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Perspectivas sobre o Currículo Escolar

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Aula 2
1
	Há pensamentos divergentes sobre a neutralidade da ciência. Na perspectiva positivista, a teoria é entendida como descrição imparcial e objetiva dos fatos da realidade e na perspectiva pós-estruturalista, a teoria é entendida como uma criação da realidade a partir do que é observado. 
Quando os planejadores do currículo buscam respostas objetivas e teoricamente fundamentas para bem desenvolver as atividades com os alunos revelam tendências que orientam os estudos teórico-práticos, no campo do currículo e com esta postura, essencialmente, valorizam:
	
	
	o senso comum e a  perspectiva positivista.
	
	as evidências da cultura erudita e a perspectiva pós-estruturalista.
	
	o senso comum e a perspectiva  pós-estruturalista.
	
	as necessidades comportamentais dos alunos e a perspectiva pós-estruturalista.
	 
	o saber científico e a perspectiva positivista.
	
	 
	Para Goodson (2008) nas décadas de 1960 e 1970 testemunhamos uma transformação da escolarização americana através de ideologias tecnocráticas e de cunho taylorista de eficiência social. Deste modo podemos afirmar que o currículo neste momento tinha como característica marcante:
	
	
	A ênfase na relação professor-aluno e o diálogo como instrumento para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
	
	Um espaço de disputas de poder e questionamento de conhecimentos e valores hegemônicos
	
	A valorização dos conhecimentos prévios dos/as estudantes e seus contextos socioculturais.
	 
	A obtenção de resultados educacionais mediante a eficiência científica e controles burocráticos sociais que consolidavam um modelo racionalista de escolarização
	
	Uma concepção de avaliação formativa, ou seja, aquela que acompanha o/a estudante em todo o processo ensino-aprendizagem
	
	 
	(Fonte: MEC: ENC/ Provão Pedagogia 2001) O contexto sociocultural onde a escola está inserida é um dos fatores determinantes na elaboração do currículo. É indicador da necessidade de revisão e eventual redirecionamento das práticas curriculares:
	
	 
	a diversidade de níveis socioeconômicos dos alunos.
	
	a ausência dos pais nas reuniões da escola.
	
	o número reduzido de pessoal especializado.
	
	o percentual elevado de evasão e de fracasso escolar.
	
	a deficiência na formação dos professores.
	
	 
	Como instituição social, a escola está sujeita aos fatores de pressão de época tais como: os padrões de consumo, a indústria da vaidade, as injustiças sociais, o etnocentrismo etc. O movimento sócio-político que denuncia as conseqüências desses fatores no campo do currículo, alterando o foco das interpretações das práticas escolares, denomina-se:
	
	
	existencialismo
	
	iluminismo
	
	positivismo
	 
	pós-modernismo
	
	cognitivismo
	
	 
	No final dos anos 70 e nos anos 80, " a preocupação básica do cenário educacional (...) foi o fracasso da escola de primeiro grau no ensino de crianças das camadas mais carentes de nossa população. Em decorrência, a questão do currículo tornou-se alvo de atenção de nossas autoridades , pesquisadores e educadores." ( BARBOSA, Antonio Flávio. Currículos e Programas no Brasil. SP: Papirus, 1990) As opções destacam evidências dessa afirmativa, EXCETO quanto :
	
	
	à inclusão da disciplina Currículos e Programas nos cursos de mestrado em Educação
	 
	à rejeição acadêmica aos pressupostos voltados para interpretação da ideologia no currículo.
	
	à formação de corpo de estudiosos, ampliando publicações sobre o campo do currículo.
	
	ao caráter técnico do processo educativo, acrescenta-se o caráter sociopolítico.
	
	ao surgimento de estudos especializados para estudar as causas da inadequação dos currículos.
	
