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Relatório final projeto integrador 4 univesp

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
ARIANE REGINA DA SILVA – RA: 1835555 
MARIA DANILA TEIXEIRA TURETTA – RA: 1834026 
MARIA ISABEL CORDEIRO DE SOUZA – RA: 1821861 
MARIA SUELI RODRIGUES CACHUCHO MAGALHÃES – RA: 1832788 
PAMELLA ROBERTA PAULA DE SOUZA ALVES – RA: 1822342 
TALITA CRISTINA DE SOUZA LIMA – RA: 1827100 
WILSON FERNANDO STRIPARI JÚNIOR – RA: 1822333 
 
 
 
 
 
Tic-Tac: tempo, cultura e história. 
 
 
 
 
Vídeo do Projeto Integrador 
 
< https://bit.ly/32N7WM7 > 
 
Videoaula 
 
< https://bit.ly/3ns8Tl9 > 
 
 
 
Jaú - SP 
2020 
 
 
 
https://bit.ly/32N7WM7
https://bit.ly/3ns8Tl9
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
Tic-Tac: tempo, cultura e história. 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico – Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador IV para o curso de 
Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo (UNIVESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jaú - SP 
2020 
 
 
 
SILVA, Ariane Regina da; TURETTA, Maria Danila Teixeira; SOUZA, Maria Isabel Cordeiro 
de; CACHUCHO, Maria Sueli Rodrigues; ALVES, Pamella Roberta Paula de Souza; LIMA, 
Talita Cristina de Souza; JÚNIOR, Wilson Fernando Stripari; Tic-Tac: tempo, cultura e 
história. 24f. Projeto de pesquisa (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do 
Estado de São Paulo. Tutor: Jamille Santos Conceição. Polo Jaú, 2020. 
 
 
RESUMO 
 
Como sabemos, a História e a Geografia trabalham com as ligações que existem entre lugar, 
passado e presente, por isso, o tempo tem um papel fundamental na história da humanidade. 
Existem várias formas de dividir e marcar o tempo: os segundos, os minutos, as horas, o dia, o 
mês, o ano, as estações etc. Se a passagem do tempo é algo natural, as maneiras de percepção 
sobre ele variam de acordo com cada povo, sua cultura e sua localização. O tempo e o espaço 
são dois elementos centrais no conhecimento histórico e geográfico, portanto, alunos do início 
do ensino fundamental costumam apresentar dificuldades em considerar o tempo como uma 
construção social, assim como compreender suas diferentes concepções e marcações de acordo 
com cada região. O projeto pretendeu “transportar” os alunos para o passado e para lugares 
muito diferentes daquele em que vive. Partindo da análise do conhecimento prévio dos alunos, 
agindo como mediadores do processo de ensino e aprendizagem, focando na autonomia e 
incentivando a pesquisa, e foi promovida uma reflexão sobre o tempo e sua importância para a 
compreensão das disciplinas de História e Geografia. Os alunos do 5º ano foram aproximados 
a questões fundamentais na construção de sua autonomia, possibilitando um olhar mais 
cuidadoso tanto para aspectos subjetivos quanto para aspectos objetivos relacionados aos fatos 
e experiências do seu cotidiano e de sua localização. A exploração desses aspectos, contribuiu 
para a ampliação da capacidade de leitura crítica a respeito da realidade e sua capacidade de 
organização. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Tempo; Histórico; Rio Nilo; Localizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SILVA, Ariane Regina da; TURETTA, Maria Danila Teixeira; SOUZA, Maria Isabel Cordeiro 
de; CACHUCHO, Maria Sueli Rodrigues; ALVES, Pamella Roberta Paula de Souza; LIMA, 
Talita Cristina de Souza; JÚNIOR, Wilson Fernando Stripari; Tic-Tac: time, culture and 
history. 24f. Research Project (Degree in Pedagogy) - Virtual University of the State of São 
Paulo. Tutor: Jamille Santos Conceição. Polo Jaú, 2020. 
 
 
ABSTRACT 
 
As we know, History and Geography work with the connections that exist between place, past 
and present, therefore, time has a fundamental role in the history of humanity. There are several 
ways to divide and mark time: seconds, minutes, hours, day, month, year, seasons, etc. If the 
passage of time is something natural, the ways of perceiving it vary according to each people, 
their culture and their location. Time and space are two central elements in historical and 
geographical knowledge, therefore, students at the beginning of elementary school tend to have 
difficulties in considering time as a social construction, as well as understanding their different 
conceptions and markings according to each region. The project intended to "transport" students 
to the past and to places very different from where they live. Based on the analysis of students' 
prior knowledge, acting as mediators of the teaching and learning process, focusing on 
autonomy and encouraging research, a reflection on time and its importance for understanding 
the subjects of History and Geography was promoted. The 5th year students were approached 
to fundamental questions in the construction of their autonomy, allowing a more careful look 
at both subjective aspects and objective aspects related to the facts and experiences of their 
daily lives and their location. The exploration of these aspects, contributed to the expansion of 
the critical reading capacity regarding the reality and its organizational capacity. 
 
