Relação de um órgão com as suas próprias partes. Exemplos: - Útero: o Posição do útero dentro da cavidade pélvica • Retrovertido: fundo do útero posterior • Anteversoflexão: normal (3) Ângulo de flexão: corpo e colo do útero (2) Ângulo de versão: útero e vagina o Duodeno: - Sintopia com o pâncreas - Parte superior, flexura du- odenal supeior, parte des- cendente, flexura duode- nal inferior, parte horizon- tal e parte ascendente. 4. Histiotopia: Relação do órgão com as suas camadas/túnicas. Exemplos: o Útero: camadas - Perimétrio: serosa (peritônio) - Miométrio: muscular - Endométrio: descamativa o Coração: camadas - Pericárdio (epicárdio): fibroso e seroso - Miocárdio - Endocárdio o Artéria: camadas - Externa/adventícia: tecido conjuntivo - Média: muscular e tecido elástico - Interna/íntima: endotélio 5. Esqueletopia: Relação do órgão com as partes ósseas. Exemplos: o Coração: - Está assentado sobre as vértebras torácicas (T5 a T8/T9*) e por isso são chamadas de vértebras cardí- acas ou de Giacomini. 1. Região radiocárpica: - Face lateral: pulsatilidade da artéria radial 2. Trígono femoral: - A artéria femoral está localizada na altura da ca- beça do fêmur. Métodos de estudo - Inspeção: método de exploração com os olhos = observa- ção. Ectoscopia (da parte externa) e endoscopia (da parte interna por orifícios naturais). Ex.: dermatite ocre, erisi- pela bolhosa, úlcera péptica... - Palpação: método de exploração com as mãos. Ex.: ma- nobra de Mathieu (fígado), toque retal, toque vaginal... CARLOS HIAGO FERREIRA - Percussão: método de exploração através do som produ- zido pela batida dos dedos. Dedo percursor (ativo) e dedo plexímetro (passivo, recebe a batida). Ex.: estruturas ocas (timpânico) e parenquimatosas (maciço). Giordano ou pu- nho percussão de Murphy (rim) - Ausculta: estetoscópio, pinar (obstetrícia antigamente), doppler (atual). Ex.: sopro que é o turbilhonamento cau- sado por alterações nas valvas cardíacas (estenose ou in- suficiência) ou placas ateroscleróticas nos vasos. - Mensuração: medir um órgão, membro, região. Ex.: perí- metro cefálico (Zika/microcefalia). - Dissecação/dissecção: por planos e em janelas → estrati- grafia. Plano geral de construção do corpo humano - princípios 3. Simetria bilateral 4. Antimeria 5. Metameria 6. Paquimeria 7. Estratimeria Eixo longitudinal - Cefalopodálico - Heteropolar: atinge unidades morfológicas diferentes Eixo de profundidade - Anteroposterior, sagital ou de espessura - Heteropolar - Deslocando-se o eixo longitudinal no anteroposterior tem-se o plano sagital mediano que divide o corpo em 2 partes iguais (Simetria bilateral). Plano sagital mediano - Externamente: 2 metades aparentemente simétricas = Si- metria de massa - Internamente: assimetria = Simetria de construção ou Si- metria de órgãos (homológos. Ex.: fígado e baço, rins). Princípio de Antimeria o Corpo humano constituído por 2 metades iguais = 2 antí- meros ou hemissomas ou dimídios. o Antímeros: unidades equivalentes ou homólogas no plano de construção = Fenômeno da homotipia (unidades D e E são homólogas). Conceitos em assimetria - Assimetria normal: exemplo a tríplice obliquidade cardí- aca (para frente, para baixo e para esquerda). - Assimetria anormal: exemplo é a dextrocardia, o situs in- versus (inversão do lado de todos os órgãos). - Distopia: mudança da posição dos órgãos (Transpo- sição). - Modificações morfológicas: mudança da forma do órgão. Ex.: IMG Eixo transversal 1. Homopolar: atinge unidades morfológicas homólogas/ semelhantes. Princípio da Metameria 2. Segmentação transversa do corpo humano 3. Segmentos escalonados ou superpostos no sentido crani- ocaudal. 4. Metâmeros: unidades homólogas na fase inicial, que de- pois sofrem diferenciação 5. Unidades homólogas: fenômeno da hemodinamia Exemplos: 6. Coluna vertebral 7. Inervação da pele: distribuição no plano transverso 8. Linhas de força da pele na grande maioria 9. Herpes Zoster (Cobreiro) segue este princípio Princípio da Paquimeria 10. Constituído em 2 tubos através do plano coronal no sen- tido cranioencefálico envoltos pelo tegumento comum ou tecidos de revestimento. - Tubo ventral ou anterior ou visceral: vísceras (pa- químero esplâncnico) - Tubo dorsal ou posterior ou neural: SN (paquímero neural). Princípio da Estratigrafia - Princípio pelo qual o corpo humano está constituído por camadas superpostas ou extratos. - Nas vísceras temos as túnicas - Vasos: íntima, camada média e adventícia - A histiotopia não deixa de ser uma estratigrafia Exemplo: o Parede abdominal: 1. Pele 2. Subcutâneo 3. Camada musculoaponeurótica: m. oblíquo externo (mão no bolso), m. oblíquo interno (mão no peito) e m. transverso) Material cirúrgico para aula de dissecação - Bisturi nº4 - Pinça anatômica - Pinça dente de rato - Porta-agulha Hegar - Tesoura Metzembaum (curva) - Tesoura Mayo (reta) - Tesoura Iris - Lâminas nº 24 ou 25 - Agulhas triangulares curvas grandes CARLOS HIAGO FERREIRA PAREDE TORÁCICA Exemplo de alteração na parede torácica: ectopia córdis (malformação congênita rara onde o coração se localiza fora da cavidade torácica). A parede torácica é mais ampla que a cavidade torácica, por isso são diferentes. Por exemplo, uma lesão na região do fígado, acerta a parede torácica, mas não atinge a cavidade to- rácica pois nessa região localiza-se a cavidade abdominal. Parede torácica Limites: - Superior: clavícula e incisura jugular - Inferior: cartilagem costais (margem/arco costal). Cavidade torácica Limites: - Posterior: coluna vertebral (T1 a T12) - Anterior: esterno - Lateral: conjunto de 12 costelas As 12 costelas se articulam posteriormente com a coluna vertebral de T1 a T12 e anteriormente até a 7ª costela é direta com o osso esterno, por isso são chamadas de costelas verda- deiras. A 8ª, 9ª e 10ª costela se articulam entre si com a carti- lagem da articulação da sétima costela com o osso esterno,re- cebendo o nome de costelas falsas, pois elas não se articulam diretamente com o esterno. A 11ª e 12ª são chamadas de cos- telas flutuantes, pois possuem a extremidade anterior livre, isto é, não se articulam com nada anteriormente. A 1ª e a 2ª costela se diferenciam das outras, principal- mente a primeira, que é mais curta, mais curva e mais larga. Elas são mais fortes e são protegidas pela cintura escapular. Funções - Proteção de órgãos torácicos e alguns abdominais contra agressões externas (esqueleto ósseo e cartilagem) - Permitir fixação de músculos do pescoço, do tórax, do ab- dome, do dorso e dos membros superiores - Possibilitar os movimentos respiratórios - Resistir às forças da respiração (músculos intercostais, movimento paradoxal - fratura costal). Caixa torácica 1. Forma a cavidade torácica 2. Tem uma forma de cone 3. Componentes: costelas, esterno, cartilagens costais, vér- tebras torácicas e disco vertebral. 4. 2 aberturas: estão inclinadas para anterior (plano oblí- quo), devido a disposição/angulação das costelas. • Abertura superior Limites: - Anterior: margem superior do manúbrio - Lateral: 1ª costela e sua cartilagem costal - Posterior: limite entre C7 e T1 • Abertura inferior: fechado pelo diafragma Limites: - Anterior: 7ª a 10ª cartilagens costais e articula- ção xifoesternal. - Lateral: extremidades da 11ª e 12ª costelas - Posterior: corpo de T12 e margem inferior da 12ª costela Ângulo do esterno (Louis): articula- ção esternocostal da 2ª costela. Ângulo infraesternal (Charphy) Movimentos respiratórios (expansão torácica) 1. Expansão longitudinal - O aumento do diâmetro longitudinal do tórax é devido à contração do diafragma durante a inspiração, onde é des- locado no sentido abdominal/inferiormente. 2. Expansão látero-lateral - A elevação e o deslocamento súperolateral das costelas mais inferiores na inspiração causam um aumento do diâ- metro transverso do tórax (látero-lateral), denominado de movimento de “alça de balde”, sob ação dos músculos intercostais. CARLOS HIAGO FERREIRA 3. Expansão anteroposterior - A elevação das costelas mais superiores, devido a sua obli- quidade e união com o esterno, durante a inspiração, au- menta o diâmetro anteroposterior da caixa torácica por deslocar a cartilagem costal e o osso esterno anterior e superiormente, gerando um movimento final denomi- nado de “braço de bomba”, sob ação dos músculos inter- costais. Curiosidade - Toda criança até os 7 anos de idade apresentam as coste- las horizontais e por isso a inspiração é exclusiva do movi- mento do diafragma. Respiração fisiológica Na inspiração ocorre à contração dos músculos que ele- vam as costelas e a do diafragma com consequente elevação da caixa torácica. Na expiração há a elevação do diafragma, retração elás- tica da parede torácica e dos pulmões (fenômeno passivo). Respiração forçada Na inspiração forçada os músculos responsáveis por tal movimento são os músculos acessórios (esternocleidomastói- deo e escalenos), intercostal externo e o subcostal. Na expiração forçada os músculos responsáveis por tal movimento são os intercostais internos, abdominais, quadrado lombar e transverso do tórax. TOPOGRAFIA DO TÓRAX 1. PELE o Delgada na região esternal e grossa lateralmente. o Composta por epiderme e derme. 