Buscar

150759050515_PROJ_UTI_DIR_TRIB_01 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
OAB 1ª Fase XVII Exame – UTI 
Direito Tributário 
Eduardo Sabbag 
1 
ESTUDO DO CTN – LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
AULA – OAB – DICAS “PROJETO UTI” 
EDUARDO SABBAG 
LINHA DO TEMPO 
 
HI → FG → OT → LANÇ→ CT→ INSC → DA 
→ CDA → EF 
 
Obrigação Tributária (OT) 
1. Auferir renda (hipótese de incidência/HI) 
João aufere renda (Fato gerador/ FG) 
Nasce a obrigação tributária (OT), quanto ao 
dever de pagar o IR. 
 
O estudo da OT pode ser desdobrado em 4 
elementos: 
 
1. Sujeito ativo (arts.7º e 119, CTN) 
2. Sujeito passivo (arts.121 e 123, CTN) 
3. Objeto (art. 113, CTN) 
4. Causa (arts.114 e 115, CTN) 
 
Sujeito Ativo é o ente credor do tributo/multa. 
Desse modo, o sujeito ativo é o Estado. Temos 
dois tipos de sujeitos ativos: 
 
A) Sujeito ativo direto 
Sujeito ativo indireto 
A) Sujeito Ativo Direto 
 
São eles: União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal. Tais entidades têm o poder de instituir 
o tributo, além de seres credores dele. Esse 
poder de criar é chamado “Competência 
Tributária”. É sabido que ela é indelegável. 
Exemplo: Imposto sobre grandes fortunas – 
imposto federal ainda não criado pela União: 
não pode vir a ser criado pelo Estado do Rio 
de Janeiro. 
 
B) Sujeito Ativo Indireto 
São os chamados “entes parafiscais” (CREA, 
CRC, CRM, CRO, etc.). Os profissionais 
respectivos pagam as contribuições 
profissionais para esses Conselhos 
Autárquicos. Assim, esses entes credores 
NÃO criam tais tributos federais, mas apenas 
os arrecadam. 
Assim, eles não têm “Competência Tributária”, 
mas apenas “Capacidade Tributária Ativa” – 
Poder delegável de arrecadação e fiscalização 
do tributo. 
2. Sujeito Passivo da OT 
Os entes devedores, quer de tributo, quer de 
multa, são denominados: 
a. Contribuinte: aquele que tem uma relação 
pessoal e direta com o fato gerador. 
b. Responsável: é a terceira pessoa escolhida 
por lei para pagar o tributo, sem ter realizado o 
fato gerador. Naturalmente, há um nexo 
mínimo que liga esse terceiro ao FG, tornando-
o devedor do tributo. O detalhamento da 
matéria chamada Responsabilidade Tributária 
ocorre entre os artigos 128 e 138 do CTN. 
Abaixo seguem alguns exemplos: 
 
• Imóvel (Bens imóveis): artigo 130, “caput”, 
CTN 
Quando se compra um bem imóvel e se 
descobrem débitos tributários anteriores à 
aquisição, o responsável tributário será o 
adquirente. Por isso se costuma solicitar 
certidão negativa de tributos antes de fechar o 
negócio imobiliário; 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a 
impostos cujo fato gerador seja a propriedade, 
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e 
bem assim os relativos a taxas pela prestação 
de serviços referentes a tais bens, ou a 
contribuições de melhoria, sub-rogam-se na 
pessoa dos respectivos adquirentes, salvo 
quando conste do título a prova de sua 
quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em 
hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
respectivo preço. 
3. Objeto da OT 
O objeto é a prestação de cunho pecuniário ou 
não pecuniário a cargo do sujeito passivo da 
OT diante do FG. 
 
• Prestação de cunho pecuniário = ato de 
pagar o tributo/multa (Obrigação Principal). 
• Prestação de cunho não pecuniário = atos 
diferentes de pagamento (Obrigações 
Acessórias) 
Exemplo: emitir nota fiscal, entregar 
declarações, escriturar livros fiscais, etc. 
 
4. Causa da OT 
A causa é o vínculo jurídico justificador do 
dever que surge com o fato gerador. Assim, 
teremos a causa da Obrigação Tributária 
principal e a causa da Obrigação Tributária 
acessória: 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB 1ª Fase XVII Exame – UTI 
Direito Tributário 
Eduardo Sabbag 
2 
• Causa da OT principal: é a Lei Tributária, uma 
vez que o dever de pagar só pode estar 
previsto em lei (Princípio da legalidade 
tributária). 
• Causa da OT acessória: é a Legislação 
Tributária, expressão que inclui portarias, 
instruções normativas, regulamentos, etc. Isso 
significa, por exemplo, que uma portaria pode 
tratar de uma OT acessória, mas não pode 
tratar de uma OT principal. 
Exemplo de vício: uma portaria prevê o dever 
de pagar o tributo (portaria Lei) 
 
