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Unidade III ORIENTAÇÃO E PRÁTICA DE PROJETOS DE ENSINO FUNDAMENTAL Profa. Eliana Chiavone Delchiaro Começamos a reflexão com Madalena Freire (2010) Escolhas e práticas educativas “A cada encontro: o imprevisível. A cada interrupção da rotina: algo inusitado. A cada elemento novo: surpresasA cada elemento novo: surpresas. A cada elemento já parecidamente conhecido: desconhecimento. A cada encontro: um novo desafio, mesmo que supostamente já vivido. A cada tempo: novo parto, novo compromisso. (cont.) Começamos a reflexão com Madalena Freire (2010) A cada conflito: nova faceta insuspeitável. A cada aula: descobrimento de terras ainda não desbravejadas. A cada aula uma aventura. A cada aulaA cada aula uma aventura. A cada aula uma revelação. A cada aula uma perplexidade. A cada aula um caminho na busca de mim mesma. A cada aula um nascimento com o outro.” Orientação de práticas e projetos de História e Geografia Na unidade III, você não encontrará planos de aula e nem tampouco projetos prontinhos para serem usados. Coerentes com o que acreditamos, na capacidade autora e autônoma do professor, iremos apresentar sugestões de propostas de atividades que, aliadas ao fundamento de cada área, poderão se constituir em repertório para a organização da sua prática educativa. Apresentamos aqui pontos de partida, propostas inspiradoras. Autoria e autonomia O planejamento é uma ação intencional, você poderá definir se para um determinado conteúdo é mais interessante um projeto, um estudo do meio ou uma atividade sequenciada. Tudo vai depender do conteúdo a ser desenvolvido e das relações que se espera estabelecer. Dimensão vertical do currículo A presente unidade pretende expor a fundamentação dos eixos teóricos de História e Geografia ao apresentar os seus conteúdos, isso porque o professor precisa conhecer a sua função e aproximar o aluno do patrimônioaproximar o aluno do patrimônio histórico construído pela humanidade. No entanto, esse conhecimento não pode ser transmitido de forma imposta e fragmentada. O professor do Ensino Fundamental Polivalente, cabe a ele: Fazer a interdisciplinaridade das áreas. Fazer suas opções metodológicas para propiciar uma aprendizagem significativa.significativa. Realizar a reflexão e o registro da prática pedagógica. Fundamentos da área de História e Geografia e práticas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental O verdadeiro potencial do ensino de História é aquele que permite ao aluno sentir-se capaz de exercer a crítica, a participação, a inclusão histórica, lendo e interpretando criticamente o mundo em que viveque vive. Preste atenção a essas questões O ensino de História que você teve garantiu-lhe essa possibilidade? A História é uma disciplina trabalhada nas escolas de forma viva e dinâmica? É possível ensinar História de formaÉ possível ensinar História de forma prazerosa e instigante? O ensino de História de ontem Apresentação dos heróis, das datas fundamentais e das “conquistas” da sociedade brasileira. Os conteúdos são informados de maneira hierárquica e linear. Grande ênfase na memorização. Os conflitos e os movimentos populares não eram identificados nessa abordagem. Uma história apresentada com t i t f t i l dacontecimentos e fatos isolados e estanques. A visão de um país rico pela beleza de seus recursos naturais. Um conteúdo cívico, pouco reflexivo. Karnal (2009, p. 21) nos esclarece: “Cada estudante precisa se perceber, de fato, como sujeito histórico, e isso só se aprende quando ele se dá conta dos esforços que nossos antepassados fizeram para chegarmos ao estágio civilizatório em que nos encontramoscivilizatório em que nos encontramos. Para o mal, mas também para o bem.” Inclusão histórica Os alunos precisam perceber que as relações do homem com o mundo são mutáveis e condicionadas cultural e historicamente, permitindo uma reinterpretação do passado para uma maior compreensão da origemmaior compreensão da origem sócio-histórica dos conflitos do seu país e do mundo em que vive. Assim, o aluno tomará consciência temporal de sua própria