2. TELA SUBCUTÂNEA • Quantidade variável de gordura • Veias que drenam a tela subcutânea: • V. torácica lateral (superficiais e profundas) → V. axilar • V. epigástrica superf → V. safena magna → V. femoral ↓ • União das 2: V. toracoepigástrica (canal venoso único). 3. FÁSCIA TORÁCICA • Tecido conjuntivo denso • Reveste a musculatura, em sua maior parte, o M. peitoral maior (fáscia peitoral). • Recebe o nome de acordo com o músculo • Fáscia clavipeitoral - Envolve o músculo peitoral menor - Orifício: o Passagem para vasos e nervos o V. cefálica → V. axilar A fáscia peitoral fixa-se na clavícula e no osso esterno e reveste o músculo peitoral maior. Ela é contínua inferiormente com a fáscia da parede abdominal anterior e lateralmente com a fáscia axilar formando o assoalho da axila. A fáscia clavipeitoral (mais profunda) que se estende su- periormente a partir da axila envolvendo os músculos peitoral menor e subclávio e fixa-se na clavícula. O ligamento suspensor da axila faz a união da fáscia clavi- peitoral logo abaixo do peitoral menor com a fáscia axilar, sus- tentando-a e puxando para cima durante o movimento de ab- dução, formando a axila ou “sovaco”. 4. MÚSCULOS E FUNÇÕES: 4.1 M. peitoral maior o Inspiração forçada (eleva as costelas com o úmero fixo). o Origem: ½ medial da clavícula esternal, manúbrio e corpo do esterno, 6 primeiras cartilagens costais e aponeurose do m. oblíquo externo do abdome. o Inserção: crista do tubérculo maior do úmero. o Ação: adução do braço (fibras médias e inferiores), sua porção clavicular (fibras superiores) faz flexão (↑) e ex- tensão (↓) horizontal do ombro e rotação medial. o Inervação: N. peitoral lateral (C5 a C7/passa pelo orifício da fáscia cavipeitoral) e medial (C8 e T1/inerva ambos os músculos peitorais). 4.2 M. peitoral menor o Acessório/auxiliar da respiração o Protração da escápula o Inervação: N. peitoral medial o Inserção: ápice do processo coracoide. o Origem: face externa da (2ª) 3ª, 4ª e 5ª costelas o Inervação: N. peitoral medial (C8 a T1) o Ação: - Fixo no tórax: depressão do ombro e rotação inferior da escápula. - Fixo na escápula: eleva as costelas (inspiração) CARLOS HIAGO FERREIRA 4.3 M. serrátil anterior o Fixa-se na margem medial da escápula e nas costelas o Porção Superior: o Inserção: ângulo superior da escápula o Origem: face externa da 1ª e 2ª costelas o Porção Média: o Inserção: borda medial da escápula o Origem: face externa das 2ª a 4ª costelas o Porção Inferior: o Inserção: ângulo inferior da escápula o Origem: face externa das 5ª a 9ª costelas o Inervação: N. torácico longo (C5 a C7). o A paralisia do M. serrátil anterior e do M. romboide re- sulta na escápula alada. o Ação: - Fixo na escápula: ação inspiratória - Fixo nas costelas: rotação superior, abdução e de- pressão da escápula e protrusão do ombro. - Professor: rodo a escápula lateralmente para abdu- ção do ombro e evita que a escápula se afaste do tó- rax. 4.4 Mm. escalenos: anterior, médio e posterior o Anterior e médio fixam-se na 1ª costela o Posterior fixa-se na 2ª costela o Origem: tubérculos dos processos transversos das vérte- bras cervicais. Anterior (3ª a 6ª), médio (2ª a 7ª) e poste- rior (5ª a 6ª). o Ação: - Elevação da segunda costela e inclinação homolate- ral do pescoço (ação inspiratória) - Professor: ajuda a manter as costelas firmes para ação dos outros músculos durante a respiração for- çada. 4.5 Mm. serrátil posterior superior e inferior - São músculos mais proprioceptivos que dinâmicos da co- luna vertebral. 4.6 Mm. levantadores das costelas - São músculos mais proprioceptivos que dinâmicos da co- luna vertebral. - Origem: processo transverso da 7ª vértebra cervical à 11ª torácica. - Inserção: face externa da 1ª à 12ª costela - Inervação: Nn. intercostais correspondentes - Ação: elevação das costelas (pouca ação inspiratória) e es- tabilização intercostal. 4.7 Mm. intercostais internos - Abaixadores - Expiração forçada - Parte interna é chamada de M. intercostal íntima - Para dentro são delimitados os Mn. Intercostais íntimos, os vasos intercostais posteriores e o N. intercostal. - Inserção: borda inferior da costela suprajacente- Origem: borda superior da costela infrajacente - Inervação: Nn. intercostais anteriores de T1 a T11 - Ação: depressão das costelas (ação expiratória) 4.8 Mm. intercostais externos - Levantadores - Inspiração - Origem: borda inferior da costela suprajacente - Inserção: borda superior da costela infrajacente - Inervação: Nn. intercostais anteriores de T1 a T11 - Ação: elevação das costelas (ação inspiratória) Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em “X”. As fibras dos intercostais externos se dirigem de supe- rior para inferior (mão no bolso) e de posterior para anterior (coluna vertebral → articulação costocondral). Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de inferior para superior (mão no peito) e de anterior para posterior. Há uma membrana que preenche os espaços por onde o músculo intercostal não completa, seu nome é correspondente ao músculo que está preenchendo. Na parte anterior e externa é a membrana intercostal externa. Já na parte posterior e in- terna é a membrana intercostal interna. 4.9 M. transverso do tórax - Função postural - Musculatura proprioceptiva - Origem: face interna do corpo do esterno e margem late- ral dorsal do processo xifoide. - Inserção: face interna da 2ª a 6ª cartilagens costais - Inervação: N. intercostais anteriores de T3 a T5 - Ação: estabilização da parte anteroinferior do tórax 4.10 M. subcostal - Abaixadores - Expiração forçada - Músculo inconstante que transpõe 2/3 costelas abaixo - Inserção: face interna da costela suprajacente - Origem: face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente - Inervação: N. intercostais anteriores de T4 a T11 - Ação: estabilização intercostal, abaixam as costelas (expi- ração). 5. FÁSCIA ENDOTORÁCICA o Tecido conjuntivo frouxo o Pleura parietal está aderida o Na abertura superior da caixa torácica há a condensação da fáscia endotorácica, que forma a membrana supra- pleural (Sibson). INERVAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA - Nervos espinais torácico de T1 a T12 - Nervos espinais (ramos): o Posterior: dorso (inerva pele, músculo...) o Anterior: nervos intercostais (inerva Mm. intercos- tais, pleura parietal e fáscia torácica). o Pleura visceral não é inervada Nn. Intercostais - Percorre entre as costelas, parede antero-laretal - Ramos cutâneos laterais e anteriores (dermátomos). CARLOS HIAGO FERREIRA - Carrega fibras nervosas simpáticas para inervar glândulas (sudorípara) e vasos. - Último nervo (T12) é chamado de N. subcostal - 1º, 2º/3º são nervos atípicos - 1º faz parte do plexo braquial em sua maior parte e não tem ramos cutâneos lateral e anterior. - 2º/3º* tem ramos cutâneos grandes. O 2º tem um ramo cutâneo que vai em direção ao braço, que é chamado de N. intercostobraquial. - 3º/4º ao 6º são nervos típicos - 7º ao 12º terminam na parede abdominal e por isso são chamados de Nn. toracoabdominais. O nervo cutâneo medial do braço, constantemente, co- munica-se com o nervo intercostobraquial, nervo que traz afe- rências de dor correspondente ao coração. Por este motivo, a dor cardíaca é geralmente refletida como uma dor no braço (es- querdo, na maioria das vezes). IRRIGAÇÃO - V Veia - A Artéria Intercostais - N Nervo - Feixe vasculonervoso: situa-se na borda inferior das cos- telas, no sulco das costelas - Veias e artérias se anastomosam Origem: - Aorta - A. subclávia - A. axilar (Aa. torácica superior e lateral) Aa. intercostais posteriores: - 3ª a 12ª são ramos da aorta - 1ª e 2ª são ramos da A. subclávia (indiretamente) - Os ramos direitos são mais longos - Emite em cada um ramo dorsal que da origem: ramo es- pinal (Aa. radicular anterior e posterior), ramo cutâneo medial e ramo cutâneo lateral. - A. subclávia → tronco costocervical → A. intercostal su- prema → Aa. intercostais posteriores (1ª e 2ª) + (anasto- mose) + Aa intercostais anteriores ← A. torácica interna. Aa. intercostais anteriores: são pares o 1ª a 6ª são ramos da A. torácica interna ← A. subclávia o 7ª a 9ª são ramos da A. músculofrênica o 10ª a 12ª não há. o A A. torácica interna é posterior as cartilagens costais e anterior ao M. transverso do tórax. o A A. torácica interna se divide em A. epigástrica superior (atrás do reto do abdome) e A. músculofrênica. DRENAGEM VENOSA Vv. intercostais anteriores: o Desembocam: V. torácica interna → V. braquiocefálica o Vv. torácicas internas: 2 de cada lado da artéria que se unem no 3º EIC. Vv. intercostais posteriores: o Direita: 1. Desembocam na V. ázigo 2. Exceção da 1ª que desemboca direto na V. braquio- cefálica, denominada de V. intercostal suprema. o Esquerda: - Desembocam na V. hemiázigo e V. h. acessória - 1ª a 4ª desembocam na V. hemiázigo acessória Extratos CARLOS HIAGO FERREIRA DORSO Pode ser dividido em 3 partes/regiões - Cervical posterior - Posterior ao tórax → - Lombar - Supraescapular - Escapular - Infraescapular - Interescapulovertebral Parte posterior do tronco entre a cabeça e parte pélvica (bacia). Peculiaridade quanto a função: sustentação do corpo, auxilia na locomoção, movimentação, proteção da medula es- pinal (dada por um dos componentes do dorso: músculo, os- sos, fáscias.). Limites - Inferior: linha que une as cristas ilíacas - Superior: linha que liga os 2 acrômios, passando por C7 Retirando o tegumento comum - 2 camadas musculares principais no dorso 1. Pré-vertebrais: a frente da coluna vertebral - M. psoas maior - M. quadrado lombar - Mm. largos do abdome: todos os músculos abdominais anterolaterais têm origem no dorso o M. oblíquo interno o M. oblíquo externo o M. transversos 2. Pós-vertebrais: atrás da coluna vertebral - Mm. superficiais - Mm. profundos - Mm. para-vertebrais 3. Para-vertebrais: ao lado da coluna vertebral Mm. superficiais: 1. M. trapézio - Inervação: N. acessório e N. trapézio (C3 e C4) - Função: elevar, retrair ou girar a escápula - Origem: protuberância occipital. Escama occipital, pro- cessos espinhosos cervicais e torácicos. - Inserção: 1/3 acromial da clavícula, acrômio e espinha da escápula. - Em lesão do N. acessório não há perda total porque há outros músculos que cumprem suas funções, por exemplo o m levantador da escápula que eleva a escápula, os rom- boides ajudam a fazer a fixação da escápula. 2. M. latíssimo do dorso - Inervação: N. toracodorsal (C6 a C8) - Função: adução e extensão do braço, principal músculo da natação (escalada, na martelada) e músculo acessório da respiração (grande movimentador do membro supe- rior). Rotação medial e retroversão. - Origem: processos espinhosos da 6 vértebras torácicas inferiores e vértebras lombares (sobre a aponeurose to- racolombar), face dorsal do sacro, crista ilíaca, 9ª a 12 ª costelas e ângulo inferior da escápula. - Inserção: úmero, na crista do tubérculo menor - Fáscia toracolombar se divide em 3 camadas Mm. profundos: 1. M. esplênio da cabeça - Origem: proc. espinhoso da 3ª a 7ª vértebras cervicais. - Inserção: processo mastoide - Função: rotação ou inclinação (lado ipsilateral ao mús- culo contraído) e extensão do pescoço - Inervação: nervos dorsais cervicais (diretos da medula) 2. M. levantador da escápula - Origem: proc. transversos da 1ª a 4ª vértebras cervicais - Inserção: ângulo superior da escápula - Função: elevação da escápula - Inervação: N. dorsal da escápula (C3*, C4 e C5) - Sinergismo com o M. trapézio 3. M. romboide menor - Origem: proc. transversos da 6ª e 7ª vértebras cervicais - Inserção: margem medial da escápula - Função: fixa e retrai a escápula- Inervação: N. dorsal da escápula (C3*, C4 e C5) 4. M. romboide maior - Origem: processos transversos das 4 vértebras torácicas superiores. - Inserção: margem medial da escápula - Função: fixa e retrai a escápula - Inervação: N. dorsal da escápula (C3*, C4 e C5) 5. M. supraespinal - Origem: fossa supraespinal da escápula - Inserção: tubérculo maior do úmero - Função: abdução do braço e rotação lateral. - Inervação: N. supraescapular (C4 a C6) 6. M. infraespinal - Origem: fossa infraespinal da escápula - Inserção: tubérculo maior do úmero e cápsula articular - Função: rotação lateral do braço (principal músculo) - Inervação: N. supraescapular (C4 a C6) 7. M. subescapular - Origem: fossa subescapular - Inser.: tubérculo menor do úmero e cápsula articular - Função: rotação medial do braço (principal músculo) - Inervação: N. subescapular (C5 a C7) - Mais potente rotador da escápula CARLOS HIAGO FERREIRA 8. M. redondo maior - Origem: ângulo inferior da escápula - Inserção: crista do tubérculo menor do úmero - Função: estática (mantém a posição do úmero na articu- lação, evita a luxação). Rotação medial, adução e retro- versão. - Inervação: N. subescapular (C5 a C7) 9. M. redondo menor - Origem: margem lateral da escápula - Inserção: tubérculo maior do úmero e cápsula articular - Função: rotação lateral do braço, adução e mantém a po- sição do úmero. - Inervação: N. axilar (C5 e C6) - Axilas: espaço de Vanpol Retináculo do dorso: permitem fixação de estruturas. 1. M. serrátil póstero-superior: abaixo do romboide maior - Origem: proc. espinhoso da 6ª e 7ª vértebras cervicais e 1ª e 2ª vértebras torácicas. - Inserção: 2ª a 5ª costelas - Função: eleva as costelas (inspiração) - Inervação: ramos cervicais torácicos. Nn. torácicos 2. M. serrátil póstero-inferior: abaixo do latíssimo do dorso - Origem: proc. espinhoso da 11ª e 12ª vértebras torácicas e 1ª e 2ª vértebras lombares. - Inserção: 9ª a 12ª costelas. - Função: abaixa as costelas com inserção e ativo na inspi- raçãoo forçada. - Inervação: ramos dorsais, torácicos e lombares. Nn. torá- cicos Mm. paravertebrais: eretores da espinha 1. M. espinal 2. M. longíssimo 3. M. iliocostal - Função: flexão, extensão (2 lados) e rotação (1 lado). - O longíssimo: cabeça, pescoço, tórax, região lombar Entre os arcos costais: inervação: N. intercostais 1. Mm. intercostais externos: 1 camada - Chega até a coluna vertebral - Função: inspiração 1. Mm. intercostais internos: - Não chega até a coluna vertebral - Função: expiração - Exceto: os músculos do 4º e 5º EIC, tem função de inspi- ração (função reversa) Trígonos do dorso 1. Trígono da ausculta: Limites: - Medial: margem lateral do trapézio - Lateral: borda medial da escápula - Inferior: margem superior do M. latíssimo do dorso - Assoalho: M. romboide maior - Teto: fáscia toracolombar 2. Trígono lombar superior (Grynfelt): - Ponto de fraqueza e proteção inadequada (pode levar a protrusão do conteúdo da cavidade abdominal → forma- ção de hérnias). - Quanto mais baixa a implantação do M. oblíquo interno mais fácil a formação de hérnia, pois ao invés de um triân- gulo, haverá um quadrilátero de Grynfelt. - Maior incidência, pois assoalho é mais frágil e só fáscia. Limites: - Superior: borda inferior da 12º costela - Medial: margem lateral do M. quadrado lombar - Lateral: margem medial do M. oblíquo interno - Assoalho: fáscia toracolombar 3. Trígono lombar inferior (Petit): - Ponto de fraqueza e proteção inadequada (pode levar a protrusão do conteúdo da cavidade abdominal → forma- ção de hérnias (pele, subcutâneo e na região abdominal o peritônio íntegro)). - Mais forte, pois tem a proteção do M. oblíquo interno Limites: - Inferior: crista ilíaca - Medial: margem lateral do M. latíssimo do dorso - Lateral: margem medial do M. oblíquo externo - Assoalho: M. oblíquo interno FÁSCIA TORACOLOMBAR Tem uma continuidade para o tórax, para o abdome, para o glúteo e para o pescoço. Embriologicamente tem a mesma origem, mas que em cada região recebe um nome próprio. No pescoço é a fáscia cervical profunda, no tórax é fáscia exotorácica, na região lom- bar é fáscia ou aponeurose toracolombar, no glúteo é fáscia glútea e no abdome é fáscia abdominal. Apenas na região lombar (nas vértebras lombares L1 a L5) forma lâmina: anterior (frente do corpo da vértebra), interme- diária (sai do processo da vértebra e já se delamina e reveste o músculo quadrado lombar, na frente se junta com a lâmina an- terior e atrás com a lâmina posterior) e posterior (origina no processo espinhoso, reveste o Mm. eretores da espinha e se- gue para se unir com as outras lâminas). Os Mm. latíssimo do dorso e serrátil póstero-inferior se originam a parte da lâmina posterior da fáscia toracolombar. As 3 lâminas se juntam e originam os Mm. largos do abdome. Data Strikeout Data Typewriter Teto Data Typewriter assoalho: aponeurose do m transverso CARLOS HIAGO FERREIRA PAREDE ABDOMINAL Parede abdominal ¹ cavidade abdominal Pontos de reparo: ângulo xifoesternal, fossa epigástrica (nível da 10ª costela + processo xifoide) e uma saliência abaixo da cicatriz umbilical (acúmulo de gordura). Na parte mais inferior da parede do abdome há as espi- nhas ilíacas antero-superiores, onde se fixa o Lig. inguinal, que vai até o tubérculo púbico. Não há definição/delimitação com região lombar. Talvez a linha axilar posterior seja um bom ponto de reparo. Ângulo de Louis é um bom ponto de reparo para 2º EIC Toracocentese: puncionar mais para a linha axilar média e mais alta, para não entrar adentrar na cavidade peritoneal. A verdadeira cavidade abdominal é a cavidade peritoneal sem o revestimento de peritônio e sem vísceras. D: 5EIC e E: 6EIC. Convexidade para cima. Divisão do abdome em 3 zonas horizontais: - Linha transversa → 10º costela → plano subcostal - Linha transversa → espinhas ilíacas AS → plano bicristal 1. Zona epigástrica 2. Zona mesogástrica 3. Zona hipogástrica Divisão do abdome em 4 quadrantes: - Linha transversal passando pela cicatriz umbilical - Linha longitudinal passando pela cicatriz umbilical 1. Quadrante superior D 2. Quadrante inferior D 3. Quadrante superior E 4. Quadrante inferior E Divisão do abdome em 9 regiões - Linha hemiclavicular D e E ou metade da prega inguinal - 2 planos horizontais: transpilórico/subcostal e transtuber- cular/interespinal 1. Região epigástrica 2. Região do hipocôndrio D 3. Região do hipocôndrio E 4. Região mesogástrico (ou umbilical) 5. Região