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Resumo da 1ª avaliação da História da Filosofia Contemporânea

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História da Filosofia Contemporânea
 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA.
Em relação ao início da contemporaneidade não há uma data precisa dessa passagem, contudo Hegel é uma referência importante como marco do novo período. Há uma ruptura e ao mesmo tempo continuidade entre História da filosofia moderna e contemporânea. 
1.1 Breve histórico da História da Filosofia Moderna.
Primeiramente temos de destacar a autonomia dos saberes: teologia, filosofia, ciência. Cada uma adquiriu conteúdo e método próprio, assim temos uma pluralidade de visões, vários métodos (a partir do método científico). Se destacam duas grandes linhas de pensamento desse período: Racionalismo e Empirismo, numa visão determinista e mecanicista que desemboca num materialismo e num ateísmo. 
Numa perspectiva antropológica o ser humano é visto como um ser individual, portador de liberdade como dever, baseando-se numa ética utilitarista. Ao passo que existe uma mudança radical do Teocentrismo para o Antropocentrismo.
Kant supera o empirismo e o racionalismo pelo criticismo. 
Até a modernidade o Eu era um objeto agora na contemporaneidade o Eu é um Tu. Um interlocutor (método fenomenológico) o conteúdo é o Outro como Alteridade=pessoa. Essa é a grande novidade.
1.2 Século XIX.
	A presença do sistema hegeliano e do idealismo alemão, logo no início do sec. XIX. As idéias dos pré-socialistas (socialismo utópico) – Owen, Saint-Simon, Fourier. O socialismo (cientifico)- Marx, Engels passando pelo Romantismo e Historicismo. 
O positivismo (Augusto Comte) a 1ª metade do sec. XIX. O evolucionismo de Darwin e Lamarck .
Em 1860- Retorno a Kant- o neokantismo e sua reflexão que abre espaço para a Fenomenologia.
Em 1870- Retorno a Metafísica (Neo-Escolástica e Neo-Tomismo).
Em 1890- Questão social- Leão XII e a “Rerum Novarum” e “Aterni Patris”.
Kierkegaard (1813-1855)- Crítica ao sistema hegeliano
François Maine de Biran (1766-1884) Personalismo 
Nietzsche (Nihilismo) 
Freud (psicanálise) 
Marx (1818-1883)- Social
Leão XII
1.3 Crise no final do século XIX e início do século XX
	A crise provêm da ciência (os problemas sanados pela razão e pela técnica), especialmente na matemática e na física, principalmente pelo aspecto da matéria e a visão mecanicista- determinista (Descartes e Newton). Einstein quebra essa visão com a teoria da relatividade – Teoria Quântica.
	Newton é questionado numa crise começa a perder certas certezas. A matemática e a geometria e a Teoria dos Conjuntos- Kantor.
	Inicia-se um profundo questionamento em relação ao conhecimento científico (tecnologia), uma suspeita a respeito da razão humana.
	O irracionalismo um anti-intelectualismo, criticando a razão de dar uma resposta absoluta. Um antidogmatismo, tendência a um pensar crítico-analítico. Nesse contexto surge a fenomenologia como método. Ao passo que na Filosofia o método lógico-matemático numa lógica simbólica ocupa espaço. 
	O conteúdo começa a ser questionado buscando uma fundamentação metafísica, uma base, retorno a visão ontológica. 
PONTOS NEGATIVOS DA CRISE
Descrédito da razão humana;
Ceticismo (dúvida do conhecimento);
Mau uso da ciência e da técnica;
Menosprezo pela pessoa humana;
Ética da irresponsabilidade (ética pragmática- utilitarista) 
Relativismo (tudo é explicado apenas de um prisma, não se vê a totalidade);
O progresso e suas conseqüências;
Secularização-positiva (uma depuração nos excessos) e o secularismo (ponto negativo), um materialismo ateu. 
PONTOS POSITIVOS
Pensamento crítico-analítico, lógico (indutivo-dedutivo) 
Avanço tecnológico e científico (tendência básica não de que a ciência resolverá todos os problemas), sabe das suas impossibilidades.
Retomada da consciência sobre a pessoa humana;
A consciência de que não podemos colocar toda a nossa confiança na ciência.
1.4 Situação Sócio-Cultural
	
	Segunda metade do sec. XIX e final do sec. XX inicio do sec. XXI. Existem vários fatos acontecendo (político, social, econômicos, sociais, culturais).
POLÍTICOS: 
As suas grandes guerras mundiais. 
A divisão de dois blocos econômicos (o capitalista e o socialista), bem como a Guerra fria. 
A queda de um dos blocos (socialista) –Queda do muro de Berlim
A crise de 29 a Quebra da Bolsa de Nova York
SOCIAIS
Formação dos sindicatos na Europa e na América, bem como as pequenas revoluções. 
A China de Mao Tse-Tung e o socialismo
O surgimento do Japão que pela educação em duas décadas passa a ser uma nação industrializada
A ONU, UNESCO, as ONG’S
As greves
RELIGIOSAS
Preparação e desenvolvimento do Concílio Vaticano II;
Avanço do pentecostalismo;
O processo de secularização e secularismo
A nova visão de pastoral na Igreja e a doutrina social
A Nova Era
A Teologia da Libertação
CULTURAIS CIENTÍFICOS
O avanço da Biologia
Avanço da comunicação
Os meios de transporte 
As descobertas espaciais
Na educação novos métodos e meios.
1.5 Nascimento de um novo tipo de humanidade
	Todas as características elencadas acima proporcionaram um novo tipo de humanidade, um novo modo de viver, numa perspectiva antropológica de um novo ser humano.
CARACTERÍSTICAS:
1. Instabilidade: política, econômica, cultural e religiosa.
2. Mudança: num todo que não é superficial, mas com bases ideológicas. 
3. Anti-Dogmatismo: uma aversão a quaisquer bases dogmáticas, fixas, canônicas pré estabelecidas. Aversão a tradição.
4. Secularização: essa por sua vez como abertura a modernidade e positiva até certo ponto, contudo acaba por desembocar num secularismo –ateísmo—materialismo. Ao mesmo tempo um retorno ao transcendente
5. Praticidade: numa visão pragmática favorecendo o aspecto prático, de necessidade.
6. Utopia: o s.h no século XX está cheio de utopias. A utopia antes de tudo é uma crítica à realidade atual (crítica do presente), não é voltar-se apenas para o futuro.
