Buscar

atps Orçamento Público (1)

Prévia do material em texto

Orçamento Público
CONTABILIDADE
Prof. Esp. Deise Lima
Tutora: Amanda Borges
Alunas: Josefa O. Martins 424436
Daiana V. O. Schmitz 7536650410
 Cassiany A. De Oliveira 7981715924
 Denilsa da S. Gois 441798
Tangará da Serra-MT 17 novembro de 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................03 
ETAPA 1................................................................................................................................04
DADOS HISTÓRICOS: PALMAS – TOCANTINS ...................................................04
ETAPA 2.....................................................................................................................06
RECEITA PÚBLICA....................................................................................................05
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA.........................................................................06
PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS – PPA.........................................................09
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO...................................................10
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA.....................................................................11
ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA........................................................................12
ETAPA 3 ..................................................................................................................16
SIMULAÇÃO DE COMPRA......................................................................................16
ETAPA 4...................................................................................................................17
LEI DA RESPONSABILIDADE FISCAL..................................................................17
CONCLUSÃO.........................................................................................................................19
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................20
INTRODUÇÃO
Atualmente pode-se notar o crescente interesse da população em conhecer como ocorre o orçamento público de município onde residem. A cada dia se interessam mais em saber de onde vem e para onde vai o dinheiro dos cofres públicos e isso é muito importante. E existem algumas ferramentas que possibilitam chegar ao conhecimento dessas informações. Essa ferramenta que é coloca a disposição da população para acompanhar os gastos da prefeitura é sem duvida a forma mais eficaz de fiscalizar o destino que tem o dinheiro pago em taxas, tributos e outras contribuições pagas ao município. Mesmo assim para a maior parte da população essas informações são apenas pilhas de papéis e uma densa “sopa de letrinhas”.	
Esse trabalho tem como objetivo esclarecer como funciona e como são organizados esses orçamentos, o que são despesas e receitas públicas, para onde e como são destinados. Observaremos também que foram criadas algumas diretrizes que oficializam e organizam a administração financeira do setor público. Diretrizes essas que são regulamentadas por leis, que visam o bom funcionamento das contas públicas e sua fiscalização.
ETAPA1
MUNICÍPIO ESCOLHIDO: PALMAS –TOCANTINS
Localização: Região Norte do Brasil
Área: 2.219 Km²
População: 257.904 (Estimativa IBGE para 2013)
Fundação: 20 de maio de 1989
Orçamento municipal previsto para 2011: R$ 579.464.300,00	
Inaugurada em 20 de maio de 1989 e instalada em 1º de janeiro de 1990, a cidade está cravada na exuberante paisagem do cerrado, no coração do Brasil. É conhecida como a Capital das Oportunidades. Esta máxima se ancora em um projeto de desenvolvimento sustentável onde o meio ambiente e homem estão no centro de estudo. A cidade é dotada de um ecossistema de grande beleza cênica com parques urbanos, jardins e áreas verdes estrategicamente projetadas.	
 Além de sua arquitetura arrojada, Palmas conta com um lago formado pela UHE Luis Eduardo Magalhães, com 8 km de largura, onde podem ser praticados diversos esportes náuticos.	
A cidade é propicia ao desenvolvimento do turismo de negócios e eventos e ao ecoturismo. Localizada a 805 km de Brasília-DF é servida pelas principais companhias áreas. A Capital do Tocantins, Palmas, é a última cidade brasileira planejada do século 20. Possui uma arquitetura arrojada, com avenidas largas, dotadas de completo trabalho paisagístico e divisão urbanística caracterizada por grandes quadras comerciais e residenciais.	
 Sua beleza, aliada ao caráter progressista, ajudou a atrair para a mais nova capital brasileira de todos os estados. O baixo índice de violência (Palmas é a segunda capital mais segura do País em proporção de homicídios, segundo o Ipea) e a qualidade de vida também apontou positivamente neste sentido.
HISTÓRIA	
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, no século XVI, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, entre outros povos indígenas.	
A história de Palmas é intimamente relacionada com a história de seu estado. A área que se localiza o Tocantins na atualidade era o norte do estado de Goiás, e desde o século XIX houve alguns movimentos separatistas na região. Em 1809, um movimento separatista da região de Goiás chamada Vila da Palma foi instalado na barra do Rio Palma com o Rio Paranã. Já em 1821, após um isolamento daquela região provocada pelo rei João VI de Portugal causou outra revolta separatista, quando o Desembargador Joaquim Teotônio Segundo proclamou um governo autônomo para aquela região. Todavia, em três anos a revolta foi contida por Caetano Maria Gama, presidente daquela província, nomeado pelo então rei, Dom Pedro I.	
