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Relatório do Projeto de Pesquisa Apresentação - Livro Texto - Unidade II

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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Unidade II
5 METODOLOGIA DE ESTUDO: INSTRUMENTOS PARA A PRODUÇÃO DA 
CIÊNCIA
A metodologia de estudo pressupõe o mínimo de organização, uma vez que o tempo dispensado aos 
estudos deve ser muito bem‑aproveitado. É necessário criar um ritmo de estudo e seguir rigorosamente 
o horário estipulado para essa atividade.
O processo de aprendizagem parte do geral para o particular. Primeiramente devem ser consultadas 
as obras de assuntos genéricos para depois se passar, gradativamente, para a leitura de trabalhos 
específicos sobre o tema escolhido.
Atenção especial deve ser dada à coleta e seleção de dados a partir da realidade a ser estudada 
e problematizada. Outro elemento essencial é a forma de armazenamento desse material. Em ambos 
os casos, na organização sistemática da leitura ou dos dados coletados, é necessário registrar tudo o 
que se leu, ouviu e descobriu. A seguir, vamos apresentar algumas possibilidades de registro e alguns 
instrumentos possíveis de serem aplicados na produção do conhecimento científico.
5.1 Leitura e processo de leitura
Quem não sabe ler cientificamente as obras escritas tampouco saberá tomar boas anotações (CERVO; 
BERVIAN, 2002).
A produção do conhecimento científico deve partir da premissa de que o pesquisador tem 
conhecimento do que foi produzido cientificamente a respeito do objeto escolhido para a pesquisa. 
Portanto, um dos principais instrumentos para se chegar a esse conhecimento é a leitura.
Ela deve ser feita a partir de um levantamento bibliográfico sobre o tema em questão, localizando 
fontes de informações dos mais variados tipos.
A pesquisa bibliográfica abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema do estudo: 
desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias e teses até o conteúdo de meios 
de comunicação, como o rádio e gravações audiovisuais.
A finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado 
sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritas, 
publicadas ou gravadas.
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As fontes primárias são constituídas pela bibliografia que propicia o embasamento teórico sobre 
tema escolhido para a pesquisa. Já as fontes secundárias compreendem a bibliografia complementar, 
aquela que serve de apoio ao assunto estudado.
De todo tipo de estudo deve fazer parte a pesquisa bibliográfica, mesmo que ele se baseie em outro 
tipo de pesquisa, como a de campo, a documental ou outra.
A leitura informativa é composta de quatro fases, que são as seguintes:
• Pré‑leitura: tem como objetivo auxiliar o pesquisador na seleção de documentos que contêm 
dados que poderão ser utilizados na fundamentação do trabalho e fornecer uma visão global do 
assunto focalizado.
Quando se trata de livro, deve‑se percorrer o capítulo introdutório e o final; quando se trata de um 
capítulo de livro, deve‑se ler o primeiro e o último parágrafo. Em se tratando de revistas semanais 
ou jornais, geralmente as ideias principais se encontram no título do artigo e das partes, mas, 
quando se trata de artigos científicos, deve‑se ler o artigo na íntegra, para uma boa compreensão 
do assunto (CERVO; BERVIAN, 2002).
 Observação
O título de um texto deve passar a ideia geral, ou seja, se o texto fala 
sobre a epidemiologia do uso de álcool, o título deve informar o assunto, 
a população verificada e o local, por exemplo: “O uso de álcool entre uma 
população de adolescentes no interior de São Paulo”.
• Leitura seletiva: selecionar é eliminar o dispensável para fixar‑se no que realmente é interessante. 
Para que se possam escolher os dados e informações, é indispensável definir os critérios de seleção, 
no caso, os objetivos do estudo.
 Observação
Exemplo de critérios de inclusão: buscar textos publicados nos últimos 
dez anos; que estejam publicados apenas na língua portuguesa e disponíveis 
na base de dados Scielo.
• Leitura crítica ou reflexiva: é a fase de estudo, de reflexão, que envolve análise, comparação, 
diferenciação, síntese, julgamento e apropriação das informações lidas e selecionadas.
• Leitura interpretativa: nesta fase, o pesquisador deve extrair as afirmações e conclusões do autor 
e relacioná‑las com os propósitos do seu estudo. É realizada, então, a integração racional dos 
dados.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
• Leitura analítica: propõe‑se a entender o texto de forma aprofundada, crítica e ampla, 
desenvolvendo elaboração de esquemas que auxiliarão na obtenção de instrumentos intelectuais 
para a sua compreensão. Essa leitura requer que o pesquisador faça resenhas, resumos, relatórios 
de tudo o que ler e/ou assistir (seminários, aulas, congressos etc.).
