Cetose em Ruminantes

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CETOSE
CETOSE
• Em bovinos é conhecida como 
Acetonemia e em ovinos como Toxemia da 
Prenhez.
• Geralmente está associada a dois 
eventos: fêmeas com grande volume 
abdominal (gêmeos ou crias grandes) e 
alimentação de má qualidade.
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• Doença metabólica dos ruminantes. 
• Ocorre em consequência de desequilíbrio energético, 
com formação de ácidos graxos por metabolização 
de gordura.
• Formação de corpos cetônicos. 
• Corpos cetônicos na circulação – intoxicação -
depressão do sistema nervoso central.
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• Carboidratos ingeridos – conversão no rúmem –
acético e butírico (cetogênicos), propiônico 
(glicogênico);
• Demanda adequada de glicose – corpos cetônicos 
nos tecidos – produção de energia –
metabolização em presença de oxalacetato
• Propiônico é convertido em oxalacetato e passa a 
glicose;
• Diminuição de CH – via alternativa produção de 
energia – baixa concentração de oxalacetato –
corpos cetônicos na circulação.
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• Bioquimicamente caracteriza-se por cetonemia, 
cetonúria, hipoglicemia. 
• Clinicamente, acetonemia (bovinos) e toxemia 
da prenhez (ovinos) são completamente 
diferentes, mas os distúrbios bioquímicos, são 
essencialmente os mesmos.
• Ocorrem em condições de manejo que levam a 
balanço nutricional negativo.
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• Ocorre pelo aumento da necessidade de 
glicose no organismo ou diminuição brusca da 
ingestão de carboidratos.
• Vacas de alta produção leiteira em regime de 
confinamento, geralmente no primeiro mês 
após o parto - animais em ótimas condições 
corporais e bem alimentados.
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• Pode ocorrer em várias circunstâncias;
• Grande demanda de glicose – supera 
capacidade digestiva e metabólica;
• Maiores prejuízos – forma subclínica;
• Perdas: queda de produção e falha ao retornar 
a produção após a recuperação total.
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• Bovinos de corte - terço final da gestação -
novilhas e vacas falhadas que por não terem 
tido cria no ano anterior, apresentam-se em 
ótimo estado nutricional no início da seca -
súbita restrição alimentar que normalmente 
ocorre.
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• Ovelhas - enfermidade ocorre principalmente 
em gestantes de dois fetos, criadas em 
sistema intensivo, usualmente no último mês 
da gestação.
• Desencadeada por curtos e súbitos períodos 
de restrição alimentar, principalmente por 
erros de manejo.
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Ovinos:
• A mudança de alimentação no final da gestação, 
mesmo que de boa qualidade, pode desencadear 
surtos - animais deixam de se alimentar por falta 
de costume. 
• Chuva intensa pode também aumentar a 
incidência da doença- animais tendem a ficar 
mais tempo a procura de abrigo do que se 
alimentando. 
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Diagnóstico:
• Vacas leiteiras: debilidade, perda de apetite, 
queda na produção de leite por 2-4 dias, perda de 
peso rápida, depressão e às vezes sintomas 
nervosos.
• Perda de apetite: recusa de ensilados e 
concentrados – aceita feno.
• Odor de cetona no hálito, urina e leite.
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Sintomas nervosos:
• Início súbito
• Andar em círculos, cambaleante, cruzamento de 
patas, cegueira aparente, apoio da cabeça, 
movimentos mastigatórios com salivação, 
hiperestesia.
• Produção de álcool isopropílico – produto da 
quebra do ácido aceto-acético no rumem –
neurotóxico.
• Falta glicose para funcionamento normal do 
tecido nervoso.
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• Em vacas de corte, hiperexitabilidade, 
agressividade, atitude de alerta, tremores 
musculares, incoordenação com ataxia dos 
membros posteriores, dificuldade respiratória, 
corrimento nasal seroso, diminuição dos 
movimentos ruminais, constipação com fezes 
de consistência aumentada, decúbito esternal.
• Animais tratados antes de apresentar 
decúbito permanente conseguem se 
recuperar.
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Ovinos (Toxemia da Penhez):
• Os sinais clínicos são da forma nervosa. Surtos 
prolongam-se por semanas, adoecendo 
poucos animais a cada dia. 
• Ovelhas separam-se do restante do rebanho, 
apresentam cegueira, permanecem em alerta, 
porém, sem se movimentar.
• Forçadas a andar batem em obstáculos, 
pressionam a cabeça contra os mesmos, 
apresentam constipação e fezes secas.
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• Estágios avançados: tremor muscular, 
salivação, desvio lateral da cabeça, andar em 
círculos, decúbito, convulsões. 
• Ao se levantar após as convulsões – posição 
de olhar as estrelas (cegueira) 
• Decúbito - profunda depressão - morte. Curso 
clínico de 2-7 dias; mais rápido em animais 
muito gordos.
• Morte fetal – recuperação transitória –
toxemia – recaída. 
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Tratamento:
• Vacas e novilhas de corte e leite: 
medicamentos que aumentem a glicemia e 
restabeleçam o apetite, ingestão de alimentos
• Glicose EV 
• Dexametasona IM
• Terapia suporte
• Reposição de microbiota
• Atenção com recidivas
• Ovelhas respondem menos
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Controle:
• Vacas e novilhas de corte – fase inicial -
transferir para pastagens de melhor qualidade 
ou suplementar com feno.
• Evitar colocar animais no final de gestação, em 
boas condições nutricionais, em áreas com 
pouca disponibilidade de forragem. 
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Controle: 
• Ovelhas - recomendações são as mesmas para 
os bovinos, porém preconiza-se melhora da 
nutrição principalmente na metade final da 
gestação.
• Evitar estresse de manejo, tosquia, transporte, 
mudanças de alimentação no terço final da 
gestação.