KEYWORDS: Time; Historic; Rio Nilo; To locate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 1 
2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................................... 2 
2.1. A ESCOLA.......................................................................................................................... 2 
2.2 PROBLEMA E OBJETIVOS.....................................................................................................3 
2.3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................................4 
2.4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................5 
2.4.1. A BNCC NO ENSINO DA HISTÓRIA E GEOGRAFIA.................................................................9 
2.4.2.COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.....................9 
2.4.3.COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.......................10 
2.4.4.PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: GEOGRAFIA..................................................... 11 
2.4.5.PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: HISTÓRIA.........................................................12 
2.6. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR............................ 13 
2.7. METODOLOGIA................................................................................................................ 15 
2.8. IMPLANTAÇÃO METOODOLÓGICA.................................................................................... 15 
3. RESULTADOS....................................................................................................................16 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................18 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................19 
5.2. IMAGENS UTILIZADAS PARA A VIDEOAULA......................................................................19 
APÊNDICE .............................................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
O projeto integrador é o método de pesquisa e extensão integrado as disciplinas (nesse 
caso história e geografia) que serão estudadas de um modo geral, tendo como objetivo 
estratégico o ensino e a aprendizagem. 
 
No projeto deste semestre, em conversa com o professor do 5° ano do ensino 
fundamental Marcos Araújo, e atravésde análise do conhecimento prévio que ele tinha dos 
alunos, escolhemos o tema: Tic-Tac: tempo, cultura e história, seguindo assim, introduzimos 
novos conceitos e noções fundamentais para o estudo de história e geografia como: periodização, 
tempo, construção do período histórico, cultura, diversidade, interpretação da história e 
localização. 
 
O foco do nosso projeto foi elaborar uma videoaula para os alunos do 5° ano do ensino 
fundamental, onde abordamos a maneira como os egípcios lidavam com o tempo, baseado nas 
cheias do rio Nilo, trazendo o assunto para nossa realidade e nossa localização, induzindo para 
que os alunos tivessem a percepção e que refletissem sobre as cheias do Rio Jaú, que assim como 
no Egito, acontecem sazonalmente. 
 
Ainda sobre o tema, achamos o título de grande valia, pois além de conhecer uma parte 
da cultura do Egito e da nossa cidade Jaú, estudamos a medição do tempo e como as formas de 
medir e prever o tempo mudam de acordo com cada região. 
 
Por meio da videoaula, conseguimos aproximar os alunos do 5° ano de questões 
fundamentais na construção de sua autonomia, possibilitando um olhar mais cuidadoso, tanto 
para aspectos subjetivos quanto para aspectos objetivos relacionados aos fatos e experiências do 
seu cotidiano e de sua comunidade. A exploração desses aspectos pôde contribuir para a 
ampliação de sua capacidade de organização e de leitura crítica da realidade, como veremos 
mais adiante no capítulo Resultados deste Projeto Integrador. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 A escola 
Para a elaboração do nosso projeto integrador, trabalharemos em conjunto com o corpo 
docente responsável pelo Ensino Fundamental do colégio ADV. 
Em meados do ano de 2009, o educador Adevaldo Colonize inaugurou um projeto pessoal que 
por muito tempo foi idealizado: uma pequena sala de cursinho pré-vestibular, com grande 
potencial de crescimento por conta da paixão e empenho de seu fundador. Em pouco tempo, a 
sala cresceu e se tornou uma das mais importantes redes de ensino do interior de São Paulo. 
Hoje, o colégio ADV conta com unidades nas cidades de Jaú, Barra Bonita, Botucatu e Bauru, 
oferecendo ensino de qualidade para todos os anos da Educação Básica, além de salas para 
cursinhos pré-vestibular com alto índice de aprovação. 
 
 Na cidade de Jaú, o Ensino Fundamental I, é ofertado em prédio único – localizado na 
rua Miranda Júnior, 445, Bairro Chácara Braz Miraglia. A direção e coordenação está por conta 
da educadora Rosemeri Gonçalves de Oliveira que conta ainda com a presença de um grande 
número de professores e outros colaboradores. São oferecidas vagas em todos os anos do 1º ao 
5º ano. A escola tem como objetivo, formar e inserir cidadãos com pensamento crítico na 
sociedade, respeitando valores e diferenças. Sua base teórica compreende importantes 
pensadores da educação, tais como Paulo Freire, Vygotsky, Wallon, Piaget e outros. Nesse 
contexto, o professor é mais um mediador do processo de ensino e aprendizagem do que um 
simples transmissor de conteúdos prontos. 
 
Figura 1. Localização da Unidade II do Colégio ADV na cidade de Jaú/SP 
 
Extraída do Aplicativo para celular Google Mapas 
 
 
 
 
 
3 
 
Figuras 2, 3 e 4. Fotografias da fachada e área externa do Colégio ADV. 
 
Fornecida pelo professor Marcos Araújo. 
 
 
Figura 5, 6 e 7. Da esquerda para a direita, portão de entrada do colégio ADV, portão de entrada sob o 
ponto de vista interno do colégio e quadra poliesportiva. 
 
Fornecida pelo professor Marcos Araújo. 
 
 
2.2 Problema e objetivos 
Em conversa, o professor Marcos Araújo, responsável pelo 5ª ano do Colégio ADV 
analisou os conhecimentos prévios dos alunos, por meio de uma avaliação diagnóstica, sobre a 
importância do tempo em suas vidas e na sociedade, e apontou que esse tema é de difícil 
compreensão por parte das crianças. 
 