do flanco D 6. Região do flanco E 7. Região inguinal D (parede) 8. Região inguinal E 9. Região hipogástrica (ou púbica ou suprapúbica) Epiderme → Derme → Camada areolar (mais amarela de gordura, fáscia subcutânea de Camper) → Fáscia superficial → camada lamelar (branca de gordura, permite deslizamento da camada adiposa sobre, fáscia subcutânea de Scarpa (membra- nosa)) → Aponeurose dos músculos largos e retos do abdome. Plano superficial: acima da fáscia superficial Plano profundo: abaixo da fáscia superficial Cirurgicamente: abaixo da tela subcutânea Limites - Anterolateral: Mm. largos do abdome (uma das origens é o dorso): M. oblíquo externo, M. oblíquo interno e M. transverso do tórax. - Superior: M. diafragma - Posterior: 5 vértebras lombares com seus discos e liga- mentos, Mm. psoas maior e menor, M. quadrado do lombo, M. ilíaco. - Inferior: Mm. levantadores do ânus D e E e Mm. coccí- geos D e E (diafragma pélvico → funcional). Na mulher é mais frágil por ter mais aberturas. Ligamentos arqueadostanto do M. psoas (medial) como do M. quadrado lombar (lateral) separam do M. diafragma (pi- lares do M. diafragma → mediano) Linha alba: local de inserção dos Mm. largos do abdome Diafragma: Partes: costal, lombar e esternal Orifícios: forame da VCI, hiato esofágico (desdobramento do pilar D) e hiato aórtico (pilares D e E). Parte mais aponeurótica: centro tendíneo do diafragma Sintopia da parede do abdome: M. oblíquo externo do abdome Está a frente do M. reto do abdome – e uma das bainhas que delimita o reto do abdome é a do obliquo externo) - Origem: 5ª a 12ª costelas. Últimas 8 costelas. - Inserção: Crista ilíaca, Lig. inguinal e lâmina anterior da bainha do M. reto do abdome. Linha alba - Ação: comprime a cavidade abdominopélvica, auxilia na flexão e rotação da coluna vertebral para o lado oposto; ele sustenta os orgãos do abdome; auxilia na expiração forçada. - Inervação: Nn intercostais (T5 e T6), Nn toracoabdominais (T7 a T11), N. subcostal (T12), N. lombar L1, N. ilio-hipo- gástrico e N. ilioinguinal (região hipogástrica) Anel/ânulo inguinal superficial: importante para passa- gem de estruturas do canal inguinal (homem o funículo esper- mático e na mulher o Lig. redondo do útero). Pilares de fixação do anel: pilar medial, lateral e posterior (Collins), tudo aponeu- rose do M. oblíquo externo → manter o canal aberto. CARLOS HIAGO FERREIRA Ligamento inguinal = Lig. Poupart = Lig. Fallópio → con- densação da fáscia do M. oblíquo externo. Nomenclatura: - T2: N. intercostobraquial - T3-T..: N. intercostal - T7- T11: N. toracoabdominal - T12: N. subcostal M. oblíquo interno do abdome - Origem: Crista ilíaca, fáscia toracolombar e Lig. inguinal. - Inserção: linha alba e bordas inferiores das 3 últimas cos- telas. Quanto mais alta → ↑ chances de herniações. - Ação: comprime a cavidade abdominopélvica (sustenta- ção dos orgãos do abdome), flete e rota o tronco para o mesmo lado; auxilia na expiração forçada. - Inervação: Nn toracoabdominais (T7 e T11), N. subcostal (T12), N. lombar L1, N. ilio-hipogástrico e N. ilioinguinal - Origina o M. cremáster (termorregulador) M. transverso do abdome - Origem: 6 últimas cartilagens costais, fáscia toracolom- bar, linha interna da crista ilíaca e Lig. inguinal. - Inserção: linha alba - Ação: comprime a cavidade abdominopélvica (sustenta- ção dos orgãos do abdome); - Inervação: Nn toracoabdominais (T7 a T11), N. subcostal (T12), N. lombar L1, N. ilio-hipogástrico e N. ilioinguinal. Anel inguinal profundo Linha semilunar ou linha de Spiegel: transição da parte carnosa para a parte aponeurótica (ponto de fraqueza) M. oblíquo externo M. oblíquo interno M. transverso M. reto do abdome (é o maior músculo) - Origem: 5ª a 7ª cartilagens costais (não confundir com costelas), processo xifoide e Lig. costoxifoide. - Inserção: sínfise púbica - Ação: comprime a cavidade abdominopélvica, flexão da coluna vertebral e auxilia na expiração forçada. - Inervação: Nn. toracoabdominais e N. subcostal. - Músculo poligástrico → interserções tendíneas Confluência de fibras para a linha alba, 2 cintas oblíquoas da D para a E e vice-versa e 1 linha transversa. Fazem a susten- tação da parede anterolateral do abdome. OEE → OID; OED → OIE M. piramidal São músculos bem pequenos, do tamanho de um dedo, tem pessoas que tem apenas um, acaba servindo para tensio- nar a musculatura do abdome. - Inserção: Linha alba - Origem: Púbis - Ação: tensiona a linha alba - Inervação: N. subcostal M. quadrado lombar (parede posterior do abdome) - Inserção: borda inferior da 12ª costela, processo tran- verso das vértebars lombares superiores - Origem: crista ilíaca e ligamento iliolombar - Ação: flexiona a última costela, flexão lateral da coluna vertebral lombar, puxa a caixa torácica em direção a pelve e auxila na expiração. - Inervação: N. subcostal e N. lombar L1 Bainha do M. reto do abdome: - Lâminas anterior (aponeurose dos Mm. oblíquo externo e interno) e posterior (aponeurose dos Mm. oblíquo inter e transverso do abdome) acima da linha arqueada. - Lâminas anterior (aponeurose dos 3 Mm. largos do ab- dome) e posterior (fáscia transversalis e peritônio) abaixo da linha arqueada. - Linha alba → condensação na linha mediana Descida da púbis e subida do promontório → linha arque- ada ou arco de Douglas - Ligamento falciforme - Ligamento redondo do fígado: V. umbilical obliterada. Vai da cicatriz umbilical até a V. porta. - Ligamento ou prega umbilical mediana: úraco, elimina- ção de substâncias, mas está obliterado. Vai da parede da bexiga até a cicatriz umbilical. Quando o úraco permane- cer pérvio sairá líquido da cicatriz umbilical. - Fossa supravesical - Pregas umbilicais mediais: A. umbilical obliterada - Fossa inguinal medial: hérnias inguinais diretas - Pregas umbilicais laterais: vasos epigástricos inferiores - Fossa inguinal lateral: hérnias inguinais indiretas Fáscia transversalis não é aponeurose do M. transverso do abdome CARLOS HIAGO FERREIRA DRENAGEM VENOSA Antes de chegar a V. femoral, temos a V. epigástrica super- ficial, além disso as Vv. pudenda externa e a ilíaca circunflexa superficial também drenam para a V. femoral - Vv. epigástricas superficial, superior e inferior - V. toracoepigástrica IRRIGAÇÃO A parte inferior é irrigada pela A. ilíca circunflexa superfi- cial e pela A. epigástrica superficial, origenadas da femoral. - Aa. epigástricas superficial, superior e inferior 2 linhas muito importantes: Linha semilunar Linha de Spieghel, uma linha curva que lembra uma meia lua, de concavidade medial que marca a zona de transição do M. transverso do abdome para a sua aponeurose. Linha arqueada Mais propício à formação de hérnias e complicações Delimita o local onde a parte posterior do M. reto do ab- dome não é mais revestida por sua bainha, logo só terá a fáscia trasversalis e peritônio, portanto é uma região delicada, o que justifica a possível formação de hérnias. CARLOS HIAGO FERREIRA MAMA Característica da classe dos mamíferos → nos 2 sexos Homens: rudimentares (com exceção dos casos de ho- mens que possuem a ginecomastia, que é o tecido ectodérmico mamário em desenvolvimento) Mulheres: questão hormonal → estrógeno Pouco desenvolvidas antes da puberdade. Na puberdade sofre crescimento e aprimoramento (ovário → produção de es- trógeno). Atinge desenvolvimento máximo nos 2 últimos meses de gravidez até a lactação (período de maior crescimento). As mulheres negras têm os mamilos (aréola e papila ma- mária) mais escurecidos que as mulheres brancas. Com o passar dos anos, os ligamentos (clavícula a partir dos septos...) que sustentam as mamas vão ficando flácidos. Forma e localização da mama Eminencia arredondada localizada na face anterior do tó- rax, está entre a 2ª e a 6ª costela, lateral a margem lateral do esterno e prolonga-se até a linha axilar anterior ou linha axilar média (hemiaxilar). O mamilo fica mais ou menos no centro da mama, na al- tura da 4ª costela ou 4º EIC. Tem formação no período embrionário do ectoderma. Após certo período (puberdade), as meninas passam a ter de- senvolvimento mamário mais acentuado. Linhas axilares: anterior (M. peitoral maior), posterior (M. latíssiomo do dorso) e média. Forma variada dependendo do grupo étnico, constitucio- nal e idade (longilínea, alta, magra: achatada e menor; e breve- línia, baixa e gorda → mama maior). Na fase da puberdade é mais delimitado o suco submamário e tende a ser mais acentu- ado com o passar dos anos (idosa: mama cai e a pele enruga →perda de colágeno) Pode ser esférica, cônica, piriforme ou achatada Geralmente a mama é maior e mais baixa à D. Composição: nomemclatura Papila mamária: exteriorização do leite Aréola mamária: nuligesta é mais rósea, nas negras e na gestação são mais escurecidas (não volta a ficar rósea) Glândulas areolares: pequenas glândulas sem excreção externa, às vezes formam tubérculos (de Montgomery). Corpo da mama: contém o tecido glângular mamário. Glândula mamária: pode fazer projeção até a axila → qua- drante supero-lateral → ↑ chances de CA de mama. o Processo lateral (axilar) o Ductos