	 
	Os professores da Escola John Dewey estão debatendo sobre currículo como campo de conhecimento. Com base nos estudos de currículo, analise as falas sobre o tema apresentadas pelos professores e assinale a única, do ponto de visa teórico, que está INCORRETA:
	
	
	A concepção técnica e cientificista de currículo se consolidou com os estudos de Ralph Tyler no meado do século XX. (profa. Josiana)
	
	Na perspectiva positivista, o currículo escolar considera a objetividade dos fatos da realidade escolar. (prof. Daniel)
	 
	O interesse sobre campo do currículo é recente no cenário educacional mundial. (profa. Julia)
	
	Os estudos atuais sobre o currículo como campo de conhecimento consideram ciência e senso comum como expressões da realidade escolar. (prof. André)
	
	Na abordagem sociológica de Bourdie e Passeron, o pensamento sobre o campo do currículo se depara com tensões e desafios. (profa. Lúcia)
	
	 
	Historicamente, o campo dos Currículos e Programas no Brasil vem sofrendo influências externas e autores como Sperb (1976); Saul (1986) e Moreira (1990) registram a influência americana. O autor que exerceu mais influência na concepção de currículo e nas propostas de um modelo específico de currículo, a partir dos anos 50 foi:
	
	 
	Ralph Tyler
	
	Michael Apple
	
	Maria Montessori
	
	Comenius
	
	John Dewey
	
	
	
	
	
	No cenário da educação e, especificamente no campo do currículo, identificamos, dentre outras, uma tendência liberal conservadora e uma posição sociocritica. Ao compararmos estes dois posicionamentos podemos concluir que:
I- Ambas declaram explicitamente as questões ideológicas no campo do currículo.
II-A visão crítica vê as implicações da escola como espaço de reprodução e dominação.
III-A visão conservadora preocupa-se com a objetividade do currículo e visão crítica com a sua complexidade.
IV-A visão liberal conservadora foi precursora nos estudos do campo do currículo.
As conclusões corretas são:
	
	
	II e III apenas
	
	I , II e III apenas
	
	III e IV apenas
	 
	II,III e IV apenas
	
	I e IV apenas
	
2
	O movimento conhecido como a Nova Sociologia da Educação (NSE), alerta que o conhecimento transformado em conteúdo curricular não pode mais ser visto como algo independente do contexto social, histórico e cultural, e considera o currículo escolar como:
	
	
	um artefato técnico que privilegia os recursos metodológicos utilizados pelo professor no processo de ensino-aprendizagem.
	
	a seleção, a organização e a integração das disciplinas e dos conteúdos a serem transmitidos na escola.
	
	uma abordagem metodológica neutra que organiza as relações que se estabelecem na escola e no meio social.
	 
	um espaço de relações de poder onde circulam visões sociais e culturais a serem consideradas nas práticas educativas.
	
	a organização do espaço escolar e dos conteúdos visando um modelo positivista de educação.
	
	 
	O currículo aparece pela primeira vez como um campo de estudo e pesquisa no início do século XX nos Estados Unidos, impulsionado por diferentes fatores econômicos, políticos, sociais e culturais. Podemos considerar, dentro deste contexto, os seguintes fatores, EXCETO:
	
	
	A massificação da escolarização e a sua organização com base nos princípios administrativos de Tyler.
	 
	O crescimento de um movimento progressista da educação que defendia a democratização do conhecimento e a reflexão crítica do saber.
	
	O controle do Estado na organização da escola através de setores especializados.
	
	A expansão dos movimentos imigratórios para as grandes cidades.
	
	Um intenso processo de industrialização e urbanização potencializado pelo crescimento do capitalismo.
	
	
	 
	No final dos anos 70 e nos anos 80, " a preocupação básica do cenário educacional (...) foi o fracasso da escola de primeiro grau no ensino de crianças das camadas mais carentes de nossa população. Em decorrência, a questão do currículo tornou-sealvo de atenção de nossas autoridades , pesquisadores e educadores." ( BARBOSA, Antonio Flávio. Currículos e Programas no Brasil. SP: Papirus, 1990) As opções destacam evidências dessa afirmativa, EXCETO quanto :
	
	
	à formação de corpo de estudiosos, ampliando publicações sobre o campo do currículo.
	 
	à rejeição acadêmica aos pressupostos voltados para interpretação da ideologia no currículo.
	
	à inclusão da disciplina Currículos e Programas nos cursos de mestrado em educação.
	
	ao surgimento de estudos especializados para estudar as causas da inadequação dos currículos.
	
	ao caráter técnico do processo educativo, acrescenta-se o caráter sociopolítico.
	