As principais dificuldades dos alunos eram: pensar sobre o significado do tempo na sua 
vida, na sociedade em que vivem e em outras culturas; refletir sobre suas experiências de 
temporalidades reconhecendo-se como ser temporal; compreender o tempo como construção 
social; reconhecer diferentes calendários e marcações; compreender os marcos históricos e a 
divisão do tempo da história em períodos. 
 
Objetivos Gerais: O trabalho teve o objetivo de apresentar aos alunos algumas 
convenções relativas à medição do tempo. Assim, diferencia-se o tempo cronológico do tempo 
histórico, apresentando as origens de diferentes calendários, as variadas medidas de tempo, a 
4 
 
diferença de tempos históricos, bem como a divisão tradicional da história. No mais, demonstrou 
que essas convenções não constituem uma mera conveniência de medida temporal, mas sim, 
revelam diferenças culturais na maneira de perceber, sentir e medir o tempo. 
 
Objetivos Específicos: 
 Compreender a noção de tempo. 
 Compreender o significado das mudanças e permanências. 
 Observar as relações de simultaneidade e de sucessão no tempo. 
 Conhecer diferentes concepções e sistemas de organização, medição e 
contagem do tempo. 
 Analisar e conhecer diversas sociedades em diferentes contextos 
históricos. 
 Reconhecer o tempo como construção cultural. 
 Perceber de forma lúdica a passagem do tempo. 
 Conhecer diferentes instrumentos utilizados para contagem do tempo. 
 Ativar a percepção das diferentes formas de medir o tempo criadas ao 
longo da história. 
 Elaborar esquemas de representação temporal. 
 Problematizar a periodização. 
 Estimular a construção de regras. 
 Estimular a interação entre os alunos e a busca do respeito e auxílio das 
dificuldades. 
 Despertar atenção, curiosidade e motivação. 
 
2.3 Justificativa 
 Os conceitos de passado e futuro são desconhecidos para os pequenos: eles vivem o 
presente, o "agora", o que justifica sua impaciência quando há necessidade de esperar para fazer 
algo. Para que eles se reconheçam como seres temporais, é necessário ensiná-los a perceberem a 
noção da passagem do tempo, compreendendo os conceitos de antes e depois, ontem, hoje e 
amanhã. 
 
Pensar sobre o significado do tempo na vida, na sociedade em que vive e em outras 
culturas, é refletir sobre suas experiências de temporalidade. Uma forma de ilustrar, é falar sobre 
5 
 
os aniversários — explicando ao aluno que, agora, ele tem cinco anos, mas que em tantos meses 
já fará seis, e que não voltará mais para os quatro anos, por exemplo. Aliás, entender que as 
pessoas crescem e envelhecem também é uma forma de ensinar sobre o tempo e os ciclos que 
nele existem. 
 
Ao compreender o tempo como uma construção social, as crianças passam a 
entender que existem organizações culturais, criadas pelos humanos, que distinguem "tempo 
longo" de "tempo curto" — a diferença entre uma hora e um minuto, por exemplo; e que 
definem períodos temporais — dias, semanas, meses, anos e estações do ano. Elas aprendem, 
ainda, uma das mais importantes características do tempo: o caráter irreversível dele — ou seja, 
o que já foi vivido não volta mais. 
 
Já para identificar as formas de organização do tempo em seus espaços de convivência, 
primeiro, é preciso estabelecer uma rotina escolar — horários de entrada e de saída da escola, 
hora do lanche, das brincadeiras em sala de aula e no pátio, dentre outras atividades que sejam 
praticadas. 
 
Depois, é importante usar essa rotina, bem como a rotina da criança em casa, como 
ferramenta nas rodas de conversa. Fazer perguntas a respeito do dia a dia deles: a que horas 
entra no colégio, por exemplo, ou o que vai acontecer primeiro, a hora do lanche ou a hora da 
saída; também o que eles fizeram ontem e o que vão fazer amanhã, dentre outras questões 
relacionadas aos hábitos diários. 
 
Para identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização 
dos processos históricos, é necessário conversarsobre acontecimentos que chamaram a atenção, 
como por exemplo: Desde quando se sabe do COVID-19? Quanto tempo estão em quarentena? 
Quanto tempo não veem os amigos? Os avós? Quanto tempo estão sem realizar passeios? 
 
2.4 Fundamentação teórica 
Para a elaboração do projeto e da proposta em que abordamos sobre a importância de 
dois elementos centrais no conhecimento histórico: o tempo e o espaço, utilizamos a 
fundamentação teórica das disciplinas: Fundamentos e práticas no ensino de Geografia – 
Criança, espaço e tempo com a profª. Sônia Castellar e também, Fundamentos e práticas no 
https://www.sophia.com.br/blog/quadro-de-horario-escolar-a-arte-da-conciliacao-no-calendario
6 
 
ensino de História – Reflexões sobre a consciência histórica com a profª. Claudete de Sousa 
Nogueira. 
 
