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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ARIANE REGINA DA SILVA – RA: 1835555 MARIA DANILA TEIXEIRA TURETTA – RA: 1834026 MARIA ISABEL CORDEIRO DE SOUZA – RA: 1821861 MARIA SUELI RODRIGUES CACHUCHO MAGALHÃES – RA: 1832788 PAMELLA ROBERTA PAULA DE SOUZA ALVES – RA: 1822342 TALITA CRISTINA DE SOUZA LIMA – RA: 1827100 WILSON FERNANDO STRIPARI JÚNIOR – RA: 1822333 Tic-Tac: tempo, cultura e história. Vídeo do Projeto Integrador < https://bit.ly/32N7WM7 > Videoaula < https://bit.ly/3ns8Tl9 > Jaú - SP 2020 https://bit.ly/32N7WM7 https://bit.ly/3ns8Tl9 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Tic-Tac: tempo, cultura e história. Relatório Técnico – Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador IV para o curso de Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Jaú - SP 2020 SILVA, Ariane Regina da; TURETTA, Maria Danila Teixeira; SOUZA, Maria Isabel Cordeiro de; CACHUCHO, Maria Sueli Rodrigues; ALVES, Pamella Roberta Paula de Souza; LIMA, Talita Cristina de Souza; JÚNIOR, Wilson Fernando Stripari; Tic-Tac: tempo, cultura e história. 24f. Projeto de pesquisa (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Jamille Santos Conceição. Polo Jaú, 2020. RESUMO Como sabemos, a História e a Geografia trabalham com as ligações que existem entre lugar, passado e presente, por isso, o tempo tem um papel fundamental na história da humanidade. Existem várias formas de dividir e marcar o tempo: os segundos, os minutos, as horas, o dia, o mês, o ano, as estações etc. Se a passagem do tempo é algo natural, as maneiras de percepção sobre ele variam de acordo com cada povo, sua cultura e sua localização. O tempo e o espaço são dois elementos centrais no conhecimento histórico e geográfico, portanto, alunos do início do ensino fundamental costumam apresentar dificuldades em considerar o tempo como uma construção social, assim como compreender suas diferentes concepções e marcações de acordo com cada região. O projeto pretendeu “transportar” os alunos para o passado e para lugares muito diferentes daquele em que vive. Partindo da análise do conhecimento prévio dos alunos, agindo como mediadores do processo de ensino e aprendizagem, focando na autonomia e incentivando a pesquisa, e foi promovida uma reflexão sobre o tempo e sua importância para a compreensão das disciplinas de História e Geografia. Os alunos do 5º ano foram aproximados a questões fundamentais na construção de sua autonomia, possibilitando um olhar mais cuidadoso tanto para aspectos subjetivos quanto para aspectos objetivos relacionados aos fatos e experiências do seu cotidiano e de sua localização. A exploração desses aspectos, contribuiu para a ampliação da capacidade de leitura crítica a respeito da realidade e sua capacidade de organização. PALAVRAS-CHAVE: Tempo; Histórico; Rio Nilo; Localizar. SILVA, Ariane Regina da; TURETTA, Maria Danila Teixeira; SOUZA, Maria Isabel Cordeiro de; CACHUCHO, Maria Sueli Rodrigues; ALVES, Pamella Roberta Paula de Souza; LIMA, Talita Cristina de Souza; JÚNIOR, Wilson Fernando Stripari; Tic-Tac: time, culture and history. 24f. Research Project (Degree in Pedagogy) - Virtual University of the State of São Paulo. Tutor: Jamille Santos Conceição. Polo Jaú, 2020. ABSTRACT As we know, History and Geography work with the connections that exist between place, past and present, therefore, time has a fundamental role in the history of humanity. There are several ways to divide and mark time: seconds, minutes, hours, day, month, year, seasons, etc. If the passage of time is something natural, the ways of perceiving it vary according to each people, their culture and their location. Time and space are two central elements in historical and geographical knowledge, therefore, students at the beginning of elementary school tend to have difficulties in considering time as a social construction, as well as understanding their different conceptions and markings according to each region. The project intended to "transport" students to the past and to places very different from where they live. Based on the analysis of students' prior knowledge, acting as mediators of the teaching and learning process, focusing on autonomy and encouraging research, a reflection on time and its importance for understanding the subjects of History and Geography was promoted. The 5th year students were approached to fundamental questions in the construction of their autonomy, allowing a more careful look at both subjective aspects and objective aspects related to the facts and experiences of their daily lives and their location. The exploration of these aspects, contributed to the expansion of the critical reading capacity regarding the reality and its organizational capacity. KEYWORDS: Time; Historic; Rio Nilo; To locate. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 1 2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................................... 2 2.1. A ESCOLA.......................................................................................................................... 