vivência, percebendo se como um ser social;percebendo-se como um ser social; sentindo-se um homem do seu tempo e com possibilidades para escolher e mudar a sua realidade. O que é ensinar História? De acordo com a LDEBN 9394/96, o ensino de História no Ensino Fundamental, conforme expressa o artigo 32 (incisos I, II, II, IV), diz que se espera promover a formação básica do cidadão a compreensão do ambientecidadão, a compreensão do ambiente natural e social, e dos valores em que se fundamentam a sociedade, com destaque à solidariedade humana, a formação de atitudes e valores, o fortalecimento de vínculos de famíliafortalecimento de vínculos de família (PENTEADO, 2009, p. 9). Guia orientador Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001), em seu quinto volume, trazem contribuições importantes de natureza metodológica e conceitual do ensino de História que valem a pena serem estudadas pelo professor em formaçãoestudadas pelo professor em formação inicial ou aqueles em exercício das séries iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização histórica A ênfase para o ensino de História será para o conhecimento e a alfabetização, aqui entendida como um processo que não se esgota em si mesmo, que não depende da alfabetização das técnicas de escrever e ler, mas que se desdobra em leituras domas que se desdobra em leituras do mundo, que lida com os produtos da criação humana. Isso significa dizer que, ao estudar História e Geografia, a criança deverá expressar-se, ampliar seu vocabulário com as palavrasampliar seu vocabulário com as palavras correspondentes aos conceitos trabalhados no campo de conhecimentos das Ciências Humanas, que é a “criação humana”, ou seja, alfabetizar-se histórica e geograficamente. História é referência - Precisa ser bem ensinada Assim, trabalhar conhecimentos humanistas em História é humanizar o homem, é percebê-lo na sua organização social de produção e compreender suas criações. O professor é quem adequará a linguagem da construção histórica com a do aluno para que este veja sentido e consiga estabelecer conexões. Nunca podemos perder de vista seu papel social de ser um mediador do patrimônio cultural da humanidade com o conhecimento e cultura do aluno, levando este último ao progresso intelectual e cultural. Interatividade Escolha a alternativa que não expressa o ensino de História tradicional: a) Os conteúdos são informados de maneira hierárquica e linear. b) Grande ênfase na memorização.b) Grande ênfase na memorização. c) Uma história apresentada com acontecimentos e fatos isolados e estanques. d) Conteúdo cívico, com ênfase nas comemorações e pouco reflexivocomemorações e pouco reflexivo. e) Cada criança deve se perceber como um sujeito histórico e, ao mesmo tempo, um sujeito ativo do seu tempo. Orientações metodológicas para o ensino de História e Geografia 1. Os conteúdos apresentados devem ser considerados a partir da faixa etária da criança, levando-se em consideração seu desenvolvimento e sua capacidade de abstração. É2. É importante para as duas disciplinas o professor acreditar que a criança já traz um conhecimento prévio, ela tem a sua história, já possui referências históricas e geográficas. Princípios comuns a essas disciplinas “Próximo para o distante” “Concreto para o abstrato” “Parte para o todo” “Passado e presente” Estrutura básica conceitual Quadro conceitual elaborado por HeloísaDupas Penteado (2009), presente no livro “Metodologia do Ensino de História e Geografia” Corpo conceitual Quadro conceitual elaborado por Heloísa Dupas Penteado (2009), presente no livro “Metodologia do Ensino de História e Geografia” Portanto, o ensino de História e Geografia deverá ser orientado por: 1. Trabalhar em todas as séries, além dos conhecimentos específicos, os conceitos da estrutura conceitual básica, ainda que em níveis diferentes. 2. Incidir sobre as dimensões de natureza e cultura assumidas pelo tempo e pelo espaço. 