	 
	"As pessoas de baixa renda não aprendem porque são fracas das ideias". "A cultura das pessoas de baixa renda é pobre". "Esta aluna não aprende porque é fraca da cabeça". Nas teorias críticas do currículo, as afirmações preconceituosas acima são exemplos de como a escola funciona como mecanismo de exclusão, pois
	
	 
	o currículo da maioria das escolas está baseado na cultura dominante, enquanto a cultura das classes dominadas têm sua cultura desvalorizada.
	
	o currículo propicia o ensino dos conteúdos necessários para a formação geral do indivíduo cidadão.
	
	os valores e hábitos de toda a população se completam e se entrosam na organização curricular das escolas públicas.
	
	os conhecimentos trazidos pelas classes dominadas são valorizados para o crescimento cognitivo dos alunos na escola.
	
	o preconceito na maioria das vezes parte da própria pessoa, na medida em que ela percebe suas dificuldades intelectuais.
	
	
	 
	Segundo a LDB (Lei no 9394/96), os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte:
	
	
	obrigatória, desenvolvida pelo estudo da língua portuguesa e da matemática.
	
	transversal, demandada pela integração das disciplinas da base comum do currículo e as diversidades socioculturais das comunidades.
	
	específica, oferecida pelo conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política da população brasileira
	
	facultativa, assegurada pelo ensino religioso, visando à formação espiritual do educando.
	 
	diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
	
	
	
	Durante um Centro de Estudos , os professores de escola de ensino médio debatiam sobre as disciplinas curriculares e a importância de seus marcos conceituais. Sobre as interpretações pedagógicas da palavra currículo, os professores apresentaram argumentos apoiados em fatores sociopolíticos e culturais e mostram que a conceituação de currículo é
	
	 
	polissêmica em suas definições.
	
	teoricamente enfatizada no discurso acadêmico.
	
	definida explicitamente pelos professores.
	
	essencialmente técnica.
	
	consensual entre os educadores.
	
	
	 
	Uma turma de Pedagogia, discutindo as variadas concepções de currículo, concluiu que, de acordo com a sociologia crítica, o currículo pode ser concebido como:
	
	
	processo de acumulação de experiências vividas na escola pelos educandos.
	 
	processo de construção social que implica conhecer a realidade e atuar em sua transformação.
	
	conjunto de matérias ou disciplinas constantes de um curso.
	
	conjunto de dados concernentes às informações sobre calendário e horários escolares.
	
	manifestação de um estágio de desenvolvimento da pessoa e da sua trajetória social.
	
	
	 
	O fundador do movimento curricular anos 20, Bobbit, adotou os princípios da administração científica e construiu um modelo de currículo, tomando a fábrica por referência. Para esse autor, os estudantes deviam ser processados como um produto fabril e o currículo devia ser a especificação precisa de objetivos, procedimentos e métodos para a obtenção de resultados mensuráveis. Essa forma de pensar marcou de certa forma as concepções básicas presentes no paradigma do currículo tradicional. A crítica ao modo tradicional de conceber o currículo é o ponto que unifica o pensamento dos estudiosos da Sociologia do currículo. Apesar das divergências, todos se opõem à teoria curricular tradicional porque ela se fundamenta na seguinte racionalidade:
	
	 
	Tecnocrática
	
	Política
	
	Sociológica
	
	Crítica
	
	Humanista
3
	As discussões e debates sobre currículo envolvem, dentre outros aspectos, a observação da realidade e a organização dos conhecimentos, sua seleção e distribuição por áreas e disciplinas. Do ponto de vista histórico, as teorias e práticas têm sido analisadas em distintas perspectivas como positivista, estruturalista e pós-estruturalista. Ao interpretarmos a realidade escolar para planejar o currículo, influenciados pela perspectiva positivista é correto afirmar que nossas práticas tendem a valorizar os seguintes aspectos, EXCETO:
	
	
	desvinculação entre senso comum e ciência.
	
	descrição imparcial da realidade escolar.
	
	valorização do conhecimento científico.
	 
	inserção de práticas interculturais.
	
	enfoque antropológico da comunidade escolar.
	