2 2.2 PROBLEMA E OBJETIVOS.....................................................................................................3 2.3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................................4 2.4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................5 2.4.1. A BNCC NO ENSINO DA HISTÓRIA E GEOGRAFIA.................................................................9 2.4.2.COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.....................9 2.4.3.COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.......................10 2.4.4.PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: GEOGRAFIA..................................................... 11 2.4.5.PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: HISTÓRIA.........................................................12 2.6. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR............................ 13 2.7. METODOLOGIA................................................................................................................ 15 2.8. IMPLANTAÇÃO METOODOLÓGICA.................................................................................... 15 3. RESULTADOS....................................................................................................................16 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................18 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................19 5.2. IMAGENS UTILIZADAS PARA A VIDEOAULA......................................................................19 APÊNDICE .............................................................................................................................20 1 1. INTRODUÇÃO O projeto integrador é o método de pesquisa e extensão integrado as disciplinas (nesse caso história e geografia) que serão estudadas de um modo geral, tendo como objetivo estratégico o ensino e a aprendizagem. No projeto deste semestre, em conversa com o professor do 5° ano do ensino fundamental Marcos Araújo, e atravésde análise do conhecimento prévio que ele tinha dos alunos, escolhemos o tema: Tic-Tac: tempo, cultura e história, seguindo assim, introduzimos novos conceitos e noções fundamentais para o estudo de história e geografia como: periodização, tempo, construção do período histórico, cultura, diversidade, interpretação da história e localização. O foco do nosso projeto foi elaborar uma videoaula para os alunos do 5° ano do ensino fundamental, onde abordamos a maneira como os egípcios lidavam com o tempo, baseado nas cheias do rio Nilo, trazendo o assunto para nossa realidade e nossa localização, induzindo para que os alunos tivessem a percepção e que refletissem sobre as cheias do Rio Jaú, que assim como no Egito, acontecem sazonalmente. Ainda sobre o tema, achamos o título de grande valia, pois além de conhecer uma parte da cultura do Egito e da nossa cidade Jaú, estudamos a medição do tempo e como as formas de medir e prever o tempo mudam de acordo com cada região. Por meio da videoaula, conseguimos aproximar os alunos do 5° ano de questões fundamentais na construção de sua autonomia, possibilitando um olhar mais cuidadoso, tanto para aspectos subjetivos quanto para aspectos objetivos relacionados aos fatos e experiências do seu cotidiano e de sua comunidade. A exploração desses aspectos pôde contribuir para a ampliação de sua capacidade de organização e de leitura crítica da realidade, como veremos mais adiante no capítulo Resultados deste Projeto Integrador. 2 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 A escola Para a elaboração do nosso projeto integrador, trabalharemos em conjunto com o corpo docente responsável pelo Ensino Fundamental do colégio ADV. Em meados do ano de 2009, o educador Adevaldo Colonize inaugurou um projeto pessoal que por muito tempo foi idealizado: uma pequena sala de cursinho pré-vestibular, com grande potencial de crescimento por conta da paixão e empenho de seu fundador. Em pouco tempo, a sala cresceu e se tornou uma das mais importantes redes de ensino do interior de São Paulo. Hoje, o colégio ADV conta com unidades nas cidades de Jaú, Barra Bonita, Botucatu e Bauru, oferecendo ensino de qualidade para todos os anos da Educação Básica, além de salas para cursinhos pré-vestibular com alto índice de aprovação. Na cidade de Jaú, o Ensino Fundamental I, é ofertado em prédio único – localizado na rua Miranda Júnior, 445, Bairro Chácara Braz Miraglia. A direção e coordenação está por conta da educadora Rosemeri Gonçalves de Oliveira que conta ainda com a presença de um grande número de professores e outros colaboradores. São oferecidas vagas em todos os anos do 1º ao 5º ano. A escola tem como objetivo, formar e inserir cidadãos com pensamento crítico na sociedade, respeitando valores e diferenças. Sua base teórica compreende importantes pensadores da educação, tais como Paulo Freire, Vygotsky, Wallon, Piaget e outros. Nesse contexto, o professor é mais um mediador do processo de ensino e aprendizagem do que um simples transmissor de conteúdos prontos. Figura 1. Localização da Unidade II do Colégio ADV na cidade de Jaú/SP Extraída do Aplicativo para celular Google Mapas 3 Figuras 2, 3 e 4. Fotografias da fachada e área externa do Colégio ADV. Fornecida pelo professor Marcos Araújo. Figura 5, 6 e 7. Da esquerda para a direita, portão de entrada do colégio ADV, portão de entrada sob o ponto de vista interno do colégio e quadra poliesportiva. Fornecida pelo professor Marcos Araújo. 