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MULHER NA SOCIEDADE

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A importância da mulher na sociedade.
Juliana Pereira Lima Santos
Graduanda em Pedagogia
UNEAL – Campus I
Introdução
A figura da mulher, de elemento secundário, passou a ser algo extremamente importante na sociedade atual, onde ela exerce cada vez mais um papel de protagonista, embora ainda sofra com as heranças históricas do sistema social patriarcalista em seu dia a dia.
Desde o final do Século XIX, as mulheres mobilizaram-se no Brasil e no mundo na luta pelos direitos civis, políticos e sociais. Com o tempo, graças às lutas promovidas, a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e estruturas hierárquicas menos submissas. Porém ainda assim ela enfrenta diversas dificuldades e preconceitos na sociedade contemporânea e a luta feminina pelo seu espaço ainda se faz tão importante até hoje.
A importância da mulher na sociedade
Tudo começou com a luta pelo direito ao voto e trabalho, onde a passos lentos, a sociedade foi aceitando a possibilidade do papel da mulher nas suas mais diversas áreas, porém recebendo um salário injusto e desigual.
Depois de muitos anos de discriminação, mas também de várias outras conquistas femininas, no dia 8 de março de 1857, um grupo de operárias de uma fábrica de tecido resolveu protestar contra a discriminação salarial e carga horária de trabalho, desvantajosa em comparação aos homens. A manifestação sofreu uma represália violenta e 130 mulheres morreram carbonizadas, trancadas dentro da fábrica. Após outras inúmeras manifestações em favor das mulheres e em tributo àquelas que morreram, em 1975, a ONU fez desta data um marco para homenagear a liberdade conquistada por elas e também para debater o papel da mulher na sociedade atual.
Mesmo após todos esses anos, com todos os ganhos adquiridos e com a continuidade das lutas que pode resultar na maior presença da mulher no mercado de trabalho e como chefe de família, ainda existem desigualdades sociais entre os dois sexos.
Há uma diferença gritante na oferta de empregos, por exemplo, onde geralmente 60% das vagas disponíveis são para homens e, na sua maioria, as vagas oferecidas às mulheres são para serviços voltados aos cuidados do lar, como doméstica e cozinheira. O número de mulheres ocupando cargos de nível superior nas empresas ainda é pequeno, embora elas constituam a maioria apta a pertencer ao mercado de trabalho. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), no Brasil, apenas 5% dos postos de chefia e CEO são ocupados por mulheres e ainda assim com uma remuneração não igualitária. Portugal, Índia, Japão e Chile registram porcentagem menor.
Nos cargos políticos, apesar de termos superado o fato de nunca ter havido uma presidente mulher no Brasil – e também em outros países da América Latina, tais como Argentina e Chile –, ainda é desigual a comparação entre mulheres e homens nos cargos executivos, legislativos e judiciários. Foi na Argentina, inclusive, que a primeira mulher (Isabel Martínez de Perón) ocupou o cargo de presidente no mundo, embora outras mulheres tenham ocupado cargos de chefes de Estado anteriormente em outros locais do globo.
Nas eleições de 2014, apenas 10% dos candidatos eleitos eram mulheres. Embora esse número seja melhor que nas eleições anteriores, ele ainda é muito baixo. Além disso, cinco estados (AL, ES, MT, PB e SE) não elegeram sequer uma mulher para um dos cargos de deputados federais, e mesmo aqueles que apresentaram os melhores índices (AP e TO) completaram apenas 38% do total de eleitos com mulheres.
Feminismo
Não por acaso, a influência do feminismo tem crescido na sociedade, apesar do fato de muitas pessoas carregarem mitos sobre esse movimento, tal como pensar que feminismo é o contrário de machismo ou que as mulheres feministas lutam contra os homens, entre outros erros.
A luta feminista é exatamente toda essa trajetória percorrida que, historicamente, é dividida em três grandes momentos. O primeiro foi motivado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho, no fim do século XIX; O segundo, no fim da década de 1960, foi marcado pela liberação sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos). Já o terceiro começou a ser construído no fim dos anos 70, com a luta de caráter sindical que perdura até hoje.
Isso sem falar na construção de uma ideia de mulher como objeto sexual e um monitoramento social constante sobre o corpo e as atitudes da mulher, que são cada vez mais cercados de “regras” e posturas morais que muitas vezes privam os direitos e as liberdades individuais.
O feminismo nada mais é que uma luta contra o machismo e o patriarcalismo, buscando uma liberdade individual, tanto é que homens também podem atuar e atuam no movimento, embora as lideranças devam ser obviamente compostas por mulheres.
Aqui estão alguns pontos abordados que justificam a importância da luta feminista:
1. Concepção de liderança
Quantos dos cargos de gestão em empresas são ocupados pelas mulheres?
Inda existe uma resistência em admitir a capacidade intelectual feminina para gerir e liderar equipes, independentemente do ramo escolhido.
2. Valorização dos atributos profissionais femininos
A conquista profissional das mulheres sempre é primeiramente atribuída a seus atributos físicos e de sedução, quando na realidade a única qualificação que deve ser enaltecida é a profissional! Isso faz com que as mulheres precisem fazer um esforço muito maior que o masculino para que possam realmente sobressair e serem avaliadas a partir de suas competências profissionais.
3. Salários igualitários
Mesmo que cada dia que se passa, mais domicílios sejam chefiados por mulheres, ainda se tem a ideia patriarcal e retrograda de que o homem que é o provedor do lar, e é com essa desculpa (uma delas) que se baseia a diferença salarial entre os gêneros. Por isso, todas as esferas da sociedade devem lutar para que os salários não sejam diferentes.
4. Nova cultura dentro de casa
Os homens precisam atuar nas tarefas domésticas, sim! A responsabilidade de cuidar da casa é de todos os moradores e não apenas das mulheres.
5. Ter mais liberdade de atuação
A sociedade patriarcal restringe os talentos e as profissões por gênero, onde profissão de mulher tem a ver com o lar ou cuidado de crianças ou afins, ignorando e limitando suas habilidades e capacidades intelectuais. Por isso, o papel da mulher na sociedade deve ser o de decisão, de escolher o que quer e como alcançar tal objetivo.
6. Acabar com a disputa entre os gêneros
A grande questão do tempo atual não é ser melhor que os homens, ou mostrar a superioridade de um gênero sobre outro. Aquilo que deveria reger uma sociedade é a igualdade. Quando temos a igualdade, ganhamos como brinde a liberdade para que as coisas sejam definidas pela meritocracia e não por preconceitos.
Por todos esses motivos, embora o papel da mulher na sociedade venha se tornando cada vez maior e melhor, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. É preciso, pois, combater a cultura machista na sociedade (e isso não significa “combater os homens”!), melhorar o acesso das mulheres a postos de trabalho e cargos elegíveis, promover melhores salários, efetivar o direito da mulher sobre o seu próprio corpo e sobre a sua liberdade individual, além de efetivar a proteção de mulheres ameaçadas em seus cotidianos.
Em síntese, o papel da mulher na sociedade é: o mesmo papel do homem. Basta apenas que a sociedade comece a reconhecer isso em todas as suas esferas!
Os desafios são grandes, mas quanto menor for a resistência das pessoas no sentido de questionar ou combater as pautas femininas, mais ampla e melhor será a efetivação de uma sociedade mais igualitária. Trata-se de uma missão a ser concluída por toda a sociedade, tanto pelas mulheres quanto pelos homens.

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