3. Organizar os conceitos específicos na seguinte sequência: natureza, cultura, espaço e tempo histórico. Quadro elaborado por Ana Lucia Nemi e João Carlos Martins, em “Didática de História – o tempo vivido: uma outra história”, p. 97 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano Tempo/ Espaçop ç Semelhança/ Diferença Permanência /Mudança Cultura Trabalho Progressiva ampliação do estudo dos conceitos Quadro inspirado em Ana Lucia Nemi e João Carlos Martins, em “Didática de História – o tempo vivido: uma outra história” 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série Família e história pessoal Escola atual e História Bairro ontem e hoje – Inclusão bairro/ município – História do estado: “Composição social do estado” – Recuo mais Tema: “Trabalho escravo e assalariado no Brasil” Comunidade atual e História Fundamentos do bairro – Localização espacial ampliação da localização espacial e do recuo no tempo – Município ontem e hoje longo no tempo, partindo dos dias de hoje – Análise dos grupos sociais e suas relações políticas e de trabalho – Enfoque: – Trabalho no Brasil hoje: salários, legislação e reivindicações – História do trabalho no Brasil:espacial em casa, na escola e na comunidade Enfoque: índios, portugueses, negros, imigrantes (séc. XIX) e migrantes (séc. XX) no Brasil: escravos e assalariados Reforçando A escola trabalha com a cultura, seja no interior da sala de aula ou nos demais ambientes escolares. Desta forma, a História e a Geografia são uma construção social e histórica. Elas são veículo de culturas, devem ser analisadas com base no tipo de seleção que pode ser feita, na construção desse saber sistematizado. É importante ressaltar as preocupações fundamentais apresentadas nos temas transversais, relacionando-as com as questões emergenciais para a conquista da cidadania. Primeiro ano: contribuições de Fonseca (2010) Segundo a autora, o primeiro eixo temático proposto pelo PCN é a “história local e do cotidiano integrado aos temas transversais, portanto possibilita estudar as histórias de vida das crianças, a construção das identidades e asconstrução das identidades e as relações nos grupos sociais mais próximos, como a família e a escola. O desenvolvimento das noções de tempo e espaço deve permear todo o processo dos primeiros anos”. Todo cuidado édos primeiros anos . Todo cuidado é necessário ao se abordar a temática das famílias, visto que a organização das famílias hoje mudou bastante. Segundo ano: contribuições de Fonseca (2010) O estudo das relações e vivências na localidade da criança, os diversos espaços sociais e históricos e também modos de viver desenvolvem conceitos como os de sujeito histórico, trabalho, natureza e espaço num processonatureza e espaço, num processo dinâmico, criativo e dialético. Terceiro ano: contribuições de Fonseca (2010) O desenvolvimento das noções de espaço e tempo (sucessão, ordenação, simultaneidade, mudanças, permanências) e a expressão oral e escrita devem combinar-se à construção de noções de cidadania e participação dos alunos paracidadania e participação dos alunos, para que estes se sintam sujeitos da história e do conhecimento. Para quem mora em São Paulo, ela sugere pensar nos problemas da cidade e o que pode ser ampliado para as cidades depode ser ampliado para as cidades de cada município brasileiro, ou seja, os problemas locais, tais como meio ambiente, trânsito, violência, dificuldades encontradas nas grandes metrópoles. Quarto ano: contribuições de Fonseca (2010) A autora sugere “explorar os diferentes significados do trabalho em nossas vidas: sua dimensão econômica, da realização pessoal, política, cultural.” Pode-se ampliar o foco não apenas no trabalho local mas em outras épocas datrabalho local, mas em outras épocas da história do Brasil. O trabalho infantil pode ser explorado de forma crítica. Quinto ano: contribuições de Fonseca (2010) O tema das comunidades indígenas destacado nos PCNs é obrigatório desde 2008 e pode ser incorporado como proposta para as crianças conhecerem e investigarem as formas de viver dos indígenas, trabalhar os estereótipos, o tratamento das culturas eos estereótipos, o tratamento das culturas e o respeito à diversidade. Outra proposta presente como eixo temático dos PCNs é a história das organizações