 A construção do sujeito-cidadão atravessa a linha de investigação na medida em que se 
reconhece como ser histórico, inserido em um meio geográfico e interagindo com os demais 
sujeitos sociais. 
...a perspectiva sócio-construtivista (...) concebe o ensino como uma intervenção 
intencional nos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno, buscando sua relação 
consciente e ativa com os objetos de conhecimento (...). Esse entendimento implica, 
resumidamente, afirmar que o objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento 
pelo aluno, de modo que todas as ações devem estar voltadas para sua eficácia do ponto 
de vista dos resultados no conhecimento e desenvolvimento do aluno. Tais ações devem 
pôr o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo, o qual deve ser 
'inserido' no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o aluno deve ter com esse 
meio, (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, uma espécie de desafio que 
o leve a um desejo de conhecê-lo. (CAVALCANTI, 2005:66) 
 
O ensino de História nos leva a construir pensamentos críticos, possibilitando ao aluno 
entender que esse saber não se trata apenas de acontecimentos passados, mas sim, também do 
presente, ou seja, do tempo em que vivemos. (ABUD, 2004). Portanto, devemos refletir que o 
tempo não é uniforme, porque diferentes fatores ocorrem em diferentes níveis de tempo, e as 
histórias individuais são as protagonistas das histórias coletivas. O tempo atual, nos revela ao 
momento exato de construção da história, o que contribui diretamente para o conhecimento 
sobre o tempo passado, e o tempo passado foi habitado por outras pessoas que construíram suas 
histórias antes de nós. Neste caso, entendemos que a consciência de viver a história é essencial 
para que as crianças entendam o significado histórico dos acontecimentos, para elas, já não são 
apenas lembranças de datas e fatos passados, mas sim, autores de histórias individuais e coletivas 
que são matizadas e construídas ao longo do tempo. 
A noção do tempo histórico social, aquele que as sociedades humanas imprimem à 
época em que vivem, relacionando-o com o seu passado e o seu futuro, um tempo de 
simultaneidade de mudanças e permanências, é por demais abstrato e estranho à 
compreensão infantil. SCALDAFERRI (2008, p.53). 
 
Queremos garantir neste Projeto Integrador, que os alunos do Ensino Fundamental 
entendam sobre a relevância da construção das noções temporais básicas, para que os ajude a 
localizar-se e organizar-se no tempo histórico, compreendendo a existência de diferentes 
culturas e épocas, entendendo que o tempo não somente revela transformações sociais em sua 
totalidade, mas também permanências entre modos de vida, organização do espaço e a vida em 
sociedade. 
Nesse sentido, entendemos que caberia ao ensino da História, situar os povos na 
construção do mundo, além de permitir ao indivíduo um sentimento de amor pela 
história da qual ele fez, faz ou fará parte, pois como sabemos, desde o primeiro 
7 
 
momento de vida o tempo nos acompanha, fazendo uma ligação dos anos de existência, 
deixando marcas e produzindo histórias distintas. (BERGAMASCHI, 2000). 
 
Inúmeras têm sido as formas com que o ser humano percebe, vive e mede o tempo. Desde 
a associação com fenômenos da natureza, passando por relações de caráter mágico-religioso até 
mesmo pela sistematização racional e científica do tempo, seja como for, vale o lema de que o 
homem é filho do seu tempo. Assim, as formas de medir o tempo são sempre contingentes e nada 
mais fazem do que revelar a própria natureza do fluxo da vida, da cultura e seus limites. 
Aprisionar o tempo e criar formas para representá-lo, parecem ser fruto da exigência de inscrever 
esse fluxo da vida numa base simbólica, perceptível, seja ela material, pictórica, textual, oral, 
matematizada, linear ou cíclica. 
 
Os primeiros da nossa espécie viveram um longo período suscetíveis às intempéries da 
natureza. É de conhecimento geral que, durante o período Paleolítico, nossos ancestrais levavam 
uma vida nômade, caçadora e coletora. Foi a partir dos anos 10.000 a.C, que os primeiros grupos 
humanos começaram a se estabelecerem, dando início ao desenvolvimento da agricultura. 
 
 Para que as atividades agrícolas ocorressem com sucesso, permitindo a sobrevivência 
do bando, algumas características foram fundamentais, como a fertilidade do solo e a irrigação. 
Por conseguinte, as primeiras civilizações surgiram às margens de importantes rios como Nilo 
(civilização egípcia), Jordão (hebreus), Eufrates e Tigre (região da Mesopotâmia: assírios, 
caldeus, babilônicos, sumérios etc.). A região do Crescente Fértil é de suma importância para a 
história das civilizações, pois esta região, incluindo o Norte da África e o Oriente Médio, possui 
uma grande área desértica, com vasto calor geotérmico e seca, por isso o desenvolvimento 
humano era quase impossível. Mas, graças a esses rios, foi possível o florescimento das 
primeiras sociedades agrícolas. 
 
Ausentes das tecnologias atuais, as primeiras civilizações também procuravam medir e 
prever o tempo, neste caso, rios, estações, estrelas e lua, foram determinantes para que a 
passagem do tempo fosse calculada. 
 
Os egípcios desenvolveram-se às margens do Nilo, ocupando uma faixa de terra cuja 
largura media entre 10 e 20 quilômetros e se estendia por cerca de mil quilômetros. Era uma 
área extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a 
pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades. Tão 
8 
 
apropriada era a navegação entre as várias regiões banhadas pelo Nilo, que os egípcios não 
precisaram construir estradas. Com o passar do tempo, perceberam que em determinados 
momentos o rio ficava mais cheio e, em outros, mais vazio. Neste sentido, foi criado um 
calendário solar composto por 365 dias, com o objetivo de prever as cheias do Nilo e aproveitá-
lo da melhor forma possível para a fertilização das terras. Como o calor intenso durante o ano 
todo é uma das características dessa região, era extremamente difícil diferenciar as quatro 
estações do ano. Por isso, de acordo com as alterações da água do Nilo, os egípcios dividiram o 
ano em três estações com duração de quatro meses cada: a inundação, a semeadura e a colheita. 
O mesmo ocorreu na Mesopotâmia, terra entre o Eufrates e o Tigre. 
 