7. Socialidade ou Sociabilidade: 
8. Historicidade: Freud influencia quando chama atenção de que a vida humana não é apenas um passado , presente e futuro de forma estanque. Essas dimensões interagem entre si de forma dinâmica. O inconsciente e a tarefa de guardar os fatos. Essa visão repercute na ética, na moral e aos poucos chega ao direito.
9. Desorientação: o s.h está desorientado com tantas mudanças, é difícil estabelecer um ponto seguro. Esse ponto de referência perdido, referência aqui entendida como certezas científicas, da física, química, matemática, moral, religião, Não há critérios, parâmetros. O que é justo? O que é injusto?O que é honesto? O que é desonesto? 
Todas essas características criam um novo modo de filosofar e uma nova humanidade. 
1.6 Reviravolta antropológica da pesquisa filosófica
	A filosofia, a teologia e as ciências estavam juntas na antiguidade e na medievalidade. Na modernidade a autonomia das ciências, o ser humano visto pelo aspecto racional (“Eu penso”) este indivíduo, com seus direitos acentuados pela Revolução Francesa ao passo que temos a influência do liberalismo. 
	Ênfase na Gnosiologia. No âmbito SOCIAL: Pré-socialismo, Socialismo, Doutrina da Igreja. A pessoa ganha destaque no sec. XX, uma reviravolta do s.h indivíduo para o social (pessoa) que possui uma interioridade. 
	O s.h não é mais visto como um “EU” isolado, mais um “EU” relacionado com o “TU” um interlocutor. O EU+TU=NÓS e o ressalto sobre o aspecto comunitário. 
1.7 Correntes Filosóficas
	Nesse período há uma PLURALIDADE DE VISÕES E PENSAMENTOS. 
	Começamos por KANT- e o Neokantismo. O Neo- Idealismo alemão (Hegel, Fitche). 
	Tomando por base a EPISTEMOLOGIA: Filosofia da Linguagem, Filosofia Analítica, Neo-Positivismo, Neo-Realismo, Estruturalismo, Fenomenologia. 
	Em relação à METAFÍSICA: Neo-Escolástica e o Neo-Tomismo.
	Em relação à VIDA: A filosofia da vida de Bergson.
	Sob o prisma da AÇÃO: Fil. Da ação de Blondel e o Neo-marxismo. Ainda em relação a ação o Pragmatismo, no sentido do Valor-Axiologia, Pessoa-Personalismo. 
	Em relação à Modernidadetemos a Pós-Modernidade.
	Quanto ao CONTEÚDO temos uma FILOSOFIA MATERIALISTA E UMA FILOSOFIA ESPIRITUALISTA.
	Quanto ao MÉTODO temos o LÓGICO-MATEMÁTICO (Analítico) e por outro lado a FENOMENOLOGIA (EXISTENCIALISMO E ESTRUTURALISMO).
REAÇÕES AO SISTEMA HEGELIANO. 
2.1Revisão do sistema hegeliano. 
	Vem do idealismo alemão. Já na antiguidade Platão era um idealista-realista, o mesmo manifesta claramente essa posição na sua teoria do mundo da Idéias, bem como da relação da alma com o mundo das aparências. A alma quer se libertar do corpo para voltar a sua origem. 
	Na Idade Média- temos Agostinho, Guilherme de Ockham. Na Modernidade Descartes (Eu penso) entre os empiristas Berkeley (ser é um ser percebido) quem dá a existência é um “(Eu cognoscente)- Um idealismo noético. 
	KANT- e o apriorismo uma construção parcial da realidade. O sujeito entra com as formas e o objeto com a matéria. 
	HEGEL propõe uma construção total da realidade. Tudo é construção do pensamento via lógica. O Eu constrói. 
HEGEL
CONSTRUÇÃO TOTAL DA REALIDADE.
O primeiro conceito que se serve é o de alienação, esta entendida como uma intuição básica, retirada na tradição bíblica. Há um afastamento (pelo pecado) entre Deus e o s.h um distanciamento.
Deus é o senhor e o ser humano é escravo, numa relação de submissão. O servo não tem autonomia, pois que dita todas as coisas é Deus. O 1º conceito é teológico-político- filosófico. Hegel parte de um principio particular para chegar ao universal (esse principio hermenêutico Deus – Ser Humano). O princípio hermenêutico:
O real diante do irreal 
O particular diante do universal 
O s.h diante de Deus. 
Tudo passa pelo crivo da alienação. A realidade é comandada por esse principio onde há um alienante e um alienado (dialética), nada escapa a essa dialética. Nasce a Fenomenologia do Espírito. 
FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO.
O aparecimento do Espírito se construindo. Temos o eu, conceito, e o espírito (inconscientes) que passa por um processo histórico-evolutivo da inconsciência para a autoconsciência, assim tudo acontece na história, nada é trans-histórico. 
A evolução se dá por graus e se constrói por dois grandes princípios: 1. Identidade do real e do ideal e 2. Da contradição. Há um desdobramento dos dois em 3. Da mediação e 4. Da relação. 
IDENTIDADE DO REAL E DO IDEAL.
“Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional”
O pensamento é realidade e vice-versa estas são a mesma coisa. Td o que é dito do pensamento pode ser dito da realidade. Em relação ao racional ligado ao pensamento estamos na ordem do conhecer que é igual a lógica. Na realidade estamos na ordem no ser= metafísica. 
O sistema hegeliano é uma grande lógica um panlogismo (tudo é lógica) e ao mesmo tempo uma grande metafísica – um Pnateísmo. As normas, no entanto valem para ambos os âmbitos.
Esse sistema pode ser uma Filosofia da História quando vista pelo aspecto lógico ou uma Teologia da História quando vista pelo aspecto metafísico. 
PRINCÍPIO DA CONTRADIÇÃO.
Na realidade não existe nada idêntico a si mesmo. Td está sobre o império da dialética, da afirmação e da negação. Td a realidade possui uma dialética. 
Nesse sentido aparece o aspecto da evolução. A evolução está na TESE, na ANTÍTESE e na SÍNTESE que são estágios do processo histórico (estágios do espírito) que estão se fazendo na história. 
Na TESE o espírito é por si, na ANTÍTESE fora de si e na SÍNTESE em si. 