lactíferos o Lobos das glândulas: formado por pequenos lóbulos que produz o leite. Lobo = conjunto de lóbulos. o Lóbulos o Seios lactíferos o Ligamento suspensor da mama (Cooper): prende a mama no corpo da clavícula. Com o tempo tende a perder suas características. Envolve o tecido glandu- lar e faz a sustentação da mama. Na parte central tem menos mama e na parte lateral tem mais mama e mais tecido gorduroso. A glândula mamária é constituída de camada lamelar e ca- mada areolar. A camada lamelar é composta por lobos, os quais são constituídos por lóbulos. Saindo dos lobos, temos os ductos lactíferos cuja dilatação é chamada de seio lactífero. Este con- junto se projeta para a papila mamária. O tecido glandular está na camada lamelar, que é uma ca- mada gordurosa no subcutâneo. Quadrantes da mama: Linha horizontal/vertical sobre a papila mamária Súpero-lateral, súpero-medial, ínfero-lateral, ínfero-me- dial A concentração de tecido glandular e parte gordurosa é mais volumosa no quadrante súpero-lateral (processo axilar sú- pero-lateral) O maior volume da mama depende do tecido gorduroso, exceto na lactação (tecido glandular aumenta mais que o tecido gorduroso) Relações topográficas Assentada sobre a fáscia do Músculo peitoral maior, rela- cionada com o m. serrátil anterior e com a inserção aponeuró- tica do m. obliquo externo. É coberta por uma tela subcutânea, a qual é composta por camada areolar, fáscia superficial e camada lamelar. Raramente o tecido mamário perfura a fáscia do M. pei- toral maior (raiz) levando a uma mama mais fixa. Epiderme → Derme → Tela subcutânea (Camada gordu- rosa areolar (arredonda e amarela) + fáscia superficialis + ca- mada lamelar (branca, menor e transversa ou longitudinais es- branquiçadas e contém o tecido glandular da mama, formará septações que originarão o ligamento suspensor da mama) (quanto maior, mais móvel será a pele)) → fáscia muscular → M. peitoral maior. Inferiormente pode ser delimitada pelo sulco submamá- rio, já esboçado na mulher na puberdade. O sulco pode ser mais acentuado depois da lactação Entre as mamas há o seio mamário A parte nobre do corpo mamário está representa pelo te- cido grandular situado na porção lamelar Na aréola há pouca gordura, transformando-se em tecido friboso e fibras musculares lisas → musculatura sexual (M. ma- milo areolar) Esse msculo contêm fibras circulares e longitudinais e suas contrações podem projetar ou contrair o mamilo Tecido muscular de inervação autônoma (no frio → ma- milo túrgido → telotismo) CARLOS HIAGO FERREIRA Papila mamária ou mamilo: É uma projeção de forma cilíndrica ao nível da 4ª costela ou 4º EIC. Está perfurado (atravessado) por 15 a 20 ductos lactíferos que antes de desembocarem na papila apresentam dilatações que são os seios lactíferos. Areola mamária: A base da papila é circundada por uma pele de aspecto mais escura = aréola. Cor mais rosada na nulígesta e mais escura a partir do 2º mês de gestação. Pode conter pequenos relevos que são as glândulas areo- lares sebáceas que aumentam durante a gravidez formando os tubérculos. Ligamento suspensor da mama: A fáscia da tela subcutânea que envolve a glandula emite septos para o interior da mama dividindo-a e sustentando seus lóbulos. Esta fáscia se prende na clavícula Os septos são chamados ligg. suspensores da mama. Desenvolvimento embrionário Embrião de 6 semanas: espessamento ectodérmico com 5 a 6 camadas de células diferenciadas formando o cordão ma- mário, que vai desde a axila até a prega inguinal/raiz da coxa (crista mamária ou cordão lácteo). A crista involui, permanecendo apenas no 4º EIC → futu- ras mamas. Politelia (desenvolvimento de mais de 2 papilas e 2 mami- los normais) e polimastia (desenvolvimento de mais de 2 ma- mas normais → mama completa) IRRIGAÇÃO DA MAMA A. subclávia → Aa. torácicas internas (antigamente cha- mada de mamárias internas) → Aa. intercostais entre o 2º e 6º EIC (ramos finos que se avolumam na lactação) A. axilar → Aa. torácicas laterais (margem lateral do M. peitoral menor ou posterior a ele) que formarão os ramos ma- marios laterais (diferente entre os sexos, nas mulheres tem um desenvolvimento maior) A. axilar → Aa. torácicas superiores (margem medial do M. peitoral menor) → ramos mamários mediais Aa. intercostais posteriores (ramos diretos da aorta em sua parte torácica) → ramos mamários (↑ na lactação) DRENAGEM VENOSA Acompanha os ramos arteriais. As Vv. torácicas internas do lado esquerdo desembocam na V. braquiocefálica e à direita na VCS. As veias intercostais posteriores desembocam na V. ázigo, no lado direito, e as intercostais posteriores na hemiazigo e he- miazigo acessoria. A V. toracoepigástrica drena a parede torácica e a epigas- trica → V. axilar. DRENAGEM LINFÁTICA Os vasos linfáticos da glândula mamária se originam de um plexo de tecido conjuntivo interlobular e nas paredes dos ductos lactíferos. Esses dois sistemas se comunicam com o plexo linfático sub-areolar (drena a aréola e o mamilo). Além disso, possui vasos eferentes para grupos dos linfo- nodos axilares (75%), perfurando a fáscia do M. peitoral maior para os linfonodos para-esternais (ou torácicos internos) e lin- fonodos intercostais. INERVAÇÃO Nn. intercostais do 2º ao 6º EIC Ou por ramos ventrais cutâneos anteriores ou colaterais (ramos diretos da medula espinal) Eles acompanham as veias e artérias intercostais. Variações e anomalias - Amastia: ausência total de mama (no local do mamilo há mancha escura) - Atelia: falta de mamilo - Politelia: muitos mamilos (+2) - Polimastia: mais de 2 mamas Alterações no volume: - Micromastia: pequena mama - Macromastia: grande mama - Mamilos fora da crista mamária podem ocorrer pela po- tencialidade do ectoderma (mamilos ectópicos) CARLOS HIAGO FERREIRA REGIÃO INGUINAL Pertence à zona hipogástrica, nas regiões inguinais direita, esquerda e mediana. Limites - Medial: sulco paramediano → sulco na borda lateral do M. reto do abdome - Inferolateral: prega inguinal → sulco entre a parede abdominal e a coxa. - Superior: Linha bicristal → linha imagi- nária transversal que vai da crista ilíaca à margem lateral do m. reto. CANAL INGUINAL Canal que vai do anel inguinal profundo (aponeurose do M. transverso) ao superficial (ap. M. oblíquo externo) Por ele, passam estruturas que vêm da cavidade abdomi- nal para a superfície. No homem tem ± 5cm e na mulher ± 3cm. Limites - Superior: Mm. oblíquo interno e transverso do abdome - Inferolateral: Lig. Inguinal (condensação da aponeurose do M. oblíquo externo) - Medial: Margem lateral do M. reto do abdome - Posterior: Fáscia transversalis (suscetível as herniações) - Anterior: aponeurose do M. oblíquo externo Pode haver maior fragilidade da parede se a origem do M. oblíquo interno na crista ilíaca for mais alta. Nesse caso, não há cobertura adequada do canal inguinal. Conteúdo - Funículo espermático: vasostesticulares, ducto defe- rente e vasos linfáticos. Revestimento: fáscia espermática externa (M. oblíquo externo), fáscia cremastérica (M. oblí- quo interno) e fáscia espermática interna (M. transverso) o Comunic. da cavidade abdominal com o testículo o Conduto peritoniovaginal: passagem do testículo da cavidade abdominal para a bolsa testicular. Em geral se fecha, mas pode permanecer aberto, propiciando herniações. - Lig. Redondo do Útero (prende-se nos lábios maiores) - N. Ilioinguinal (plexo lombossacral, inervação sensitiva do pudendo) Atrás do canal inguinal, estão presentes dois “triângulos”: o trígono inguinal anatômico e o TI funcional. Aponeurose do M. oblíquo externo reveste o canal ingui- nal. Se o M. oblíquo interno e M. transverso conseguirem re- vestir anteriormente o canal há uma maior proteção contra herniações → Tendão conjunto (associação das fibras). Mais pode ser mais inferior... CARLOS HIAGO FERREIRA Trígono inguinal anatômico (Hesselbach) Limites - Medial: borda lateral do M. reto do abdome - Inferor: Lig. Inguinal - Lateral: vasos epigástricos inferi- ores/prega umbilical lateral Trígono inguinal funcional (Hessert) → proteção Limites - Medial: borda lateral do M. reto do abdome - Inferor: Lig. Inguinal - Lateral: M. oblíquo interno (inserção mais alta → ↑ trí- gono → ↓ proteção → ↑ fraqueza → herniação) Lig. Interfoveolar ou Hesselbach Espessamento entre as pregas umbilicais medial e lateral da fáscia transversalis. Pode haver também fibras musculares → M. foveolar Lig. cintailiopúbica ou Thompson Espessamento da fáscia transversal sobre o lig. inguinal Fáscia de Richet Atrás da cicatriz umbilical há espessamento da fáscia transversal → proteção contra hérnia umbilical → quanto mais espessa maior a proteção. Fossa inguinal medial → hérnias inguinais diretas Fossa inguinal lateral → hérnias inguinais indiretas → hérnia es- coa dentro do canal inguinal e pode cair dentro da bolsa escro- tal no homem → hérnia inguinoescrotal. PREGAS UMBILICAIS São revestimentos peritoneais que formam saliências e depressões que se projetam na parede anterolateral do ab- dome. Prega supraumbilical: Lig. redondo do fígado (V. umbilical obliterada) Prega umbilical