	
	 
	Sobre a concepção de educação defendida por Paulo Freire é incorreto afirmar que:
	
	
	Na perspectiva de Freire a experiência dos educandos é a fonte primária para a constituição do conteúdo programático.
	
	Na perspectiva da educação problematizadora todos os sujeitos estão envolvidos ativamente no ato da construção do conhecimento.
	 
	A educação bancária é caracterizada pelo diálogo, na medida em que apenas o professor exerce um papel ativo no processo ensino-aprendizagem.
	
	Para Freire, o ato de conhecer tinha relação direta com tornar "presente" o mundo para a consciência.
	
	A crítica de Freire ao currículo está sintetizada no conceito de "educação bancária".
	
	
	 
	Leia o fragmento a seguir sobre o conceito de Currículo para responder a questão:
"[...] compreendemos o currículo como uma 'tradição inventada' (GOODSON, 1998), como um artefato sócio-educacional que se configura nas ações de conceber/selecionar/produzir, organizar, institucionalizar, implementar/dinamizar saberes, conhecimentos, atividades, competências e valores visando uma 'dada' formação, configurada por processos e construções constituídos na relação com conhecimento eleito como educativo. [...] Em geral, o senso comum educacional percebe o currículo como um documento onde se expressa e se organiza a formação, ou seja, o arranjo, o desenho organizativo dos conhecimentos, métodos e atividades em disciplinas, matérias ou áreas, competências, etc.; como um artefato burocrático preescrito. Não perspectivam o fato de que o currículo se dinamiza na prática educativa como um todo e nela assume feições que o conhecimento e a compreensão do documento por si só não permitem elucidar. O fato é que professores e educadores em geral, nos seus cenários formativos, atualizam, constroem e dão feição ao currículo, cotidianamente, relacionalmente, tendo como seu principal objetivo a formação e seus processos de interpretação e veiculação, daí sua inerente complexidade" (MACEDO, 2007, 24-26). Marque a alternativa que define o pensamento de Goodson:
	
	
	O currículo é um artefato burocrático prescrito e orientado por um documento que apenas define atividades práticas.
	 
	O currículo como tradição inventada não é algo que se considere como pronto, mas uma construção atualizada nos cenários formativos, por processos e construções constituídos nas relações socioeducativas.
	
	O currículo é o conjunto de disciplinas que compõem a matriz curricular de um curso, sem sequer se questionar os processos de seleção culturalresponsáveis pela inclusão de saberes no currículo.
	
	O conhecimento eleito como educativo é aquele que é igual para todas as formações, sem que ocorra um processo de seleção de conteúdos.
	
	O senso comum educacional está certo em conceber o currículo como um documento, feito por professores apenas em diálogo com as suas práticas.
	
	
	"Mesmo antes de se constituir um objeto de estudo de uma especialização do conhecimento pedagógico, o currículo sempre foi alvo de atenção de todos os que buscavam entender   e organizar o processo educativo escolar". (MOREIRA; SILVA: 1994, p. 8-9). Do ponto de vista histórico, sobre currículo como campo de estudo, as afirmações apresentadas nas opções estão corretas, EXCETO:
	
	
	O campo do Currículo se consolidou com estudos e pesquisas fundamentadas.
	
	Surgiu nos Estados Unidos e teve John Dewey como precursor.
 
	
	As teorias críticas apresentam questionamento sobre o currículo da escola moderna.
	 
	O termo currículo tem definição específica e consensual ao longo do tempo.
	
	O livro intitulado Curriculum, escrito por Bobbit em 1918, é considerado um marco na literatura sobre o tema.
	
	 
	Ao investigar o processo educativo mediado por diferentes propostas curriculares na Educação Básica, compreendemos que cabe ao pedagogo orientar a elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) das instituições escolares:
	
	
	desconsiderando a atitude profissional por parte dos gestores para promover relações afetivas entre professores e estudantes, em sala de aula e demais espaços de aprendizagem.
	
	desconsiderando as diretrizes curriculares e legislação educacional vigente, enfatizando os interesses institucionais da empresa/escola.
	
	considerando práticas curriculares voltadas apenas para o atendimento multidisciplinar de pessoas com deficiência.
	
	considerando apenas a atuação educacional dos professores e gestores escolares para pensar e organizar as experiências e práticas pedagógicas a serem adotadas.
	 
	considerando a participação da comunidade escolar, seus anseios e demandas sociais em relação aos conteúdos e práticas pedagógicas a serem definidas no PPP.
	