POR SI ele pode ser na ordem do real SER=DEUS. 
					ordem do ideal = LÓGICA
FORA DE SI ---- Real: REALIDADE (natureza como manifestação do Espírito) 
 	 ----- Ideal: COSMOLOGIA 
EM SI -----Ideal: FILOSOFIA DO ESPIRITO 
 -----Real: ESPÍRITO ABSOLUTO 
O espírito se manifesta efetivamente através da natureza. Essa evolução dialética se dá na: 
	TESE: o pensamento conhece o mundo como objeto. Trata-se aqui do Espírito Subjetivo se manifesta na arte. 
	ANTÍTESE: o pensamento sai de si e produz a ordem da liberdade. Trata-se do espírito objetivo – a religião. 
	SÍNTESE: o pensamento liberta-se do mundo e retorna sobre si. Espírito Absoluto- Filosofia. 
A arte, a religião e a filosofia são os três estágios onde acontece a evolução. 
PRINCÍPIO DA MEDIAÇÃO. 
A grande MEDIAÇÃO DO ESPÍRITO É A NATUREZA.
PRINCÍPIO DA RELAÇÃO. 
Através da Tese, Antítese e Síntese num processo dialético. Não há nada idêntico a si mesmo, td está em relação. 
APLICAÇÃO DESTA FILOSOFIA À VIDA PRÁTICA. 
O Estado é a grande manifestação do Espírito Absoluto. Por isso, o Estado é um fim em si, a presença visível de Deus. É obrigação do súdito reverenciar o Estado, cultuá-lo, assim a monarquia constitucional é a forma de governo ideal. 
OBS: A infelicidade hegeliana é a certeza de que nunca o s.h chega ao Espírito Absoluto. Ai uma tristeza interior a certeza de não chegar ao Espírito Absoluto. 
SOREN KIERKEGAARD. 
CRITICA AO SISTEMA HEGELIANO. 
O filósofo não aceitava o formalismo do cristianismo um dos grandes embates de sua vida.
A critica a Hegel se deve ao sistema do mesmo ser algo completo, pleno. Transformando o particular em universal sem levar em consideração a existência humana, isso seria descaracterizar a existência humana. A proposta é libertar o s.h do sistematismo, do formalismo e moralismo. 
EXISTÊNCIA.
Não faz parte de um sistema. Por que a existência é algo incompleto, contingente, limitado, mutação, um DEVIR (vir a ser)> essa é a característica da existência humana. 
Só o s.h existe. Há uma diferença entre SER e EXISTIR. O SER é perfeição, não há mutação enqto que o EXISTIR é mutação, imperfeição, incompletude.
O ser humano existindo está sempre na busca do EU (da consciência) da busca da subjetividade que se encontra na interioridade. Essa idéia é basiliar no pensamento de Kierkegaard. A interioridade estará ligada a fé. A verdadeira existência é realizada na experiência da fé (me aproxima do Ser). O existir religioso me faz estar próximo do Ser. Esse conecito de existência é base para o existencialismo.
ANTROPOLOGIA KIERKEGAARDINA.
O s.h é incompleto, está sempre se fazendo – aquele que se faz se auto-constrói (fazimento). Existem estágios do devir humano: 
Estético: o s.h no seu estagio mais descompromissado, sem interesses, vontades e desejos. Viver o efêmero, o transitório, a superficialidade. Ex: Dom Juan _ bom conquistador.
Ético: há um momento da existência que o nível estético se torna insuficiente, começa então uma certa responsabilidade, um compromisso. Entram os valore e supera-se a instabilidade da juventude e busca-se a maturidade. EX: o trabalhor_ pai de família. 
Religioso: na busca do eu não se chegou a interioridade ainda, só a honestidade do pai de família e a vivência dos valores, td essa eticidade não satisfaz, sente então a necessidade da fé. EX: Abraão. 
Na obra “Apostila Não científica”_ “Enquanto a existência estética é essencialmente divertimento, a existência ética luta e vitória, a existência religiosa é essencialmente sofrimento, por que é um risco, não por um momento mais para sempre”. 
FÉ E SUBJETIVIDADE. 
É a partir da experiência religiosa que ele introduz temas filosóficos. A vivência da fé que dá uma existência humana mais completas, mais perfeita.
A fé é um dom de Deus e ao mesmo tempo um assumir a verdade como sua, tornar-se senhor, assenhoriar-se dessa verdade. Assim, pouco a pouco vou me torando sujeito desenvolvendo a subjetividade e interioridade, contudo isso sempre como um sofrimento e risco. 
A fé não é algo objetivo no sentido científico- verificável. Não há objetividade mesmo assim sou chamado a crer, dando assentimento à fé. Dando um salto como compromisso, sem garantia, por isso a fé é algo sofrido e de risco. 
A vivência religiosa dá consciência da minha subjetividade, interioridade e singularidade. É através da fé que o s.h se desenvolve como s.h. Faz uma crítica ao formalismo da religião. 
ANGÚSTIA 
A visão do pecado como – “PrincipiumIndividuationis”. Este é o contrário da fé, analisa Adão. O s.h foi ontologicamente lesado. O s.h é fruto do pecado decaído, o que o torna indivíduo é pecado (natureza completamente corrompida) – Base de um pessimismo radical. 
O pecado é a categoria existencial por excelência ele diz respeito a mim e somente a mim e não se refere a nenhum outro fora de mim. 
CONFRONTO ENTRE KIEERKEGAARD E MARX.
(O 1º olha o ser humano como individuo e o segundo como coletivo (social) e não há liberdade, democracia). 
NIETZSCHE
REAÇÃO AO SISTEMA HEGELIANO.
Propõe uma reação ao idealismo hegeliano, sua posição é de que a vontade comanda tudo e não a razão, por isso é chamado de voluntarista. O s.h se serve mais da vontade do que da razão. Contra o pessimismo de Schopenhauer coloca a afirmação de si mesmo, supervalorizando o individuo. A máxima afirmação de si mesmo. Isso diante de qualquer obstáculo, coersão. O s.h será o criador de seus próprios valores. 
ANTROPOLOGIA NIETZSCHINEANA.
Parte de uma realidade como uma explosão de energias de maneira desorganizada. O s.h faz parte dessa realidade estando nesse processo de constante ebulição, mudança. O s.h passa por metamorfoses, mudando seu estilo de vida:
Estilo de fraqueza
Estilo de força 
Estilo de inocência.