Processos para execução:
• Leitura de textos para entrar em contato com o assunto e o autor – análise textual.
• Compreensão da mensagem e estabelecimento de conexões com o tema, buscando desenvolver 
esquemas para o entendimento – análise temática.
• Interpretação das informações principais do texto; associações com outros autores e outras ideias. 
– análise interpretativa.
• Levantamento do problema do texto: qual a questão trabalhada pelo autor? – problematização.
• Revisitação da mensagem do texto por intermédio de reflexão sobre o tema abordado.
Esquema de leitura analítica:
Análise textual
Análise temática
Análise interpretativa
Problematização
Síntese
Preparação do texto
Visão de conjunto
Busca de esclarecimento
Vocabulário
Doutrinas
Fatos
Autores
Esquematização do texto
Compreensão da mensagem do autor
Tema
Problema
Tese
Raciocínio
Ideias secundárias
Interpretação da mensagem do autor
Situação filosófica e influências
Pressupostos
Associação de ideias
Críticas
Levantamento e discussões de problemas 
relacionados com autor/mensagem
Reelaboração da mensagem com base na reflexão 
pessoal
Figura 10
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 Lembrete
O processo de leitura inicia‑se pela leitura superficial, ou seja, a 
pré‑leitura, a qual vai designar a importância do texto para o leitor; também 
conhecida como leitura na qual o indivíduo folheia o texto.
5.2 Instrumentos aplicados à leitura interpretativa
5.2.1 Apontamentos e anotações
É importante que o pesquisador anote as principais ideias, os dados, as informações e as 
afirmações dos documentos estudados. Esse procedimento, conhecido como apontamentos e 
anotações, será utilizado na fundamentação científica do trabalho e também para fazer as citações. 
A principal diferença entre apontamento e anotação é que o primeiro refere‑se à transcrição das 
palavras textuais extraídas de um documento, e a anotação refere‑se às reflexões e ideias que o 
pesquisador teve durante a leitura. Ambos os procedimentos irão facilitar a redação do trabalho. 
Para tanto, utiliza‑se como forma de organizar esses dados importantes coletados dos textos o 
fichamento.
5.2.2 Fichamento
É um procedimento prático que sintetiza o conteúdo dos documentos estudados durante 
a pesquisa bibliográfica. Baseia‑se na organização das ideias do autor de forma resumida e 
sistematizada. O fichário tem como finalidade facilitara vida do pesquisador no momento de 
redigir seu trabalho. Os tipos de fichamento mais conhecidos são: bibliográfico, de leitura, temático 
e biográfico.
ESTRUTURA DO FICHAMENTO
Cabeçalho
 Assunto
 Referência
 Autoria, Título, Local de publicação, Editora e Ano de publicação
Corpo
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
FICHAS
 Referência
 Corpo
Figura 11
Exemplo de fichamento
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30‑132) segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: 
Brasiliense, 1993.
O trabalho da autora baseia‑se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos 
feministas, como relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas 
compreendidas entre Brasil Colônia (1500‑1822) e o ano de 1975, que foi considerado o 
Ano Internacional da Mulher. A autora trabalha, ainda, assuntos como mulheres da periferia 
de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.
Fonte: Tipos... (2002‑2013).
 Observação
O fichamento é importante para que o estudante consiga organizar sua 
leitura, pois ele facilita a identificação da obra, além de reunir o conhecimento 
do conteúdo lido, o que deixa menos trabalhosa a elaboração das citações, 
a inserção de possíveis críticas a um texto ou tema e o embasamento do 
trabalho que está sendo realizado.
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Fichamento bibliográfico
Esse tipo de fichamento facilita a localização de uma determinada obra e deve conter os seguintes 
itens: sobrenome e nome do autor; título; subtítulo (se houver); edição; local de publicação; editora e 
data de publicação. As fichas devem ser arquivadas em ordem alfabética. Por exemplo:
MATTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
NADÓLSKIS, Hêndricas. Normas de comunicação em língua portuguesa. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 150 p.
Exemplo de fichamento bibliográfico:
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: 
Brasiliense, 1993. 
A obra insere‑se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza‑se 
de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem 
é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil 
a partir do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo o processo de lutas e 
conquistas da mulher.
Fonte: Tipos... (2002‑2013).
Fichamento de leitura
Também conhecido como fichamento de resumo, esse tipo de fichamento deve conter um resumo sucinto e 
preciso das obras. As fichas podem ser iniciadas pela bibliografia do autor ou pelo assunto referente à pesquisa.
