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ARTIGO VAL ERIA

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“CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA NO ENSINO INFANTIL DO NUCLEO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO MUNICÍPIO DE TEJUÇUOCA”
 “A música é uma língua e pode ser aprendida como as crianças aprendem qualquer língua: ouvindo e imitando”.
Shinishi Suzuki
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RESUMO
Este artigo tem por finalidade investigar se a música pode ser um instrumento de auxilio no desenvolvimento do letramento infantil nas salas de aula do Núcleo de Alfabetização e Letramento. Procurou-se investigar a forma como o professor ver e utiliza a música com a criançada. Acredita-se até o momento que a música pode ser instrumento de trabalho pedagógico, pois ela fala por se só e contribui para o desenvolvimento do ser. Compreender a música como linguagem e forma de conhecimento, leva a ver a criança não como um ser estático e sim como alguém que interage o tempo todo com o meio, organizando suas idéias e pensamentos. A música na educação infantil propicia a abertura de canais sensoriais facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação do cidadão. A pesquisa foi exploratória. Os procedimentos utilizados além da pesquisa bibliográfica foram à análise feita com os professores da educação infantil, onde contou-se com a ajuda de vários autores para fundamentação desta pesquisa como: ESTEVÃO (2002) FREIRE (1994), FERREIRO (1987), BRITO (1994), PIAGET (1978) entre outros. O tempo e o espaço escolar que no início é contagiante, aos poucos vão perdendo o encanto e deixa de ser atrativo. Apresentar a importância da música no processo ensino-aprendizagem é a intenção deste trabalho; propor a música como ferramenta alternativa na prática pedagógica, relatar e ilustrar algumas experiências de práticas lúdicas.
PALAVRA- CHAVES: Música – aprendizagem – criança – educador – leitura.
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01- INTRODUÇÃO
	A presente pesquisa tem o interesse de identificar o que pode ser feito para aproximar os pequenos da leitura, dentro do que eles mais gostam, as músicas. Desempenhando assim um desenvolvimento de ensino rápido e agradável, onde as crianças se sintam bem à vontade, contribuindo com a mais devida atenção para uma aprendizagem satisfatória.
	No ensino da rede pública, as crianças têm certa dificuldade em aprender a ler, a música é um incentivo para o aperfeiçoamento da leitura. Detectar o que pode ser feito para que os pequenos através das canções compartilhem esse gosto também pela leitura, verificando o interesse dos alunos pela leitura, influenciando os mesmos através da música.
	A escola, enquanto espaço institucional para transmissão de conhecimentos socialmente construídos, pode se ocupar em promover a aproximação das crianças com outras propriedades da música que não aquelas reconhecidas por elas na sua relação espontânea com a mesma. 
As crianças sabem que se dança música, isto é, que a dança está associada à música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os professores levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o repertorio atual de sua classe (os das crianças e o próprio) e puderem expandir este repertório comum com o repertório do seu grupo cultural e de outros grupos, criando situações em que as crianças possam dançar, certamente estarão contribuindo significativamente para a formação das crianças. (ESTEVÃO, 2002, p. 33)
A partir do momento em que a criança entra em contado com a música, seus conhecimentos se tornam mais amplos e este contato vai envolver também o aumento de sua sensibilidade e fazê-la descobrir o mundo a sua volta de forma prazerosa. Seus relacionamentos sociais serão marcados através deste contato, e sua cidadania será trabalhada através dos conceitos que inevitavelmente são passados através das letras das canções.
Por meio da linguagem musical é possível desenvolver a leitura no processo de aprendizagem das crianças, pois elas conseguem absorver os conteúdos transmitidos através das aulas dinâmicas direcionadas para a música.