populacionais, em que se estudam os movimentos, as contradições e as relações sociais, políticas e econômicas a partir da vivência da criança, ampliando-se as noções até atender a diversidade do Brasil, os processos históricos de conquistas, ocupação e exploração do território. O vasto panorama apresentado deve ser explorado com atividades que poderão compor projetos, atividades sequenciadas e situações significativas e motivadoras de aprendizagem para o desenvolvimento de seus futuros alunosdesenvolvimento de seus futuros alunos. Interatividade Como tornar o ensino de História interessante e significativo? a) Decorando as datas comemorativas. b) Interpretando e entendendo os fatos e os acontecimentos ao longo do tempo.acontecimentos ao longo do tempo. c) Ensinando para a erudição. d) Decorando características de cada tempo histórico. e) Não se preocupando com o que passou. O importante é olhar para o futuro. Segundo Kozel e Filizola (2010) Em Geografia, a criança pode começar pela compreensão da relação do homem com a natureza, enfatizando os seguintes aspectos: 1. Processo de trabalho, tempo, espaço, t f ã d ã dtransformação e produção de necessidades. 2. Observação do mais próximo do aluno ao mais distante. 3. Valorizar informações que os alunos l l d llevam para a sala de aula. 4. Ponto inicial vizinhança e separação/ ordem e sucessão/continuidade/escola/ ambiente/casa. Segundo Kozel e Filizola (2010) 5. Maquete/mapas: apresentação de formas planas (bidimensionais) da realidade (tridimensional). 6. Mapas são fotografias da paisagem e não contêm tudo que nela se vê. Traços, cores e símbolos auxiliam nessa construção. 7. Escala intuitiva do que é maior e do que é menor. 8. Trabalhar com mapas envolve maior8. Trabalhar com mapas envolve maior grau de abstração. 9. Necessidade de partir de situações concretas. Segundo Kozel e Filizola (2010) 10. Pontos cardeais são conhecimentos apropriados para serem aplicados no trabalho com mapas. 11. Itinerários casa/escola e depois conhecimentos sobre ocupação humana, origens, construção e organização dos espaços. 12. Tabelas e gráficos: representações da realidade por meio de símbolos, legendas e escalas. Com relação aos conteúdos: Relação cidade, campo e interdependência por meio do trabalho. Abordagem a partir dos próprios produtos usados, para contextualizar. Local de produção, recursos necessários, t d d id d daspectos da modernidade, do espaço, energia, mão de obra. Divisão do trabalho: remuneração, setores de atividade, produtos fabricados/produzidos por indústrias e fornecidospara outras.fornecidos para outras. Divisão técnica do trabalho. Trabalho artesanal e produção industrial. Espaço geográfico: integra aspectos da dinâmica da sociedade e da dinâmica da natureza. Interdisciplinaridade Deve estar presente nas atividades e nos projetos, pois existe interdependência dos conteúdos de Geografia, História e com os demais conteúdos. Para conseguir essa contextualização, sugerem-se experiências de apropriação e reflexão do contexto por meio de observações, experiências, associação de mapas e fotos ao texto, a interdisciplinaridade e a prática social. C tili ã d d d di Com a utilização adequada de diversos recursos, é possível que ocorra um maior aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem, maior participação e interação do aluno com o professor. Recursos pedagógicos Textos escritos Um dos recursos muito utilizados são os textos escritos, que exigem compreensão e interpretação do aluno. É indispensável para o aluno saber ler eÉ indispensável para o aluno saber ler e analisar um texto, não apenas na disciplina de Geografia, mas em todas as outras. O objetivo da análise textual é aprender a ler, habituar-se com os termos técnicos, conceitos, identificar e relacionar o raciocínio do autor, suas bases e suas conclusões. Recursos pedagógicos Filmes Esse recurso pode ser utilizado na sala de aula, abrindo horizontes e ampliando a visão de mundo das crianças. Os filmes podem servir de mediaçãoOs filmes podem servir de mediação para o desenvolvimento das noções de tempo e de espaço na abordagem