Seguem dois exemplos:
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30‑132). Segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: 
Editora Brasiliense, 1993.
O trabalho da autora baseia‑se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos 
feministas, como relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas 
entre Brasil Colônia (1500‑1822) e o ano de 1975, que foi considerado o Ano Internacional da 
Mulher. A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por 
creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.
Fonte: Tipos... (2002‑2013).
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Pesquisa bibliográfica Fases 4.2
ANDRADE, Maria Margarida de. Fases da pesquisa bibliográfica. In: ____. Introdução 
à metodologia do trabalho científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997. p. 43‑63.
As fases da pesquisa bibliográfica são:
1. Escolha e delimitação do tema;
2. Identificação das fontes (consulta a catálogos, fichários, abstracts);
3. Localização das informações: leitura (prévia, seletiva, analítica, interpretativa);
4. Documentação – fichamentos (resumos, transcrições, apreciações, indicações);
5. Seleção do material desejado;
6. Planejamento do trabalho;
7. Redação das partes;
8. Revisão e redação final;
9. Organização da bibliografia.
Exemplo de ficha de resumo tipo sumário:
Pesquisa bibliográfica Fases 4.2
ANDRADE, Maria Margarida de. Fases da pesquisa bibliográfica. In: ____. Introdução 
à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. p. 43‑63.
Em uma pesquisa bibliográfica, devem‑se respeitar as seguintes fases: Qual tema 
será pesquisado? Qual enfoque será dado para esse tema? Escolher o tema e delimitação, 
para que ele não fique muito amplo.
Escolhido e delimitado, o próximo passo será fazer levantamento bibliográfico. 
Quem escreve sobre o assunto? Em quais documentos procurar?
Encontrados e selecionados os autores, a próxima etapa será a leitura e organização 
dos documentos coletados (fichamento, resenha, resumos...).
Chegou a hora de organizar e planejar o trabalho que será feito. Terminada essa 
parte, teremos a redação e a organização da bibliografia.
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Fichamento temático
Trata das fichas mais importantes, as que contêm os apontamentos das obras estudadas. Eles 
resultarão em citações diretas e indiretas que poderão ser utilizadas na redação final do trabalho. 
Exemplo:
Epistemologia
Conceituação
Segundo Lalande, trata‑se de uma filosofia das ciências, mas de modo especial, pois “é 
essencialmente o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, 
destinado a determinar sua origem lógica (não psicológica), seu valor e seu alcance objetivo”. Para o 
autor, ela se distingue, portanto, da teoria do conhecimento, a qual serve, contudo, como introdução 
e auxiliar indispensável.
Para Japiassu, H. F., “[...] para a epistemologia, no sentido bem amplo do termo, podemos considerar 
o estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, 
de seu funcionamento e de seus produtos intelectuais.”.
Fichamento biográfico
São fichas que contêm informações sobre autores e dados a respeito de sua formação e de sua área 
de atuação.
Fichamento de citações
Transcrição textual: reprodução fiel das frases que se pretende usar na redação do trabalho.
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30-132). Segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: 
Brasiliense, 1993.
“[...] uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição 
da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a 
instauração da República” (p. 30). “[...] na justiça brasileira, é comum os assassinos de 
mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132). “[...] a mulher buscou com todas 
as forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p. 43).
Fonte: Tipos... (2002‑2013).
No fichamento de citações, são escolhidas as frases ou os trechos principais do texto ou livro, as 
que traduzirão o pensamento do autor e/ou o que traduz a sua ideia sobre o tema. Como ela será 
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
retirada literalmente do texto, deverá apresentar‑se com aspas. Não se esqueça de identificar o livro no 
cabeçalho e, após cada citação, a página.
Para cada livro, use quantas fichas forem necessárias; porém, todas deverão estar identificadas 
(cabeçalho com as referências do livro) e numeradas.
Exemplos:
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: 
Brasiliense, 1993.
“[...] uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a 
abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da 
mulher e a instauração da República” (p. 30).
(Segue com as citações numerando as fichas.)
F1
Elaboração de trabalhos de graduação Técnica de sublinhar 5.1
ANDRADE, Maria Margarida de. Técnicas para elaboração de trabalhos de graduação. 
In: ____. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 
p. 23.
“Sublinhar é a técnica indispensável não só para elaborar esquemas e resumos, mas 
também para ressaltar as ideias importantes de um texto, com as finalidades de estudo, 
revisão ou memorização do assunto ou mesmo para utilizar em citações.”
