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MORFOLOGIA DA TIREOIDE E DAS SUPRARRENAIS. TIREÓIDE EMBRIOLOGIA 4, 5, 6 ª semanas: Forma-se a partir de um espessamento endodérmico e como uma envaginação mesodérmica no assoalho faringeal do forame cego. Forma-se o primórdio da tireoide (tubo oco), que desce ventralmente ao osso hioide e às cartilagens faríngeas e fica conectado à língua pelo ducto tireoglosso, dividindo-se em dois lobos laterais, unidos pelo istmo da tireoide. 7ª semana: assume a forma definitiva. O ducto tireoglosso degenera (a abertura proximal → forame cego). Histogênese: massa compacta de células endodérmicas. Invadido pelo mesênquima vascular circulante → rede de cordões epiteliais. 10ª semana: divisão dos cordões em grupos celulares. 11ª semana: surgem folículos tireoidianos → [ ] de iodo e síntese de hormônios. Observações: Ducto tireoglosso pode → cistos de linha média (assintomáticos ou tumores). Extremidade caudal → lobo piramidal. ANATOMIA Situa-se profundamente aos músculos esternotireóideos e esterno-hióideo, ao nível da C 5 e T1, anterior à traquéia. Tem dois lobos anterolaterais à traquéia e um istmo. Circundada por uma capsula fibrosa que envia septos para o interior da glândula. T. C. D. fixa a cápsula à cartilagem cricóidea e aos améis traqueais superiores. T.C.F. que envia, ao parênquima, septos → ficam delgados ao alcançar os folículos → separados por fibras reticulares. Artérias: fazem anastomoses → ↑ vascularização. a. carótida comum → a. carótida externa → a. tireóidea superior → anterior e posterior (face anterossuperior). a. subclávea → tronco tireocervical → a. tireóidea inferior (face posteroinferior e polos inferiores). Veias: 3 pares → plexo venoso tireóideo (face anterior). v. tireóidea superior (polo superior) → v. jugular interna. v. tireóidea médias (região intermédia) → v. jugular interna. v. tireóidea inferior (polo inferior) → v. branquiocefálicas. Drenagem Linfática: os vasos linfáticos seguem no tecido interlobular, comunicando com uma rede capsular. Nervos da glândula tireóide: Fibras vasomotoras → constrição dos vasos sanguíneos. Gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores ← plexo cardíaco (gânglio cervical inferior, até nervo cardíaco inferior) e periarteriais (a. vertebrais e a. carótidas internas e externas) tireóideos superior e inferior. HISTOLOGIA F = Folículos. *↑Rede capilar sanguínea (células endoteliais frenestadas → transporte de substâncias entre células.) e linfática. Folículos tireoidianos: Parede: epitélio simples (tirócitos). Cavidade: substância gelatinosa (coloide) – formada por glicoproteína tireoglobulina.. Aspecto: ↑ variado. ↓ altura do epitélio → hipoativa. ↑ altura do epitélio → hiperativa. Célula Parafolicular: forma agrupamentos isolados entre os folículos. - Produzem hormônio calcitonina ou tirocalcitonina: ↓ reabsorção de tecido ósseo → ↓Ca++ no plasma. FISIOLOGIA – HORMÔNIOS METABÓLICOS DA TIREÓIDE. Ingestão de Iodo: 50mg/ano ou 1mg/semana. Absorção: absorvido no trato gastrointestinal. Transporte de iodeto para as células e folículos: 1 – Captação do iodeto: bombeamento ativo (membrana basal) → Simporte de sódio-iodeto → 1 iodeto + 2 sódios. → (pendrina) → transporte para o folículo (membrana-coloide). Aparelho de Golgi e R.E. secretam tireoglobulina, regulado por TSH. 2 – Organificação e Pareamento: (perioxidase) → oxidação do iodo → ligado ao tirosil da tireoglobulina+H202 → 2 DIT = T4, 1 MIT + 1 DIT = T3. 