Buscar

1- apostila 3 de nutrição

Prévia do material em texto

PROF. JOÃO ROSA
APOSTILA 3- DIETAS
DIETAS HOSPITALARES
As dietas hospitalares são padronizadas em cada Serviço de Nutrição e Dietética com objetivo de atender ao estado clínico e fisiológico durante a internação, a fim de manter as reservas de nutrientes no organismo e possibilitar a recuperação no menor tempo possível.
Tipos de modificação:
1.Consistência.
2.Composição química (acréscimo ou redução de algum componente).
3.Teor de macronutrientes (dietas especiais).
1. Modificação na consistência:
Geral: normal em todos os nutrientes e permanência por tempo indeterminado.
Branda: alimentos macios ou picados ou moídos; com a celulose, quando presente, abrandada pelo cozimento.
Pastosa: os alimentos são oferecidos na forma de purê, suflê, papa ou mingau; e as carnes são batidas, trituradas ou desfiadas.
Leve: caracterizada pela presença de líquidos e alimentos semissólidos, abrandados pela cocção simples.
Líquida:
Líquida completa: alimentos de consistência líquida ou que se liquefazem na boca e de fácil absorção. É normal em todos os nutrientes, porém possui baixo valor calórico.
2.	Líquida restrita: utilizada para repouso intestinal e hidratação, em preparação de exames, pré ou pós-cirúrgico e outras doenças. Inclui alimentos de fácil digestão.
Modificação na composição química:
1.	Dieta hipossódica: controle do sódio devido à hipertensão	(arterial	ou	pulmonar)	ou	por insuficiência cardíaca, renal ou hepática.
2.	Dieta	laxativa:	rica	em	fibras	totais	para pacientes com constipação intestinal.
Modificação na composição química:
1.	Dieta obstipante: indicada em casos de diarreia ou obstrução do trato gastrointestinal, secundária a outras doenças ou por efeito de medicamentos.
2.	Dieta hipocalêmica: restrição de alimentos fonte de potássio, indicada a pacientes com nível sérico elevado.
Dietas especiais:
1.	Dieta para diabetes mellitus: equilibrada em calorias e macronutrientes durante sua internação hospitalar com objetivo de controle glicêmico.
2.	Dieta hipoproteica e hipossódica: utilizada em paciente renais em tratamento conservador (não dialítico).
3.	Dieta hipercalórica e hiperproteica: prescrita a pacientes desnutridos ou em risco nutricional.
Nutrição em condições específicas
Obesidade:
1.	“Grau de armazenamento de gordura no organismo associado a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas” Organização Mundial da Saúde.
2.	Obesidade no Brasil: 11,8%, em 2006; 17,5%, em 2013 e 17,9%, em 2014.
 
Objetivos da terapia nutricional: diminuir sobrecarga cardíaca, reduzir morbimortalidade por doenças cardiovasculares, contribuir na diminuição e na estabilização dos níveis pressóricos e das concentrações séricas de colesterol, triglicérides e glicose, obter perda ponderal para melhora da qualidade de vida e evitar comorbidades.
Indicação para cirurgia bariátrica:
Pacientes que tenham IMC ≥40 kg/m2, há pelo menos 2 anos, que não tiveram sucesso com tratamento clínico orientado.
Pacientes que tenham IMC maior ou igual a 35 kg/m2, nas mesmas condições do critério anterior e que apresentem pelo menos duas comorbidades.
As principais comorbidades ou aquelas consideradas mais graves e que são mais levadas em consideração na avaliação desse critério são: diabetes tipo II, hipertensão arterial, dislipidemias, apneia obstrutiva do sono, esteatose hepática, problemas ortopédicos graves (artroses importantes, hérnia de disco).
IMC- INDÍCE DE MASSA CORPORAL
O aconselhamento nutricional no período pré-operatório deve ser feito por, no mínimo, 3 meses para modificar os hábitos alimentares e orientar o paciente para a cirurgia.
A perda de peso nesse período reduz a mortalidade associada às comorbidades, ameniza o risco cirúrgico e aumenta o sucesso no pós-operatório.
A alimentação no pós-operatório deve ser focada em limitar a quantidade e alternar o tipo de alimentos, buscando os nutrientes adequados, com evolução gradativa na consistência.
Objetivo do acompanhamento nutricional: buscar o bem-estar físico e emocional por meio da seleção dos alimentos que contenham os nutrientes adequados.
Desnutrição
A terapia nutricional consiste inicialmente em identificar e corrigir a causa da perda de peso, sendo que seus objetivos são: aumentar o peso corporal e o apetite, atender as necessidades nutricionais, promover educação nutricional e corrigir deficiências de macro e micronutrientes.
Desequilíbrio produzido pela ingestão insuficiente ou a excessiva perda de substratos pelo organismo.
CLASSIFICAÇÃO:
1.	Leve.
2.	Moderada.
3.	Grave
DESNUTRIÇÃO LEVE
Caracteriza-se pelo comer pouco ou comer “mal”, ter uma alimentação em quantidade ou qualidade insuficiente em calorias e nutrientes
DESNUTRIÇÃO MODERADA
Ingesta insuficiente de alimentos por fatores externos, como presença de verminose, câncer, alergias ou absorção deficiente de nutrientes
Desnutrição Grave:
1.	Marasmo: < 1 ano, gordura subcutânea ausente, atrofia muscular e cutânea, redução na velocidade de crescimento, irritabilidade, apetite variável e infecções constantes.
2.	Kwashiorkor: < 2 a 3 anos, presença de edema e/ou ascite e hepatomegalia com esteatose hepática, comprometimento da estatura, criança fica apática, chorosa, sonolenta e sem apetite.

Continue navegando