mediana: Úraco obliterado Bexiga → cicatriz umbilical Úraco patente → secreção pela cicatriz umbilical Pregas umbilicais mediais (direita e esquerda): Aa. umbilicais obliteradas Pregas umbilicais laterais (direita e esquerda): Vasos espigástricos inferiores patentes CARLOS HIAGO FERREIRA Entre as pregas, há fossas: Fossa supravesical: Entre as pregas umbilicais mediana e medial. Fossa inguinal medial: Entre as pregas umbilicais medial e lateral Coincide com a região do trígono inguinal Fossa inguinal lateral: Lateral à prega umbilical lateral Coincide com o anel inguinal profundo. ANEL FEMORAL Orifício de passagem de estruturas da cavidade abdominal para a raiz da coxa. Contém a bainha femoral que reveste os vasos femorais. Limites: - Superior: Lig. inguinal (aponeurose M. oblíquo externo) - Medial: reflexão do Lig. inguinal sobre o tubérculo pú- bico em direção à crista pectínea → Lig. Lacunar (Gim- bernat). - Inferior: Lig. pectíneo (Cooper) → corre sobre a crista pec- tínea e deriva da fáscia do músculo ilíaco (mais frágil pois as fibras são mais finas). - Lateral: Lig. Iliopectíneo. Conteúdo: A. femoral (lateral), V. femoral e canal femoral (medial). Sobre a A. femoral, passa o ramo femoral do N. genitofe- moral (atenção: não é o nervo femoral, pois este se encontra fora do anel, junto ao M. iliopsoas). Dentro do canal femoral, há os chamados linfonodos in- guinais profundos ou linfonodos de Cloquet. HÉRNIAS: Há hérnias que ocorrem na fossa inguinal medial (hérnia inguinal direta → fraqueza da parede → M. oblíquo interno não recobre) e na fossa inguinal lateral (hérnia inguinal indireta → persistência do conduto peritoniovaginal). Pode haver protrusão de alguma alça pelo canal femoral, ocorrendo hérnia femoral. A hérnia indireta pode ser uma hérnia inguino-escrotal (o conteúdo não necessariamente é alça intestinal; nem sempre a alça chega à região escrotal). Hérnia umbilical: atrás da cicatriz umbilical, há fibras transversas (de Richet) da própria fáscia do abdome, que con- ferem resistência. Se a pessoa engorda ou é gestante, essas fi- bras se distanciam, formando pontos de fraqueza → hérnia. CARLOS HIAGO FERREIRA HÉRNIAS DO ABDOME Conceito Protrusão do conteúdo da cavidade abdominal através de um ponto de fraqueza da parede, natural ou adquirido, sendo conservada a integridade do peritônio e da pele. Ponto de fraqueza ↓ Anel herniário ↓ Colo Parte do órgão comprimido pelo orifício ↓ Hérnia Conteúdo exteriorizado, mas com preservação do peritônio e da pele Classificação topográfica: Hérnia - Epigástrica, inguinal (maior incidência), umbilical, femo- ral, lombar, diafragmática, semilunar (Spiegel), obturató- ria, perineal. - Tudo depende do local de fraqueza! Quanto à etiologia - Congênita - Adquirida (carregar peso) - Pós-operatória (incisional, suturas inadequadas, fragili- dade do local operado). Quanto ao comportamento Redutíveis: conteúdo do saco herniário pode ser recolo- cado no interior da cavidade abdominal por manobras manuais ou espontaneamente. Irredutíveis o Encarcerada: não conseguimos a redução nem es- pontaneamente nem por manobras. o Estrangulada: interrupção do trânsito intestinal e comprometimento circulatório da alça (sofrimento da víscera ou órgão protruso → isquemia). Quanto ao conteúdo Adiposas, omentais, viscerais. Incidência - Hérnias inguinais 75% - Hérnias umbilicais 9% - Hérnias incisionais 9% - Hérnias femorais 3% - Hérnias epigástricas 1% - Hérnias diafragmáticas 1% Hérnias inguinais: + em homens (3x1) → trabalho/serviços mais pesados e persistência do conduto peritoniovaginal. o Quanto à idade: 2ª e 3ª décadas. o Quanto ao lado: D > E o Quanto ao tipo: inguinal indireta Hérnia inguinal direta Fossa inguinal medial No trígono inguinal, atrás do funículo espermático Apresenta colo largo (↑ anel herniário → menor chance de estrangulamento) Conteúdo do saco herniário: o Fáscia transversal o Peritônio o Omento maior ou alça intestinal Hérnia inguinal indireta Fossa inguinal lateral No anel inguinal profundo Desce no interior do funículo Podem encarcerar ou estrangular (colo estreito) Conteúdo do saco herniário: o Peritônio o Fáscias do funículo espermático o Omento maior ou alça intestinal o Apêndice, ovário, bexiga... 1. fossa supravesical 2. Fossa inguinal medial 3. Fossa inguinal lateral CARLOS HIAGO FERREIRA Hérnias lombares HL superiores: abaixo da 12ª costela, posterior à linha axi- lar posterior (trígono de Gryn- felt). Mais frequente, pois o asso- alho tem apenas a fáscia toraco- lombar. HL inferiores: acima da crista ilíaca (trígono de Petit) Hérnias diafragmáticas Hérnia no trígono esternocostal (espaço de Morgagni): entre feixe esternal e costal Hérnias hiatais: através do hiato esofágico, desdobra- mento do pilar direito do diafragma o Mais frequentes – alargamento do hiato esofágico Hérnias no trígono costolombar (Bochdalek): entre feixe costal e lombar o Geralmente em crianças (congênita) Hérnias femorais Anel femoral + em mulheres (34%x2%) → bacia mais larga (= anel femo- ralmaior/pelve ginecoide) Hérnia obturatória Raras Acompanham o feixe vásculo-nervoso para a coxa Através do forame obturado (revestido pelo m. obturató- rio → ponto de fragilidade → herniação) Outras hérnias Hérnias do períneo, glúteo, ísquio: às vezes podem haver pontos de fraqueza nessa região → são raras Não confundir hérnias de períneo com prolapso (uterino, retal). CARLOS HIAGO FERREIRA Hérnia umbilical + em mulheres (16%x1%) → gestação Crianças, mulheres (gestação), obesos, ascite... Hérnia epigástrica Por fraqueza na linha alba (união das aponeuroses) Hérnia da linha semilunar (Spiegel) Linha semilunar é o local de transição da parte carnosa do M. transverso para sua parte aponeurótica Pontos factíveis de protrusão (fraqueza) Palpação das hérnias Distinção das hérnias inguinais Palpação com o 2º dedo, palpando pela bolsa escrotal, tentando chegar no anel inguinal superficial. Manda o paciente soprar a mão (manobra de Valsalva – ↑ a pressão abdominal de forma que o conteúdo da cavidade abdominal tende a pro- truir pelos pontos de fraqueza) É possível palpar a hérnia batendo na ponta do dedo (hér- nia direta – palpação direta do trígono inguinal de Hesselbach) ou na polpa do dedo (hérnia indireta – está vindo pelo anel in- guinal) Atenção: Não confundir gastrosquise e onfalocele com hérnia. Estas são alterações/malformações na parede abdominal durante o desenvolvimento embrionário. Gastrosquise: apenas as alças estão expostas, mas sem peritônio e pele. Onfalocele: alça e peritônio, mas sem pele. CARLOS HIAGO FERREIRA MEMBRO SUPERIOR Aorta dorsal e ventral 6 arcos regridem e formam o arco verdadeiro 3º/4º formarão os ramos supraorticos. Na saída do arco da aorta forma um istmo (estreitamento) da aorta onde tem o Lig. arterial (canal arterial) A. subclávia quando sai do tronco braquiocefálico faz uma cur- vatura 2cm acima da clavícula → palpável IRRIGAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR A irrigação se dá do centro para a periferia: centrífuga A partir do ventrículo esquerdo, origina-se a aorta. Seus 1ºs ramos são as Aa. Coronárias, depois tronco braquiocefálico, A. carótida comum E e A. subclávia E. Do tronco braquiocefá- lico, saem a A. subclávia D (na altura da articulação esternocla- vicular) e a. carótida comum D. A. subclávia à A. axilar (borda lateral da 1ª costela) à A. braquial (margem inferior do M. redondo maior, na 1ª porção é medial ao úmero (1/3 médio e proximal), depois desce em espiral (1/3 distal), na fossa cubital, passando anteriormente ao úmero, sendo esses os pontos de palpação adequados e pulso escolhido na aferição da PA). A. BRAQUIAL Termina na altura da cabeça do rádio, se dividindo em A. radial e A. ulnar (aproximadamente 1cm abaixo da prega do cotovelo – abaixo da aponeurose do bíceps) A. RADIAL A A. radial passa posteriormente ao M. braquioradial e anteriormente ao M. pronador redondo na parte proximal. Na parte distal é medial ao tendão do M. braquirradial e lateral ao M. flexor superficial dos dedos e M. flexor radial do carpo. Na região do punho a A. radial torna-se mais superficial, onde emite ramos superficiais. Um dos ramos cruza dorsalmente o polegar e retorna para a parte ventral, passando posterior ao CARLOS HIAGO FERREIRA M. adutor do polegar e anterior ao M. extensor longo do pole- gar, que ao se anastomosar com o ramo da A. ulnar formará o arco palmar profundo. A. ULNAR A A. ulnar passa posterior ao M. pronador redondo, M. flexor radial do carpo, M. flexor superficial dos dedos e M. pal- mar longo e lateral ao M. flexor ulnar do carpo na parte proxi- mal. Desce em direção medial e sobre o M. flexor profundo dos dedos. Na parte distal está entre os tendões dos Mm. flexor ulnar do carpo (A. ulnar está lateral) e superficiais dos dedos (A. ulnar está medial). Dará origem a A. interóssea comum → R. Interóssea anterior e posterior → membrana interóssea. 