4 – Pinocitose → (proteases) → proteólise →T3 e T4 para a circulação. 5 – Deiodização do DIT e MIT → conservação do iodo. 6 – Deiodização intratireoideana: T4 → (5’=deiodinase) → T3. Transporte dos hormônios tireóidenos. 99% ligados a proteínas plasmáticas do fígado: TBG, trastiretina e albumina (permite grande reserva de hormônios estáveis no plasma). 1% livre: age nos tecidos alvos (controle de feedback, ação tecidual, metabolismo, excreção fecal). Efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos em relação ao metabolismo. 1 – ↑a transcrição de genes, enzimas, proteínas; 2 - ↑ atividade metabólica celular: ↑ (60 a 100%) metabolismo basal, uso energético, catabolismo proteico, crescimento; 3 - ↑ transporte de íons nas membranas. 4 - ↑ metabolismo de carboidratos (enzimas metabólicas celulares): captação, glicólise, gliconeogênese, absorção, secreção de insulina. 5 - ↑ metabolismo de lipídios: ↑ disponibilidade de A. G. e sua oxidação, ↓ tec. adiposo. 6 – Aumento de hormônio tireoidiano: ↓ [ ] colesterol (secreção na bile) – o inverso: ↑ r-LDL, remoção de lipoproteínas do plasma. ↓ fosfolipídios e triglicerídeos. 7 - ↑ necessidade de vitaminas. SUPRARRENAIS EMBRIOLOGIA: Córtex: a partir do mesênquima, mesoderma (6ª sem). Secreta: corticosteroides e androgênios → retenção renal de sódio e água → ↑ volume sanguíneo e pressão arterial. Medula: a partir de células da crista neural. Células cromafins: relação com os neurônios dos gânclios simpáticos. Secretam: catecolaminas → ↑ F.C., P.A, fuga ou luta, exercício físico. Zona fasciculada → derivada da zona de transição entre o córtex permanente e o córtex fetal. Após o nascimento: duas zonas de córtex (perm. e fetal). 4 anos: sem córtex fetal. ANATOMIA: Localizadas entre o diafragma e as faces superomedial dos rins. Revestidas por tecido conjuntivo, cápsula adiposa e pela fáscia renal → fixada aos pilares do diafragma. Direita: piramidal, apical, anterolateral ao pilar direito do diafragma e faz contato com a CVI anteromedialmente, e o fígado anterolateralmente. Esquerda: crescente, medial à parte superior do rim, tem relação com: baço, estômago, pâncreas e pilar esq. do diafragma. Irrigação Arterial: ↑ irrigação, ↑ ramificações. aa. suprarrenais superiores (6 a 8) ← Aa. frênicas inferiores ← a. aorta. aa. suprarrenais médias (1) ← a. aorta. aa. suprarrenais inferiores (1) ← aa. renais ← a. aorta. Plexo subcapsular: aa. da cápsula, aa. do córtex → capilares sanguíneos em vasos capilares da camada medular, aa. da medula. Endotélio capilar: frenestrado e delgado, c/ lâmina basal. Drenagem Venosa: veias suprarrenais calibrosas. v. suprarrenal direita (curta) → VCI. v. suprarrenal esquerda (longa) → (veia frênica inferior) → veia renal esquerda → VCI. Drenagem Linfática: plexo profundo à cápsula da glândula e à medula. Linfa → plexo → linfonodos lombares Inervação: plexo celíaco (simpático, parassimpático – tronco vagal) e n. esplâncnicos abdominopélvicos (simpáticos). Simpáticas pré-ganglionares mielínicas ← núcleo intermediolateral (IML) da substância cinzenta dos segmentos T10-L1. HISTOLOGIA E FISIOLOGIA: Córtex Adrenal: estrutura de células secretoras c/ ↑R.E.L. Secreta, principalmente, esteroides. Colesterol