Cabe aos professores criar situações de aprendizagem nas quais as crianças possam estar em relação com um número variado de produções musicais não apenas vinculadas ao seu ambiente sonoro, mas se possível também de origens diversas, como, de outras famílias, de outras comunidades, de outras culturas de diferentes qualidades.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- MÚSICA
A música é um poderoso recurso educativo a ser trabalhado na Educação Infantil, pois ela se traduz em diferentes formas. Ao nascer à criança entra em contato com o universo sonoro que a cerca, sons produzidos pelos seres vivos e pelos objetos, antes ainda de falar, podemos ver o bebê cantar, gorjear, experimentando os sons que podem ser produzidos com a boca, observando uma criança pequena cantarolando um versinho, uma melodia ou emitindo algum som repetitivo, balançando-se de uma perna para outra como que produzindo movimentos do acalanto. Essa movimentação desempenha o papel importante em todo o meio de expressão que se utiliza do ritmo seja a música, a linguagem verbal, a dança etc.	
A música é uma linguagem universal que varia de cultura para cultura envolvendo a maneira de cantar, de organizar os sons, e de definir as notas básicas e seus intervalos e que se traduz em diferentes formas sonoras, capazes de expressar e comunicar sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. (ESTEVÃO, 2002, p. 37)
A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois, é pelo órgão da audição que ela possui o contato com os fenômenos sonoros e com o som. Quanto maior for a sensibilidade da criança para o som, mais ela descobrirá as suas qualidades. Portanto é muito importante exercitá-la desde muito pequena, pois esse treino irá desenvolver sua memória e atenção.
FARIA (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida como ‘cantiga de ninar. Na aprendizagem a música é muito importante, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno. A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica atividade educacional dentro das salas de aula.
No desenvolvimento linguístico, Piaget explica a capacidade do conhecer como sendo a capacidade do individuo de estabelecer relações, pois ao imitar o canto dos pássaros a criança descobre seus próprios poderes e a sua relação com o ambiente que vive. (PIAGET, 1978, P.353)
A linguagem musical tem sido uma das áreas de conhecimento mais importante a ser trabalhada na Educação Infantil, ao lado da linguagem escrita oral, dos movimentos, das artes visuais. A música também influencia muito no campo da maturação social e individual da criança isto é do aprendizado da regras sociais. Quando uma criança brinca, por exemplo, ela tem oportunidade de vivenciar várias situações como: a escolha, a perda, as dúvidas e as decepções. 
A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos ao lado da matemática e da filosofia. (BRASIL, 1998, p. 45)
Quando a criança canta ou toca em conjunto sente que faz parte de um todo, onde todos os elementos são igualmente importantes. Compreende, portanto, que cada pessoa precisa colaborar individualmente, mas que todos precisam trabalhar em harmonia. Conforme a visão cognitivista, o conhecimento musical se inicia pormeio da interação com o ambiente, através de experiências concretas, que aos poucos levam à abstração. A criança se envolve integralmente com a música e a modifica constantemente, transformando-a, pouco a pouco numa resposta estruturada.
A música é um meio de expressão de idéias e sentimentos, mas também uma forma de linguagem muito apreciada pelas pessoas. Desde muito cedo, a música adquire grande importância na vida de uma criança. Você com certeza deve lembrar-se de alguma música que tenha marcado sua infância e, junto com essa lembrança, deve recordar as sensações que acompanharam tal execução. Além de sensações, através da experiência musical são desenvolvidas capacidades que serão importantes durante o crescimento infantil. (MARSICO, 1982). 
Em condições normais, os órgãos responsáveis pela audição começam a se desenvolver no período de gestação e somente por volta dos onze anos de idade é que o sistema funcional auditivo fica completamente maduro, por isso a estimulação auditiva na infância tem papel fundamental. Sabe-se que os bebês reagem a sons dentro do útero materno e que a música, desde que apropriadamente escolhida, pode acalmar os recém-nascidos. 
Quando estão cantando, as crianças trabalham sua concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, principalmente porque, juntamente com o cantar, ocorre com freqüência o desejo ou a sugestão para mexer o corpo acompanhando o ritmo e criando novas formas de dança e expressão corporal.