Como vemos, a geografia foi, e ainda é, fator determinante para formar as características 
de uma sociedade. 
 
Os rios da região do Crescente Fértil, representaram a possibilidade de sobrevivência em 
uma região extremamente inóspita, mas mais do que isso, serviram como instrumentos para 
prever e medir o tempo. A observação da natureza permitiu que essas civilizações 
desenvolvessem os primeiros calendários solares e, assim, construíssem uma nova relação com 
o tempo, inaugurando, portanto, um novo aspecto no complexo mosaico que compõe as 
sociedades. 
(...) a geografia serve para situar o homem em suas múltiplas relações de 
interdependência com seu meio ambiente na terraque lhe dá um sentimento para a 
vida. 
 (...) a geografia dá ao homem a medida que o tornará capaz de aplicar de modo 
libertador os conhecimentos teóricos de que ele dispõe” (TEIXEIRA NETO, 2003, p. 
1). 
 
As primeiras problematizações acerca da questão da temporalidade nos anos iniciais do 
ensino fundamental, atuam no sentido de dar significado ao uso e a organização do tempo na vida 
cotidiana. Essa assimilação ocorre por meio do desenvolvimento de noções cronológicas, com 
os conhecimentos básicos referentes à anterioridade, posteridade, simultaneidade, sucessão e 
ordenação. Por essa perspectiva, as crianças constroem gradativamente noções acerca do tempo, 
de acordo com suas vivências e, aos poucos, as ações cronológicas trabalhadas na história vão 
sendo incorporadas a essas noções iniciais de tempo adquiridas por elas. É a partir desse 
movimento, que as crianças constroem a noção de tempo histórico, associado a outros tempos e 
outros lugares, em processos mais longínquos na escala temporal, visto que, nos anos iniciais, 
apresenta-se para as crianças uma história mais ampla a respeito da humanidade. 
9 
 
Quando se tem a percepção do tempo como história, tem-se o varal onde 
dependurar os valores. Ou seja, a vida ganha um sentido. E esse é o bem maior 
que todos nós procuramos: um sentido. [...] Quando não temos a percepção do 
tempo como história, não temos o varal onde dependurar os valores e, portanto, 
corremos o risco da perda de sentido, entramos num vazio. FREI BETTO. 
Efeitos do pensamento único. In: Revista Caros Amigos, jul. 2000, p. 18-19. 
 
O desenvolvimento da noção de temporalidade faz parte de um dos fundamentos 
essenciais do ensino da História e Geografia e para aprimorar ainda mais esses saberes 
utilizaremos em conjunto, a metodologia Design Thinking. 
 
Essa metodologia auxilia na busca de solução de problemas, proporcionando dinamismo, 
envolvimento e sentimento de pertencimento, o que contribui positivamente ao longo do 
processo de alfabetização. Essa técnica é conhecida na educação como Aprendizagem 
Investigativa, e tem como premissa o design centrado em humanos, que contempla as 
necessidades individuais e, ao ser trabalhado de forma colaborativa, impulsiona o sentimento de 
empatia entre as crianças e o professor. Assim, os alunos participam de forma ativa durante todas 
as atividades e não somente como receptores de informação. 
 
2.4.1 A BNCC no ensino de História e Geografia 
 A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um documento que estabelece 
referenciais de aprendizagens essenciais a partir do qual o trabalho nas escolas será 
desenvolvido, levando em conta as especificidades de cada região. A BNCC organizou os 
componentes curriculares de História e Geografia em uma área denominada Área de Ciências 
Humanas. (BNCC, 2017). 
[...] a area de Ciências Humanas deve propiciar aos estudantes a capacidade de 
interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e 
culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais 
e naturais. (BNCC, 2017). 
 
2.4.2 Competências específicas de Geografia para o Ensino Fundamental 
 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação 
sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de 
problemas. 
 Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico e 
também das distintas áreas do currículo escolar, reconhecendo a importância dos objetos 
técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da 
natureza ao longo da história. 
10 
 
 Desenvolver autonomia e senso crítico para a compreensão e aplicação do 
raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os 
princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. 
 Desenvolver o pensamento espacial, exercitando a leitura e produção de 
representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de 
geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 
 Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para 
compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e 
informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem 
conhecimentos científicos da Geografia. 
 Construir argumementos com base em informações geográficas, debater e 
defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o 
respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sxual, 
idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. 
 Agir pessoal e coletivamente, propondo ações sobre as questões socioambientais, 
com base em princípios éticos democráticos, sustentáveis e solidários. 
(BNCC,2017). 
 