	
	 
	A disciplina e sua importância para a formação do pedagogo: competências, habilidades e formação. Dentre as competências, a serem construídas ao logo da educação básica, propostas pelo Ministério de Educação destacam-se: " Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural". Esta referência curricular mostra, essencialmente, que os currículos dos Cursos de Pedagogia devem:
	
	 
	valorizar fundamentos da educação para atuar na solução para os problemas atuais.
	
	adequar seus conteúdos de modo linear para garantir sequencia lógica.
	
	estruturar as disciplinas em suas especificidades para atender a teoria crítica.
	
	incluir as atividades assistencialistas como componente obrigatório do currículo.
	
	priorizar o conteúdo teórico das disciplinas pedagógicas.
	
	 
	Saviani, ao analisar as consequências políticas da penetração, nos sistemas nacionais de ensino, das chamadas pedagogias liberais, destaca o fato de que a difusão do ideário escolanovista contribuiu para o rebaixamento do nível do ensino destinado às camadas populares. A contribuição do estudioso para compreensão do campo curricular está na crítica de que tais pedagogias
	
	
	desconsiderariam as características cognitivas dos alunos
	 
	estariam despreocupadas com a transmissão do saber escolar
	
	desestimulariam a pesquisa em sala de aula
	
	desvalorizariam o trabalho em equipe
	
	desprezariam as experiências culturais vividos
	
	
	
	Como futuro(a) pedagogo(a) é importante que você reflita sobre as práticas curriculares dos profissionais da educação, devido à relevância de seu papel político-pedagógico, que se manifesta essencialmente através das:
	
	
	Definições teóricas sobre currículo
	 
	Responsabilidades em relação aos atos de currículo
	
	Participações em eventos acadêmicos sobre currículo
	
	Explicações empíricas sobre currículo
	
	Acessibilidades às publicações sobre currículo
	
	
4
	Para compreender a escola é preciso recorrer ao sentido amplo da palavra cultura, isto é, o conjunto de costumes, dos modos de viver, de vestir, das maneiras de pensar, das expressões de linguagem, dos valores das várias origens dos alunos. Consequentemente, a escola para ser bem sucedida
	
	
	necessita perceber qual é a melhor cultura para, assim, poder contribuir com um ensino de qualidade.
	
	exige a definição de qual cultura propicia uma melhor aprendizagem.
	
	deve escolher a cultura que mais se aproxima da maioria de seus alunos, visando a um tratamento democrático.
	 
	precisa colocar-se aberta às diversas culturas existentes nos grupos de alunos.
	
	é obrigada a equilibrar os diferentes valores dessas diferentes culturas para atender igualmente a todos os alunos.
	
	
	 
	Segundo Alves (1981) a ciência não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum; é apenas uma abordagem mais especializada, controlada e disciplinada desse conhecimento. O autor coloca em questão o mito que se construiu sobre a ciência e a ideia de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor que as outras, que tem em suas mãos uma receita universalmente válida para todos os casos, de que a sua palavra, por ser especialista, vale mais. Ao contrário, relativiza as diferenças e semelhanças entre esses dois tipos de saber. O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. (ALVES, 1981, p.16). Para muitos autores, o que caracteriza o conhecimento científico e o distingue do saber não científico é I. ( ) a sua abordagem sistemática da realidade e do objeto a ser pesquisado. II. ( ) a seleção de um problema, o levantamento de hipóteses e a coleta e análise de dados. III. ( ) a formulação de perguntas ou questões que norteiam o olhar do pesquisador. IV. ( ) a escolha da metodologia de pesquisa e a elaboração de conclusões e de paradigmas. V. ( ) a seleção de referenciais teóricos e o levantamento de novas questões.
	