A divisão de Goiás ficou em latência até os anos 70 do século XX, quando foi discutida no Congresso Nacional, e aprovado em 1988.
NOVA CAPITAL	
Somente anos depois, com o desmembramento do estado do Tocantins do estado de Goiás pela Constituição de 1988, é que Palmas finalmente começou a surgir. No dia 10 de janeiro de 1989, a cidade de Miracema do Tocantins foi definida como capital provisória do estado. No dia 15 de fevereiro de 1989, a Assembleia autorizou o então governador Siqueira Campos a desapropriar a área da Serra do Carmo e a leste do povoado de Canela para a criação da nova capital do estado idealizada pelo então governador da época. No dia 6 de março do mesmo ano, por decreto, foi criada a Comissão de Implantação da Nova Capital (Novacap) e, no dia 20de maio de 1989, foi lançada a pedra fundamental da cidade, numa solenidade que reuniu cerca de dez mil pessoas na Praça dos Girassóis. No mesmo dia, o governador Siqueira Campos acionou o trator, abrindo a Teotônio Segurado, a primeira avenida da cidade. Grande parte do município foi construído por trabalhadores oriundos de várias localidades do Brasil.	
No dia 19 de julho do mesmo ano, a Assembleia Estadual Constituinte aprovou o projeto de lei do executivo criando o Município de Palmas. A lei foi sancionada no dia 1º de agosto seguinte, quando Siqueira Campos confirmou a transferência da capital de Miracema do Tocantins para Palmas.	
Somente em 1 de janeiro de 1990 é que Palmas assumiu sua função de capital do estado e os poderes constituídos foram transferidos da capital provisória, Miracema, para o plano diretor da nova cidade. Porém, as repartições do governo ainda não existiam e não tinham acomodações para alojar o pessoal administrativo. O primeiro prefeito do município foi Fenelon Barbosa Sales.	
Hoje, a população da cidade já chega a mais de duzentas mil pessoas. Cidade planejada, foi construída contendo avenidas largas, uma preservação ambiental eficiente e bons locais públicos. Palmasfoi a capital com o maior crescimento demográfico durante a primeira década do século XXI.
ETAPA 2
RECEITA PÚBLICA	
É o dinheiro que o estado arrecada, em sua maioria por meio de tributos, com a finalidade de custear as despesas e os investimentos destinados a atender às necessidades da sociedade.	
As receitas são divididas em receitas correntes, de capital e intraorçamentárias correntes e de capital.
As receitas correntes correspondem às receitas tributárias (impostos, taxas e contribuições de melhoria), de contribuições (previdenciárias e outras), patrimoniais (rendimento de aplicações financeiras, aluguéis entre outras), agropecuárias, industriais, de serviços, transferências correntes (recursos recebidos da União referentes à repartição dos impostos, SUS, convênios, etc.; e de entidades tais como FUNDEB, FUNDOSOCIAL, SEITEC, entre outras) e outras receitas correntes (multas e juros, dívida ativa, restituições, indenizações, entre outras).	
As receitas de capital correspondem às receitas de operações de crédito (empréstimos adquiridos pelo Estado), alienação de bens, amortização de empréstimos (empréstimos concedidos pelo Estado) e as transferências de capital (na sua maioria convênios).	
As receitas intra-orçamentárias são as receitas arrecadadas pelos órgãos estaduais por serviços prestados a outros órgãos estaduais pertencentes ao orçamento fiscal e da seguridade social.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA
Previsão	
Conceitua-se a previsão como sendo a estimativa de arrecadação da receita feita na Lei Orçamentária Anual (LOA), obtida através da aplicação de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. 	
A Constituição Federal determina que o Poder Executivo, ao encaminhar o projeto de lei orçamentária anual ao Poder Legislativo, o faça com a previsão de Receita a ser arrecadada no exercício financeiro seguinte. Esta norma é reforçada pelo mandamento contido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que cria, inclusive, sanções a este descumprimento.	
Pode-se verificar a importância da correta projeção das receitas quando da confecção da Lei Orçamentária Anual, posto que em razão do montante previsto a ser arrecadado, será fixada as despesas a serem incorridas, assim como a determinação das necessidades de financiamento do Governo. 