de problemas sociais, econômicos e geopolíticos, por isso devem ser selecionados com objetividade e ligação com os temas de estudo. Recursos pedagógicos Representações gráficas Nesse recurso se encaixam os desenhos, as obras de arte, fotografias, histórias em quadrinhos; diferenciam-se dos textos pela dominância das figuras. O d h d t b lh d d dif t O desenho pode ser trabalhado de diferentes maneiras. Há vários tipos de desenhos que podem ser trabalhados: o espontâneo, o de trajetos, o de edificações, entre outros. A exploração da imagem é um recurso valioso no ensino; uma maneira de explorarvalioso no ensino; uma maneira de explorar esse recurso é pedir que os alunos tragam fotos antigas, fotos de viagens e de passeios a lugares diferentes para que analisem os aspectos geográficos das imagens, comparem informações e transformações. Recursos pedagógicos Mapas, plantas e maquetes Muito comum nas aulas de Geografia, os mapas, na maioria das vezes, são trabalhados como uma tarefa mecânica de copiar e pintar, como uma simples ilustração. Contudo, trata-se da construção gradual de um conceito altamente elaborado e de fundamental importância para a Geografia: o conceito do espaço geográfico (KOZEL, FILIZOLA, 1997, p. 82). O mapa e a planta são representações planas da realidade. A criança precisa de amadurecimento e informações sobre o que está sendo representado. Recursos pedagógicos Pesquisa e estudo do meio Esse recurso desenvolve nos alunos a prática de investigação, da reflexão e da crítica. A pesquisa no âmbito escolar proporciona ampliação e aprofundamento dos conteúdos trabalhados em sala Há a pesquisatrabalhados em sala. Há a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de levantamento de dados, como entrevista ou observação. O estudo do meio também é uma forma de pesquisa, uma ligação entre a escola e a sociedade: quando sai a campo para o estudo do meio, o aluno retorna para a sala de aula enriquecido e com novos conhecimentos a serem discutidos. O objetivo desse recurso é fazer com que os alunos comparem, estabeleçam ligações, observem, examinem e investiguem. Proposição de expectativas de aprendizagem: Ensino Fundamental I da PMSP – vol. I, p. 79 ano o que 1º Lugar onde vivemos Espaços de vivências da criança. Locais, objetos, seres humanos e outros nas relações de semelhanças e diferenças. 2º Modos de viver Modos de vida no cotidiano2 Modos de viver Modos de vida no cotidiano doméstico e social: grupos de pertencimento, horários e rotinas; alimentação e saúde; hábitos e contextos culturais. Modos de vida animal e vegetal. 3º O Obj t t3º O que compartilhamos Objetos, costumes, normas, serviços, espaços públicos e recursos naturais. Proposição de expectativas de aprendizagem: Ensino Fundamental I da PMSP – vol. I, p. 79 ANO O QUE 4º O que e como produzimos Produção, circulação e conservação de objetos e bens agrícolas, artesanais e industriais. Como nos comunicamos Formas e meios de comunicação em diferentes épocas e culturas. 5º Quem somos Construção de identidades sociais e culturais e comparações e transformações do ser Viver na cidade de São Paulo transformações do ser humano do ponto de vista biológico. Ambientes e modos de vida na cidade ao longo das diferentes épocas. Lembre-se: estágios são momentos de observação, participação e pesquisa O estágio também é um trabalho acadêmico e você terá de realizar um relatório com base nos registros e nas reflexões realizadas. Durante as observações, você terá dúvidas e questionamentos que devem ser vistos como oportunidades de aprendizagem, portanto, elas se tornam campo de conhecimento e espaço de formação docente. O estagiário é um futuro profissional em aprendizagem, que se esforça na tarefa de ensinar e aprender. Estágios como possibilidades de realizar projetos de pesquisa A importância do diagnóstico da instituição escolar em que está sendo feito o estágio para a realização de um projeto Para Libâneo (2001, p. 178): “Diagnóstico consiste no levantamentoDiagnóstico consiste no levantamento de dados e informações para se ter uma visão do conjunto de necessidades e problemas da