Ficha analítica
É a que contém comentários, análises, críticas e anotações pessoais sugeridas pela leitura. 
Como passo preparatório para a redação, essa ficha tem especial importância, porque, ao 
fazê‑la, o leitor exercita a reflexão e registra as próprias impressões a respeito da questão em 
estudo.
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Elaboração de trabalhos de graduação Técnica de sublinhar 5.1
ANDRADE, Maria Margarida de. Técnicas para elaboração de trabalhos de 
graduação. In: ____. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 1997. p. 23‑36.
Uma falha muito comum nas escritas de alunos é a cópia literal dos textos nos 
trabalhos escolares, não desenvolvendo a habilidade de reflexão e interpretação dos 
textos lidos. Uma forma de desenvolver a habilidade de identificar a ideia central em um 
texto é utilizar marcadores como Post‑it, identificando trechos e páginas ou grifando 
partes significativas do texto.
Muitos alunos encontram dificuldade em encontrar a ideia principal, alegando que 
todo o texto é importante.
5.3 Definição dos instrumentos de pesquisa
Após a escolha e delimitação do assunto, da revisão bibliográfica, da definição dos objetivos, 
da formulação do problema e das hipóteses e da identificação das variáveis, deve‑se definir quais 
instrumentos serão utilizados na pesquisa para a coleta de dados.
Compõem esses instrumentos:
• a observação;
• a entrevista;
• o questionário;
• o formulário.
A elaboração e a organização dos instrumentos de investigação é uma etapa importante no 
planejamento da pesquisa. Normalmente, as obras sobre pesquisa científica fornecem esboços que 
servem de orientação para a confecção de questionários, formulários, roteiros de entrevistas, entre 
outros instrumentos de pesquisa.
Deve ser feita a adequação metodológica conforme as características da pesquisa que está sendo 
realizada.
5.4 A internet como ferramenta de pesquisa
Os documentos eletrônicos, como os divulgados pela internet, são um recurso técnico da atualidade. 
Não ficam disponíveis por muito tempo, e as fontes nem sempre são confiáveis. Essas questões devem 
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ser levadas em consideração pelo pesquisador, principalmente quando se trata de um trabalho de cunho 
científico.
5.5 Coleta e seleção de dados
Figura 12
Essa é a etapa do trabalho em que se inicia a aplicação dos instrumentos e das técnicas de pesquisa 
para efetuar a coleta de dados.
Geralmente é a fase que toma mais tempo e é a mais cansativa; exige do pesquisador paciência, 
perseverança e atenção, pois o registro dos dados deve ser realizado com critério.
Para a realização da coleta de dados existem vários procedimentos que podem variar de acordo com 
o tipo de investigação. Em geral, as técnicas de pesquisa são:
• Coleta documental: instrumento por meio do qual se obtêm dados a partir de fontes primárias. 
São eles documentos que servirão para posterior elaboração de informações, como fotografias, 
cartas, documentos oficiais, artigos.
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Figura 13
• Observação: deve‑se ter conhecimento prévio do que será observado e, ao mesmo tempo, manter 
a mente aberta para a ocorrência de eventuais situações inesperadas. Registrar as informações 
por meio de fotos e/ou vídeos e confeccionar o relatório assim que terminar a observação (não 
confie na memória).
• Entrevista: identificar quem deve ser entrevistado; elaborar um plano para a entrevista; elaborar 
as questões previamente; realizar um pré‑teste para correção de possíveis erros; diante do 
entrevistado, estabelecer uma relação amigável; procurar ser objetivo e anotar tudo na hora (não 
confie na memória).
• Questionário: importante instrumento de coleta de dados; a linguagem deve ser a mais simples 
e direta possível; deve conter: carta de explicação (proposta da pesquisa); itens de identificação, 
itens sobre as questões.
• Formulário: é um misto entre o questionário e a entrevista. Geralmente as respostas são mais 
complexas.
• Medidas de opiniões e de atitudes: técnica que se caracteriza pela mensuração das respostas por 
meio de escalas. Ex.: classificação por pontos, classificação direta, classificação por intensidade 
etc.
 Observação
As escalas servem para o pesquisador medir o quanto o indivíduo é 
favorável ou desfavorável, ou, por exemplo, medir sintomas, como dor; 
geralmente enumeradas de 1 a 10.