Ademais, a previsão das receitas repercutirá na concessão de créditos suplementares por excesso de arrecadação. De acordo com o Manual, a previsão de receitas está baseada na série histórica de arrecadação das mesmas ao longo dos anos ou meses anteriores (base de cálculo), corrigida por parâmetros de preço (efeito preço), de quantidade (efeito quantidade) e de alguma mudança de aplicação de alíquota em sua base de cálculo (efeito legislação). Esta metodologia busca traduzir matematicamente o comportamento da arrecadação de uma determinada receita ao longo dos meses e anos anteriores e refleti-la para os meses ou anos seguintes, utilizando-se de modelos matemáticos.
Lançamento	
O lançamento é o procedimento administrativo que possui uma dúplice função apontada pela doutrina, cada qual em consonância com um aspecto de sua natureza híbrida: a) função (ou natureza) declaratória da ocorrência da obrigação tributária; e b) função (ou natureza) constitutiva do crédito tributário – proveniente da prática do fato gerador de um tributo ou de uma penalidade administrativa. Dito de outra forma, o mesmo procedimento administrativo, que como regra geral é praticado pela autoridade fazendária, servirá tanto para declarar a ocorrência do fato gerador que originou a obrigação tributária respectiva, como para constituir o crédito dela decorrente. O lançamento, nos termos do art. 142, do CTN, tem por objetivo identificar a tornar líquido o crédito tributário, ou seja, “verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. ” Serve, portanto, para individualizar o fato gerador praticado pelo contribuinte, apontando todos os elementos necessários para que possa se tornar exigível, logo, líquido.	
Importante que se complemente que a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, ou seja, de acordo com a classificação administrativista, será ela plenamente vinculada, o que se coaduna perfeitamente com a própria definição de tributo, sob pena de responsabilidade funcional.	
Como quase todos os tributos atualmente se submetem ao lançamento por homologação, na qual cabe ao sujeito passivo não só entregar declaração ao Fisco contendo todos os elementos necessários à identificação da matéria tributável, como também recolher o saldo de tributo devido que por ele próprio fora apurado, é curial que se faça breves apontamentos acerca desta peculiar modalidade de lançamento.	
Malgrado esteja previsto expressamente no citado artigo que compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, aparentemente afastando a possibilidade de o sujeito passivo praticar todos os atos tendentes à constituição do crédito tributário, a jurisprudência dos Tribunais Superiores avançou no sentido de considerar que a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal, nos tributos sujeito ao lançamento por homologação, constitui por si só o crédito tributário.	
 Assim, pode-se afirmar que a apresentação de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF, de Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA ou de outra declaração semelhante prevista em lei é modo de constituição do crédito tributário, dispensando-se outra providência por parte do fisco.
Após a previsão das receitas na Lei Orçamentária Anual, os créditos submetidos ao lançamento, principalmente os de natureza tributária, serão constituídos nos termos da lei, conforme forem ocorrendo os respectivos fatos geradores. Atente-se que nem todas as receitas previstas se submeterão ao procedimento de constituição do respectivo crédito pelo lançamento, a exemplo das receitas originárias provenientes da exploração do patrimônio público pelo Estado, ou por lhe quem faça as vezes, através da cobrança de preços públicos.
Arrecadação	
O terceiro estágio da receita pública é a entrega feita pelos sujeitos passivos (contribuintes, responsáveis ou sucessores tributários) aos agentes arrecadadores, que podem ser inclusive instituições financeiras privadas autorizadas pelo ente.
Com efeito, não se pode confundir a arrecadação de tributos feita por instituições financeiras privadas com a competência tributária e a capacidade tributária ativa.	
A competência tributária é a parcela de poder outorgada pela Constituição a cada ente político que compõe a federação brasileira. Ela é, portanto, indelegável e seu estudo se concentra no momento anterior à efetiva instituição do tributo pelo ente político competente.
A capacidade tributária ativa é a atribuição das funções de fiscalizar ou de arrecadar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. A capacidade tributária ativa poderá ser delegada à pessoa jurídica de direito público, podendo a pessoa delegatória dessas atribuições, passar a ocupar a posição de sujeito ativo na relação jurídica tributária.	
Desta sorte, não exerce os bancos nenhuma função fiscalizatória ou arrecadatória propriamente dita (propositura de ação de cobrança, por exemplo), mas apenas a prática de atos matérias para o recebimento do pagamento dos créditos pertencentes ao Estado realizado pelos sujeitos passivos.