2.2 Problema e objetivos Em conversa, o professor Marcos Araújo, responsável pelo 5ª ano do Colégio ADV analisou os conhecimentos prévios dos alunos, por meio de uma avaliação diagnóstica, sobre a importância do tempo em suas vidas e na sociedade, e apontou que esse tema é de difícil compreensão por parte das crianças. As principais dificuldades dos alunos eram: pensar sobre o significado do tempo na sua vida, na sociedade em que vivem e em outras culturas; refletir sobre suas experiências de temporalidades reconhecendo-se como ser temporal; compreender o tempo como construção social; reconhecer diferentes calendários e marcações; compreender os marcos históricos e a divisão do tempo da história em períodos. Objetivos Gerais: O trabalho teve o objetivo de apresentar aos alunos algumas convenções relativas à medição do tempo. Assim, diferencia-se o tempo cronológico do tempo histórico, apresentando as origens de diferentes calendários, as variadas medidas de tempo, a 4 diferença de tempos históricos, bem como a divisão tradicional da história. No mais, demonstrou que essas convenções não constituem uma mera conveniência de medida temporal, mas sim, revelam diferenças culturais na maneira de perceber, sentir e medir o tempo. Objetivos Específicos: Compreender a noção de tempo. Compreender o significado das mudanças e permanências. Observar as relações de simultaneidade e de sucessão no tempo. Conhecer diferentes concepções e sistemas de organização, medição e contagem do tempo. Analisar e conhecer diversas sociedades em diferentes contextos históricos. Reconhecer o tempo como construção cultural. Perceber de forma lúdica a passagem do tempo. Conhecer diferentes instrumentos utilizados para contagem do tempo. Ativar a percepção das diferentes formas de medir o tempo criadas ao longo da história. Elaborar esquemas de representação temporal. Problematizar a periodização. Estimular a construção de regras. Estimular a interação entre os alunos e a busca do respeito e auxílio das dificuldades. Despertar atenção, curiosidade e motivação. 2.3 Justificativa Os conceitos de passado e futuro são desconhecidos para os pequenos: eles vivem o presente, o "agora", o que justifica sua impaciência quando há necessidade de esperar para fazer algo. Para que eles se reconheçam como seres temporais, é necessário ensiná-los a perceberem a noção da passagem do tempo, compreendendo os conceitos de antes e depois, ontem, hoje e amanhã. Pensar sobre o significado do tempo na vida, na sociedade em que vive e em outras culturas, é refletir sobre suas experiências de temporalidade. Uma forma de ilustrar, é falar sobre 5 os aniversários — explicando ao aluno que, agora, ele tem cinco anos, mas que em tantos meses já fará seis, e que não voltará mais para os quatro anos, por exemplo. Aliás, entender que as pessoas crescem e envelhecem também é uma forma de ensinar sobre o tempo e os ciclos que nele existem. Ao compreender o tempo como uma construção social, as crianças passam a entender que existem organizações culturais, criadas pelos humanos, que distinguem "tempo longo" de "tempo curto" — a diferença entre uma hora e um minuto, por exemplo; e que definem períodos temporais — dias, semanas, meses, anos e estações do ano. Elas aprendem, ainda, uma das mais importantes características do tempo: o caráter irreversível dele — ou seja, o que já foi vivido não volta mais. Já para identificar as formas de organização do tempo em seus espaços de convivência, primeiro, é preciso estabelecer uma rotina escolar — horários de entrada e de saída da escola, hora do lanche, das brincadeiras em sala de aula e no pátio, dentre outras atividades que sejam praticadas. Depois, é importante usar essa rotina, bem como a rotina da criança em casa, como ferramenta nas rodas de conversa. Fazer perguntas a respeito do dia a dia deles: a que horas entra no colégio, por exemplo, ou o que vai acontecer primeiro, a hora do lanche ou a hora da saída; também o que eles fizeram ontem e o que vão fazer amanhã, dentre outras questões relacionadas aos hábitos diários. Para identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização dos processos históricos, é necessário conversarsobre acontecimentos que chamaram a atenção, como por exemplo: Desde quando se sabe do COVID-19? Quanto tempo estão em quarentena? Quanto tempo não veem os amigos? Os avós? Quanto tempo estão sem realizar passeios? 2.4 Fundamentação teórica Para a elaboração do projeto e da proposta em que abordamos sobre a importância de dois elementos centrais no conhecimento histórico: o tempo e o espaço, utilizamos a fundamentação teórica das disciplinas: Fundamentos e práticas no ensino de Geografia – Criança, espaço e tempo com a profª. Sônia Castellar e também, Fundamentos e práticas no https://www.sophia.com.br/blog/quadro-de-horario-escolar-a-arte-da-conciliacao-no-calendario 6 ensino de História – Reflexões sobre a consciência histórica com a profª. Claudete de Sousa Nogueira. A construção do sujeito-cidadão atravessa a linha de investigação na medida em que se reconhece como ser histórico, inserido em um meio geográfico e interagindo com os demais sujeitos sociais. ...a perspectiva sócio-construtivista (...) concebe o ensino como uma intervenção intencional nos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno, buscando sua relação consciente