Contudo, não se deve esperar que apenas a escola estimule a criança. Deve-se, ao contrário, oferecer a ela um leque variado de experiências musicais para que perceba diferenças entre estilos, letras, velocidades e ritmos (trabalhando assim a atenção e a discriminação auditiva) e permitir que faça escolhas e sugira repetições, o que geralmente a criança pequena faz com frequência, como forma de aprendizagem e recurso de memorização (desta forma ela estará trabalhando a memória auditiva).
Segundo Estevão (2002) 
Educar musicalmente é propiciar à criança uma compreensão progressiva da linguagem musical, através de experimento e convivências orientadas. O conhecimento é construído a partir da interação da criança com o meio ambiente, e o ritmo é parte primordial do mundo que o cerca.(ESTEVÃO 2002, p.47)
A musicalização na educação infantil está relacionado a uma motivação diferente do ensinar, em que é possível favorecer a auto-estima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso musical das crianças dessa fase. Vale ressaltar que ouvir música não deve ser uma atividade imposta e sim realizada com prazer, pois somente assim os benefícios serão obtidos de forma natural, como sempre deve ocorrer na relação entre pais e filhos. (BRITO 1998)
2.2- LEITURA
A leitura é um processo constante que se inicia muito cedo, em casa a partir do que a criança tem contato no dia a dia, deve-se aperfeiçoar na escola e continuar pela vida toda. A criança que houve histórias desde muito cedo, que tem contato com livros e materiais impressos e que é estimulada terá um bom desenvolvimento, além é claro de ampliar atividades básicas como: atenção, memória, concentração, memorização, aumento do vocabulário entre outros. Percebendo que as crianças da Educação Infantil têm um enorme desejo pela leitura e a vêem como algo mágico que abre as portas para novas aprendizagens sentimos a necessidade de pesquisar sobre: como os professores do ensino fundamental realizam o trabalho com relação à leitura.
Segundo Ferreiro (1987), crianças que recebem estímulos têm maiores chances de compreensão de leitura e escrita. O estímulo deve ser propagado de forma mais eficiente, em ambiente escolar e em casa.
Em seu descobrimento da vida, a criança está ávida por descobrir e entender a realidade circundante, deslumbrando os mistérios que a aproximam do mundo exterior através dos símbolos, da leitura infantil. Nessa curiosidade e deslumbramento deverá encontrar estímulos sadios e enriquecedores que serão a tônica de sua motivação e crescimento como pessoa humana.
Conforme Paulo Freire: 
O ato de ler não se esgota da decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra linguagem e realidade se prendem dinamicamente. (FREIRE, 1994, p. 11) 
O exercício e prática da leitura transcendem ao uso de materiais como meios auxiliares de ensino, empregados como modismos em sala de aula ou como atividade ligada a lição e a intenção didática instrucional. Além da leitura como informação e, consequentemente, como fonte de acesso ao conhecimento e ao poder, o mais importante é a capacidade de se aliar isso ao prazer e entretenimento, pois é de se deduzir, por essa linha de pensamento que, a contrário senso, o prazer na prática da leitura levará automaticamente o leitor ao conhecimento. Assim, a leitura singular dos livros didáticos deve ceder espaço aos livros de literatura infantil, jornais, revistas, gibis, bulas de remédios, receitas caseiras, etc., que fazem parte dos objetos de uso cotidiano, articulado a uma leitura significativa e, portanto, compreensiva emais agradável como processo pedagógico. 
A leitura infantil é um dos fatores básicos para a criança buscar a sua realização como pessoa humana, incumbindo às novas gerações uma grande responsabilidade quanto à mudança de concepção ideológica, de maneira a que o hábito da leitura seja propugnado desde a mais tenra idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos.  
Leitura é conhecimento, e o conhecimento é um processo de construção em que o protagonista é o aluno, e respaldando tal assertiva é oportuno citar Paulo Freire:
“Uma educação que procura desenvolver a tomada de consciências e a atitude crítica, graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita freqüência a educação em vigor num grande número de países do mundo, educação que tende a ajustar o indivíduo  à sociedade em lugar de promovê-lo em sua própria linha.” (FREIRE 1994 p 37)       
Deve-se  estimular e propiciar ao alcance das crianças os livros infantis, dos Contos de Fadas, poesias, os mitos, folclore, fábulas, teatro, permitindo-lhe penetrar em seu universo mágico dos sonhos. É o caminho não apenas de sua descoberta, mas também um dos mais completos meios de enriquecimento e desenvolvimento de sua personalidade.