Recolhimento	
A quarta etapa é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, ou seja, é o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente ao Tesouro público o produto da arrecadação. O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos arrecadadores (estes podem ser bancos ou caixasavançados do próprio ente). Conforme vimos na terceira etapa, a arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor. A etapa posterior é o recolhimento, ou seja, o depósito em conta do Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos arrecadadores.
PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS (PPA)	
O Plano Plurianual de Investimentos, no Brasil, – previsto no artigo 165 da Constituição Federal, e regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 1 é um plano de médio prazo, que estabelece as Diretrizes, Objetivos e Metas a serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos. Tem vigência do segundo ano de um mandato presidencial até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Também prevê a atuação do Governo, durante o período mencionado, em programas de duração continuada já instituídos ou a instituir no médio prazo.	
Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na redação do PPA para o período vigente.	
O PPA é dividido em planos de ações, e cada plano deverá conter: objetivo, órgão do Governo responsável pela execução do projeto, valor, prazo de conclusão, fontes de financiamento, indicador que represente a situação que o plano visa alterar, necessidade de bens e serviços para a correta efetivação do previsto, ações não previstas no orçamento da União, regionalização do plano, etc.	
Cada um desses planos (ou programas) será designado a uma unidade responsável competente, mesmo que durante a execução dos trabalhos várias unidades da esfera pública sejam envolvidas. Também será designado um gerente específico para cada ação prevista no Plano Plurianual, por determinação direta da Administração Pública Federal. O decreto que regulamentou o PPA prevê que sempre se deva buscar a integração das várias esferas do poder público (federal, estadual e municipal), e também destas com o setor privado.	
A cada ano, será realizada uma avaliação do processo de andamento das medidas a serem desenvolvidas durante o período quadrienal – não só apresentando a situação atual dos programas, mas também sugerindo formas de evitar o desperdício de dinheiro público em ações não significativas. Sobre esta avaliação é que serão traçadas as bases para a elaboração do orçamento federal anual.	
Pode-se afirmar que o Plano Plurianual faz parte da política de descentralização do governo federal, que já é prevista na Constituição vigente. Nas diretrizes estabelecidas em cada plano, é fundamental a participação e apoio das esferas inferiores da administração pública, que sem dúvida têm mais conhecimento dos problemas e desafios que são necessários enfrentar para o desenvolvimento sustentável local.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)	
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e autarquias. Busca sintonizar a Lei Orçamentária Anual com as diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidas no Plano Plurianual. De acordo com o parágrafo 2º do art. 165 da Constituição Federal, a LDO:	
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; Orientará a elaboração da LOA; Disporá sobre as alterações na legislação tributária; 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A iniciativa do projeto da LDO é exclusiva do chefe do Poder Executivo (no âmbito federal, o Presidente da República, por meio da Secretaria de Orçamento Federal). O projeto é, então encaminhado ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano, para aprovação. Constituição não admite a rejeição do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, porque declara, expressamente, que a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º.).
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)	
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. A Constituição determina que o Orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada ano (também chamado sessão legislativa). Compete ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o Plano plurianual, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as propostas de orçamentos previstos nesta Constituição.	
A Lei Orçamentária Anual estima as receitas e fixa as despesas do Governo para ano subsequente. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo emite medida provisória, submetendo-a a aprovação do Congresso Nacional solicitando créditos especiais ou suplementares, ou nos casos especiais, como: guerra, calamidade, comoção internas, dentre outros, emite créditos extraordinários, sem autorização prévia do legislativo, apenas anuência posterior. No caso dos créditos suplementares, estes podem ser solicitados através da própria LOA.	
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na lei orçamentária.
O Orçamento anual visa concretizar os objetivos e metas propostas no Plano Plurianual (PPA), segundo as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO).
A Lei Orçamentária Anual compreenderá:	
O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e estatais chamadas de dependentes (deficitárias).
O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA	
As despesas públicas devem ser rigorosamente observadas em alguns critérios. São eles o empenho. A liquidação e o pagamento.
Empenho 	
O empenho representa o primeiro estágio da despesa orçamentária. É registrado no momento da contratação do serviço, aquisição do material ou bem, obra e amortização da dívida. Segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. 	
A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria.
Os empenhos podem ser classificados em:
Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;
Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e 
Global: empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. 
O Empenho poderáser reforçado quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, e caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente. 
Liquidação	
É o segundo estágio da despesa orçamentária. A liquidação da despesa é, normalmente, processada pelas Unidades Executoras ao receberem o objeto do empenho (o material, serviço, bem ou obra). É o procedimento realizado sob a supervisão e responsabilidade do ordenador de despesas para verificar o direito adquirido pelo credor, ou seja, que a despesa foi regularmente empenhada e que a entrega do bem ou serviço foi realizada de maneira satisfatória.	