e ativa com os objetos de conhecimento (...). Esse entendimento implica, resumidamente, afirmar que o objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento pelo aluno, de modo que todas as ações devem estar voltadas para sua eficácia do ponto de vista dos resultados no conhecimento e desenvolvimento do aluno. Tais ações devem pôr o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo, o qual deve ser 'inserido' no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o aluno deve ter com esse meio, (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, uma espécie de desafio que o leve a um desejo de conhecê-lo. (CAVALCANTI, 2005:66) O ensino de História nos leva a construir pensamentos críticos, possibilitando ao aluno entender que esse saber não se trata apenas de acontecimentos passados, mas sim, também do presente, ou seja, do tempo em que vivemos. (ABUD, 2004). Portanto, devemos refletir que o tempo não é uniforme, porque diferentes fatores ocorrem em diferentes níveis de tempo, e as histórias individuais são as protagonistas das histórias coletivas. O tempo atual, nos revela ao momento exato de construção da história, o que contribui diretamente para o conhecimento sobre o tempo passado, e o tempo passado foi habitado por outras pessoas que construíram suas histórias antes de nós. Neste caso, entendemos que a consciência de viver a história é essencial para que as crianças entendam o significado histórico dos acontecimentos, para elas, já não são apenas lembranças de datas e fatos passados, mas sim, autores de histórias individuais e coletivas que são matizadas e construídas ao longo do tempo. A noção do tempo histórico social, aquele que as sociedades humanas imprimem à época em que vivem, relacionando-o com o seu passado e o seu futuro, um tempo de simultaneidade de mudanças e permanências, é por demais abstrato e estranho à compreensão infantil. SCALDAFERRI (2008, p.53). Queremos garantir neste Projeto Integrador, que os alunos do Ensino Fundamental entendam sobre a relevância da construção das noções temporais básicas, para que os ajude a localizar-se e organizar-se no tempo histórico, compreendendo a existência de diferentes culturas e épocas, entendendo que o tempo não somente revela transformações sociais em sua totalidade, mas também permanências entre modos de vida, organização do espaço e a vida em sociedade. Nesse sentido, entendemos que caberia ao ensino da História, situar os povos na construção do mundo, além de permitir ao indivíduo um sentimento de amor pela história da qual ele fez, faz ou fará parte, pois como sabemos, desde o primeiro 7 momento de vida o tempo nos acompanha, fazendo uma ligação dos anos de existência, deixando marcas e produzindo histórias distintas. (BERGAMASCHI, 2000). Inúmeras têm sido as formas com que o ser humano percebe, vive e mede o tempo. Desde a associação com fenômenos da natureza, passando por relações de caráter mágico-religioso até mesmo pela sistematização racional e científica do tempo, seja como for, vale o lema de que o homem é filho do seu tempo. Assim, as formas de medir o tempo são sempre contingentes e nada mais fazem do que revelar a própria natureza do fluxo da vida, da cultura e seus limites. Aprisionar o tempo e criar formas para representá-lo, parecem ser fruto da exigência de inscrever esse fluxo da vida numa base simbólica, perceptível, seja ela material, pictórica, textual, oral, matematizada, linear ou cíclica. Os primeiros da nossa espécie viveram um longo período suscetíveis às intempéries da natureza. É de conhecimento geral que, durante o período Paleolítico, nossos ancestrais levavam uma vida nômade, caçadora e coletora. Foi a partir dos anos 10.000 a.C, que os primeiros grupos humanos começaram a se estabelecerem, dando início ao desenvolvimento da agricultura. Para que as atividades agrícolas ocorressem com sucesso, permitindo a sobrevivência do bando, algumas características foram fundamentais, como a fertilidade do solo e a irrigação. Por conseguinte, as primeiras civilizações surgiram às margens de importantes rios como Nilo (civilização egípcia), Jordão (hebreus), Eufrates e Tigre (região da Mesopotâmia: assírios, caldeus, babilônicos, sumérios etc.). A região do Crescente Fértil é de suma importância para a história das civilizações, pois esta região, incluindo o Norte da África e o Oriente Médio, possui uma grande área desértica, com vasto calor geotérmico e seca, por isso o desenvolvimento humano era quase impossível. Mas, graças a esses rios, foi possível o florescimento das primeiras sociedades agrícolas. Ausentes das tecnologias atuais, as primeiras civilizações também procuravam medir e prever o tempo, neste caso, rios, estações, estrelas e lua, foram determinantes para que a passagem do tempo fosse calculada. Os egípcios desenvolveram-se às margens do Nilo, ocupando uma faixa de terra cuja largura media entre 10 e 20 quilômetros e se estendia por cerca de mil quilômetros. Era uma área extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades. Tão 8 apropriada era a navegação entre as várias regiões banhadas pelo Nilo, que os egípcios não precisaram construir estradas. Com o passar do tempo, perceberam que em determinados momentos o rio ficava mais cheio e, em outros, mais vazio. Neste sentido, foi criado um calendário solar