	
	( ) V, V, F, V, F
	
	( ) V, F, V, F, F
	
	( ) V, F, V, V, V
	 
	( ) V, V, V, V,V
	
	( ) F, F, V, F, F
	
	
	 
	As discussões e debates sobre currículo envolvem, dentre outros aspectos, a observação da realidade e a organização dos conhecimentos, sua seleção e distribuição por áreas e disciplinas. Do ponto de vista histórico, as teorias e práticas têm sido analisadas em distintas perspectivas como positivista, estruturalista e pós-estruturalista. Ao interpretarmos a realidade escolar para planejar o currículo, influenciados pela perspectiva positivista é correto afirmar que nossas práticas tendem a valorizar os seguintes aspectos, EXCETO:
	
	
	descrição imparcial da realidade escolar.
	 
	inserção de práticas interculturais.
	
	valorização do conhecimento científico.
	
	desvinculação entre senso comum e ciência.
	
	enfoque antropológico da comunidade escolar.
	
	
	
	Cláudia e Daniel, estudantes de Pedagogia, que ao lerem o desenho curricular do referido curso verificaram a que deveriam estudar a disciplina intitulada Currículo: teoria e prática. Cláudia e Daniel desejam saber qual o principal objetivo desta disciplina e de que modo contribuipara formação do pedagogo? A resposta que melhor se adequa a pergunta é:
	
	
	Definir os múltiplos significados da palavra currículo.
	
	Cumprir a carga horária do currículo de Pedagogia atendendo legislação.
	
	Estudar os métodos e técnicas de ensino aprendizagem para dinamizar o currículo.
	
	Compreender a relevância das provas oficiais na elaboração do currículo das escolas.
	 
	Estabelecer relações entre currículo escolar, sociedade e cultura.
	
	
	 
	Há pensamentos divergentes sobre a neutralidade da ciência. Na perspectiva positivista, a teoria é entendida como descrição imparcial e objetiva dos fatos da realidade e na perspectiva pós-estruturalista, a teoria é entendida como uma criação da realidade a partir do que é observado. 
Quando os planejadores do currículo buscam respostas objetivas e teoricamente fundamentas para bem desenvolver as atividades com os alunos revelam tendências que orientam os estudos teórico-práticos, no campo do currículo e com esta postura, essencialmente, valorizam:
	
	
	o senso comum e a perspectiva  pós-estruturalista.
	 
	o saber científico e a perspectiva positivista.
	
	as evidências da cultura erudita e a perspectiva pós-estruturalista.
	
	o senso comum e a  perspectiva positivista.
	
	as necessidades comportamentais dos alunos e a perspectiva pós-estruturalista.
	
	 
	Como instituição social, a escola está sujeita aos fatores de pressão de época tais como: os padrões de consumo, a indústria da vaidade, as injustiças sociais, o etnocentrismo etc. O movimento sócio-político que denuncia as conseqüências desses fatores no campo do currículo, alterando o foco das interpretações das práticas escolares, denomina-se:
	
	
	existencialismo
	
	iluminismo
	
	positivismo
	
	cognitivismo
	 
	pós-modernismo
	
	 
	(Fonte: MEC: ENC/ Provão Pedagogia 2001) O contexto sociocultural onde a escola está inserida é um dos fatores determinantes na elaboração do currículo. É indicador da necessidade de revisão e eventual redirecionamento das práticas curriculares:
	
	
	a ausência dos pais nas reuniões da escola.
	
	o percentual elevado de evasão e de fracasso escolar.
	
	o número reduzido de pessoal especializado.
	
	a deficiência na formação dos professores.
	 
	a diversidade de níveis socioeconômicos dos alunos.
	
	 
	Para Goodson (2008) nas décadas de 1960 e 1970 testemunhamos uma transformação da escolarização americana através de ideologias tecnocráticas e de cunho taylorista de eficiência social. Deste modo podemos afirmar que o currículo neste momento tinha como característica marcante:
	
	
	Uma concepção de avaliação formativa, ou seja, aquela que acompanha o/a estudante em todo o processo ensino-aprendizagem
	
	A ênfase na relação professor-aluno e o diálogo como instrumento para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
	 
	A obtenção de resultados educacionais mediante a eficiência científica e controles burocráticos sociais que consolidavam um modelo racionalista de escolarização
	
	Um espaço de disputas de poder e questionamento de conhecimentos e valores hegemônicos
	 
	A valorização dos conhecimentos prévios dos/as estudantes e seus contextos socioculturais.

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