Com a leitura e os livros a criança e o jovem encontrarão caminhos, crescerão e se desenvolverão na busca de soluções para as suas inquietações e  problemas de ordem intelectual, social, afetiva, ética e moral. 
De acordo com Foucambert 1994
A leitura aparece também como um instrumento de conquista de poder por outros atores, antes de ser meio de lazer ou evasão. O acesso a leitura de novas camadas sociais implica que leitura e produção de texto se tornem ferramentas de pensamento de uma experiência social renovada; ela supõe a busca de novos pontos de vista sobre uma realidade mais ampla, que a escrita ajuda a conceber e a mudar, a invenção simultânea e recíproca de novas relações, novos escritos e novos leitores. Nesse sentido torna-se leitor pela transformação da situação que faz que não se o seja. (FOUCAMBERT 1994, p. 121) 
 O ato de ler proporciona a descoberta do mundo da leitura, um mundo totalmente novo e fascinante. Entretanto, a sua apresentação à criança deve ser feita de forma atrativa, estabelecendo uma visão prazerosa sobre a mesma, de modo que torne um hábito contínuo. A leitura desenvolve a capacidade intelectual do indivíduo devendo fazer parte de seu cotidiano e desenvolvendo a criatividade e a sua relação com o meio externo.
 Segundo Freire (1982), uma vez que a leitura é apresentada a criança ela deve ser minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das vezes as crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a compreensão da mesma não existiu. Para tanto se faznecessário apresentar o que foi descrito por tal palavra, de forma que esse objeto proporcione sentido à ela, pois dessa maneira a busca e o gosto pelo mundo das palavras, isto é, da leitura e da escrita, se intensifica. Logo, a leitura ganha vida e a criança adquire o hábito de sua prática.
Portanto, a leitura não é apenas um meio de decifrar, silabar e oralizar palavras, mas deve sim ser uma forma de desenvolver seu hábito, transformando as crianças em leitoras assíduas, que gostam e saibam ler, pois o aprendizado não é regido através de imposições.
2.3- A JUNÇÃO DA MÚSICA E DA LEITURA
	Ao inserir-se a música na prática diária do ambiente educativo, a mesma pode tornar-se um importante elemento auxiliador no processo de aprendizagem da escrita e da leitura criando o gosto pelos diversos assuntos estudados, desenvolvendo a coordenação motora, o ritmo, auxiliando na formação de conceitos, no desenvolvimento da autoestima e na interação com o outro.
Não só um instrumento de alfabetização, a música é um excelente instrumento de cidadania, e projetos que envolvem músicas, integração social e esporte, especialmente com crianças e adolescentes carentes ou de rua, espalham-se pelo país e são cada vez mais populares pela sua eficácia. (Estevão, 2002)
Pode até ser um pouco desafinado ou meio fora do ritmo, mas basta ouvir o som de algumas notas musicais para os pezinhos começarem a acompanhar a melodia. Cantando, tocando ou dançando, a música de boa qualidade proporciona diversos benefícios para as crianças e é aliada do desenvolvimento saudável da garotada.