Para poder existir o s.h tem que superar esses modos de vida. Para formar o estilo de fraqueza o s.h foi fraco, submisso, se deixou dominar se tornou medíocre. A representação desse estilo é o camelo. Sendo dominante o medo e subserviência.
Esse é o efeito da moral cristã. A religião é moral de escravos. Através do profeta Zaratrusta diz que o homem é terra e somente terra, nossa existência é apenas a terrena- terrenismo e nada é trans-temporal.
Há um determinado momento em que o camelo começa a refletir, passando por um processo de metamorfose, onde o s.h é forte caracterizado pelo leão- este é o s.h desmistificador da religião e da moral cristã. Já está se encaminhando para chegar ao super homem. 
O s.h que conseguiu desvincular-se dos valores morais cristãos e as práticas religiosas, deixa a fraqueza, submissão, vai se tornando autônomo independente mais voluntarioso, legislando sobre si, criando valores. Aos poucos nasce uma exaltação do individuo. A grande empreitada é o triunfo do Eu (individuo). 
No último estágio temos o s.h livre e o grande símbolo é criança. Aqui nasce a visão do super homem, a criança é o homem inocente, espontâneo, livre. Esse é o aquele que diz sim a vida como ela é. Essa espontaneidade é o s.h criador de valores. Dionísio simboliza a felicidade, alegria daquele que assume a realidade. O s.h cria sua religião, sua moral. 
OBS: Deus está morto, contudo não é ele quem mo matou , mas todo o itinerário que a humanidade vem fazendo ao longo dos tempos. Assim o filósofo propõe enterrar Deus.
ETERNO RETORNO. 
Dentro desse processo histórico não há nada de definitivo. Tudo está em mudança em ebulição. Td se constrói depois se destrói assim tudo está em continua transformação, um eterno retorno de todas as coisas. 
O eterno retorno é comandado pela vontade humana, através da vontade o s.h retorna ao centro do cosmos, assim constrói também sua felicidade, uma felicidade circular. 
FREUD.
Freud no pensamento contemporâneo 
Inicialmente podemos levar em consideração a questão do inconsciente presente na História, Filosofia, medicina, psicologia. 
Psicologia e antropologia freudiana.
Inicia desvendando a psique humana não como uma gaveta. Esta é formada pelo Id (inconsciente) Ego e Superego. No Id temos os porões da mente humana, uma espécie de armazém, depósito> Nda escapa é memória, arquivo não organizado. 
O Ego é aquilo que temos no de consciente e o Super Ego é o controle social: religião, moral, ética. 
O impulso que vem do Id quando quer ir ao Ego acaba sendo reprimido pelo Super Ego, isso Freud chama de censura, contudo esse impulso voltando ao Id acaba se tornando traumas, neuroses e psicoses ou pode voltar em forma de máscara que se manifesta em sublimação (positivo) ou transferência (ruim). 
A relação Id, Ego e Superego é sempre conflitante. Assim como Marx coloca a luta de classes como dinamismo do social, Freud coloca a luta Id, Ego e Superego.
 O Id procura o prazer e geralmente o prazer sexual em relação a transferência , isso se manifesta especialmente no libido (apetite sexual) –expresso nas fases: 
Narcisismo – o bebê (exploração de si) 
Complexo de Édipo- (explora o ambiente, o menino se identifica mais com a mãe e a menina com o pai).
Puberdade – formação da opção sexual.
As neuroses se dão pelo não amadurecimento dessas fases, tudo isso faz parte da historicidade da existência humana, nos seu pensamento está presente o tempo – presente, passado futuro se interelacionando constantemente, surge o método psicanalítico isso se dá através da palavra. 
A idéia central do método é que verbalizando se liberta as tensões do Id num processo de razão.
PRINCÍPIO DO PRAZER E PRINCÍPIO DA REALIDADE.
O Id que se manifesta no instinto sexual que busca um prazer sexual, está em ligação causal nada decorre sem motivo, desvinculado. Há uma relação com o que foi vivido, nesse aspecto entra a psicanálise como descoberta de si próprio.
Como acontece esse processo? Entra o 1º princípio se tem livre acesso ao Ego e pode acontecer há uma satisfação, sem restrição (processo primário) não há obstáculos. Contudo nem sempre acontece isso, pois o Ego entra e é rejeitado pelo Superego retornando ao Id se tornando máscara, saída esse é o principio da realidade. A aceitação das máscaras pelos processos de sublimação e de transferência, chamamos de processos secundários, isso porque não acontecem pelo ato sexual, mais sim por estes e outros meios.
Na sublimação pelo trabalho, arte e oração acontece a sublimação por transferência podendo ser positiva ou negativa. Quando não há a superação pelos processos secundários surgem os traumas, neuroses e psicoses. 
EROS E THANATOS 
Usam –se esses termos para caracterizar dois instintos básicos do ser humano. Eros- instinto do amor e Thanatos instinto da morte.
O Eros é o instinto de construtividade (da vida) já o Thanatos é destrutividade, numa dialética permanentemente conflitiva, isso faz parte da historicidade. O s.h é naturalmente agressivo (instinto) para escapar da morte. Em conseqüência ao sentido de destrutividade se dá o sadismo e o masoquismo.
OBS: A contraposição a Hegel é que para este a história vai se dando num processo coletivo crescente. Já Freud particulariza o individuo e existe uma relação do presente, passado e futuro.
ALFRED ADLER
INDIVÍDUO.
Enfoca o mesmo como um todo na sua subjetividade. É o fundador da psicologia do eu, do profundo. O que constitui a profundidade do s.h não é um instinto sexual (Freud). Essa psicologia se caracteriza pela afirmação de si mesmo na ambição de vencer na vida.
Esse modo de pensar acarreta reflexos sociais. A vida individual nasce e se afirma. O individuo como uma entidade não pela sexualidade, mas enquanto ele responde a afirmação de que ele quer vencer na vida.
Assim, há uma busca de perfeição. O individuo como entidade criativa e autodeterminada que desse modo se integra. A influencia do seu pensamento de Pierce e William James (pragmatismo).
JUNG
A PSIQUE HUMANA
O individuo não se explica somente pelo instinto sexual ou pela afirmação de si mesmo. A explicação está no inconsciente coletivo- o patrimônio genético e sócio-cultural. Td faz parte idéias, pensamentos, linguagem, aquilo que se deu no processo histórico.