escola e facilitar a escolha de alternativas de solução.” O diagnóstico é parte integrante de umO diagnóstico é parte integrante de um planejamento. Estágios como possibilidades de realizar projetos de pesquisa O planejamento obedece à seguinte lógica: Coleta de dados da escola com informações. Análise e interpretação dos dados com base nos objetivos da instituição.base nos objetivos da instituição. Tomada de decisões com base na escolha de prioridades e as formas mais eficazes de produzir mudanças da instituição em função dos objetivos. Confronto entre a teoria estudada e a Confronto entre a teoria estudada e a prática observada elaboração de um projeto de intervenção. Socialização do projeto. Interatividade O ensino de Geografia não serve para: a) Compreender um mapa. b) Saber onde estamos. c) Entender a realidade e transformá-la. d) Decorar o nome das capitais dos estados e acidentes geográficos. e) Compreender a relação entre passado, tempo e modificações na natureza. Projetos de trabalho As propostas de projetos de trabalho em História e Geografia são modelos inspiradores para você, futuro profissional da educação, como também referencial para o confronto da realidade observada nos estágios de participaçãoobservada nos estágios de participação. Não tem como ideia servir de receita, mas como um ponto de partida para a reflexão, pois acreditamos na autoria e autonomia de cada educador, bem como na singularidade de cada instituiçãona singularidade de cada instituição escolar. Primeiro ano: linha do tempo Assuntos significativos: medição e contagem do tempo Criar um espaço na sala de aula para registrar os acontecimentos importantes do ano, seja por meio de cartazes de cada mês, seja criando, desde o início do ano, a linha do tempo da turma. O importanteé estar sempre realimentando esse espaço com anotações e desenhos das crianças. Primeiro ano: linha do tempo Estimular o grupo a tomar iniciativa de fazer os registros. A cada situação nova, o professor pode perguntar ao grupo se é válido anotar no espaço da sala o acontecimento. No decorrer da atividade, que deve ser mantida por todo o ano, já será possível perceber a passagem do tempo e a satisfação de relembrar fatos vividos. Primeiro ano: identidade A certidão de nascimento pode ser utilizada para a confecção de uma carteira de identidade. Maquetes Maquetes são construções em miniatura usadas para representar objetos ou elementos de um lugar. As maquetes são representações tridimensionais (comprimento, altura, largura). Diversos tipos de sucata (caixas de fósforo, tampas de garrafa etc.); caixa de papelão; tesoura; cola. Procedimentos: peça para os alunos observarem com atenção a posição dos objetos na sala de aula; comece a montagem da maquete da sala de aula com as sucatas trazidas pelos alunos. Desenho de observação do espaço escolar Maquete da sala de aula Segundo ano: o bairro e a representação Para o segundo ano, já é possível pensar em conhecer a comunidade onde a escola está inserida, trabalhando características históricas, culturais, abordando seu passado. Na revista Nova Escola nº 167, encontramos um relato de um professor que chamou umum relato de um professor que chamou um ex-condutor de bonde para contar sua experiência na década de 1950 a 1960, no litoral de Santos. Ele foi convidado pela direção da escola para falar às crianças que pesquisavam os primórdios do bairro do Morro de São Bentoprimórdios do bairro, do Morro de São Bento, onde vivem e por onde os bondes circulavam antigamente. Ele possibilitou um relato oral, fonte de conhecimento ao vivo para os alunos, que puderam fazer perguntas e conhecer mais sobre sua região. Segundo ano: moradias Durante três meses, a formadora Silvana Augusto realizou um projeto envolvendo a diversidade da natureza, a relação do homem com a cultura e percepção de diferentes moradias, no caso, as tendas dos beduínos. Estas foram comparadas às moradias dasEstas foram comparadas às moradias das crianças, mas a professora utilizou contos, pesquisas e ilustrações de diferentes desertos, rochosos, arenosos e de cascalhos para desenvolver o