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vias descendentes

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Matheus Felix 2018.2
VIAS DESCENDENTES 
São vias que comunicam os centros suprassegmentares com órgãos efetores. Havendo as vias eferentes somáticas, que controla mm. esqueléticos, permitindo movimentos voluntários ou automáticos, regulando ainda o tônus e postura. E as vias viscerais (autônomas), que regulam funcionamento das visceras e vasos por meio do controle de m. liso e cardíaco, além de glândulas. 
SISTEMA MOTOR VISCERAL (AUTÔNOMO)
nesse sistema, diferente do somático, há 2 neurônios entre a medula e o órgão efetor, o pré e o pós ganglionar. Sendo que as áreas que regulam a atividade desse sistema motor se encontram no hipotálamo e no sistema límbico. As vias geradas por esses dois centros de controle se formam por meio de circuitos da formação reticular, através dos tratos reticuloespinais. Além dessas vias indiretas, também existem as vias diretas hipotálamo-espinais.
SISTEMA MOTOR SOMÁTICO
- Musculatura esquelética é voluntária, sendo que cada músculo é composto por centenas de fibras musculares e cada uma delas é inervada por uma única ramificação de um axônio proveniente do SNC. 
- A junção musculatura esquelética (voluntária) e inervação forma esse sistema.
 - O movimento é feito através de musculaturas antagônicas entre si, para uma contrair, a outra precisa estar relaxada.
Obs: flexão: “fechar o braço” ou diminuição do ângulo entre estruturas.
 extensão: “abrir o braço” ou aumento do ângulo entre estruturas. 
por puxar a articulação em direções opostas, os flexores e extensores são considerados músculos antagonistas entre si.
- Os sistemas motores dependem dos sistemas sensoriais para controlá-los, a INTEGRAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA, sendo que o sistema sensorial informa o que está acontecendo permitindo que o sistema motor possa interagir de forma apropriada com o meio externo. 
MOTONEURÔNIO ALFA (neurônio motor inferior)
- é o nível mais baixo da hierarquia e faz a inervação da musculatura esquelética.
- única comunicação entre o sistema nervoso e muscular, sendo responsável pela geração de força pelo músculo.
- está na substância cinzenta medular (núcleo medulares de controla das fibras nervosas, no corno anterior\ventral) se projetando para os músculos da periferia.
- neurônio motor alfa é dito via final comum já que nele se converge uma infinidade de vias e circuitarias motoras vindas do cérebro, tronco e medula. A modulação da informação advinda dessas circuitarias acarreta (ou inibe) o movimento motor.
- UNIDADE MOTORA: motoneurônio alfa + todas as fibras musculares inervadas por ele, sendo essa unidade um componente básico do sistema motor. Além disso, a ideia de unidade leva a concepção de “inseparável”, isso porque quando o motoneurônio deflagra o potencial de ação, TODAS AS FIBRAS DA UNIDADE IRÃO COM CERTEZA CONTRAIR.
- SINAPSE NEUROMUSCULAR: é específica e a célula muscular apesar de não ser neurônio, ela é excitável colinérgica do tipo nicotínica, com efetividade de ação 100%, ou seja, quando motoneurônio dispara um PA, esse potencial será necessariamente deflagrado para a placa motora.
HIERARQUIA DO CONTROLE MOTOR
estudo das vias ascendentes começa de fora para dentro: o nível mais baixo da hierarquia é a contração muscular e o nível mais alto, o controle cortical.
- nível mais alto: córtex pré-frontal e núcleos da base estão relacionados com a estratégia.
- nível intermediário: córtex motor e cerebelo estão relacionados com a tática (organização).
- nível mais baixo: tronco encefálico (postura) e medula espinal (reflexo) fazem a execução da ação propriamente dita, ativando diretamente os motoneurônios e interneurônios.
Na organização hierárquica do sistema motor, esses 3 níveis são capazes de controlar independentemente os motoneurônios, o que torna possível, por exemplo, falar e andar ao mesmo tempo.
DENSIDADE DE INERVAÇÃO
relação numérica entre o motoneurônio e a quantidade de fibras que ele inerva. Ex: 1:100 significa que 1 motoneurônio inerva 100 fibras musculares. Dessa forma, em locais com maior sensibilidade a densidade de inervação é maior, ou seja, mais motoneurônio por fibra muscular, caracterizando músculos mais rápidos e mais precisos, de atividade leve.
 A densidade de 1:100 é maior que 1:1000, pois 1 motoneurônio controlando 100 fibras é mais denso, o que permite um controle motor mais fino.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
fibras de contração lenta: FIBRA VERMELHA
produz pouca força e é lenta. Essa fibra gera a mesma intensidade de força durante o estímulo, o que as torna mais resistentes à fadiga, pois possuem metabolismo aeróbico (rende 40 atps). ATLETAS DE CORRIDAS LONGAS TÊM MAIS.
fibras de contração rápida: FIBRA BRANCA
 produz muita força e é rápida. Essa fibra gera uma intensidade de força que decai com o estímulo se tornando mais fadigáveis, pois possuem metabolismo anaeróbico (rende 20 atps). Além disso, são maiores em volume porque possuem glicogênio estocado. ATLETAS CORREM 100 M TÊM MAIS.
RECRUTAMENTO DE UNIDADE MOTORA
- quando o esforço é menor, nem todas as unidades motores do feixe muscular estão em uso. Conforme se aumenta o esforço, aumenta o recrutamento de unidades motoras do músculo que está em funcionamento.