O inconsciente coletivo aparece na vida individual através dos mitos, símbolos, religiões, folclore, obras de arte aquilo que foi fruto da criatividade, isso acompanha o ser humano.
Através do modo de estar presente no mundo o inconsciente coletivo possui arquétipos (presentes na psicologia individual de cada um). Segundo Jung um dos arquétipos é a religião “Todos os meus pensamentos giram em torno de Deus, como os pla netasao redor de Sol”.
Jung não nega a Deus, mais ao mesmo tempo não faz uma confissão explicita de um Deus transcendente para o mesmo Deus é um arquétipo – “O em si mesmo”, Deus é apenas a projeção do arquétipo Ideal humano.
A tarefa da psicologia analítica é fazer uma desprojeção. A reconquista do que foi projetado para Deus, mas não em Deus mais em mim mesmo (como pessoa- eu).
A análise dos arquétipos nos ajudam a compreender meu modo de ser e viver.
OBS: A recuperação de Joung e Adler a interioridade, o indivíduo, a subjetividade. O s.h é por ele mesmo não é apenas parte da história. 
MAINE DE BIRAN
EXPERIÊNCIA EXTERIOR E INTERIOR
A experiência exterior para que se possa conhecer a realidade externa (as coisas), contudo não é possível aplicar a realidade exterior para entendermos a interior, esta só é conhecida pela reflexão filosófica. Essa reflexão me aprofunda na minha intimidade (vida interior), eu vou perscrutando a interioridade e conhecendo aquilo que sou.
Biran chegou a uma metafísica a medida que se aprofunda no aspecto da interioridade. Seu pensamento não é propriamente um sistema (asistemático), uma visão interior do s.h. uma visão de consciência. 
MÉTODO DE FILOSOFAR.
O fato vital que parte é incindível união presente no ser de atividade e de passividade no operar espiritual (espiritualidade entendida como lado racional). É um não dualismo cartesiano. 
Filosofar é refeltir (RE + FLECTERE) desdobrar-se sobre si mesmo. É uma dualidade que acontece na consciência, o Eu que se flexiona sobre si mesmo. Dualidade entre atividade e resistência.
EX: Ao levantar uma cadeira sinto o peso que a mesma tem quem diz o momento de para de levantá-la é a consciência esse algo superorgânico que organiza o orgânico, vindo do eu, da consciência. Essa atitude de liberdade, isso é filosofar. Tenho que fazer o esforço que é uma relação interior, como no exemplo do músculo e da consciência. Essa é a célebre teoria do esforço. 
Se não fizermos essa tarefa de filosofar tudo se torna rotina, massificação, hábito num sentido negativo. O sentir de sentir, eu sinto que sou mais que uma resistência muscular, algo trans-orgânico. 
Há uma unidade entre pensamento e ação. Não existe pensamento dissociado de ação e vice-versa. Essa é a base do personalismo que tenta refazer Descartes. Substitui o “cogito ergo sum”pelo “volo ergo sum”- exercício da liberdade. 
RELIGIÃO
A filosofia não tem condições de explicar a realidade na sua totalidade, menos ainda a realidade humana. Somente a religião consegue resolver os problemas colocados pela filosofia. Coloca os fundamentos de uma antropologia em que a vida espiritual faz parte.
Através da religião, da vida espiritual o s.h se separa do mundo (não que jogue o mundo fora, mais toma distância) e tende para Deus. A fé se expressa pela oração. 
SCHOPENHAUER. 
Em contraposição a Hegel que é o filósofo do otimismo Arthur é o filósofo do pessimismo. 
A vida é de dor!
O mundo como representação. 
Existem dois pontos objeto e sujeito. Tudo existe em vista do sujeito o objeto na relação tempo e espaço) e o sujeito (individual) está fora do tempo/espaço. O objeto e o sujeito são inseparáveis. 
Categorias de causalidade:
Devir – Física
Conhecer- Lógica
Ser- Matemática
Agir – Moral 
A antropologia do s.h subjetivista, essa visão ligada ao mal, a dor, as guerras, as desgraças.
A vontade é o principio fundamental da natureza> A vontade superior (macrocosmo) e a inferior (microcosmo). A vontade é Viver é sofrer. 
A sua ética é fundamentada no Budismo através da vontade e da individualidade vou fazendo ascese renuncia da dor. 
“Somente quem aniquila a própria individualidade e se identifica com a vontade absoluta avança a mortalidade”
OBS: Ao invés da razão Arthur coloca a vontade que o individuo vai exercitando através da ascese chegando a superação das tendências que são a origem do mal. O pessimismo – Tudo é habitado pelo mal que está no ser humano. 
Direitos autorais: Edegar Fronza Júnior
3.0 Neokantismo e Historicismo. (80 anos de Kant até o Neokantismo)
3.1 Introdução.
Temos aqui a compreensão das escolas onde a escola de marburgo é logicista. Escola de Baden são axiologistas. 
	O neokantismo aparece nos últimos 30 anos do sec. XIX, uma retomada do pensamento de Kant. Surgem duas escolas neokantistas: Marburgo e Baden, sendo que cada uma possui uma direção própria. A 1ª mais voltada a Lógica (logicista). A 2ª mais relacionada aos valores – axiológica- reflexão do comportamento que tem como fundamentação os valores.	Comment by Ricardinho: Leram Kant e tentaram dar uma temática de Kant para seu tempo
	Essas duas escolas levam em conta como plano o pensamento de Kant. 
Pontos comuns entre as duas escolas
Todos se consideram discípulos de Kant.
Todos são fieis ao método transcendental – na razão humana temos as formas a priori inerentes que independem da experiência. As 12 categorias. Espaço e tempo na estética transcendental). Deus, corpo e alma. 	Comment by Ricardinho: Método da síntese, entre os dados empíricos que vem da experiência, e as formas a priori (realidade interna)
Na moral o I.C regula o comportamento e possibilita a moralidade, a ética. Sendo que quem comanda td é o “eu transcendental”. 
A Filosofia consiste na análise das condições lógicas para que a razão humana possa chegar a verdade e a realização da ação pela vontade. 