2.4.3 Competências específicas de História para o Ensino Fundamental 
 Reconhecer que os seres possuem percepções diferenciadas da realidade, estejam 
eles inseridos no mesmo tempo e espaço ou em tempos e espaços dferentes. 
 Selecionar e descrever registros de memórias produzidos em diferentes tempos e 
espaços, bem como diferentes linguagens, reconhecendo e valorizando seus significados em 
suas culturas de origem. 
 Estabelecer relações entre sujeitos e também entre sujeitos e objetos, seus 
significados em diferentes contextos, sociedades e épocas. 
 Colocar em sequência, no tempo e no espaço, acontecimentos históricos e 
processos culturais, bem como críticas sobre os significados das lógicas de organização 
cronológica. 
 Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a 
documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes 
linguagens, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. 
11 
 
 Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e 
povos com relação a um mesmo contexto histórico, para que possam assim posicionar-se 
criticamente com base em princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 
 Descrever, comparar e analisar processos históricos e mecanismos de ruptura e 
transformação social, política, econômica e cultural. 
 Analisar e comprender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no 
espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as 
diferentes populações. 
 Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos próprios da 
produção do conhecimento historiográfico. 
 
A BNCC propõe que a Geografia possibilite aos estudantes dos Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental – “reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência” (BNCC, 
2017, p.316), assim como “identificar a presença ou ausência de equipamentos públicos e 
serviços básicos essenciais” (BNCC, 2017). Desse modo, ao final do 5º ano, alunos devem estar 
preparados para realizar essas ações, que interam os objetivos da educação formal em nossa 
sociedade e são base para a participação social e da cidadania. 
 
Com relação ao ensino de História, a BNCC destaca a importância de compreender a 
construção do conhecimento histórico. Para tanto, estabelece algumas etapas. Nos Anos Iniciais 
do Ensino Fundamental, espera-se que os estudos possibilitem aos alunos o conhecimento de si 
mesmos, para depois, o do outro, ampliando esse conhecimento em diferentes tempos e espaços 
específicos. 
 
Assim, os jovens seriam preparados para a etapa seguinte, desenvolver as habilidades 
específicas de cada objeto de conhecimento da disciplina. Nesse processo, é fundamental 
considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documento (escritos, iconográficos, 
materiais) capazes de facilitar a compreensão darelação tempo e espaço e das relações sociais 
que geraram” (BNCC, 2017). 
 
2.4.4 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia 
 
O PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia tem como objetivo orientar 
os professores na prática pedagógica para que os alunos possam viver em diferentes lugares, 
12 
 
para que estes possam construir compreensões novas e mais complexas a seu próprio respeito. 
Desta forma, os alunos terão a capacidade de reconhecer e refletir sobre diferentes aspectos da 
realidade e de compreender a relação entre a sociedade e a natureza. Para tanto, essas práticas 
devem envolver o processo de problematizar, observar, registrar, descrever, representar e 
pesquisar os fenômenos sociais, culturais ou naturais que constituem as paisagens e os espaços 
geográficos. 
Para os Parâmetros, é fundamental que o professor valorize a vivência do aluno para que 
ele possa perceber que a Geografia faz parte do seu cotidiano, trazendo para o interior da sala 
de aula a sua experiência de vida. Dessa forma, por meio da interação, professores e alunos 
poderão procurar entender que tanto a sociedade como a natureza, constituem os fundamentos 
sob os quais paisagem, território, lugar e região são construídos. 
 
2.4.5 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: História 
 
Na convivência entre gerações, ao verem fotos e memórias de antepassados e de outras 
épocas, os alunos interagem com o professor, aprendem regras e costumes sociais, agregam 
valor, planejam o futuro e fazem questionamentos. Ou seja, eles sempre participam desse 
trabalho de memória à sua maneira, de modo a reproduzir e interpretar sempre o tempo e a 
história. 
 
Para os Parâmetros, fazem parte desse saber as tradições de ensino da área, as vivências 
sociais de professores e alunos, as representações do que e como estudar, as produções escolares 
de docentes e discentes e o conhecimento, fruto das pesquisas dos historiadores, bem como as 
formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais utilizados, as informações 
organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos meios de comunicação e pela 
internet. Tudo isso favorece a aquisição do conhecimento histórico dos alunos. 
 
O objetivo final, é incentivar a capacidade dos alunos de observar, extrair informações e 
interpretar as características realistas do ambiente circundante, estabelecer uma certa conexão e 
confronto entre as informações atuais e as informações históricas, analisando seu 
comportamento em cada etapa. O educador é o principal responsável por criar situações 
estimulantes para que os alunos estabeleçam uma conexão com a sua própria realidade. 
 
 
2.5 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
13 
 
A pandemia ocasionada pelo Covid – 19 alterou relações em todas as esferas. Foram 
cancelados eventos esportivos, cerimônias e escolas foram fechadas em todo o mundo por tempo 
indeterminado. É claro que o fim das aulas presenciais movimentou a vida de todos os 
envolvidos diretamente no processo de ensino e aprendizagem, da diretora à faxineira, do 
professor ao aluno. No Brasil, o ensino a distância (EAD) vem ganhando espaço nos últimos 
anos, no entanto, esta modalidade é mais presente no ensino superior. Uma boa plataforma 
educacional demanda dinheiro, profissionais, tecnologia e tempo para ser elaborada. Grande 
parte das escolas não possui alguns destes requisitos básicos. Foram poucos os casos em que 
uma nova plataforma educacional foi criada pensada para o momento, um exemplo, foi a rede 
SESI que criou em um único mês a plataforma “Conexão Digital”. 
 
Nos casos municipais e estaduais, escolas, educadores, alunos e pais fizeram uso de 
ferramentas já disponíveis no mercado. Mesmo que estas não fossem, necessariamente voltadas 
à educação, permitiram, por exemplo, o agendamento de reuniões com até 100 pessoas, 
gravações, compartilhamento de tela, entre outras coisas, de maneira gratuita, e até mesmo o 
WhatsApp criou rapidamente uma possibilidade de encontros em grupos dentro do aplicativo. 
 
