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Fisiologia da dor2

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11/08/2010
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FISIOLOGIA DA DOR
Profº Francirraimy
Introdução
• Definir o que entende pela palavra dor.
• Relação entre os eventos fisiológicos que 
ocorrem e o estado psicológico.
• “Sensações subjetivas que acompanham 
a ativação de nociceptores e que 
sinalizam a localização e força de 
estímulos reais ou potenciais que lesam o 
tecido.”
• Qualidade variável
• Leve irritação
• Prurido
• Queimação
• Sensação de pontadas
• Dor agonizante
Aspectos periféricos
• Nociceptores – terminações nervosas livres embebidas 
nos tecidos, têm um limiar de ativação relativamente 
alto e são sensíveis a estímulos que potencialmente 
lesam os tecidos.
Corpúsculo de Meissner
(toque)
Corpúsculo de Paccini
(vibração)
Corpúsculo de Ruffini
(estiramento
Disco de Merkel
(pressão)
Terminações nervosas livres
(dor e temperatura)
Aspectos Periféricos
• Fibras mielinizadas Aδ – velocidade de 
condução entre 5 e 30 m/s – dor rápida
• Fibras C não-mielinizadas – velocidade 
de condução entre 0,5 e 2 m/s – dor 
“lenta”
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• Sensação de dor transitória – fibras 
mielinizadas
– Reflexo de retirada
• Dor prolongada – fibras não-mielinizadas
• Dano às células  liberação de 
mediadores químicos (bradicinina, 
substância P, histamina, prostaglandina).
– Podem ativar terminais nervosos 
nociceptivos diretamente e podem 
também sensibilizar a resposta dos 
nociceptores aos estímulos normais.
• Responsáveis pelo início da resposta 
inflamatória.
• Exemplo: “topada”
• Sensibilização periférica.
Aspectos centrais
• A informação proveniente de nervos 
aferentes nociceptivos é transmitida para 
medula espinhal onde subsequentemente 
influencia a atividade reflexa ou é 
transmitida adiante através de vias 
específicas para centros cerebrais 
superiores.
Aspectos centrais
• Aferentes nociceptivos  raiz dorsal 
conexão com outros neurônios
• Corno dorsal: ponto de convergência de 
vários impulsos relacionados com a 
nocicepção – aferentes periféricos, 
interneurônios espinhais e neurônios 
descendentes.
Aspectos centrais
• Reflexos que envolvem os aferentes 
nociceptivos:
• Retirada flexora
• Extensor cruzado
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Aspectos centrais
• Aferentes nociceptivos – corno dorsal -
conexão com interneurônios – neurônios 
de segunda ordem( células de 
transmissão)
• Celulas de transmissão transmitem 
informações para os centros superiores 
através de vias espinotalâmicas laterais 
da medula espinhal.
Aspectos centrais
• Células de transmissão  tálamo 
neurônios de terceira ordem  córtex 
cerebral.
• Trato espinorreticular multissináptico 
hipotálamo, lobo frontal e sistema límbico 
– coordenam as respostas autonômicas, 
psicológicas e emocionais à dor.
Modulação da Transmissão da Dor
• A excitabilidade dos neurônios de 
segunda pode ser alterada por outros 
interneurônios presentes no corno dorsal
• Células da substância gelatinosa têm uma 
influência inibitória nas células de 
transmissão
• Inibição pré-sináptica dos terminais 
aferentes nociceptivos onde fazem 
sinapse com as células de transmissão.
Modulação da transmissão da dor
• As células SG são inibidas quando os 
aferentes nociceptivos são ativados.
• As células SG são também influenciadas 
por outros impulsos  aferentes 
mecanossensitivos de diâmetro largo e 
baixo limiar  aumenta a quantidade de 
inibição pré-sináptica
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Modulação da transmissão da dor
• Impulsos descendentes provenientes dos 
centros superiores também tem conexões 
excitatórias com as células SG.
• Teoria da comporta – Melzack e Wall.
• Aferentes mecanossensitivos de diâmetro 
largo podem ser ativados por inúmeros 
meios: estimulação mecânica simples, 
estimulação elétrica.
Modulação da transmissão da dor
• Massagem, manipulação articular, tração e 
compressão, estimulação térmica e 
eletroterapia.
• Influências descendentes sobre as células T:
• Substância cinzenta periaquedutal
• Núcleos da rafe.
• Ambos tem efeitos excitatórios sobre os 
interneurônios inibitórios da SG
Modulação da transmissão da dor
• Em circunstâncias normais essas vias 
(SCPA ou núcleos da rafe) ficam inativas 
devido a influência de interneurônios 
inibitórios.
• Em certas situações essa inibição poder 
ser removida – sistema límbico 
(hipotálamo, hipocampo) – estão 
envolvidas na emoção e humor.
Modulação da transmissão da dor
• A atividade no sistema límbico estimula a 
produção de opióides (encefalimas, 
endorfinas e dinorfinas).
• Ação dos opióides são geralmente 
inibitórias – desativam ou bloqueiam a 
inibição dos neurônios da SCPA.
• Analgesia relacionada apenas com 
aspectos prolongados da dor.
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Modulação da transmissão da dor
• Centros cognitivos superiores do cérebro 
podem ter alguma influência.
• “Analgesia do campo de batalha” – medo, 
estresse, excitação e mesmo a própria dor
• Esportes.
• Intervenções terapêuticas no nível 
psicológico.
Sensibilização
• Após a ativação pelos aferentes do grupo 
C, a excitabilidade das células de 
transmissão do corno dorsal pode 
permanecer elevada.
• Sensibilização central
• A sensibilidade alterada das células 
transmissoras implica que elas agora 
respondem de forma anormal aos 
impulsos que chegam dos aferentes 
mecanossensitivos – podem desencadear 
dor.
Sensibilização
• Fenômeno de hiperalgesia
• A lesão e os efeitos sensibilizadores 
subsequentes nos neurônios da medula 
espinhal podem produzir mudanças mais 
duradouras.
Estados dolorosos
• Estado normal – normalgesia
• Estado suprimido – hipoalgesia
• Estado sensibilizado – hiperalgesia
• Estímulos aplicados a um paciente como 
parte de um programa de tratamento 
podem não resultar no alívio de dor 
desejado e podem até exacerbar uma 
condição dolorosa.
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Dor referida
• Dor visceral – é geralmente sentida pelo 
indivíduo em locais que estão distantes do 
local de origem – dor referida
• Convergência das fibras nervosas 
aferentes no corno dorsal da medula
• Centros superiores não podem distinguir a 
fonte da informação
• Os impulsos nociceptivos periféricos 
predominam.
Dor referida
• Bifurcação nos neurônios periféricos.
• Áreas de dor referida e seus locais de 
origem
• Coração  tórax, ombro esquerdo, 
braço esquerdo.
• Vesícula e dutos biliares  quadrante 
superior direito do abdome, abaixo do 
ombro direito
• Estômago  região central superior do 
abdome (epigástrico)
• Apêndice  umbigo inicialmente, 
quadrante direito inferior do abdome.
Dor no membro fantasma
• Membro fantasma
• Descrita como sensações de queimação, 
choque ou de cãibra e podem persistir por 
muitos anos após a perda do membro.
• Extremidades rompidas dos nervos 
periféricos.
• Pode haver alteração na atividade nos 
neurônios do corno dorsal.
Obrigado!

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