- REALIZAÇÃO DO ESFORÇO: Inicialmente as fibras lentas (fracas) são recrutadas porque são inervadas por motoneurônios com axônios menores e de menor calibre, o que gera menor área de MP e assim o potencial de ação é deflagrado mais rapidamente. Caso necessário, por um aumento de esforço, as fibras rápidas (fortes) são recrutadas depois.
- AUMENTAR A FORÇA DE CONTRAÇÃO: é possível aumentando a frequência de PA’s, pois quando o músculo contrai, antes que ele relaxe completamente, é possível aplicar um potencial de ação subsequente (período refratário relativo) que irá somatizar e assim criar uma força de contração maior, até estabilizar em um valor mais alto.
 .TETANIA( estado em que o músculo está em seu grau máximo de contração pela não finalização do estímulo.
Obs: O motoneurônio alfa é que define o tipo de fibra muscular o músculo terá, assim, não é possível ter fibras lentas e rápidas numa mesma unidade motora.
ORGANIZAÇÃO DOS MOTONEURÔNIOS
motoneurônios estão organizados na parte anterior da substância cinzenta da medula: 
MÚSCULOS AXIAIS E FLEXORES ( controlados por motoneurônios da parte mais medial 
MÚSCULOS DISTAIS E ESTENSORES ( controlados por motoneurônios da parte mais lateral 
VIAS DESCENDENTES PROPRIAMENTE DITAS
responsáveis pela comunicação entre encéfalo e motoneurônios da medula espinal. Existem dois núcleos de via descendente, um que se origina no tronco cerebral e outro que se origina na região cortical, para descer, as fibras desses núcleos seguem lateralmente ou ventralmente pela região anterior da medula.
VIAS LATERAIS: 
( TRATO CORTICOESPINAL: 
- de origem em sua maioria nas áreas do córtex motor primário (lobo frontal, área 4) e na área pré-motora (área 6) direito e com uma pequena porção de sua constituição com aferências do córtex somatossensorial.
- relacionado com o controle dos músculos distais, principalmente os flexores.
- decussação: hemisfério direito inerva e controla musculatura do lado esquerdo do corpo.
CÓRTEX -> PEDÚNCULO CEBERAL -> INTERIOR DA PONTE -> NA BASE DO BULBO: TRATO PIRAMIDAL -> NA PIRÂMIDE, PEQUENA PARTE DAS FIBRAS CONTINUA VENTRALMENTE (TRATO CORTICOESPINAL ANTERIOR) -> RESTO: DECUSSAÇÃO NAS PIRAMIDES -> SE REÚNE NA COLUNA LATERAL DA MEDULA -> TERMINA NA REGIÃO DORSOLATERAL DOS CORNOS VENTRAIS. 
( TRATO RUBROESPINAL:
- de origem no núcleo rubro do mesencéfalo
- relacionado com a propriocepção e controle motor músculos da mão
NÚCLEO RUBRO -> DECUSSAÇÃO NA PONTE -> SEUS AXÔNIOS SE REÚNEM COM OS DO TRATO CÓRTICO-ESPINAL NA COLUNA LATERAL
Obs: TRATO CORTICONUCLEAR - tem mesma função do corticoespinal, mas é relação córtex (área 4) com núcleos motores no tronco encefálico, ou seja, núcleo dos nervos cranianos. Fibras bilaterais. 
VIAS ANTEROMEDIAIS: 
4 tratos descendentes com origem no tronco encefálico (terminando
entre os interneurônios espinais) e que controlam a musculatura proximal e axial. Sendo que TODOS utilizam informação sensorial sobre equilíbrio, posição corporal e ambiente visual para manter, de forma reflexa, o equilíbrio e a postura corporal.
( TRATOS VESTIBULOESPINAIS
- de origem nos núcleos vestibulares do bulbo, os quais recebem informações sensoriais do sistema vestibular
- emite duas porções:
 1. Uma parte desse trato se projeta bilateralmente para a medula e ativa circuitos espinhais cervicais que controlam os músculos do pescoço e costas (movimentos da cabeça).
 2. Outra parte desse trato se projeta ipsilateralmente até o nível lombar da medula, participando da manutenção da postura correta e equilibrada ao ativar motoneurônios extensores da perna. 
( TRATO TECTOESPINAL
- de origem no colículo superior, recebendo aferências da retina e do córtex visual, e auditivas.
- por esse trato, há o comando da musculatura do pescoço e da ocular para mover os olhos e cabeça direcionando a fóvea ao estímulo e situa-se no funículo anterior da medula cervical.
( TRATOS RETÍCULOSESPINAIS 
- de origem na formação reticular do tronco encefálico
- essa formação é uma complexa malha de neurônios e de fibras que recebem aferências de várias regiões e participa de muitas funções diferentes.
 1. TRATO RETÍCULOESPINAL PONTINO: controle dos extensores dos m. inferiores, o que auxilia a manutenção da postura ereta, resistindo aos efeitos da gravidade (reflexo antigravitacional).
 2. TRATO RETÍCULOESPINAL BULBAR: faz o oposto, liberando os músculos antigravitacionais do controle reflexo.
MOVIMENTOS COMpENSATÓRIOS
mecanismo de controle por retroalimentação (feedback) com caracaterísticas:
- esteriotipado (reflexo)
-menos eficiente
- circuitos bem conhecidos 
- fácil de testar

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