Plataformas como Google Meet, ZOOM, Microsoft Teams e Skype, passaram a fazer 
parte da rotina de muitos brasileiros. Obviamente, em um país com uma desigualdade social 
gritante, nem todos possuem acesso à Internet, celular ou notebook, no entanto essas 
metodologias de ensino envolvendo a tecnologia, proporcionaram a continuação dos estudos e 
uma gama de possibilidades. 
 
Levando-se em consideração o contexto, estas ferramentas permitiram o contato com os 
alunos, a mediação do professor e a autonomia no processo de ensino e aprendizagem. A criação 
de calendários e relógios por parte dos alunos, pode, por exemplo, ser perfeitamente aplicável. 
A ideia é aproximar os estudantes do 5º ano de questões fundamentais na construção de sua 
autonomia, possibilitando um olhar mais cuidadoso tanto para aspectos subjetivos quanto para 
aspectos objetivos relacionados aos fatos e experiências do seu cotidiano e de sua comunidade. 
A exploração desses aspectos pode contribuir para a ampliação de sua capacidade de leitura 
crítica da realidade e sua capacidade de organização. 
 
2.6. Metodologia 
Considerando o atual cenário, fez-se necessária uma grande transformação no modo da 
14 
 
estrutura de ensino nas escolas do Brasil e do mundo. Com a suspensão das aulas presenciais, 
houve nas escolas uma grande movimentação em busca de novas plataformas de ensino 
mediadas pelas tecnologias, que auxiliam nesse novo processo de ensino e aprendizagem. O 
material digital serve como complemento ampliando as orientações do professor de maneira a 
priorizar o desenvolvimento das habilidades previstas na BNCC (Base Nacional Comum 
Curricular), focando a prática didático pedagógica. As inserções dos recursos tecnológicos nas 
escolas, principalmente nas redes municipais e estaduais, possibilitam ao professor e ao aluno 
acessar uma infinidade de materiais e atividades utilizando uma grande variedade de programas 
e aplicativos gratuitamente, bem como realizar encontros virtuais através destas ferramentas que 
possibilitaram a continuidade do ano letivo de 2020. 
 
No que tange aos recursos metodológicos, é com o auxílio das Tecnologias da 
Informação e Comunicação – TICs, que serão realizadas a videoaula e a atividade em forma de 
questionário a ser respondido de forma online elaborado com a ferramenta Google Forms, além 
de interações com os educandos do 5° ano do ensino fundamental, conforme a orientação do 
professor Marcos, que leciona a disciplina de Geografia na escola Colégio ADV. A citada sala 
de aula conta com 17 alunos, que se conectam às aulas utilizando os seguintes aplicativos: 
 
Figura 8. Esquema para detalhar o modo que se procedem as aulas remotas 
 
Imagem criada pelos integrantes deste Projeto Integrador e utilizada para detalhar as TIC’s mencionadas 
neste capítulo. 
 
Aulas Remotas
Google
Classroom
Postar conteúdos 
e desenvolver as 
atividades
Bate-papo, 
interação entre os 
alunos e professor
Google
Meet
Aulas Síncronas
15 
 
2.7. Implantação Metodológica 
Através da videoaula, apresentamos aos discentes os mapas e as imagens da cultura 
egípcia, como esse povo se desenvolveu às margens do Rio Nilo e como as cheias condicionaram 
a vida dessa civilização facilitando a contagem do tempo e favorecendo a agricultura naquele 
local. 
 
Elaboramos uma atividade conforme as habilidades da BNCC – Base Nacional Comum 
Curricular para ser respondida de forma remota com o intuito de verificar se os objetivos deste 
Projeto Integrador foram atingidos. 
 
Aproveitando os aplicativos já utilizados pelo professor e pelos alunos da escola, a 
videoaula e a atividade foram enviadas de forma remota durante a interação do professor Marcos 
Araújo com a turma do 5º ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. RESULTADOS 
Como atividade, propusemos aosalunos que respondessem o questionário, previamente 
elaborado, de forma remota. 
 
Grande foi a nossa satisfação com as respostas enviadas, no entanto não estão presentes 
neste projeto pois não recebemos os termos de autorização de uso de imagem em tempo hábil 
para apresentá-los. 
 
Porém, a atividade pode ser acessada pelo link: < https://forms.gle/8afsZgaaRafs5SBy7> 
mas também está presente na íntegra, em forma de arquivo JPEG, na parte de Apêndice, deste 
Projeto Integrador. 
 
 
 
PLANO DE AULA 
 
 
UNIDADE ESCOLAR: COLEGIO ADV- JAÚ 
PROFESSOR (A) 
Grupo: JAÚ 1 - 2N.5 / UNIVESP 
 
ANO/ SÉRIE 5º DATA 06 e 07/10/2020 
COMPONENTE 
CURRICULAR 
 
HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
HABILIDADE 
ENVOLVIDA (CÓDIGO 
ALFANUMÉRICO) 
 
EF05HI01 - EF05HI08 - EF05HI09 - EF05GE02 
DESCRIÇÃO DA 
HABILIDADE 
*Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, 
relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. 
*Identificar formas de marcação da passagem do tempo em 
distintas sociedades. 
*Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida 
cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes 
fontes, incluindo orais. 
*Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e 
desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. 
 