 A liquidação das despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho; e os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. 
Conforme previsto no art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e tem como objetivos: apurar a origem e o objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.	
A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos administrativos.
Pagamento	
O pagamento da despesa refere-se ao terceiro estágio e será processada pela Unidade Gestora Executora no momento da emissão do documento Ordem Bancária (OB) e documentos relativos a retenções de tributos, quando for o caso. O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa. Caracteriza-se pela emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor, facultado o emprego do suprimento de fundos, em casos excepcionais.	
A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga. Principais documentos contábeis envolvidos nessa fase: OB (Ordem Bancária), DF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF), DR (Documento de Arrecadação Financeira - Dar), GR (Guia de Recolhimento da União) e NL (Nota de Lançamento) em casos específicos.	
Do ponto de vista governamental, o planejamento segue os três níveis de ação de uma instituição governamental ou de uma empresa privada, a seguir:(a) o nível estratégico, (b) o nível tático, e (c) o nível operacional. Esses três níveis refletem a estrutura organizacional e, consequentemente, a hierarquia nas organizações.	
O nível mais alto ou estratégico é aquele em que são pensados os caminhos da organização como um todo. As decisões são bem definidas, mas com grande flexibilidade, pois são fortemente influenciadas pelo ambiente externo ou pelo ambiente em que a organização está inserida. As análises e decisões estratégicas são, normalmente, decididas pela cúpula ou primeiros escalões de chefia. O planejamento do nível estratégico deve ser mais abstrato e com ações de longo prazo (1 ano, 4 anos, 20 anos, dependendo da visão de longo prazo dos gestores). 	
O nível tático, por seu turno, é nível intermediário que reflete as decisões das gerências e chefias de equipe. Este nível é pouco influenciado por fatores externos e serve para a determinação das técnicas ou meios que serão operados para que os objetivos estratégicos sejam alcançados. Neste nível, o planejamento visa a criação de instrumentos mensuráveis para que a organização funcione bem e atinja seus propósitos.	
Por último, temos o nível operacional que, apesar de estar na base da escala hierárquica, tem importância imprescindível em qualquer organização. A influência de fatores externos é quase nula neste nível, que é o responsável pelas atividades do dia-a-dia, pelo detalhamento e execução das atividades determinadas para que a organização não pare. O planejamento operacional é o estabelecimento de rotinas concretas a serem seguidas em cada subunidade ou departamento da organização. Ressalte-se que, enquanto o planejamento estratégico busca soluções para a organização como um todo, o do nível tático procura soluções gerais para cada setor e o operacional implementa e detalha soluções para funções específicas situações também específicas ou de uso corrente.
Município de Palmas – TO.
Ano do exercício: 2011.
RECEITA CORRENTE RECEITA CAPITAL TOTAL
R$ 461.177.577,00 R$ 102.960.023,00 R$ 564.137.600,00
DESPESA CORRENTE DESPESA CAPITAL -
R$ 438.798.198,20 R$ 150.054.407,30 R$ 588.852.605,50
ETAPA 3
Simulação da aquisição de um bem utilizando as normas de orçamento público. 
INSTITUCIONAL
Órgão Prefeitura Municipal de Palmas - Tocantins
Unidade orçamentária Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social 
Subunidade Maria Luiza Felizola Leão Gomes 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Função Assistência Social 08
Subfunção Assistência Comunitária 
244
Programas Materiais para Expediente 08.244.001
Projeto/atividades/projetos especiais Material para uso diário 08.244.001.1.001
NATUREZA DA DESPESA
Categoria Econômica Despesa Corrente 3 03
Grupo Outras despesas Correntes 3
3.3
Modalidade Aplicações Diretas 90 3.3.90
Elemento da Despesa Material de Consumo 30
3.3.90.30
Sub-elemento da Despesa Material de Consumo 3.3.90.30 3.3.90.30.30
A modalidade da despesa é a de Aplicações Diretas.	
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.
As fases que essa despesa percorreu no Orçamento Público:
PPA – Plano Plurianual estabelece de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, isto é o Planejamento estratégico. LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende as metas e prioridades da Administração Pública. Faz a ligação entre o PPA e a LOA, tem por função principal o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir os objetivos do PPA. Ajusta as ações do governo, previstas no PPA, as ações disponibilidades de caixa do Tesouro Nacional, isto é o Planejamento tático.