tema dos desertos árabes e modos de viver, entre eles, as casas (tendas). Vale a pena conhecer os mais variados recursos e desdobramentos de cada etapa desse trabalho. O projeto na íntegra faz parte da Revista Avisa lá, nº 26. Terceiro ano: conversar com a classe sobre o modo como a terra é utilizada no campo e na cidade Relação cidade/campo Conversar com a classe sobre o modo como a terra é utilizada no campo e na cidade. Sugestão Perguntar: qual é a atividadeSugestão Perguntar: qual é a atividade principal do campo? Discutir, então, os elementos necessários para a agricultura: terra, ferramentas, adubos. Terceiro ano Transitando entre a cidade e o campo, abordando temas como: ambiente; trabalho; profissões; profissões; família; comunidade; bairro e município; estado e país estado e país. Terceiro ano Em relação às modificações na cidade e no campo, realizar um levantamento sobre as mais recentes. Ex.: abertura de estrada, construção de prédio, reforma de casa, instalação de semáforos, asfaltamento de rua etcasfaltamento de rua etc. Terceiro ano Observação da disposição das gôndolas de supermercado e dos produtos o macarrão sempre perto do queijo ralado, dos molhos etc. Terceiro ano Mapear o percurso dos produtos consumidos: desenho do mapa do caminho desde a matéria-prima até o local de comercialização. Quarto ano: local da produção Localizar no mapa a região de procedência do produto, bem como as estradas que ligam os locais de procedência e destino. Questões que podem ser abordadas à agropecuária Tipo de terreno adequado à pastagem, necessidade de água na região. Espécies de gado que existem, espaço necessário. Energia utilizada na produção: elétrica, força animal, máquinas utilizadas para a produção. Modernização do campo, o desemprego e a migração para os centros urbanos. Trabalho mecanizado requer menos mão de obra, assim, as famílias se mudam para a cidade procurando moradia e trabalho. Quinto ano: divisão do trabalho – estudo do trabalho espacial Neste momento, o aluno já tem condições de perceber que há diversas etapas de produção, que podem ser realizadas em unidades distantes: uma parte no campo; outra parte na cidade; ou em duas fábricas diferentes. Quinto ano: divisão do trabalho – estudo do trabalho social Um é o patrão, outro o dono da terra, das máquinas ou do prédio. Outro é o empregado (que trabalha para o patrão em troca do salário). Produção artesanal e produçãoProdução artesanal e produção industrial. Quinto ano: meio ambiente Pesquisa sobre a função das áreas verdes para a sociedade (proteção contra os ventos, raios solares e ruídos; lazer; função paisagística etc.). Pesquisa sobre o tipo de vegetação que existia em determinada área, atualmente urbanizada. Pesquisa em arquivo da cidade: fotos antigas a serem utilizadas como base de discussão com a classe sobre as f idtransformações ocorridas. Escolha de uma obra de arte que retrate a natureza, questionando a ideia de natureza que o artista pretendia transmitir. Resumindo... A unidade III procurou articular os eixos metodológicos das disciplinas de História e Geografia às práticas pedagógicas, com o objetivo de subsidiar a autonomia do futuro professor nas suas escolhas didáticasprofessor nas suas escolhas didáticas. Para tanto, foram apresentados os conteúdos e temas de cada disciplina e ainda sugestões de atividades. O ensino de História e Geografia tem como proposta relacionar passado e presente no tempo, no espaço e nas relações de inclusão. Interatividade Arquitetos e paisagistas têm dado destaque em seus projetos e realizações a temas como: convivência das pessoas, espaço para descanso e lazer etc. Qual alternativa explica essa atual tendência? a) Os espaços que nos circundam estão sea) Os espaços que nos circundam estão se renovando. b) A nova tendência se volta para a 3a idade. c) Descanso e lazer, enquanto se trabalha, são temas supérfluos. d) Os espaços estão se humanizando a fim de melhor atender as pessoas, já que o homem os transforma. e) As novas preocupações derivam das novas profissões. ATÉ A PRÓXIMA!
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