Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amanda Strama XXVI B TROMBOSE E EMBOLIA 1. HEMOSTASIA Manutenção do sangue em estado fluido e livre de coágulos nos vasos normais Componentes envolvidos: parede vascular, plaquetas e o sistema de coagulação sanguínea Capacidade de formação de um tampão hemostático rápido e localizado em um local de lesão vascular Fenômenos: vasoconstrição, tampão plaquetário, rede de fibrina, estabilização do coágulo e dissolução 1.1. VASOCONSTRIÇÃO Ocorre para tentar impedir o extravasamento de sangue É reflexa porque é bem rápida, mas não é eficiente – apenas a primeira tentativa Causadas por liberação de endotelina 1.2. HEMOSTASIA PRIMÁRIA Ocorre nos primeiros segundos e minutos após a injúria vascular Descontinuidade do endotélio, deixando exposto para o sangue: colágenos, Fator de von Willebrand = Vwf Ocorre a chegada de plaquetas, que se aderem com a intenção de formar um tampão: Adesão; agregação (união) e ativação das plaquetas ocorre pela exposição dos fatores Na ativação, que ocorre para uma agregação eficaz/fortalecida, há uma mudança na forma das plaquetas, para que elas se encaixem no endotélio lesado, fazendo com que elas liberam seus grânulos Os grânulos aumentam a adesão/agregação plaquetária, porque fazem com que o fibrinogênio una uma plaqueta com a outra. Além de recrutar novas plaquetas para fortalecer e aumentar ainda mais o tampão Componentes importantes na formação da fibrina 1.2.1. FASES NA ATIVAÇÃO DAS PLAQUETAS 1. Adesão das plaquetas ao estroma subendotelial (receptores de colágeno e do fator de vWF) 2. Deformação/transformação mecânica que induz as plaquetas a emitir pseudópodes aumentando a superfície de contato 3. Amplificação do tampão plaquetário: grânulos aumentam a adesão, além de fazerem novas plaquetas chegarem 4. Estabilização do tampão plaquetário por fibrina 1.2. SISTEMA/CASCATA DE COAGULAÇÃO 3 vias: intrínseca, extrínseca, comum Formada por enzimas que se ativam Via comum: Tromboplastina transforma protrombina em trombina, que transforma fibrinogênio em fibrina Fibrina: envolve as plaquetas (cimento) para formar o tampão; é necessária para consolidar o tampão e impedir que o fluxo turbulento de sangue não carregue este tampão e não ocorra o extravasamento de sangue Pela via intrínseca: Fator de Hageman ativado Plaquetas Tromboplastina Pela via extrínseca: Dano tecidual Fator tecidual Tromboplastina 1.3. HEMOSTASIA SECUNDÁRIA Ocorre nas primeiras horas Consolidar o tampão plaquetário formado na homeostasia primária através da Fibrina Estabilização e reabsorção do tampão 1.4. SISTEMA FIBRINOLÍTICO Mecanismo contra-regulador que restringe o tampão ao local da lesão Dissolução do coagulo através da lise das fibrinas pela plasmina Ativação de fatores anticoagulantes t-PA (fibrinólise): objetivo de ativar plasminogênio em plasmina, que degrada a fibrina Trombomodulina: bloqueia a cascata de coagulação Resta os produtos de degradação da fibrina 2. TROMBOSE Alteração em qualquer um dos fenômenos causa trombose Processo Patológico caracterizado pela solidificação do sangue dentro do vaso ou do coração, em indivíduo vivo Coágulo: massa não estruturada de sangue fora dos vasos ou coração ou formada por coagulação após a morte 2.1. ETIOPATOGENESE – TRÍADE DE VIRCHOW 2.1.1. LESÃO ENDOTELIAL Importante na formação de trombose no coração e circulação arterial A lesão pode ocorrer a partir de estresse hemodinâmico, infarto, ateroma ulcerado, radiação, produtos absorvidos da fumaça do cigarro (redução da síntese de substâncias antitrombóticas) Lesão resulta em exposição do colágeno subendotelial, aderência de plaquetas, exposição do fator tecidual e depleção local de prostaciclinas e t-PA (fibrinólise) - (fatores antitrombóticos) Inativação