São conceptualistas- o s.h (razão) não pode conhecer o objeto em si (númeno). Só posso conhecer a coisa em mim (fenômeno). No âmbito do fenômeno o s.h tem sua intuição sensível, onde temos as formas a priori (suposto) e os dados sensíveis (dado), provenientes da experiência- captados pela sensação. 	Comment by Ricardinho: No sentido de que negam a possibilidade da intuição intelectiva (coisa em si): apreender a coisa como ela é; ou seja, o ser, a substancia, o objeto em si, no caso de Kant é o Númeno (inteligível), isso só Deus pode captar de fato a substancia. Desta forma para eles a única coisa que pode ser captada é através a intuição sensível (coisa em mim): para Kant é uma síntese, uma criação da mente e da razão a partir de dados sensíveis e as formas a priori (universalizadoras e objetivas) / Kant nomeia isso como sendo o fenômeno.
A junção das formas a priori e a posteriori se chama intuição sensível. O suposto mais o dado formam uma síntese que é o fenômeno. A coisa em si seria uma intuição inteligível (só Deus poderia conhecer) esta o s.h não pode conhecer. O que se constrói é o conceito, manifestação. 
Todos são idealistas - só conheço o objeto que crio e não em si. Só o que crio na razão é um objeto ideal, todos são idealistas. O ser não existe em si mesmo, só no pensamento o faz surgir. 	Comment by Ricardinho: Através a experiência fundada na construção pelas formas a priori.
Todos negam a possibilidade metafísica, por que não temos a intuição inteligível, logo não podemos conhecer a coisa em si, apreendemos apenas o fenômeno. A única metafisica é a das formas a priori. 	Comment by Ricardinho: No sentido Aristotélico – Tomista. 
ALÉM DE KANT: 
Essas escolas vão além do pensamento de Kant, especialmente por que são mais radicais em relação ao idealismo, acentuando a posição de que tudo é criação da razão humana. 
	Fazem uma distinção entre realidade (não negando a mesma) e objetividade (negando esta) não confundindo realidade e objetividade, sendo a última relacionada à apreensão do objeto (não possível).	Comment by Ricardinho: Tudo acontece no juízo. Objetividade e verdade.
	A diferença do idealismo de Hegel é absoluto- lógica e metafisica se equivalem, os neokantistas não chegam a esse ponto. 
3.2 Escola de Marburgo. 	Comment by Ricardinho: A obra: “Crítica da razão pura” será o livro de cabeceira, a base desta escola. 
Tem cunho logicista, a reflexão a realidade tendo como ponto de referência Kant, ligado a lógica. Os principais representantes:
Hermann Cohen (Platônico) 
Paul Natorp (Platônico) 
Arthur Libert (Platônico)
KarlVorlaender (Ética) 
Rudolf Stammler (Direito) 
A escola de Marburgo vai analisar todas as coisas sob o aspecto da lógica. Utilizam-se da obra de Kant: Critica da razão pura, através da dedução transcendental. Tudo se reduz a leis lógicas que servem de base para as relações lógicas. Nega-se qualquer presença do irracional, o sensível, aquilo que vem da experiência e também o que escapa do racional, mental. 	Comment by Ricardinho: Levando em conta a razão teorética e a dedução transcendental de Kant. Desta forma todos eles levam em conta como base as leis da lógica, que no fundo comandam as relações lógicas, assim através destas relações lógicas é que temos o fundamento da realidade. Logo para eles a realidade é uma rede de relações lógicas. Aí entendemos porque tudo acontece no juízo, onde temos a objetividade e a verdade. 
Esse modo de pensar é chamado de Idealismo logicista, ou Panlogismo (visão puramente lógica). Tudo isso tanto na construção do pensamento bem como na ética (tudo ligado ao aspecto formal-lógico) até mesmo da religião. Nesse contexto surge Ernest Cassirer. 
ERNEST CASSIRER (1874 – 1945)
Doutrina da realidade. 
É visto mais como um historiador, numa reflexão sobre a cultura. Ao analisar a religião, os mitos e desenvolvimento do s.h vai construindo sua filosofia. 
Ele cria a doutrina da realidade, baseada no comportamento humano, observando as formas diferentes que o ser humano se manifesta, por isso escreve a obra “Filosofia das formas simbólicas”. Essas formas se traduzem na linguagem, no pensamento presente em cada cultura e traduzida de forma comum através dos mitos e do conhecimento. 	Comment by Ricardinho: Baseado no comportamento humano, ele reflete sobre a linguagem o pensamento e os mitos, o conhecimento, a religião (ritos, cultos, cerimônias, musicas.)
A estrutura do pensamento cientifico, filosófico, do senso comum, imaginativo não se diferencia da estrutura real, porque segundo Ernest a realidade se identifica com a sua manifestação. O real e o pensamento são praticamente as mesmas coisas, porque são um conjunto de relações lógicas. 	Comment by Ricardinho: 	Comment by Ricardinho: O real é nada mais nada menos, que sua própria manifestação (essa manifestação se dá no pensamento através dos juízos (como fenômeno, dando-se em mim não como esta na realidade... igual Kant)
Tanto a estrutura do pensamento (forma) como a estrutura do real (conteúdo) estão inter-relacionados. Tudo está assentado na lei, na regra, na norma mais ainda na relação das leis e normas. Tudo é determinado por sua função.	Comment by Ricardinho: FORMA: a priori de Kant (sem experiência)... CONTEÚDO: Dados sensíveis (com experiências)	Comment by Ricardinho: Quando o real se manifesta é a mesma coisa que ele próprio, sendo que as formas a priori fazem a função de verdadeira substancia Aristotélica.	Comment by Ricardinho: Não há dicotomia (corte, rachadura) entre forma e conteúdo.
A realidade é o seu manifestar-se. Nesse contexto a realidade transcendente não existe. 	Comment by Ricardinho: Não há espaço para a transcendência, existe aqui um panlogismo.
Podemos observar assim que a lógica que dirige todo este espetáculo, tudo se resume na cadeia de relações lógicas.
Atividade simbólica do s.h (humana)	Comment by Ricardinho: Atividade simbólica se traduz em formas simbólicas que são fundamentadas nos símbolos. O símbolo funciona como a base para acontecer à linguagem, pensamento, mitos, conhecimento, religião, etc. Assim a criação de símbolos é a caracterização da estrutura do pensamento humano. Desta forma, a atividade de criação constitui o ser humano. (o ser humano começa a existir como ser humano, no dia em que ele criou o primeiro símbolo). 