LANÇAMENTO: - Art. 142, CTN 
 
- O lançamento é um instituto jurídico que 
constitui o crédito tributário, conforme se nota 
na linha do tempo. Assim, o lançamento 
tributário traz a noção de exigibilidade para a 
relação jurídico-tributária, uma vez que, até 
OT, só havia o “dever de pagar”. 
O lançamento permite a identificação do tributo 
devido, bem como de seu valor, tudo 
respeitando a lei. Daí se falar que o 
lançamento é o ato vinculado, e não 
discricionário (aquele pontuado pela 
oportunidade e conveniência). 
Exemplos: Notificação do IPTU, de IPVA; 
autos de infração de ICMS, entre outros. 
O que pode ocorrer, em seu processamento, é 
um auxílio maior ou menor do contribuinte no 
ato de lançar. Vejamos, assim, as espécies de 
lançamento: 
- Lançamento Direto, de Ofício ou Ex Officio 
(Art. 149 do CTN) - Exemplo: IPTU, IPVA, 
Taxas, Contribuições de melhoria. 
- Lançamento Misto ou por Declaração (Art. 
147 do CTN) – Exemplo: II 
- Lançamento por Homologação ou 
Autolançamento (Art. 150 do CTN) ~ Exemplo: 
ICMS, ISS, IR, IPI, PIS, COFINS, etc. 
ESTUDO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
O estudo do CT se divide em 03 pontos. 
 
1. Causas de Suspensão do CT (Artigo 151, 
CTN) – 6 INCISOS 
2. Causas de Extinção do CT (Artigo 156, CTN) 
– 11 INCISOS 
3. Causas de Exclusão do CT (Artigo 175, 
CTN) – 2 INCISOS 
Portanto, o CT pode ser suspenso, extinto ou 
excluído. Por exemplo: se o tributo é pago, 
haverá extinção do CT; se o tributo é 
parcelado, haverá a suspensão do CT; por fim, 
se o tributo é isento, haverá exclusão do CT. 
 
Causas de Suspensão do CT 
 
Art. 151, CTN: CAUSAS DE SUSPENSÃO DA 
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(palavra mnemônica - para memorização): 
 MO, DE, RE, CO, PA 
 
DICA 1: Certidões: quando se suspende a 
exigibilidade do CT, o requerente terá direito a 
uma certidão positiva com efeitos de negativa 
(certidão de regularidade fiscal), conforme o 
art. 206, CTN. 
DICA 2: 
A) SÚM. VINCULANTE N. 21: 
É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
B) SÚM. VINCULANTE N. 28: 
É inconstitucional a exigência de depósito 
prévio como requisito de admissibilidade de 
ação judicial na qual se pretenda discutir a 
exigibilidade de crédito tributário. (Obs.: o 
magistrado se baseava na dicção do art. 40, 
caput, da LEF, o qual previa tal 
condicionamento. O STF houve por bem 
considerá-lo inconstitucional) 
 
II. Causas de Extinção do CT 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação 
do lançamento nos termos do disposto no 
artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
OAB 1ª Fase XVII Exame – UTI 
Direito Tributário 
Eduardo Sabbag 
3 
VIII - a consignação em pagamento, nos 
termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, 
assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser objeto 
de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, 
na forma e condições estabelecidas em lei. 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
III. Causas de Exclusão do CT 
Temos duas causas que excluem o Crédito 
Tributário: 
Isenção: Artigos 176 a 179, CTN; 
Anistia: Artigos 180 a 182, CTN. 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
Art. 96. A expressão "legislação tributária" 
compreende as leis, os tratados e asconvenções internacionais, os decretos e as 
normas complementares que versem, no todo 
ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas 
a eles pertinentes. 
 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
 
Art. 100. São normas complementares das 
leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas 
autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou 
coletivos de jurisdição administrativa, a que a 
lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas 
pelas autoridades administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. 
Parágrafo único. A observância das normas 
referidas neste artigo exclui a imposição de 
penalidades, a cobrança de juros de mora e a 
atualização do valor monetário da base de 
cálculo do tributo 
 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, 
a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, 
na ordem indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a equidade. 
 
§ 1º O emprego da analogia não poderá 
resultar na exigência de tributo não previsto em 
lei. 
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá 
resultar na dispensa do pagamento de tributo 
devido. 
 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
 
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza 
da presunção de certeza e liquidez e tem o 
efeito de prova pré-constituída. 
Parágrafo único. A presunção a que se refere 
este artigo é relativa e pode ser ilidida por 
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo 
ou do terceiro a que aproveite. 
 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública 
constituir o crédito tributário extingue-se após 
5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a 
decisão que houver anulado, por vício formal, 
o lançamento anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este 
artigo extingue-se definitivamente com o 
decurso do prazo nele previsto, contado da 
data em que tenha sido iniciada a constituição 
do crédito tributário pela notificação, 
ao sujeito passivo, de qualquer medida 
preparatória indispensável ao lançamento. 
 
DICAS FINAIS – DISPOSITIVO 
RECOMENDADO 
 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito 
tributário prescreve em cinco anos, contados 
da data da sua constituição definitiva.

Outros materiais