de fatores anticoagulantes 2.1.2. ALTERAÇÃO DO FLUXO SANGÜÍNEO Turbulência e Estase: perturbam o fluxo laminar e deixam as plaquetas em contato com o endotélio (pode lesionar o endotélio); retardam o influxo de inibidores; promovem a ativação das células endoteliais Turbulência: contribui para a trombose arterial e cardíaca ao causar lesão Estase: importante na formação de trombos venosos 2.1.3. HIPERCOAGULABILIDADE Aumento do número de plaquetas (inflamação) Maior disponibilidade de fatores pró-coagulastes Redução dos inibidores da coagulação Causas: genéticas ou adquiridas (câncer) Adquirida: tumor que gera alteração dos fatores de coagulação (estimulação dos pró-coagulantes) 2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS TROMBOS Os trombos podem ocluir apenas parte da luz dos vasos e das cavidades cardíacas ou toda a luz vascular Mural: não obstrui por completo o vaso Oclusivo: obstrui por completo o vaso Composição: Branco: Plaquetas + fibrina, dispostas em camadas alternadas - ocorrem nas artérias e cavidades cardíacas - lesão endotelial Misto: mais frequentes; associação de camadas fibrosas (brancos) e de coagulação (vermelhos) - estrias de Zahn Vermelho: formados por muitas hemácias e se localizam preferencialmente nas veias, estase 2.3. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Desenvolve-se em qualquer lugar no sistema cardiovascular Aderidos a parede em que se formam Tamanhos e formas variáveis, pois depende: local de origem e das circunstâncias de seu desenvolvimento 2.4. TROMBOS ARTERIAIS OU CARDÍACOS x TROMBOS VENOSOS TROMBOS ARTERIAIS OU CARDÍACOS TROMBOS VENOSOS Começam no local da lesão endotelial Ocorrem no local de estase Crescem em direção retrógrada ao ponto de ligação Crescem em direção ao fluxo sanguíneo Camadas claras (plaquetas e fibrina) e escuras (hemácia) Formados por hemácias presas rede de fibrina e plaquetas Geralmente não oclusivos Geralmente oclusivos OBS: Nas artérias o sangue é turbulento e bate no trombo, levando uma porção do trombo, dando a entender de que está indo no sentido contrário do trombo Nas veias a formação de trombos é devido à estase sanguínea, ou seja, há uma dificuldade no retorno venoso e o sangue está mais lento e não consegue levar nenhuma porção de trombo, dando a entender que está indo no mesmo sentido do trombo 2.6. DESTINOS DOS TROMBOS Dissociação do trombo: vaso livre Reorganização; recanalização do trombo: formação de espaço para que o sangue continue passando Embolização: desprendimento do trombo (embolo sólido) e obstrução de outros locais da corrente sanguínea (trombo embolismo) – pulmonar ou sistêmico 3. EMBOLIA Obstrução vascular causada por uma massa sólida, líquida ou gasosa carregada pelo sangue a um local distante de seu ponto de origem (êmbolo) 3.1. EMBOLIA GASOSA Introdução de ar no sangue Descompressão rápida da pressão atmosférica (mergulhadores e aviadores) Pressão atmosférica elevada aumenta a solubilização do nitrogênio no sangue, quando o indivíduo retorna à superfície rapidamente, a pressão atmosférica cai, e o nitrogênio dissolvido retorna ao estado gasoso, formando bolhas 3.2. EMBOLIA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO Contrações uterinas que forçam a passagem do líquido para o interior das veias uterinas expostas durante o trabalho de parto (atividade pró-coagulante) Rico em tromboplastina (protrombina - trombina - fibrinogênio - fibrina) 3.3. EMBOLIA GORDUROSA Presença de glóbulos de gordura na circulação Fraturas extensas de ossos longos Traumas de tecido mole/lipoaspiração, queimaduras, injeção intratecidual de silicone líquido (infusão inadequada de substâncias oleosas na circulação) Liberação de ácidos graxos lesão endotelial agregação plaquetária
Compartilhar