do plasma → pregnenolona. Enzimas (progesterona e desoxicorticosterona): R.E.L. Enzimas (desoxicorticosterona → aldosterona): mitocôndrias. ZONA GLOMERULOSA (Z.G.): abaixo da cápsula de T.C., cél. piramidais/colunares → cordões → arcos capilares. Mineralcorticoides: angiotensina II e K+ → aldosterona sintase → (Aldosterona) Aldosterona: Estimula o transporte de Sódio e Potássio nas células epiteliais intestinais: impede a perda de de Na+ nas fezes → absorção de cloreto, ânions e água. ZONA FASCICULADA(Z.F.): células poliédricas (espongiócitos) em cordões retos e regulares, ↑ gotas de lipídios. Glicorticoides: Hipotálamo-Hipófise → ACTH → (Cortisol). Cortisol: ↓ utilização de glicose: ↓ oxidação de NADH. ↑ [ ] glicose sérica: ↑ insulina, ↑ A.G., ↓ sens. de tecidos → diabetes adrenal. ↓ proteínas celulares: ↓ depósito de gordura, ↓ síntese de proteínas, ↑ catabolismo de proteínas → ↓ transporte de aa extra-hepático, ↓ RNA (extra-hepático). Mobilização de A.G.: ↑ [ ] A.G. livre sérico, ↑ oxidação de A.G. Estímulo da gliconeogênese: ↑ transcrição de DNA nos hepatócitos → ↑ mRNA → enzimas de conversão de aa em glicose. ↑ disponibilidade de aa (dos músculos) → gliconeogênese. Obesidade pelo acúmulo: giba de búfalo, face em lua cheia. ZONARETICULADA(Z.R.): cél. em cordões irregulares → rede anostomosada, ↓ gotas de lipídios. Andrógenos: deidroepiandrosterona e androtesnediona. Medula Adrenal: cél. poliédricas em cordões, c/ rede de fibras reticulares, cél. ganglionares parassimpáticas, cél. parênquima. Catecolaminas: citoplasma das cél → grânulos de secreção (epinefrina/norepinerfrina), cromograninas, dopamina-β-oxidase. ↑ consumo de oxigênio, ↑ calor, ↑ glicogenólise no M. cardíaco, ↑ lipólise, EIXO HIPOTÁLAMO-PTUITÁRIO-ADRENAL: Outras liberações de ACTH: estresse físico e mental, trauma, lesões teciduais. Plexo capilar primário do sistema porta hipofisário (núcleo paraventricular) → CRF (fator liberador de ACTH) → Hipófise-anterior → ACTH (corticotropina) → células adrenocorticais → AMPc → proteinocinase A → colesterol → pregnenolona → cortisol. Feedback negativo: Cortisol → (hipotálamo) ↓ CRF e (hipófise-anterior) ↓ ACTH. EFEITOS DE ANABOLIZANTES: No sistema reprodutor masculino, desequilíbrio hormonal com redução dos níveis de testosterona endógena (feedback negativo para GnRH → ↓ hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) → ↓ Testosterona endógena → ↓ espermatogênese, disfunção erétil e alteração da libido) → ginecomastia, atrofia testicular, alterações na morfologia do esperma e infertilidade, hipogonadismo hipogonadotrófico, oligospermia ou azoospermia, hipertrofia prostática, carcinoma prostático e atrofia testicular. Nas mulheres, é comum o aparecimento de caracteres secundários ao masculino, como pilificação acentuada, alterações na voz, atrofia mamária, atrofia uterina, amenorreia e hipertrofia do clitóris, alterações na menstruação, engrossamento da voz, encolhimento dos seios, aumento da libido, crescimento de cabelos pelo corpo e aumento do clitóris. BIBLIOGRAFIA: Tratado de Fisiologia Médica, Guyton, 12ª Ed. Endocrinologia Básica e Clínica, Gardner e Shoback, 9ª Ed. Anatomia Orientada para Clínica, Moore, 7ª Ed. Embriologia Clínica, Moore, 8ª Ed. Histologia Básica, Junqueira, 12ª Ed.
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