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TERMO 2019

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AULA 4 – TERMO, CONDIÇÃO E ENCARGO
São elementos acidentais do negócio jurídico pois não são exigidos como indispensáveis, e são introduzidos facultativamente pela vontade das partes, ou seja, não são necessários. Mas se convencionados, integram o negócio jurídico de forma indissociável.
São admitidos nos atos de natureza patrimonial e não podem integrar os de caráter eminentemente pessoal, como por exemplo, o casamento, o reconhecimento de filho, a adoção, a emancipação, etc.
TERMO (Art. 131 C.C.)
Conceito: é o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico.
Espécies:	a)	termo convencional (evento futuro e certo)
termo de direito (decorre da lei) – Art. 405 C.C.
termo de graça (dilação de prazo concedida ao devedor)
b)	termo inicial (ex.: assino contrato no dia 20 para ter vigência somente a partir do dia primeiro do mês seguinte)
	termo final (ex.: data em que cessara a locação de um imóvel)
c)	termo certo (se reporta a determinada data do calendário ou determinado lapso de tempo)
	termo incerto (embora o termo seja sempre um evento certo, pode ser que sua ocorrência fique ao sabor do acaso quando então diremos que o termo é incerto, como no caso de validade de um negocio que depende da morte de seu proprietário)
			
Obs.: TERMO não se confunde com PRAZO. PRAZO é o intervalo entre o termo inicial e o termo final! 
CONDIÇÃO (Art. 121 C.C.)
Conceito: É a clausula voluntaria e acessória que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto (art. 121 C.C.). Exemplo típico de condição é aquela em que o pai promete à filha um apartamento se ela resolver se casar.
Classificação: 
Quanto à licitude: lícita (que não contraria a lei) ou ilícita (as que contrariam preceitos normativos como, por exemplo, clausula que impõe a alguém matar outra pessoa ou se entregar à prostituição)
Quanto à possibilidade: possível (que podem ser cumpridas) ou impossível (não pode ser cumprida tanto fisicamente – ex: te dou cem reais se você conseguir tocar o céu – quanto juridicamente – ex.: impor como condição adotar alguém de mesma idade sendo que o ECA exige que o adotante seja 16 anos mais velho que o adotado).
Quanto às origens: casual (são as condições que dependem de um fato alheio à vontade dos contratantes – ex.: jogador de loteria que compra bilhete e fica na dependência de o mesmo vir a ser sorteado, ou ainda, lhe dou cem reais se chover amanha) ou potestativa (são aquelas que decorrem da vontade ou do poder de uma das partes que pode provocar ou impedir que a condição venha a acontecer: podem ser puramente potestativas que são consideradas ilícitas por depender do capricho de um dos contratantes – ex.: lhe dou minha gata se eu quiser, e podem ser simplesmente potestativas que são admitidas como validas pelo direito pois além de dependerem da vontade de uma das partes, dependem também de algum acontecimento extra – ex.: lhe dou cem reais se você for ao Pico do Jaraguá - neste caso não depende apenas da vontade mas se haverá condições econômicas e de tempo para ir a tal lugar).
Quanto aos efeitos: SUSPENSIVA (enquanto a condição não acontece, o direito não se realiza – ex.: faço contrato de promessa de venda e compra no qual vendo meu carro 2010, mas só entregarei o carro, se neste ano de 2017 for lançado um modelo novo) ou RESOLUTIVA (o negocio jurídico acaba se a condição acontecer – ex: faço um compromisso com minha sobrinha de pagar as despesas de sua faculdade se ela não ficar reprovada em nenhuma matéria)
ENCARGO (Art. 136 C.C.)
Conceito: Trata-se de cláusula acessória às liberalidades (doações, testamentos), pela qual se impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário.
 Efeitos: o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito (art. 136 C.C.).
Característica Principal: a OBRIGATORIEDADE, pois seu cumprimento pode ser exigido por meio de ação cominatória (Obrigação de Fazer arts. 287, 461 e 461-A do Código de Processo Civil)
Exemplos: 
Deixa-se a herança a alguém com a obrigação de cuidar de determinada pessoa ou animal de estimação;
Faz-se uma doação a uma entidade ou pessoa, com a obrigação de que a mesma edifique um hospital, uma creche ou um asilo.

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