composto por 365 dias, com o objetivo de prever as cheias do Nilo e aproveitá- lo da melhor forma possível para a fertilização das terras. Como o calor intenso durante o ano todo é uma das características dessa região, era extremamente difícil diferenciar as quatro estações do ano. Por isso, de acordo com as alterações da água do Nilo, os egípcios dividiram o ano em três estações com duração de quatro meses cada: a inundação, a semeadura e a colheita. O mesmo ocorreu na Mesopotâmia, terra entre o Eufrates e o Tigre. Como vemos, a geografia foi, e ainda é, fator determinante para formar as características de uma sociedade. Os rios da região do Crescente Fértil, representaram a possibilidade de sobrevivência em uma região extremamente inóspita, mas mais do que isso, serviram como instrumentos para prever e medir o tempo. A observação da natureza permitiu que essas civilizações desenvolvessem os primeiros calendários solares e, assim, construíssem uma nova relação com o tempo, inaugurando, portanto, um novo aspecto no complexo mosaico que compõe as sociedades. (...) a geografia serve para situar o homem em suas múltiplas relações de interdependência com seu meio ambiente na terraque lhe dá um sentimento para a vida. (...) a geografia dá ao homem a medida que o tornará capaz de aplicar de modo libertador os conhecimentos teóricos de que ele dispõe” (TEIXEIRA NETO, 2003, p. 1). As primeiras problematizações acerca da questão da temporalidade nos anos iniciais do ensino fundamental, atuam no sentido de dar significado ao uso e a organização do tempo na vida cotidiana. Essa assimilação ocorre por meio do desenvolvimento de noções cronológicas, com os conhecimentos básicos referentes à anterioridade, posteridade, simultaneidade, sucessão e ordenação. Por essa perspectiva, as crianças constroem gradativamente noções acerca do tempo, de acordo com suas vivências e, aos poucos, as ações cronológicas trabalhadas na história vão sendo incorporadas a essas noções iniciais de tempo adquiridas por elas. É a partir desse movimento, que as crianças constroem a noção de tempo histórico, associado a outros tempos e outros lugares, em processos mais longínquos na escala temporal, visto que, nos anos iniciais, apresenta-se para as crianças uma história mais ampla a respeito da humanidade. 9 Quando se tem a percepção do tempo como história, tem-se o varal onde dependurar os valores. Ou seja, a vida ganha um sentido. E esse é o bem maior que todos nós procuramos: um sentido. [...] Quando não temos a percepção do tempo como história, não temos o varal onde dependurar os valores e, portanto, corremos o risco da perda de sentido, entramos num vazio. FREI BETTO. Efeitos do pensamento único. In: Revista Caros Amigos, jul. 2000, p. 18-19. O desenvolvimento da noção de temporalidade faz parte de um dos fundamentos essenciais do ensino da História e Geografia e para aprimorar ainda mais esses saberes utilizaremos em conjunto, a metodologia Design Thinking. Essa metodologia auxilia na busca de solução de problemas, proporcionando dinamismo, envolvimento e sentimento de pertencimento, o que contribui positivamente ao longo do processo de alfabetização. Essa técnica é conhecida na educação como Aprendizagem Investigativa, e tem como premissa o design centrado em humanos, que contempla as necessidades individuais e, ao ser trabalhado de forma colaborativa, impulsiona o sentimento de empatia entre as crianças e o professor. Assim, os alunos participam de forma ativa durante todas as atividades e não somente como receptores de informação. 2.4.1 A BNCC no ensino de História e Geografia A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) é um documento que estabelece referenciais de aprendizagens essenciais a partir do qual o trabalho nas escolas será desenvolvido, levando em conta as especificidades de cada região. A BNCC organizou os componentes curriculares de História e Geografia em uma área denominada Área de Ciências Humanas. (BNCC, 2017). [...] a area de Ciências Humanas deve propiciar aos estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais. (BNCC, 2017). 2.4.2 Competências específicas de Geografia para o Ensino Fundamental Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico e também das distintas áreas do currículo escolar, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 10 Desenvolver autonomia e senso crítico para a compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. Desenvolver o pensamento espacial, exercitando a leitura e produção de representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. Construir argumementos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sxual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. Agir pessoal e coletivamente, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos democráticos, sustentáveis e solidários. (BNCC,2017). 2.4.3 Competências específicas de História para o Ensino Fundamental Reconhecer que os seres possuem percepções diferenciadas da realidade, estejam eles inseridos no mesmo tempo e espaço ou em tempos e espaços dferentes. Selecionar e descrever registros de memórias produzidos em diferentes tempos e espaços, bem como diferentes linguagens, reconhecendo e valorizando seus significados em suas culturas de origem. Estabelecer relações entre sujeitos e também entre sujeitos e objetos, seus significados em diferentes contextos, sociedades e épocas. Colocar em sequência, no tempo e no espaço, acontecimentos históricos e processos culturais, bem como críticas sobre os significados das lógicas de organização cronológica. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. 11 Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, para que possam assim posicionar-se criticamente com base em princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Descrever, comparar e analisar processos históricos e mecanismos de ruptura e transformação social, política, econômica e cultural. Analisar e comprender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos próprios da produção do conhecimento historiográfico. A BNCC propõe que a Geografia possibilite aos estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – “reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência” (BNCC, 2017, p.316), assim como “identificar a presença ou ausência de equipamentos públicos e serviços básicos essenciais” (BNCC, 2017). Desse modo, ao final do 5º ano, alunos devem estar preparados para realizar essas ações, que interam os objetivos da educação formal em nossa sociedade e são base para a participação social e da cidadania. Com relação ao ensino de História, a BNCC destaca a importância de compreender a construção do conhecimento histórico. Para tanto, estabelece algumas etapas. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, espera-se que os estudos possibilitem aos alunos o conhecimento de si mesmos, para depois, o do outro, ampliando esse conhecimento em diferentes tempos e espaços específicos. Assim, os jovens seriam preparados para a etapa seguinte, desenvolver as habilidades específicas de cada objeto de conhecimento da disciplina. Nesse processo, é fundamental considerar a utilização de diferentes fontes e tipos de documento (escritos, iconográficos, materiais) capazes de facilitar a compreensão darelação tempo e espaço e das relações sociais que geraram” (BNCC, 2017). 2.4.4 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia O PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia tem como objetivo orientar os professores na prática pedagógica para que os alunos possam viver em diferentes lugares, 12 para que estes possam construir compreensões novas e mais complexas a seu próprio respeito. Desta forma, os alunos terão a capacidade de reconhecer e refletir sobre diferentes aspectos da realidade e de compreender a relação entre a sociedade e a natureza. Para tanto, essas práticas devem envolver o processo de problematizar, observar, registrar, descrever, representar e pesquisar os fenômenos sociais, culturais ou naturais que constituem as paisagens e os espaços geográficos. Para os Parâmetros, é fundamental que o professor valorize a vivência do aluno para que ele possa perceber que a Geografia faz parte do seu cotidiano, trazendo para o interior da sala de aula a sua experiência de vida. Dessa forma, por meio da interação, professores e alunos poderão procurar entender que tanto a sociedade como a natureza, constituem os fundamentos sob os quais paisagem, território, lugar e região são construídos. 2.4.5 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: História Na convivência entre gerações, ao verem fotos e memórias de antepassados e de outras épocas, os alunos interagem com o professor, aprendem regras e costumes sociais, agregam valor, planejam o futuro e fazem questionamentos. Ou seja, eles sempre participam desse trabalho de memória à sua maneira, de modo a reproduzir e interpretar sempre o tempo e a história. Para os Parâmetros, fazem parte desse saber as tradições de ensino da área, as vivências sociais de professores e alunos, as representações do que e como estudar, as produções escolares de docentes e discentes e o conhecimento, fruto das pesquisas dos historiadores, bem como as formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais utilizados, as informações organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos meios de comunicação e pela internet. Tudo isso favorece a aquisição do conhecimento histórico dos alunos. O objetivo final, é incentivar a capacidade dos alunos de observar, extrair informações e interpretar as características realistas do ambiente circundante, estabelecer uma certa conexão e confronto entre as informações atuais e as informações históricas, analisando seu comportamento em cada etapa. O educador é o principal responsável por criar situações estimulantes para que os alunos estabeleçam uma conexão com a sua própria realidade. 