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Exemplo:
Escala de faces:
0
(Sem dor)
1 2 3 4 5
(Dor máxima)
Figura 14
Escala numérica
Sem dor 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Dor máxima
• Técnicas mercadológicas: utilizadas em sistemas econômicos e sociais, por empresas comerciais 
com e sem fins lucrativos. Muito utilizada em campanhas governamentais. Ex.: vacinação e 
eleição.
• Testes: o objetivo dessa técnica de pesquisa é obter informações que possam ser transformadas 
em dados quantitativos.
• Sociometria: técnica de pesquisa que tem como finalidade a observação e a análise das relações 
interpessoais e socioafetivas de diferentes grupos (de alunos, por exemplo). Apesar de sua eficácia, 
não é muito utilizada atualmente.
• Análise de conteúdo: para tal análise, identifique o local da coleta e registre os documentos 
da forma mais apropriada: fotografias, vídeos, reproduções xerográficas (quando autorizado); 
finalmente, estabeleça critérios para a organização dos documentos coletados.
• História de vida: é um instrumento de pesquisa qualitativa que tem por objetivo obter dados da 
experiência particular de quem está sendo questionado, com a finalidade de compreender uma 
dada realidade.
A observação poderá ser utilizada como procedimento científico quando servir a um objetivo 
formulado em pesquisa, ser sistematicamente planejada e submetida a verificação e controles de validade 
e precisão. Tem como vantagens possibilitarmeios diretos e satisfatórios para uma ampla variedade de 
fenômenos, exigir menos do pesquisador do que outras técnicas, além de permitir a coleta de dados 
sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas. Porém, possui algumas limitações ligadas ao 
que está sendo observado, pois podem‑se gerar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador. 
Além disso, os fatos presenciados pelo pesquisador são imprevisíveis, a duração dos acontecimentos é 
variável e muitos aspectos da vida cotidiana particular podem não ser acessíveis para o pesquisador, o 
que, muitas vezes, interfere em sua tarefa (GIL, 2007).
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Tipos de observação:
• Segundo os meios utilizados:
— observação não estruturada (assistemática);
— observação estruturada (sistemática).
• Segundo a participação do observador:
— observação não participante;
— observação participante.
• Segundo o número de observações:
— observação individual;
— observação em equipe.
• Segundo o local de realização:
— observação efetuada na vida real (trabalho de campo);
— observação efetuada em laboratório (LAKATOS; MARCONI, 2009).
Instrumentos da observação:
• Checklist de observação: registram‑se os aspectos do objeto de estudo.
• Caderno de anotação ou diário de campo: registra‑se qualquer outro tipo de informação útil para 
pesquisa.
• Conversações informais com as pessoas (GIL, 2007).
Critérios para elaboração de um sistema de observação:
• Não deve interferir no comportamento das pessoas a serem observadas, nem mudá‑lo.
• Observar de forma objetiva e correta.
• Deve convencer as pessoas da necessidade e importância da observação.
• Deve demonstrar tolerância e respeito (GIL, 2007).
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Para Gil (2007, p. 101), a observação tem como critério a simplicidade e deve ser participativa e/ou 
participativa sistemática. Na observação simples, o pesquisador deve ter uma posição totalmente neutra em 
relação à comunidade, observando espontaneamente os fatos apresentados. Ela é considerada informal, “com 
exigência mínima de controle na obtenção de dados” (GIL, 2007, p. 101), mas deve‑se ter certo cuidado em 
relação à interpretação, pois ela exige que o pesquisador tenha um conhecimento prévio a respeito da cultura 
do grupo que está observando e faça um registro diário do que presenciou.
Na observação participativa o pesquisador tem conhecimento e participação ativa na vida da 
comunidade, assumindo‑se como parte integrante do grupo. Pode ser natural, quando o pesquisador 
faz parte do grupo, ou artificial, quando ele se coloca dentro do grupo para a pesquisa. A observação 
sistemática, por sua vez, tem um objetivo determinado, e o pesquisador não observa tudo, mas sim um 
aspecto específico do grupo, elaborando um plano antecipadamente.
A entrevista é muito utilizada no campo social; áreas que trabalham diretamente com o problema 
humano utilizam‑se dessa técnica para responder ao questionamento inicial. Pedagogos, psicólogos, 
assistentes sociais e sociólogos, por vezes, valem‑se dessa técnica de coleta de dados e busca de uma 
solução ou orientação do problema apresentado.
Deve ser uma conversa orientada, que forneça dados importantes para a pesquisa. Nos últimos anos, 
tornou‑se um dos instrumentos mais utilizados por pesquisadores de ciências sociais.