Especialistas afirmam que os ouvidos do bebê já estão desenvolvidos ao quinto mês de gestação. Há quem defenda que os recém-nascidos reconhecem a música que a mãe ouviu durante a gravidez e até conseguem despertar ou adormecer conforme o tipo de música que ouvem. Existem estudos que indicam que o feto pode ouvir e reagir ao som e ao movimento, mas, até o momento, nada está provado.(blogutilidadedamamae)
A música no contexto da Educação Infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos. Tem sido em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos, a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo, a memorização de conteúdos, todos traduzidos em canções. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais, imitados pelas crianças de forma mecânica e estereotipada. (MARSICO, 1982)
Vale ressaltar a importância não apenas da música tocada através de um aparelho, mas também o contato estabelecido entre a mãe e o bebê. Assim, cantar, murmurar ou assobiar fornecem elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entonação, contato de olho e contato corporal, que serão importantes para a evolução do bebê no sentido auditivo, lingüístico, emocional e cognitivo. Isso ocorre também durante todo o desenvolvimento infantil, pois através da música e de suas características peculiares, tais como ritmos variados e estrutura de texto diferenciada, muitas vezes com utilização de rimas, a criança vai desenvolvendo aspectos de sua percepção auditiva, que serão importantes para a evolução geral de sua comunicação, favorecendo também a sua integração social. (MIGNORE, 1980).
Sabe-se que, além de influenciar o estado de espírito da criançada, a música, por envolver várias áreas cerebrais ao mesmo tempo, é uma atividade integradora que pode servir como uma espécie de treino precoce do cérebro. Assim, a aprendizagem da música desde cedo é capaz de facilitar a assimilação de várias matérias, como a matemática, por exemplo.
Isso porque a audição da música exercita o cérebro, e quanto mais o cérebro for estimulado, maior será a capacidade de aprender. Ao formar um acorde, um novo som ou uma harmonia melodiosa, a pessoa, indiretamente, está ativando o domínio de cálculos puramente matemático.
A presença da música na educação auxilia a percepção, estimula a memória e a inteligência, relacionando-se ainda com habilidades linguísticas e lógico-matemáticas ao desenvolver procedimentos que ajudam o educando a se reconhecer e a se orientar melhor no mundo. Além disso, a música também vem sendo utilizada como fator de bem estar no trabalho e em diversas atividades terapêuticas, como elemento auxiliar na manutenção e recuperação da saúde. (BRITO 1998 P 31).
Estudo realizado pela Faculdade de Educação da Universidade de Buffalo (Nova Iorque – EUA) mostra a importância da educação musical para o desenvolvimento do vocabulário em crianças em idade pré-escolar.Durante dois anos os pesquisadores americanos investigaram o desenvolvimento de 165 crianças cujos professores generalistas (o professor da turma, mesmo!) possuíam treinamento musical e ensinavam música diariamente em sala de aula. De acordo com o artigo, “os resultados mostraram que a instrução musical aumentou significativamente o vocabulário oral das crianças e a compreensão gramatical”.
A coordenadora da pesquisa: Dra. Maria Runfola afirma que “música é uma forma das crianças aprenderem ritmo e rima do texto, serem expostas a um novo vocabulário e aprenderem a discriminar uma variedade de sons”.
O resultado da pesquisa serviu, principalmente, para reforçar aos educadores e gestores escolares a importância do investimento na formação musical dos professores bem como nas aulas de música. O estudo mostrou um crescimento considerável nos índices alcançados por essas crianças no teste aplicado anualmente pelo governo norte-americano, o que, naquele país, classifica a escola e permite que esta tenha mais ou menos recursos financeiros.
Apesar de focar na aprendizagem musical dentro da escola, Runfola também menciona que os pais devem fazer parte deste processo e podem ajudar no desenvolvimento musical dos filhos. Segundo ela “pais deveriam tomar nota destes resultados e encorajar seus filhos a ouvir uma variedade de música de gravações e especialmente ao vivo (...) Além disso, os pais deveriam interagir musicalmente com os filhos, da mesma forma que interagem usando a linguagem falada. No mínimo, eles deveriam utilizar rimas de bebês e dançar com eles com a música do rádio, TV e gravações”.
Em qualquer ambiente que a criança esteja exposta deverá ser estimulada a prestar atenção aos sons que com certeza estão acontecendo e se possível identificá-los relacionando-os e nomeando-os. 