1/3 proximal corre junto com o N. mediano e no 1/3 distal com o N. ulnar. No seu início, é lateral ao N. mediano e, depois, como se desloca medialmente, acompanha o N. ulnar em sua parte mais distal. Origina a artéria interóssea na região proximal do antebraço. Desce junto à membrana interóssea (a frente e/ou atrás da membrana porque pode se dividir em ramos anterior e posterior). Quando passa anteriormente, a A. interóssea acompanha o N. mediano (sua principal relação). Essa artéria é importante do ponto de vista embrionário, pois é a 1ª que se origina no antebraço. Na região hipotenar a A. ulnar vai se superficializar e ao receber contribuição do ramo superficial da A. radial e formam o arco palmar superficial. CARLOS HIAGO FERREIRA Ramo superficial do N. radial (continua na região ventral do antebraço) está junto com a A. radial e o ramo profundo (vai para região dorsal do antebraço) está junto com a A. interóssea posterior (anterior aos Mm. extensor dos dedos e extensor ulnar do carpo). Angeítes ou tromboangeítes: processo inflamatório das artérias/com + trombos. Tabagistas e doentes reumáticos. A. braquial se relaciona com ramos do plexo braquial, for- mado pelas raízes ventrais dos nervos espinais. O nervo medi- ano é um dos ramos terminais do plexo e acompanha a artéria braquial, cruzando-a anteriormente, da parte lateral para a parte medial. Acompanhada por duas veias braquiais Está recoberta pela fáscia do músculo bíceps braquial e está assentada pelo m. braquial. Quando a V. braquial é única ela é medial a A. braquial, e quando é dupla uma é medial e a outra é lateral. A A. braquial corre sobre o M. braquial e na fossa cubital passa abaixo da aponeurose do M. bíceps braquial. N. mediano cruza A. braquial da parte lateral (1/3 proxi- mal) para a medial (1/3 distal). O N. ulnar (fasc. medial) estará mais medial e posterior a A. braquial. N. músculocutâneo (fasc. lateral) é lateral a A. braquial N. radial (fasc. posterior) é posterior a A. braquial. Ramos importantes da A. braquial: 1. A. braquial profunda: Mais proximal e origem pósterolateral bem no início (2cm da origem) da A. braquial Passa abaixo da musculatura de origem Acompanhada pelo nervo radial Tem dois ramos: A. colateral radial e A. colateral média (colaboram com a circulação colateral do braço) que vão para a região posterior do cotovelo e se anastomosam com a A. ra- dial e Aa. do cotovelo para irrigação local. 2. A. colateral ulnar superior e A. colateral ulnar inferior: Região medial do braço Anastomoses Essas 3 artérias e os dois ramos da artéria braquial pro- funda fazem uma grande rede de anastomoses que irrigam o membro superior mesmo quando há oclusão/trombose da A. braquial, mas isso depende do nível da oclusão, da extensão e da cronicidade (obstrução crônica → ↑ desenvolvimento da circulação colateral, em obstrução aguda a circulação colateral é menos eficiente). Cotovelo → área de anastomoses arteriais Em caso de obstrução da A. braquial há anastomoses dos ramos da A. axilar com a A. braquial profunda ou com a A. co- lateral ulnar superior que formam a colateralidade para supri- rem a região. Lei de Poiseuille → lei da circulação colateral dos vasos 3% tem formação incompleta dos arcos palmares. Quando chega na fossa cubital, a A. colateral radial se anastomosa com um ramo da A. radial → A. recorrente radial. Uma artéria é chamada “recorrente” quando inverte o seu fluxo de sangue, ou seja, o fluxo de sangue não é mais centrí- fugo. A A. recorrente ulnar se anatomosa com as Aa. colaterais ulnares. ARCO CÁRPICO Formado: ramos da A. ulnar, A. radial e A. interóssea na regiãocárpica. Arco Palmar Profundo: originado pela A. radial, com con- tribuição pequena da A. ulnar (ramos superficiais). Arco Palmar Superficial: originado pela A. ulnar, com pe- quena contribuição da A. radial (ramos superficiais) Se houver um processo obstrutivo de uma das artérias, a outra é capaz de suprir bem a mão (manobra de Allen). Essa circulação auxiliar é muito importante. A. radial e A. ulnar → ramos superficial e profundo Manobra de Allen: compressão da A. ulnar e A. radial. Analisa da perviedade das artérias. N. mediano: 1º, 2º, 3º e 4º (1/2 lateral) dedos N. ulnar: 4º (1/2 medial) e 5º dedo Irrigação do dedo A partir dos arcos palmares, há a formação dos ramos me- tacarpais (Aa. metacárpicas) e depois as Aa. digitais, que vão estar tanto na parte lateral quanto medial dos dedos (cuidado na anestesia do dedo, pois nessa região, não há apenas os Nn. digitais. CARLOS HIAGO FERREIRA DRENAGEM VENOSA DO MEMBRO SUPERIOR 3 sistemas: superficial, profundo e comunicante. DRENAGEM VENOSA SUPERFICIAL Mais importante → + 70% do fluxo de sangue Sistema com maiores variações anatômicas São mais calibrosas que as do sistema profundo e são usa- das para acesso venoso V. cefálica, V. basílica, V. intermédia do antebraço, V. in- termédia do cotovelo São locais onde podem ser feitas as fístulas arteriovenosas (hemodiálise; comunicação entre Aa. e Vv.) V. CEFÁLICA Se forma no dorso da mão, na região lateral a rede venosa dorsal da mão ← Vv. metacárpicas ← Vv. digitais Rede venosa dorsal da mão + V. digital dorsal do polegar → V. cefálica. Ascende pelo antebraço, se tornando lateral até chegar na fossa cubital, face anterior, emite a tributária V. intermédia do cotovelo comunica a V. cefálica com a V. basílica. Entre os M. bíceps braquial e M. braquiorradial, subindo lateralmente ao bíceps braquial. Passa no sulco entre o deltoide e o peitoral maior (sulco deltopeitoral), perfurando a fáscia do M. peitoral maior (na Fás- cia clavipeitoral) e correndo junto com A. toracoacromial. Na região da fossa cubital, a V. cefálica origina a V. inter- média do cotovelo, que comunica a V. cefálica com a V. basí- lica. Puncionável em todo o trajeto → superficial e grossa Perfura a fáscia profunda do M. peitoral maior → desem- boca na V. axilar → formando a V. subclávia na borda lateral da 1ª costela. Está junto com o N. cutâneo lateral do antebraço. V. BASÍLICA Forma-se na rede venosa dorsal da mão + Vv. digitais do 5º dedo. Passa pela parte medial do braço e, chegando à fossa cu- bital, recebe a V. intermédia do cotovelo e sobe medial ao M. bíceps braquial. Veia de grosso calibre, as vezes até mais grossa que a V. cefália. Acesso venoso da V. basílica: localiza no epicôndilo me- dial, 2 cm acima e lateral. No 1/3 médio do braço se torna subfacial, pois perfura a fáscia do M. bíceps braquial + Vv. braquiais → V. axilar na mar- gem inferior do M. redondo maior. VV. INTERMÉDIAS DO ANTEBRAÇO E DO COTOVELO A parte anterior da mão forma um arco venoso palmar, que vai desembocar o sangue na V. intermédia do antebraço → V. intermédia do cotovelo DRENAGEM VENOSA PROFUNDA Acompanha a irrigação (2 Vv. à 1 A.) Vv. ulnares, Vv. radiais, Vv. braquiais, V. axilar, V. subclávia V. axilar e V. subclávia → acesso venoso central Vv. radiais + ulnares → Vv. braquias + V. basílica → V. axilar FOSSA CUBITAL Espaço em forma de V na região anterior do cotovelo Limites - Sup.: linha biepicondilar (linha imaginária entre os epi- côndilos do úmero). - Medial: M. pronador redondo - Lateral: margem medial do M. braquiorradial - Teto: aponeurose do M. bíceps braquial - Assoalho: M. braquial (medial) e M. supinador (lateral) Conteúdo: CARLOS HIAGO FERREIRA A. braquial, N. mediano e tendão do bíceps braquial Em baixo o M. braquial. Na profundidade passa o N. radial lateralmente. Superficialmente: V. cefálica (lateralmente), acompanhada pelo N. cutâneo lateral do antebraço (N. musculocutâneo) V. basílica (medialmente), acompanhada pelo N. cutâneo medial do antebraço V. intermédia do antebraço corre na parte anterior do an- tebraço e desemboca na V. intermédia do cotovelo, que pode estar localizada na fossa cubital. Punção errada na fossa cubital pode lesar a A. braquial e o N. mediano. O N. ulnar não está dentro da fossa (posterior ao epicôn- dilo medial) e o N. radial na profundidade sim (lateral) DRENAGEM LINFÁTICA A drenagem linfática do MS é feita para 2 grupamentos de linfonodos: os linfonodos axilares e não axilares. LINFONODOS AXILARES Recebem drenagem da pa- rede abdominal e torácica, acima da cicatriz umbilical, e do dorso, acima da crista ilíaca, e do ombro e nuca, não apenas do MMSS. Grupamentos: lateral, ante- rior, posterior, central, apical. Grupo lateral ou umerais - 4-6 linfonodos - Situados ao longo da parede lateral da axila, póstero-me- dial à V. axilar - Drena todo o MS, exceto os vasos linfáticos que acompa- nham a V. cefálica que vão para o grupo apical. - Vasos eferentes (dos grupos lateral, peitoral e subescapu- lar) vão para os grupos central ou apical. Depois do grupo central para o grupo apical. Grupo anterior ou peitoral - 4-5 linfonodos - Situados ao longo da parede medial da axila, ao redor da V. torácica lateral e margem inferior do M. peitoral menor - Drena toda a parede anteriolateral do tórax (maior parte da mama) e do abdome acima da cicatriz umbilical. Grupo posterior ou subescapular - 6-7 linfonodos - Situados ao longo da prega axilar posterior e vasos subes- capulares, abaixo da escápula, posterior à axila, na mar- gem inferior ao M. latíssimo do dorso. - Drenam dorso, ombro, região cervical posterior. Grupo central - 3-4 linfonodos