 Temos também aqui que levar em conta a obra: “a filosofia das formas simbólicas”. No período que Cassirer viveu não se falava muito em cultura, por volta de 1860 começa a se construir uma conceituação técnica da cultura.
O s.h é capaz de criar símbolos, o mesmo se constitui homem a partir do dia que criou símbolo, esta é a diferença em relação aos outros animais, pois só ele pode criar símbolos.
O símbolo é algo funcional, ao invés do real coloca uma forma, passando de algo particular para o universal. Este o faz por meio da linguagem através dos mitos, arte, escrita. O s.h também é capaz de enunciar seus sentimentos diferentemente dos animais. 	Comment by Ricardinho: A linguagem não é só emotiva, mas enunciativa, objetiva e designativa. A linguagem simbólica vai criando o mundo dos símbolos, este mundo de símbolos coincide com o mundo da cultura.
O s.h vai criando o mundo da cultura. Símbolo é a unidade básica da cultura, ele vai guardando na memória cultural, memória simbólica. A cultura é o conjunto das formas simbólicas em forma de mito, arte e religião. Essa memória cultural é comunicado aos posteriores. 
3.3 Escola de Baden.
	Acentua a linha axiológica (os valores como ponto de referência para a apreensão e compreensão da realidade). Os valores na totalidade da cultura que por sua vez está relacionada História. Dentro da cultura e na história são vivenciados os valores.
	Estes estão ligados mais a “Crítica da razão prática”, não sendo racionalistas-idealistas, ao contrário dão ênfase ao irracional (sensibilidade).
	Os valores para estes pensadores são verdades absolutas, são verdades que servem como leis para o comportamento do s.h, não admitem relativismo, para haver lógica, moral, estética é preciso observar esses valores. Existem 3 categorias de valores: 	Comment by Ricardinho: Imutáveis e eternas, 	Comment by Ricardinho: Esses valores que são os critérios para os historiadores.
Valores de Verdade 
Valores de moral
Valores estéticos
Windelband adiciona os valores religiosos.
	Esses valores prestam uma serventia a ciências do espirito e ciências da natureza essa era a divisão do sec. XIX. A última também chamada de nomotéticas são aquelas que anunciam leis (física, química, astronomia), normalmente são mais generalizantes. 	Comment by Ricardinho: Essas ciências são os tipos de abordagem da realidade, que são diferentes, onde as ciências da natureza (nomotéticas: norma/ lei) tentam extrair da realidade, aqueles esquemas formais que servem como leis de condução da compreensão do domínio da realidade (esquemas que servem como leitura da realidade), desta forma estabelecem leis universais. Já as ciências do espírito (ideográficas): ocupam-se de fatos históricos individuais. Ligadas as escolhas de valores, tem em vista o indivíduo, descreve individualidades. 
	A 1ª chamada de ideográficas são aquelas que descrevem algo na sua individualidade, na sua particularidade. 
	A escola de Baden privilegia a História nas ciências do espirito. A história acontece a partir da escolha de valores. O historiador faz a história segundo seus valores de forma individualizante. Ao fazer a escolha faço um juízo de valor. É necessário saber a linha de pensamento do historiador. O que acontece é uma verdadeira apreciação axiológica, centralizar sua reflexão nos valores. 
HEINRICH RICKERT
Duas formas de conhecimento. 	Comment by Ricardinho: Essa relação das duas ciências onde uma não pode usar a mesma lógica da outra uma vez que uma trata a respeito das ciências da natureza onde podemos elaborar leis físicas estáveis. Já a outra uma vez que se referencia a fatos históricos, não podemos elaborar leis gerais.
Parte de uma critica ao positivismo. Temos as ciências da natureza (nomotéticas = ciências generalizantes que buscam esquemas gerais, deta forma elas possuem a sua própria forma de conhecimento ou a mesma lógica) e as ciências do espírito (ideográfica = ciências individualizantes, pois são fatos históricos singulares). Não se pode usar a mesma lógica para as duas ciências, como fazia o positivismo. Estamos diante de duas realidades diferentes, não podendo ser generalizadas, ou seja serem tratadas com a mesma metodologia lógica.	Comment by Ricardinho: Esse movimento usava apenas uma posição para as duas coisas.
No campo dasciências naturais – há uma generalização, nas ciências do espirito- há uma individualização, sendo valutativas- levam em conta os valores- levam em conta valores (verdade, beleza, bem, fé). Esses valores determinam o modo de abordagem da realidade. 
Enquanto que as ciências naturais levam em conta a abstração – met. positivista que regem a natureza – nomotéticas – através da abstração chego às leis que regem a natureza de forma a generalizá-las. 
Nas ciências naturais fazemos classificações ou esquemas. Nas ciências do espirito (ideográficas) a cultura, história pela escolha de valores através de uma apreciação axiológica.
Conhecer é antes de tudo uma atitude do sujeito que toma a posição diante de valores. O conhecimento tem valor se o valor for válido. A cultura apresenta valores e o mesmo escolhe, não há subjetividade, numa escolha arbitrária. 	Comment by Ricardinho: O conhecimento desta forma para eles é válido a medida que ele é fecundado pelo valor, onde esse mesmo valor , não é subjetivo, mas eterno e universal
História
A história é uma conceituação individualizante que é feita a partir de valores. As individualidades históricas são julgadas pelos valores, por isso são sempre referidas aos valores. O historiador não inventa os valores! A história é valitativa, o historiador que se indaga sobre a sua individualidade a partir dos valores. 	Comment by Ricardinho: Que vão conceituar os fatos a partir dos valores.
Esses valores são chamados por ele de “Valores de cultura” (de verdade, de moral, estético e religioso) estes valores são universais e normativos. A história é equivalente a ciência de cultura. 
Filosofia
A filosofia é ligada a intuição da vida, tudo o que é ateorético é estranho. A filosofia propicia uma clareza conceitual o que interessa é a sistematização de conceitos – se domina a realidade a partir de esquemas bem elaborados no sistema conceitual. 	Comment by Ricardinho: Sinônimo de ciência
A grande tarefa da ciência é tornar conceitos claros que se tornam leis naturais (que naturalmente serão utilizadas), são naturais porque se caracterizam pela universalidade dando validade aos conceitos, não importa se a realidade é das ciências naturais ou do espirito. 