Quando trabalha-se a música com a criança é importante lembrar que as estratégias adequadas não seja somente fazer com que ela escute música clássica, ou tenha qualquer habilidade motora em executar técnica em algum instrumento, mas sim estabelecer a relação de diversos sons e a qualidade de ser agradáveis ou desagradáveis. (MARSICO, 1982, p. 77) 
Por tudo isso a música deve ser utilizada para contribuir no desenvolvimento da criança, tanto intelectualmente quanto fisicamente. Devem ser utilizadas músicas com ritmos fáceis de acompanhar com palmas, gestos e expressões corporais, para que a criança possa desenvolver suas capacidades.
Devemos lembrar que as crianças da educação infantil estão em constante desenvolvimento e aprendizado, então temos que estimular de forma positiva e facilitar sua aprendizagem. Podemos através de a música encurtar o caminho e facilitar o desenvolvimento das crianças, além de sociabilizas mais facilmente, ajudando a respeitar os outros que com ela convivem.
Pode-se concluir através deste estudo que a música é mais um objeto a ser utilizado para facilitar o desenvolvimento da criança, sendo utilizada corretamente, e estimulando a criança poderemos ter um desenvolvimento facilitado, além de crianças mais sociáveis e mais calmas.
3- CONCLUSÃO
É necessário que os professores se reconheçam como sujeitos mediadores de cultura dentro do processo educativo e que levem em conta a importância do aprendizado das artes no desenvolvimento e formação das crianças como indivíduos produtores e reprodutores de cultura. Só assim poderão procurar e reconhecertodos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem que dêem condições às crianças de construir conhecimento sobre música e dança. A música é um instrumento facilitador do processo de ensino/aprendizagem, portanto deve ser possibilitado e incentivado o seu uso em sala de aula.
Sabe-se que a melhor forma do trabalho pedagógico é aquela que proporciona a educação da pessoa inteira criativa e crítica. A linguagem musical deve ser um dos meios para se alcançar esta educação, e os bons resultados no ensino da música serão alcançados pela adequação das atividades, pela postura reflexiva e crítica do professor, facilitando a aprendizagem, proporcionando situações enriquecedoras, organizando experiências que garantam a expressividade infantil.
Assim o professor deve compreender a essência da linguagem musical, e, a partir de suas próprias experiências e de seu processo criador, mediador e facilitar o contato da criança com as diversas linguagens, proporcionando lhe condições em que a própria possa olhar o mundo e se expressar. A música é necessária, assim como toda arte é necessária. A música é uma manifestação cultural que sempre esteve presente na vida do homem. Ela reflete pensamentos, sentimentos e valores. Quando se fala em música também se fala em respeito e amor à natureza, enfim, ao mundo na qual se vive. (Cruvinel, 2005, p.244)
Cabe ao educador fazer um bom trabalho consciente de que sua formação deve ser de forma continuada à medida que surgirem as necessidades, este deverá repensar suas práticas, refletir sobre a maneira de agir e pensar, tornando a educação um meio de transformação para formar cidadão críticos e mais humanos.
4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil -. Conhecimento de Mundo. Brasília, MEC/SEF 1998. 
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília, MEC/SEF, 1997. 
ESTEVÃO, Vânia Andréia Bagatoli. A importância da música e da dança no desenvolvimento infantil. Assis Chateaubriand –Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense – CTESOP/CAEDRHS.
FARIA, Márcia Nunes. A música, fator importante na aprendizagem. Assis chateaubriand –Pr,2001. Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense – CTESOP/CAEDRHS.
FERREIRO, Emilia. Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1987.
FREIRE, Paulo. Professor sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 2ed. São Paulo: Olho d’água, 1994.
FREIRE, P. A importância do Ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1982. 96 p.
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. São Paulo:Ed. Spcione, 1990.
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da Criança. São Paulo:Ed. Martins Fontes 1999
sites
http://cancaodninar.blogspot.com.br/2013/01/estudo-mostra-relacao-entre-musica-e-o.html acessado em 04/04/2018
http://musicanaeducacaoinfantil.com.br – acessado em 05/05/2018
http://musicanaeducacao.blogspot.com.br – acessado em 05/05/2018

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