2.5 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 13 A pandemia ocasionada pelo Covid – 19 alterou relações em todas as esferas. Foram cancelados eventos esportivos, cerimônias e escolas foram fechadas em todo o mundo por tempo indeterminado. É claro que o fim das aulas presenciais movimentou a vida de todos os envolvidos diretamente no processo de ensino e aprendizagem, da diretora à faxineira, do professor ao aluno. No Brasil, o ensino a distância (EAD) vem ganhando espaço nos últimos anos, no entanto, esta modalidade é mais presente no ensino superior. Uma boa plataforma educacional demanda dinheiro, profissionais, tecnologia e tempo para ser elaborada. Grande parte das escolas não possui alguns destes requisitos básicos. Foram poucos os casos em que uma nova plataforma educacional foi criada pensada para o momento, um exemplo, foi a rede SESI que criou em um único mês a plataforma “Conexão Digital”. Nos casos municipais e estaduais, escolas, educadores, alunos e pais fizeram uso de ferramentas já disponíveis no mercado. Mesmo que estas não fossem, necessariamente voltadas à educação, permitiram, por exemplo, o agendamento de reuniões com até 100 pessoas, gravações, compartilhamento de tela, entre outras coisas, de maneira gratuita, e até mesmo o WhatsApp criou rapidamente uma possibilidade de encontros em grupos dentro do aplicativo. Plataformas como Google Meet, ZOOM, Microsoft Teams e Skype, passaram a fazer parte da rotina de muitos brasileiros. Obviamente, em um país com uma desigualdade social gritante, nem todos possuem acesso à Internet, celular ou notebook, no entanto essas metodologias de ensino envolvendo a tecnologia, proporcionaram a continuação dos estudos e uma gama de possibilidades. Levando-se em consideração o contexto, estas ferramentas permitiram o contato com os alunos, a mediação do professor e a autonomia no processo de ensino e aprendizagem. A criação de calendários e relógios por parte dos alunos, pode, por exemplo, ser perfeitamente aplicável. A ideia é aproximar os estudantes do 5º ano de questões fundamentais na construção de sua autonomia, possibilitando um olhar mais cuidadoso tanto para aspectos subjetivos quanto para aspectos objetivos relacionados aos fatos e experiências do seu cotidiano e de sua comunidade. A exploração desses aspectos pode contribuir para a ampliação de sua capacidade de leitura crítica da realidade e sua capacidade de organização. 2.6. Metodologia Considerando o atual cenário, fez-se necessária uma grande transformação no modo da 14 estrutura de ensino nas escolas do Brasil e do mundo. Com a suspensão das aulas presenciais, houve nas escolas uma grande movimentação em busca de novas plataformas de ensino mediadas pelas tecnologias, que auxiliam nesse novo processo de ensino e aprendizagem. O material digital serve como complemento ampliando as orientações do professor de maneira a priorizar o desenvolvimento das habilidades previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), focando a prática didático pedagógica. As inserções dos recursos tecnológicos nas escolas, principalmente nas redes municipais e estaduais, possibilitam ao professor e ao aluno acessar uma infinidade de materiais e atividades utilizando uma grande variedade de programas e aplicativos gratuitamente, bem como realizar encontros virtuais através destas ferramentas que possibilitaram a continuidade do ano letivo de 2020. No que tange aos recursos metodológicos, é com o auxílio das Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs, que serão realizadas a videoaula e a atividade em forma de questionário a ser respondido de forma online elaborado com a ferramenta Google Forms, além de interações com os educandos do 5° ano do ensino fundamental, conforme a orientação do professor Marcos, que leciona a disciplina de Geografia na escola Colégio ADV. A citada sala de aula conta com 17 alunos, que se conectam às aulas utilizando os seguintes aplicativos: Figura 8. Esquema para detalhar o modo que se procedem as aulas remotas Imagem criada pelos integrantes deste Projeto Integrador e utilizada para detalhar as TIC’s mencionadas neste capítulo. Aulas Remotas Google Classroom Postar conteúdos e desenvolver as atividades Bate-papo, interação entre os alunos e professor Google Meet Aulas Síncronas 15 2.7. Implantação Metodológica Através da videoaula, apresentamos aos discentes os mapas e as imagens da cultura egípcia, como esse povo se desenvolveu às margens do Rio Nilo e como as cheias condicionaram a vida dessa civilização facilitando a contagem do tempo e favorecendo a agricultura naquele local. Elaboramos uma atividade conforme as habilidades da BNCC – Base Nacional Comum Curricular para ser respondida de forma remota com o intuito de verificar se os objetivos deste Projeto Integrador foram atingidos. Aproveitando os aplicativos já utilizados pelo professor e pelos alunos da escola, a videoaula e a atividade foram enviadas de forma remota durante a interação do professor Marcos Araújo com a turma do 5º ano. 16 3. RESULTADOS Como atividade, propusemos aosalunos que respondessem o questionário, previamente elaborado, de forma remota. Grande foi a nossa satisfação com as respostas enviadas, no entanto não estão presentes neste projeto pois não recebemos os termos de autorização de uso de imagem em tempo hábil para apresentá-los. Porém, a atividade pode ser acessada pelo link: < https://forms.gle/8afsZgaaRafs5SBy7> mas também está presente na íntegra, em forma de arquivo JPEG, na parte de Apêndice, deste Projeto Integrador. PLANO DE AULA UNIDADE ESCOLAR: COLEGIO ADV- JAÚ PROFESSOR (A) Grupo: JAÚ 1 - 2N.5 / UNIVESP ANO/ SÉRIE 5º DATA 06 e 07/10/2020 COMPONENTE CURRICULAR HISTÓRIA E GEOGRAFIA HABILIDADE ENVOLVIDA (CÓDIGO ALFANUMÉRICO) EF05HI01 - EF05HI08 - EF05HI09 - EF05GE02 DESCRIÇÃO DA HABILIDADE *Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado. *Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades. *Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais. *Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. OBJETIVO