A Filosofia foi rebaixada a ser serva da ciência, pensamento característico do positivismo.
Historicismo	Comment by Ricardinho: Historicismo um pouco diferente do de Vico
Aqui o Historicismo é uma reação à posição acima
WILHELM DILTHEY	Comment by Ricardinho: Ele vai colocar
1 Oposição ao positivismo:	Comment by Ricardinho: A oposição dele está no âmbito do método
Dentro do contexto do embate entre positivismo e fenomenologia. O método positivista é válido para as ciências da natureza, contudo para às ciência do espirito não é possível aplicar esse método. 	Comment by Ricardinho: Trata dos fenômenos naturais, então se encaixa o método positivo	Comment by Ricardinho: Trata dos fenômenos culturais, então aqui não se encaixa o método positivo
O método para se aplicar as ciências do espírito, é o que ele chama de “erlebnis”- uma espécie de experiência vivida (de vida) intensamente (sensibilidade, racionalidade, espiritualidade). A vida com todos os seus aspectos, isso tudo vivido interiormente (intensamente), o modo de vivenciar os fenômenos de forma intensa. 	Comment by Ricardinho: Experiência vivida intensamente: pensemos que todos nos a sala esse final de semana, faremos uma experiência intensa (num retiro), não apenas para passar por ele, mas para viver de verdade. Chaga segunda-feira, daríamos a oportunidade de na aula todos retratarem sua experiência, contudo não iria dizer o que verdadeiramente experimentou nem a intensidade, nem a vida. Logo não daria para clarificar ou conceituar com clareza o que aconteceu de verdade.
A expressão se dá pela intensidade experiencial do fenômeno, não é possível expressar a totalidade diferente do met. positivista.
2 Aspectos da “erlebnis”
	
	1º A vida___2º A expressão___3º A compreensão ou entendimento.	Comment by Ricardinho: Elementos fundamentais da “erlebnis”
	O 1º aspecto aparece à subjetividade, o sujeito da minha vida sou eu, ninguém pode viver a minha vida. Essa subjetividade me dá a possibilidade de me perceber na singularidade, individualidade, originalidade. 	Comment by Ricardinho: Ninguém pode delegar para o outra a sua vida, portanto existe uma singularidade. “ninguém pode viver a minha morte só eu” (Heidegger)
	A subjetividade, singularidade me dá a sensação de imediateza- aquilo que tenho mais próximo de mim- a vida.	Comment by Ricardinho: A vida é a realidade mais imediata que eu tenho. Não tem como eu separar meu “eu” da minha vida, pois essa é a realidade mais próxima de min.
	O 2º e o 3º aspecto mostram a objetividade, por que me internaliza, formaliza, expressa juntamente com o entendimento. Qdo numa convenção há uma sintonia entre EU e TU posso me expressar e ser entendido. Porém existem símbolos universais, esse é o momento universal.	Comment by Ricardinho: Aqui aparece a universalidade, ou seja, há algo em comum. Levando em conta o exemplo acima, cada sujeito que for expressar a sua experiência, estará objetivisando, ou seja na nossa aula haverá 40 sujeitos contando suas experiências intensas, contudo embora particular, se analisarmos os 40 relatos, haverá coisas em comum.
	Se o 1º aspecto- vida é subjetivo o 2º e o 3º aspecto- expressão e entendimento é universal. Esses três momentos que formam a “erlebnes” se condicionam mutuamente, são o conteúdo das ciências do espirito ou culturais, aquilo que Dilthey chama de mundo histórico.
3 Confronto entre ciências do espírito e ciências da natureza.
	A diferença está no método. No 1º temos o met. da erlebnis e no 2º temos o met. científico- experimental. A diferença está na abordagem feita a cada um. Duas atitudes de abordagem da realidade. As ciências do espirito e a erlebnis base para a fenomenologia. 
4 Historicismo Diltheyano
	Há uma identificação da história com a filosofia, enquanto estou fazendo o esforço da apreensão do mundo histórico pela “erlebnis” estou filosofando. Por isso, Dilthey é colocado como historicista. Entre filosofia e história há uma correlação estreita.
	O argumento que utiliza é que a vida é a única e suprema realidade e a história é a expressão genuína e única da vida. Na vida se expressa toda a realidade, a história é expressão mais pura e única da vida. Assim se constrói o mundo histórico e filosófico.	Comment by Ricardinho: Ontologia/Metafísica.
	A vida se compreende pela história e a história pela vida. Há uma circularidade, tudo que se refere à vida, se refere à história e a filosofia. Tudo que se refere à história e a filosofia se refere à vida. 
	Se vida e história se identificam. Por que há sistemas filosóficos diferentes?
	No decorrer histórico da vida, está à própria justificação. Deve-se de fato olhar a vida como se fosse uma floresta. O s.h foi deixando marcas, sinais na floresta, construindo a história na vida. 	Comment by Ricardinho: Devemos pensar o filósofo como um ser no meio da floresta, que deve passar de um lado para o outro. Desta forma ele deverá passar por essa floresta (mundo histórico), fazendo marcos nas arvores, afim de que não se perca e fique andando em círculos.
	Os sistemas são expressões no tempo, na vida. São maneiras diferentes de viver a vida, são “erlebnis” diferentes (tanto coletivas como individuais), de uma mesma realidade: a vida. 
	A tese fundamental: a história é a manifestação da única, suprema realidade que é a vida. Há outros motivos ainda:
O s.h só se conhece através da histórica;
Uma época só é compreensível dentro do seu contexto histórico;
4 sistemas filosóficos
Os sistemas filosóficos expressam a mentalidade de uma determinada época. Se permanecermos apenas preso a este ou aquele sistema caímos num relativismo, porém se olharmos a totalidade dos sistemas, todos eles expressam a vida, o conjunto me retira do relativismo.
Os sistemas filosóficos não expressam td a realidade (da vida,da história). Os sistemas individuais são provisórios, é uma expressão da vida. A totalidade seria a verdadeira expressão e compreensão da vida e da realidade. 
Os sistemas podem ser colocadas em três categorias: 
Materialismo- se servem da categoria básica – causa (Demócrito, Lucrécio, Hobbes) 
Idealismo objetivo – a categoria básica – ideia de valor (Heráclito, estoicos, Hegel, Scheller) 
Idealismo subjetivo: categoria básica- fim.

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