Critérios para elaboração e realização da entrevista:
• planejar a entrevista delineando cuidadosamente o objetivo a ser alcançado;
• obter conhecimento prévio acerca do entrevistado, sempre que possível;
• marcar o local e o horário para a entrevista com antecedência;
• criar condições apropriadas para a entrevista, por exemplo, escolher um local agradável para 
realizá‑la;
• escolher o entrevistado de acordo com a familiaridade dele com o assunto tratado;
• fazer uma lista de questões, destacando as mais importantes;
• assegurar um número suficiente de entrevistados;
• antecipar as principais perguntas ao entrevistado, a fim de garantir os dados mais relevantes da 
pesquisa.
A entrevista possibilita que se conheça o entrevistado com mais profundidade, desde que a 
técnica seja eficiente e tenha sido testada antes. Todavia, pode apresentar algumas limitações 
quanto: à falta de motivação do entrevistado para responder as perguntas que lhes são feitas; 
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à forma inadequada de compreender o significado das perguntas; ao fornecimento de respostas 
falsas, determinadas por razões conscientes ou inconscientes; à inabilidade do entrevistado para 
responder adequadamente, em virtude de insuficiência vocabular ou de problemas psicológicos; 
à influência exercida pelo aspecto pessoal do entrevistador sobre o entrevistado; à influência das 
opiniões pessoais do entrevistador sobre a resposta do entrevistado; e aos custos com o treinamento 
de pessoal e a aplicação das entrevistas.
Existem alguns tipos de entrevista, e sua escolha sempre dependerá dos objetivos e recursos de sua 
pesquisa.
Entrevista informal:
• o menos estruturada possível;
• obtenção de uma visão geral do problema pesquisado;
• recomendada nos estudos exploratórios.
Entrevista focalizada:
• enfoca um tema específico;
• objetiva explorar a fundo alguma experiência vivida em condições precisas.
Entrevista por pautas:
• certo grau de estruturação;
• pontos de interesse do investigador;
• as pautas devem ser ordenadas e guardar certa relação entre si.
Entrevista estruturada:
• relação fixa de perguntas;
• a ordem e a redação das perguntas são invariáveis para todos os entrevistadores;
• possibilita o tratamento quantitativo dos dados (análise estatística, respostas padronizadas);
A condução de uma entrevista eficaz pode depender de alguns fatores importantes:
• Estabelecimento do contato inicial: para se ter uma boa entrevista, o entrevistador deve 
desenvolver uma postura empática, uma conversa amistosa e explicar a finalidade de sua visita, 
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qual o propósito da pesquisa; é fundamental explicar a importância da colaboração do grupo ou 
da comunidade pesquisada para o desenvolvimento de seu trabalho.
• Formulação das perguntas: só devem ser feitas perguntas diretamente quando o 
entrevistado estiver pronto para dar a informação desejada e na forma precisa. As 
perguntas devem ser feitas de modo que não conduzam à recusa em responder, nem 
devem provocar algum negativismo. Deve‑se sempre realizar uma pergunta de cada vez, 
e elas sempre devem esclarecer bem as respostas. Ou seja, enquanto o pesquisador não 
conseguir a resposta correspondente ao significado da pergunta, deve propor a mesma 
questão de maneira diferente, para que clarifique as respostas, ou para que elas não 
fiquem implícitas, assim como convém manter na mente as questões mais importantes, 
até que se tenha a informação adequada sobre elas. Após uma questão ser respondida, 
deve ser abandonada em favor da seguinte, lembrando que sempre deve ser garantida 
a confidencialidade da informação recolhida, por meio da assinatura do Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido pelo entrevistado.
 Observação
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE deveestar 
de acordo com as normas da Resolução 196/96 e só pode ser aplicado 
numa pesquisa após ser avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa – CEP.
• Devem‑se estimular as respostas completas:
— “Poderia contar um pouco mais a respeito?”
— “Qual a causa, no seu entender?”
— “Qual a sua ideia em relação a esse ponto?”
— “Qual é o dado que lhe parece mais exato?”
— Respostas como “não sei” – “Entendo que esse é um problema que geralmente não preocupa 
muito as pessoas, mas gostaria que me falasse um pouco mais a respeito disso.”