Apresentar aos alunos algumas convenções relativas à medição do tempo. Assim, diferencia-se o tempo cronológico do tempo histórico, apresentando as origens de diferentes calendários, as variadas medidas de tempo, a diferença de tempos históricos, https://forms.gle/8afsZgaaRafs5SBy7 17 bem como a divisão tradicional da história. No mais, demonstrar que essas convenções não constituem uma mera conveniência de medida temporal, mas revelam diferenças culturais na maneira de perceber, sentir e medir o tempo. METODOLOGIA O material digital serve como complemento ampliando as orientações do professor de maneira a priorizar o desenvolvimento das habilidades previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), focando a prática didático pedagógica. As inserções dos recursos tecnológicos nas escolas, principalmente nas redes municipais e estaduais, possibilitam ao professor e ao aluno acessar uma infinidade de materiais e atividades utilizando uma grande variedade de programas e aplicativos gratuitamente, bem como realizar encontros virtuais, essas ferramentas de ensino possibilitaram a continuidade do ano letivo de 2020 em todo mundo. No que tange aos recursos metodológicos, é com o auxílio das tecnologias da informação e comunicação – TICs, serão realizadas a videoaula e as atividades de interação com os educandos do 5° ano do ensino fundamental, conforme a orientação do professor Marcos, que leciona a disciplina de Geografia na escola. RECURSOS Computador/notebook ou celular com acesso à internet. 18 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente Projeto Integrador promoveu a interdisciplinaridade entre as disciplinas: História e Geografia, facilitando o processo de ensino-aprendizagem em conjunto com o corpo docente, mais precisamente com o professor Marcos Araújo, atuante no 5º ano do ensino fundamental do Colégio ADV de Jaú. Com o objetivo de introduzir novos conceitos e noções fundamentais para o estudo das disciplinas supra mencionadas como: noção de tempo, localização e contrução do período histórico, nasce o Projeto Integrador IV, “Tic Tac: tempo, cultura e história.”. A apresentação de um videoaula permitiu aos alunos a compreensão da localização e o modo como os egípcios construíam o conceito de passagem do tempo baseando-se nos períodos de cheia do rio Nilo e assim, fortaleciam sua agricultura e todo o desenvolvimento do povo. Ressaltamos que este Projeto Integrador foi produzido e aplicado em plena Pandemia do COVID-19, conhecido popularmente por corona vírus; período em que ficou estabelecido quarentena para toda a população mundial, assim as aulas presenciais passaram a ser de forma remota, o que permite que a videoaula tenha um grau de importância elevado, já que o uso das tecnologias facilita a exposição do conteúdo de formas interessantes levando ao aluno o aprendizado de forma prática e eficaz. Após a videoaula também foi oferecido aos alunos uma atividade para ser respondida remotamente, e com as respostas obtidas pudemos concluir que os alunos compreenderam o assunto deste Projeto e os objetivos foram alcançados. 19 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da Educação; Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica: Brasília, MEC, SEB, DICEI, 2013.CARROL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. São Paulo. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. DE MASI, Domenico. O ócio criativo: entrevista a Maria Serena Palieri. Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2000. DURÃO, Fábio Akcelrud. Duas formas de se ouvir o silêncio: revisitando 4’33”. Revista Kriterion, vol.46, no.112, FFCH-UFMG, Belo Horizonte, dez.2005. ESTRESSE. Drauzio Varella. 2018. Entrevista disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rnXiaMfXGIw Acesso em: 20 set. 2020. HISTÓRIA, Egito Antigo - Planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia. Disponível em: < https://bit.ly/38N2hJR > Acesso em: 05 nov. 2020. IMAGUIRE, Guido. Da natureza da pausa. Revista Música em perspectiva, Curitiba, UFPR, v. 2, n. 2, 2009, p.31-44, (adaptado). SANTOS, Robson de Souza. Santos, Laiany Rose Souza. METODOLOGIA PARA ENSINAR GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: O RELÓGIO SOLAR. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, 2017, v. 8, n. 14, p. 28-47, jan./jun. Disponível em: <http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14- Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf >, Acesso em 05 nov. 2020. SCHEURMANN, Erich. O Papalagui. Rio de Janeiro: Marco Zero, s/d, p. 49-52. WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas, São Paulo: L& PM Editores, 1998, p. 122 - 126. 5.1 Imagens utilizadas para a videoaula Todas as imagens utilizadas para a vídeoaula deste Projeto Integrador foram extraídas de contas privadas do Instagram. https://www.youtube.com/watch?v=rnXiaMfXGIw https://bit.ly/38N2hJR http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14-Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf http://www.revistaensinogeografia.ig.ufu.br/N14/Art2-v8-n14-Revista-Ensino-Geografia-Santos-Santos.pdf 20 APÊNDICE Todas as figuras presentes neste apêndice se referem a cópias da tela do computador, conhecido por print’s, onde constam as questões da atividade proposta enviada de forma remota, aos alunos. 21 22