grandes. - Situados profundamente ao M. peitoral menor, perto da base da axila, associados à 2ª parte da A. axilar. Na região central da axila, disperso na gordura. - Recebe vasos dos outros grupos (anterior, lateral e poste- rior) e seus vasos eferentes vão para o grupo apical. Grupo apical - 6-12 linfonodos - Situados no ápice da axila, ao longo da face medial da V. axilar e 1ª parte da A. axilar. Na margem superior do M. peitoral menor. - Recebe vasos de todos os outros grupamentos + vasos lin- fáticos que acompanham a V. cefálica + drenagem do qua- drante súpero-lateral da mama. - Os vasos eferentes atravessam o canal cervicoaxilar (deli- mitado: medialmente pelas 3 primeiras costelas, lateral- mente pelo processo coracoide e parte superior do úmero, posteriormente pela escápula). LINFONODOS NÃO AXILARES Linfonodos pequenos localizados no antebraço Supratrocleares: - 1-2 linfonodos - Acima da tróclea: epicôndilo medial do úmero - Drena a região mais medial do antebraço Isolados - 1-2 linfonodos - Localizados em todo o antebraço e Infraclaviculares - Drena a V. cefálica e coletores - Seus vasos eferentes vão para o grupo lateral Do grupo apical, formam-se os ductos subclávios. Lado E: ducto subclávio + ducto jugular → ducto torácico → ângulo jugulosubclávio (confluência entre a V. jugular in- terna E e a V. subclávia E) ou diretamente em uma dessas 2 veias. Lado D: ducto subclávio + ducto jugular → diretamente em uma das veias ou em sua confluência porque não há ducto torácico. Cisterna do quilo ou de Pecquet: dilata- ção do ducto torácico em sua origem. Lado D: Ducto linfático/subclávio Lado E: Ducto torácico Linfedena secundário: pós linfadenectoma axilar (esvazia- mento ganglionar e retirada de linfonodos) → evolui com edema duro. Não pode puncionar e aferir a PA no membro. CARLOS HIAGOFERREIRA AXILA Região de transição entre o tórax e o MS. Estruturas importantes A. axilar, V. axilar, V. cefálica, ramos/Nn. do plexo bra- quial, fascículos do plexo braquial e linfonodos. Forma piramidal com base quadrada: 4 paredes Lateral, medial, anterior e posterior. Limites: - Ápice: 1ª costela, clavícula e a escápula - Base: fáscia clavipeitoral ou do M. peitoral menor deri- vam da fáscia cervical (derivada da fáscia prevertebral) - Anterior: M. peitoral maior e menor - Posterior: M. latíssimo do dorso - Medial: costelas (arcos costais), Mm. intercostais exter- nos e M. serrátil anterior. - Lateral: sulco intertubercular do úmero ESPAÇOS DE VELPEAU Espaço Quadrangular de Velpau (Úmero-Triccipital) Limites: - Superior: M. redondo menor - Inferior: M. redondo maior - Medial: cabeça longa do tríceps braquial - Lateral: colo do úmero Conteúdo: - N. axilar e A. circunflexa posterior do úmero Importância clínica: lesão dessas estruturas - N. axilar: inerva o M. deltoide e M. redondo menor → não consegue fazer abdução e rotação lateral do braço. - A. circunflexa posterior do úmero → hematoma Por ter esqueletotopia pode ter uma lesão mais grave. Espaço Triangular de Velpau (Omo-Triccipital) - Bem menor - O único conteúdo é a A. circunflexa da escápula Limites: - Superior: M. redondo menor - Inferior: M. redondo maior - Lateral: cabeça longa do tríceps Os fascículos (medial, posterior e lateral) do plexo bra- quial tem grande relação com a A. axilar. Há também ramos que descem direto das suas raízes ou do tronco do plexo braquial: N. toracodorsal (Fasciculo posterior em direção ao M. latíssimo do dorso), N. torácico longo (M. serrátil anterior), N. peitoral lateral (M. peitoral maior), N. peitoral medial (M. peitoral me- nor e ramo para o M. peitoral maior). Linfonodos axilares N. intercostobraquial: região intercostal- segundo espaco intercostal para o braço, cruzando a axila. A. AXILAR A. subclávia → (margem lateral da 1ª costela) → A. axilar → (margem inferior do M. redondo maior) → A. braquial. O M. peitoral menor passa sobre a A. axilar e a divide em 3 porções: medial, posterior e lateral ao músculo. A 1ª parte é medial, a 2ª é posterior e a 3ª é lateral ao M. peitoral menor. 1ª porção da A. axilar Tem diversos elementos em sua sintopia: - Anterior: cruzada pela V. cefálica e por tributárias da V. axilar (V. toraco acromial); revestida pela fáscia do M. peitoral menor CARLOS HIAGO FERREIRA - Lateral: ramificações do plexo braquial (fascículo lateral e o fascículo posterior) - Medial: V. axilar (acesso venoso central) - Posterior: fascículo medial do plexo braquial, N. torácico longo e os músculos da parede medial da axila, M. serrá- til anterior, Mm. intercostais e os 1ºs arcos costais (onde artéria está acentada). 2ª porção da A. axilar Passa no meio dos fascículos → nomes correspondentes Sintopia: - Anterior: M. peitoral menor - Lateral: fascículo lateral - Medial: fascículo medial, N. peitoral medial (fascículo medial separa a A. da V. axilar), V. axilar - Posterior: fascículo posterior 3ª porção da A. axilar Toda relacionada com os ramos dos fascículos Praticamente todos os ramos do plexo braquial estão la- terais ao M. peitoral menor. Sintopia: - Anterior: cruzamento (medial → lateral) da raiz medial do N. mediano (fascículo medial) - Medial: N. ulnar e Nn cutâneos mediais (fascículo medial) - Lateral: N. musculocutâneo (fascículo lateral) que per- fura o músculo toracobraquial e raiz lateral do N. medi- ano (fascículo lateral) e nervo mediano. - Posterior: N. radial e N. axilar (fascículo posterior) RAMOS DA A. AXILAR o 1ª parte: 1 único ramo – A. torácica superior ou suprema o 2ª parte: 2 ramos – A. toracoacromial (se divide em 4 ra- mos: clavicular, acromial, deltoideo e peitoral) e A. torá- cica lateral (mais calibrosas, contribui na irrigação da parte lateral do tórax e da mama) o 3ª parte: o ramo mais calibroso – A. subescapular (ramos: A. toracodorsal (M. latíssimo do dorso) e A. circunflexa da escápula) e Aa. circunflexas anterior e posterior do úmero (rodeiam o colo do úmero). A. torácica superior ou suprema (pode existir) Ramo fino da 1ª parte, passa medial ao M. peitoral menor Direciona ao 1-2º EIC para irrigar os Mm. intercostais A. toracoacromial Ramo da 2ª parte Mais medial que a A. torácica lateral 4 ramos: peitoral, clavicular, acromial e deltoideo, que contribuem para a irrigação do ombro e do peitoral A. torácica lateral Ramo da 2ª parte, passa lateral ao M. peitoral menor Mais calibrosa conforme maior a mama A. subescapular Ramo da 3ª parte 2 ramos: A. circunflexa da escápula (espaço triangular) e A. toracodorsal (M. latíssimo do dorso) CIRCULAÇÃO COLATERAL Essa região possui uma grande circulação colateral, que faz anastomoses entre ramos arteriais devido a processos obs- trutivos. A obstrução em um ramo principal (geralmente por aterosclerose) aumenta a pressão nesses vasos colaterais. A. supraescapular e A. dorsal da escápula (ambos ramos da A. subclávia) se anastomosam com os ramos da A. axilar (normalmente A. toracoacromial ou A. circunflexa da escápula). Isso faz com que o fluxo do sangue nas obstruções da axila passe por esses ramos da subclávia e cheguem aos ramos da axilar, mantendo viável o fluxo para o membro superior. V. AXILAR A V. axilar é sempre medial à A. axilar. Geralmente, podem ser separadas por nervos (fascículo medial). Começa na margem inferior do M. redondo maior, com a união da V. basílica com a V. braquial e termina na margem la- teral da 1ª costela, formando a V. subclávia, que se une à V. jugular interna e forma a veia braquiocefálica. ESQUEMA CARLOS HIAGO FERREIRA CARLOS HIAGO FERREIRA NEUROPATIA DO PLEXO BRAQUIAL Introdução Epineuro Interno/externo 25-75% do nervo Grande resposta à lesão Perineuro Ao redor de grupo de fascículos Controla difusão iônica Protege contra infecção Mantém pressão intrafascicular + Endoneuro Redor dos axônios Formação do tubo de cé- lulas de schwann Degeneração - Degeneração distal (Walleriana) - centrífuga - Degeneração proximal (Axônica) - centrípeta - Degeneração muscular: 3 meses com sinais de fibrose - Ideal reinervar de 1-3 meses. - Reinervação funcional de 1-3 anos. - Não se espera reinervação após 3 anos. - Regeneração / 1-2 mm/dia. Reparo nervoso - Reparo 1º → horas após. - Reparo 1º retardado → 5-7 dias. - Reparo 2º → após a 2ª semana. Neurorrafia 2ª sob condições favoráveis tem melhor re- sultado que neurorrafia 1ª em condições desfavoráveis. Técnicas de reparo Sutura epineural externa Sutura epineural interna Sutura perineural Sutura do Nervo Fios: Mononylon 8.0 ou Prolene 7.0 Enxerto de nervo - Melhor do que sutura sob tensão. - Em condições favoráveis não há diferença com a sutura - Manter em bom leito para sua vascularização. Áreas doadoras: - N. sural - N. cutâneo medial do antebraço - N. cutâneo lateral do antebraço Neurólise - Extraneural - liberação do nervo de área cicatricial ao seu redor. - Intraneural - abertura do epineuro e liberação da cicatriz e constrição interfascicular. Neurotização pela cirurgia de Oberlin 2 fascículos motores do N. ulnar para os 2 ramos do musculocutâneo para o bíceps Reabilitação - 3-4 sem imobilização. - 3 sem - 3 meses ganho de
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