• O registro das respostas: além de ser mantida a atenção na revelação, pelo entrevistado, da 
resposta pertinente ao estudo e de estimulá‑lo para que alcance essas respostas, deve ser dada a 
devida atenção ao registro dessas respostas. Para isso, o entrevistador deve desenvolver, ao longo 
da sua coleta de dados, algumas técnicas importantes:
— dispor o formulário sobre a mesa ou superfície lisa;
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— situar na mesma linha visual o formulário e o entrevistado, para poder observar a um e ao 
outro sem grandes movimentos, centrando a atenção no informante;
— começar a anotar somente depois que o entrevistado começar a responder;
— usar ponto de exclamação (!) quando o tom da resposta assim o pedir;
— anotar alguns aspectos e atitudes do entrevistado que possuam algum significado útil;
— utilizar as mesmas palavras do entrevistado e evitar resumir ou parafrasear as respostas 
(FONSECA, 2009).
O questionário é o instrumento mais utilizado para coletar dados, pois possibilita medir com melhor 
precisão o que se deseja. Todo questionário deve ser de natureza impessoal para assegurar uniformidade 
na avaliação de uma situação.
Dentre as vantagens encontram‑se cinco itens que Gil (2007, p. 122) elenca:
a) Possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam 
dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o questionário 
pode ser enviado pelo correio;
b) Implica menores gastos com pessoal, já que o questionário não exige 
o treinamento dos pesquisadores;
c) Garante o anonimato das respostas;
d) Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem 
mais conveniente;
e) Não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto 
pessoal do entrevistado.
Gil (2007, p. 122) ressalta que o questionário também apresenta limitações em sua abrangência, 
sendo interessante o pesquisador ter consciência dessa natureza:
a) Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas 
circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da 
investigação;
b) Impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente 
as instruções ou perguntas;
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
c) Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi 
respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade 
das respostas;
d) Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam‑no 
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa 
diminuição da representatividade da amostra;
e) Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, 
porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta 
probabilidade de não serem respondidos;
f) Proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, 
pois os itens podem ter significados diferentes para cada sujeito 
pesquisado.
Portanto, o autor destaca o fato de que todos os instrumentos de coleta de dados terão pontos 
positivos e negativos na execução, dependendo da disponibilidade, do objetivo e da proposta do 
pesquisador.
Os questionários podem ser compostos de perguntas fechadas ou abertas. As perguntas 
fechadas são padronizadas, de fácil aplicação, codificação e análise. As perguntas abertas, embora 
possibilitem coletar dados mais ricos e variados, apresentam maior dificuldade para sua codificação 
e análise.
Processos para elaboração de questionários:
• dividir o assunto em temas;
• de cada tema, extrair um número x de perguntas;
• os temas escolhidos devem estar de acordo com os objetivos gerais e específicos;
• deve ser limitado em extensão e finalidade: ter de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 
minutos;
• as questões devem ser codificadas – tabulação;
• ter identificação de pessoa ou organização patrocinadora da pesquisa;
• deve estar acompanhado de instruções definidas e notas explicativas;
• devem ser observados o aspecto material e a estética.
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Exemplo:
Questionário sobre o levantamento dos fatores internos de influência do 
relacionamento entre os funcionários e a empresa
Vida profissional
1. Sinto orgulho de trabalhar nesta empresa.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
2. Sinto orgulho da minha atividade nesta empresa.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
3. Acho que a empresa me oferece um bom plano de carreira.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
4. Costumo indicar esta empresa como alternativa de emprego para meus amigos e 
parentes.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
5. Eu me preocupo com o futuro desta empresa.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
6. Considero que estou obtendo sucesso na minha carreira e na minha vida profissional.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
7. Gostaria que meus filhos trabalhassem nesta empresa.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
8. Dependo apenas dos meus próprios esforços para obter o sucesso profissional e de 
carreira na empresa.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
9. Os cursos e treinamentos que fiz são suficientes para o exercício das minhas atividades.
( ) não ( ) mais ou menos ( ) sim
Fonte: Pesquisa..., [s.d.].
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
As perguntas do questionário podem ser classificadas, quanto à forma, como perguntas abertas, 
fechadas ou de múltipla escolha, podendo estas últimas serem perguntas com mostruário, de estimação 
ou de avaliação.
Se classificadas de acordo com o objetivo, poderão ser:
• perguntas de fato;
• perguntas de ação;
• perguntas de/sobre intenção;
• perguntas‑índice ou perguntas‑teste.
No que se refere à escolha das perguntas:
• devem ser incluídas apenas as relacionadas ao problema pesquisado;
• as respostas não devem ser obtidas de forma mais precisa por outros procedimentos;
• devem‑se levar em conta as implicações das perguntas com os procedimentos de tabulação e 
análise de dados;
• devem ser incluídas apenas as perguntas que possam ser respondidas sem maiores dificuldades;
• devem ser evitadas perguntas que penetrem na intimidade das pessoas.
