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COESÃO CONECTORES QUE ANTECEDEM UMA CITAÇÃO TIPOS DE ARGUMENTOS.doc

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COESÃO – ARTICULAÇÃO DE IDEIAS
Um texto bem redigido prevê uma perfeita articulação de ideias. Para obtê-la, é necessário promover o entrelaçamento semântico (ordem do sentido) e o encadeamento sintático (mecanismos que ligam uma oração à outra). A coesão é obtida, principalmente, por meio dos elementos de ligação que proporcionam as relações necessárias à integração harmônios a de orações e parágrafos em torno de um mesmo assunto (eixo temático).
Com base em um levantamento elaborado por Othon Moacyr Garcia (comunicação em Prosa Moderna), relacionamos os elementos de coesão mais usuais, agrupados pelo sentido.
	Prioridade, relevância 
	em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo.
	Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade)
	então, enfim, logo, logo depois, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, freqüentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal.
	Semelhança, comparação, conformidade
	igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhante, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, consoante sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se.
	Condição, hipótese 
	se, caso, salvo se, contanto que, desde que, a menos que etc.
	Adição, continuação
	além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, por outro lado, também e as conjunções aditivas (e, nem, não só... mas também...)
	Dúvida
	talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.
	Certeza, ênfase 
	decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda certeza.
	Surpresa, imprevisto
	inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente, subitamente, de repente.
	Ilustração, esclarecimento
	por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber
	Propósito, intenção, finalidade
	com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que.
	Lugar, proximidade, distância 
	perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali....
	Resumo, recapitulação
	em suma, em síntese, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo.
	Causa e consequência, explicação
	por conseqüência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão...que, tanto...que, tal...que, tamanho...que, porque, porquanto, pois, que, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, pois (posposto ao verbo), que (=porque).
	Contraste, oposição, restrição, ressalva
	pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, no entanto, não obstante.
	Alternativas
	ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem.
	Proporcionalidade 
	à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos
CONECTORES QUE ANTECEDEM UMA CITAÇÃO*
	Na opinião de...
De acordo com...
...afirma ...
Para...
Na visão de ...
No ponto de vista de ...
Segundo ...
... exemplifica ...
... quando afirma ...
	Como caracteriza ...
Em... vamos encontrar o seguinte esclarecimento...
No dizer de...
... explique seus pressupostos...
Utiliza-se da seguinte argumentação...
Como descrito por...
Outro ensinamento de...
... alega que ...
... caracteriza ...
... conceitua...
*NEGRA, Carlos A. S.; NEGRA, Elisabete M. S. Manual de Trabalhos Monográficos de Graduação, especialização, Mestrado e Doutorado. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2004
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(PLATÃO & FIORIN, Francisco & José Luiz . Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2001)
Argumentos
Conforme Platão e Fiorin, “argumentos” são os recursos linguísticos que têm por finalidade persuadir. É possível se fazer uso de vários tipos de argumentos. Aqui, dá-se ênfase aos mais usados, de acordo com Platão e Fiorin (2001).
2.5.1 Argumento de autoridade
É a citação de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um ponto de vista. O uso de citações, de um lado, cria a imagem de que o falante conhece bem o assunto que está discutindo, porque já leu o que sobre ele pensaram outros autores; de outro, torna os autores citados fiadores da veracidade de um dado ponto de vista.
 
2.5.2 Argumento baseado no consenso
As matemáticas trabalham axiomas, que são preposições evidentes por si mesmas e, portanto, indemonstráveis: o todo é maior do que a parte; duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si, etc. Outras ciências trabalham também com máximas e proposições aceitas como verdadeiras, numa certa época, e que, portanto, prescindem de demonstração, a menos que o objetivo de um texto seja demonstrá-las. Podem-se usar, pois, essas proposições evidentes por si ou universalmente aceitas, para efeitos de argumentação.
 
2.5.3 Argumentos baseados em provas concretas
As opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista, julgamentos, que exprimem aprovação ou desaprovação. No entanto, elas terão pouco valor se não vierem apoiadas em fatos. Não se podem fazer generalizações sem apoio em dados consistentes, fidedignos, suficientes, adequados, pertinentes. As provas concretas podem ser cifras e estatísticas, dados históricos, fatos da experiência cotidiana etc. Esse tipo de argumento, quando bem feito, cria a sensação de que o texto trata de coisas verdadeiras e não apresenta opiniões gratuitas.
 
2.5.4 Argumentos com base no raciocínio lógico
Embora no item anterior, já tenha-se tratado disso, ao dizer que não se podem tirar conclusões incompatíveis com os dados apresentados, ilustrar afirmações gerais com dados inadequados etc., o que chamamos aqui argumentos com base no raciocínio lógico diz respeito às próprias relações entre proposições e não à adequação entre proposições e provas. Neste caso, a argumentação baseia-se nas relações de causa e consequência.
 
2.5.5 Argumento da competência linguística
Em muitas situações de comunicação (discurso político, religioso, pedagógico, etc.) deve-se usar a variante culta da língua. O modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz. Utilizar também um vocabulário adequado à situação de interlocução dá credibilidade às informações veiculadas. Se um médico não se vale de termos científicos ao fazer uma exposição sobre suas experiências, desconfiamos da validade delas. Se um professor não é capaz de usar a norma culta, achamos que ele não conhece sua disciplina. Além disso, contribui para persuadir a utilização de diferentes mecanismos linguísticos.

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