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QUEIXA CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FORTALEZA, CE.
CLARISSA MELO, brasileira, estado civil xxx, profissão xxx, filha de Alfredo Melo e Clara Melo, nascida em 17/08/1989, natural de Fortaleza,CE, RG: 999.888.777.666, CPF: 555.444.333-22, residente à avenida Santos Dumont, nº01456, Aldeota – CEP: 60999-99, telefone nº xxx, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa com poderes especiais na forma do artigo 44 do CPP, vem à presença da Vossa Excelência PROPOR QUEIXA SUBSIDIÁRIA, nos termos dos artigos 29 e 38, do Código de Processo Penal, combinado com os artigos 100, parágrafo 3 º e 103 do Código Penal e o artigo 5 º LIX da Constituição Federal, em desfavor de RODOLFO DA SILVA, vulgo “Cascão”, brasileiro, solteiro, auxiliar de pedreiro, filho de XXX e Maria da Silva, nascido em xxx,. natural de xxx, RG: xxx, CPF: xxx, residente à rua B, nº 4, Santa Teresinha, Fortaleza/CE, telefone xxx, pelos fatos expostos abaixo.
DOS FATOS
No dia 20/07/2018, por volta das 18 horas, na rua Marcos Macedo, quase esquina com a Av. Dom Luiz, Fortaleza, CE, o Querelado cometeu contra a vítima Clarissa, o crime de roubo majorado (Art 157, §2º-A, I do CP).
Consta nos autos do inquérito policial que o querelado abordou a querelante que acabava de sair do trabalho, constrangendo-a, mediante grave ameaça com uma arma de fogo e exigindo os seus pertences que era um celular iPhone e uma pasta com computador. O abalo psíquico da vítima foi tão intenso que, por medo de acontecer algo pior, entregou seus pertences, ficando com um prejuízo de 5mil do material que se utilizava para o trabalho.
O querelado foi reconhecido pela polícia por imagens das câmeras de segurança e já é sabido que Rodolfo é conhecido na região pela prática constante de roubos.
Além de todo o desaforo do querelado em roubar, com arma de fogo, a querelante, ainda tem a petulância de ameaçar a vítima para que fique quieta e não vá mexer com o fato. O querelado manda recados ao porteiro do prédio, que também está assustado, onde a vítima trabalha.
A situação de ameaça além de tirar toda a tranquilidade da vítima, transtorna sua vida social. 
Sendo assim, por ocasião da inércia do ilustre representante do Ministério Público, que até o presente momento, sem motivo justificado, não tomou qualquer providência, vem a Querelante, propor a presente, conforme segue.
DO DIREITO
Conforme já explanado, a querelante teve seu celular iPhone e computador subtraído pelo 
querelado com uso de violência e grave ameaça exercida com uma arma de fogo, sendo que após descoberta a autoria e formalizado o inquérito, os autos ainda permanecem com o Representante do Ministério Público há mais de 6 meses, violando o disposto no artigo 46 do Código de Processo Penal.
Assim, percebe-se que o prazo para que o representante do Ministério Público permanecer com os autos é de 15 (quinze) dias, o que não ocorreu, uma vez que permaneceu com os autos por período superior a 6 meses, não oferecendo a denúncia nem fazendo qualquer outro ato, ficando totalmente inerte. 
Diante disso, a querelante fica autorizada a promover ação penal privada subsidiária da pública, nos termos do artigo 5º, inciso LIX da Constituição Federal, reforçado pelo nosso Código Penal em seus artigos 29 e 100, § 3º.
Ademais, o crime praticado pelo querelado ao subtrair o celular iPhone e computador da vítima foi de roubo, tipificado no artigo 157 do CP, uma vez que para que o querelado conseguisse a subtração da coisa alheia móvel, ele se utilizou de violência e grave ameaça à pessoa da querelante.
No entanto, pelo fato da violência de grave ameaça ter sido exercida por meio de uma arma de fogo, o querelado incorreu na qualificadora do §2º-A, inciso I, do artigo 157 do mesmo códex.
A querelante se utilizava de seus pertences, que foram roubados, para trabalhar e que ainda está pagando. É um prejuízo alto, em torno de 5mil reais para quem não tem mais como conseguir comprar novamente o material para continuar a trabalhar. É necessário, aqui, que o querelado repare o dano causado, nos termos do art. 387,IV do CPP.
Cabe registrar que o querelado se encontra solto e por conveniência da instrução penal, se vê necessária a sua prisão preventiva, nos termos do art 312 do CPP, visto que Rodolfo está ameaçando a querelante Clarissa, mandando recados ao porteiro para que ela fique quieta e não mexa no caso do roubo, intimidando até o porteiro, que é testemunha do caso, que está assustado pela situação. Além disso, Rodolfo já responde por crimes do mesmo tipo penal de roubo em outras varas, conforme consta na certidão de antecedentes, e tem fama, na região, pela prática de roubos, demonstrando ainda a necessidade da prisão preventiva para garantir a ordem pública.
Com efeito, o querelado infringiu o artigo 157, parágrafo 2 º-A, inciso I, do Código Penal, ou seja, roubo majorado, em razão do emprego de arma de fogo, devendo ser condenado nas penas da lei, bem como, seja fixado valor mínimo para reparação do dano causado a querelante na forma do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
DO PEDIDO
Ante o exposto requer:
O recebimento da presente Queixa Crime;
A citação do Querelado, para, querendo, apresentar defesa nos termos da lei;
A produção de todos os meios de prova em direito admitidas, em especial a testemunhal, conforme rol abaixo;
A intimação do ilustre representante do Ministério Público, para intervir no feito.
A prisão preventiva do querelado, nos termos do art. 312 do CPP.. 
A condenação do Querelado, na sanção prevista no Artigo 157, §2-A, I do Código Penal.
Requer, ainda a fixação de valor mínimo de indenização pelos prejuízos sofridos pelo querelante, nos termos do art. 387, IV do CPP
Nestes Termos,
Fortaleza, 24 de fevereiro de 2019
Advogado XXX
OAB XXX
	
ROL DE TESTEMUNHAS
JOÃO, nacionalidade, estado civil, escolaridade, porteiro, filho de xxx e xxx, nascido em xx/xx/xx, natural de xxx, CPF: xxx, RG: xxx, residente a rua xxx, telefone xxx.

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