LOA – Lei Orçamentária Anual estima receita e fixa a despesa para o exercício seguinte, obedecendo ao disposto no PPA, LDO e demais dispositivos legais existentes, isto é o Planejamento operacional. 	
FIXAÇÃO é o valor total da despesa estabelecida na LOA, ou seja, verificar junto à contabilidade a existência de recursos orçamentários.
EMPRENHO é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição, ou seja, é a garantia que o prestador de serviço receberá o valor contratado.
LIQUIDAÇÃO consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por bases títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
PAGAMENTO é a efetiva saída de numerário da conta única do tesouro nacional em favor do credor. Despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga, ou seja, quando o prestador de serviço tenha efetivado o contrato, neste caso mensalmente.
ETAPA 4
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL	
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000) estabelece, em regime nacional, parâmetros a serem seguidos relativos ao gasto público de cada ente federativo (estados e municípios) brasileiro. As restrições orçamentárias visam preservar a situação fiscal dos entes federativos, de acordo com seus balanços anuais, com o objetivo de garantir a saúde financeira de estados e municípios, a aplicação de recursos nas esferas adequadas e umaboa herança administrativa para os futuros gestores. Esta lei prevê, portanto, um mecanismo de maior controle nas contas públicas: passa a haver maior rigor para que o governo não contraia empréstimos ou dívidas. É um mecanismo de fiscalização e transparência. A LRF busca reforçar o papel da atividade de planejamento e, mais especificamente, a vinculação entre o planejamento e a execução do gasto público.
Um objetivo muito importante desta lei é a Responsabilidade Social. A partir destes objetivos são previstas:	
A participação popular na discussão e elaboração dos planos e orçamentos já referidos; A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade;
A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal e de execução orçamentária, igualmente de acesso público e ampla divulgação. 
No que diz respeito ao equilíbrio das contas públicas, o equilíbrio que busca a LRF é o equilíbrio autossustentável, ou seja, aquele que prescinde de operações de crédito e, portanto, sem aumento da dívida pública. Assim, o intuito é que os gastos sejam feitos com o dinheiro de que a prefeitura dispõe, para que não se endivide.
A Lei de Responsabilidade Fiscal trabalha em conjunto com a Lei Federal 4320/64 que normatiza as finanças públicas no país. Enquanto esta estabelece as normas gerais para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços, aquela estabelece normas de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal, atribui à contabilidade pública novas funções no controle orçamentário e financeiro, garantindo-lhe um caráter mais gerencial.
Um conceito importante e necessário para entender como funciona a lei é a Receita Corrente Líquida (RCL), uma vez que ela é a base para todos os cálculos. Ela é o somatório das receitas tributárias, de contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes. Dela são deduzidos:
Na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições para a previdência social do empregador incidente sobre prestação de serviço de terceiros e a contribuição à previdência feita pelo trabalhador e também as contribuições para o PIS (Programa de Integração Social);
Nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
Na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira entre diferentes sistemas de previdência.
CONCLUSÃO
Com a conclusão da Atividade pudemos tomar conhecimento sobre a contabilidade pública. Pudemos observar a importância da PPA, LDO e LOA, e notamos que sem essas leis não seria possível o entendimento da contabilidade pública, nem tampouco a sua execução com eficácia e responsabilidade.	
A criação da Lei de Responsabilidade fiscal, Lei Complementar n°101/2000 de 04 de maio de 2010, o seu principal objetivo é estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições. 
A Lei Federal n° 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, e também que a lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecida os princípios de unidade universalidade e anualidade.
BIBLIOGRAFIA
SOBRE PALMAS. Disponível em: <http://www.encontrapalmas.com.br/palmas/>. Acesso em 28 de Outubro de 2014.
CONHEÇA PALMAS. Disponível em: <http://www.palmas.to.gov.br/conheca_palmas/a-cidade>. Acesso em 29 de Outubro de 2014.
CONTABILIDADE PÚBLICA. Disponível em: <https://docs.google.com/file/d/0B9lr9AyNKXpDbDJ4aXdPMU95Rms/edit?usp=sharing>. Acesso em: 28 Outubro de 2014. 
MINISTÉRIO DA FAZENDA. Contabilidade Governamental: manuais. Disponível em: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br/manuais1>. Acesso em: 30 de Outubro de 2014. 
KOHAMA, HEILIO. Contabilidade pública: teoria e prática - 12ª edição. São Paulo: Atlas, 2012.

Continue navegando