OBJETIVO Apresentar aos alunos algumas convenções relativas à medição 
do tempo. Assim, diferencia-se o tempo cronológico do tempo 
histórico, apresentando as origens de diferentes calendários, as 
variadas medidas de tempo, a diferença de tempos históricos, 
https://forms.gle/8afsZgaaRafs5SBy7
17 
 
bem como a divisão tradicional da história. No mais, demonstrar 
que essas convenções não constituem uma mera conveniência de 
medida temporal, mas revelam diferenças culturais na maneira 
de perceber, sentir e medir o tempo. 
 
METODOLOGIA O material digital serve como complemento ampliando 
as orientações do professor de maneira a priorizar o 
desenvolvimento das habilidades previstas na BNCC (Base 
Nacional Comum Curricular), focando a prática didático 
pedagógica. As inserções dos recursos tecnológicos nas escolas, 
principalmente nas redes municipais e estaduais, possibilitam ao 
professor e ao aluno acessar uma infinidade de materiais e 
atividades utilizando uma grande variedade de programas e 
aplicativos gratuitamente, bem como realizar encontros virtuais, 
essas ferramentas de ensino possibilitaram a continuidade do ano 
letivo de 2020 em todo mundo. 
No que tange aos recursos metodológicos, é com o 
auxílio das tecnologias da informação e comunicação – TICs, 
serão realizadas a videoaula e as atividades de interação com os 
educandos do 5° ano do ensino fundamental, conforme a 
orientação do professor Marcos, que leciona a disciplina de 
Geografia na escola. 
RECURSOS 
 
Computador/notebook ou celular com acesso à internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente Projeto Integrador promoveu a interdisciplinaridade entre as disciplinas: 
História e Geografia, facilitando o processo de ensino-aprendizagem em conjunto com o corpo 
docente, mais precisamente com o professor Marcos Araújo, atuante no 5º ano do ensino 
fundamental do Colégio ADV de Jaú. 
 
Com o objetivo de introduzir novos conceitos e noções fundamentais para o estudo das 
disciplinas supra mencionadas como: noção de tempo, localização e contrução do período 
histórico, nasce o Projeto Integrador IV, “Tic Tac: tempo, cultura e história.”. 
 
A apresentação de um videoaula permitiu aos alunos a compreensão da localização e o 
modo como os egípcios construíam o conceito de passagem do tempo baseando-se nos períodos 
de cheia do rio Nilo e assim, fortaleciam sua agricultura e todo o desenvolvimento do povo. 
 
Ressaltamos que este Projeto Integrador foi produzido e aplicado em plena Pandemia do 
COVID-19, conhecido popularmente por corona vírus; período em que ficou estabelecido 
quarentena para toda a população mundial, assim as aulas presenciais passaram a ser de forma 
remota, o que permite que a videoaula tenha um grau de importância elevado, já que o uso das 
tecnologias facilita a exposição do conteúdo de formas interessantes levando ao aluno o 
aprendizado de forma prática e eficaz. 
 
Após a videoaula também foi oferecido aos alunos uma atividade para ser respondida 
remotamente, e com as respostas obtidas pudemos concluir que os alunos compreenderam o 
assunto deste Projeto e os objetivos foram alcançados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL, Ministério da Educação; Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação 
Básica: Brasília, MEC, SEB, DICEI, 2013.CARROL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. 
São Paulo. 
 
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, 
geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 
 
DE MASI, Domenico. O ócio criativo: entrevista a Maria Serena Palieri. Editora Sextante, Rio 
de Janeiro, 2000. 
 
DURÃO, Fábio Akcelrud. Duas formas de se ouvir o silêncio: revisitando 4’33”. Revista 
Kriterion, vol.46, no.112, FFCH-UFMG, Belo Horizonte, dez.2005. 
 
ESTRESSE. Drauzio Varella. 2018. Entrevista disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=rnXiaMfXGIw Acesso em: 20 set. 2020. 
 
HISTÓRIA, Egito Antigo - Planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia. 
Disponível em: < https://bit.ly/38N2hJR > Acesso em: 05 nov. 2020. 
 
IMAGUIRE, Guido. Da natureza da pausa. Revista Música em perspectiva, Curitiba, UFPR, v. 
2, n. 2, 2009, p.31-44, (adaptado). 
 
SANTOS, Robson de Souza. Santos, Laiany Rose Souza. METODOLOGIA PARA 
ENSINAR GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O 
RELÓGIO SOLAR. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, 2017, v. 8, n. 14, p. 28-47, 
jan./jun. Disponível em: <http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14-
Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf >, Acesso em 05 nov. 2020. 
 
SCHEURMANN, Erich. O Papalagui. Rio de Janeiro: Marco Zero, s/d, p. 49-52. 
 
WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas, São Paulo: L&amp; PM Editores, 
1998, p. 122 - 126. 
 
5.1 Imagens utilizadas para a videoaula 
Todas as imagens utilizadas para a vídeoaula deste Projeto Integrador foram extraídas de 
contas privadas do Instagram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=rnXiaMfXGIw
https://bit.ly/38N2hJR
http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14-Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf
http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14-Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf
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APÊNDICE 
Todas as figuras presentes neste apêndice se referem a cópias da tela do computador, 
conhecido por print’s, onde constam as questões da atividade proposta enviada de forma remota, 
aos alunos. 
 
 
 
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