Quanto à classificação das perguntas, elas podem ser:
• Abertas: são as que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria, e 
emitir opiniões. Ex.: Qual é a sua opinião sobre a venda da Companhia da Vale do Rio Doce?
• Fechadas ou dicotômicas: são aquelas em que o informante escolhe sua resposta entre duas 
opções: sim e não. Ex.: Você é favorável ou contrário à reeleição para o presidente da República?
1. Favorável ( )
2. Contrário ( )
Os candidatos devem ou não formar um partido político?
1. Sim ( )
2. Não ( )
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Resultados de experiência realizada para testar os efeitos de perguntas expressos de forma positiva 
e negativa:
Forma A: Você acha que os USA deveriam permitir discursos públicos contra a democracia?
Forma B: Você acha que os USA deveriam proibir discursos públicos contra a democracia?
Resultados:
Deveriam permitir: 21% ; deveriam proibir: 39%.
Não deveriam permitir: 62%; não deveriam proibir: 46%.
Não deram opinião: 17%; não deram opinião: 16%.
• De múltipla escolha: são perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis 
respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. Ex.:
Quais são as principais causas da inflação no Brasil?
1. Procura de produtos maior do que a oferta. ( )
2. Correção monetária. ( )
3. Aumento dos custos (matéria‑prima, salários). ( )
4. Manutenção de margem de lucro por empresas que têm certo poder 
monopolístico (indústria de automóveis). ( )
5. Expansão do crédito maior do que o crescimento das poupanças. ( )
6. Aumento correspondente dos salários sem correspondente aumento 
da produção. ( ) (MARCONI; LAKATOS, 2006, p. 206).
 Saiba mais
Para saber mais sobre pesquisa de clima organizacional, acesse:
<http://www.administracaoegestao.com.br/pesquisa‑de‑clima 
‑organizacional/modelo‑de‑questionario‑de‑pesquisa‑de‑clima‑para 
‑organizacoes‑publicas/>.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
O formulário é uma lista informal, destinada à coleta de dados resultantes de observações ou 
indagações, que é preenchida pelo próprio investigador. Destaca‑se sua importância pela possibilidade de 
comportar perguntas mais complexas, bem como apresentar garantia de uniformidade na interpretação 
dos dados e dos critérios. Concluída a coleta de dados, passa‑se à codificação e à tabulação dos resultados 
(gráficos, mapas e quadros estatísticos).
Após a finalização da coleta de dados, o pesquisador deve realizar uma verificação crítica para 
detectar possíveis falhas ou erros, evitando informações confusas ou incompletas que possam prejudicar 
o resultado da pesquisa.
A análise e a interpretação dos dados são atividades distintas, porém elas estão estreitamente 
relacionadas. A análise procura evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros 
fatores. A interpretação dos dados busca dar um significado mais amplo às respostas, associando‑as 
a outros conhecimentos. Ela representa, em geral, a exposição do verdadeiro significado do material 
apresentado em relação aos objetivos propostos.
6 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa é uma intenção, um planejamento, ou seja, a organização sistemática e racional 
dos procedimentos de pesquisa. Ao planejar, o pesquisador deve levar em consideração os fatores que 
interferirão no desenvolvimento do projeto.
6.1 Elementos que compõem o projeto de pesquisa
• Capa.
• Elementos pré‑textuais ou preliminares:
— folha de rosto;
— folha de aprovação;
— folha de dedicatória;
— folha de agradecimento;
— folha de epígrafe;
— sumário;
— lista de tabelas e gráficos;
— resumo;
— abstract.
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• Elementos textuais:
— introdução:
– escolha do tema;
– justificativa da escolha do tema;
– formulação do problema;
– objetivos gerais e específicos;
– conceituação e relevância;
– indicação da estrutura do trabalho.
— desenvolvimento:
– exposição do tema;
– fundamentação teórica;
– argumentação e discussão;
– metodologia do trabalho;
— conclusão.
• Elementos pós‑textuais:
— referências bibliográficas;
— apêndice;
— anexo;
— glossário ou índice.
Segundo Dias e Traldi (1998, p. 40), o capítulo da metodologia é facultativo:
O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para 
o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar‑se um capítulo exclusivamente 
para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas 
na introdução. Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte 
expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos 
envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da 
metodologia em capítulo separado da introdução dá ao trabalho uma conotação 
de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os 
processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos leitores o exercício de 
rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas.
• Capa:
— no alto da página: nome da instituição/departamento;
— abaixo da instituição: nome do autor;
— no centro da página: título do trabalho;
— à direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores;
— no rodapé da página: local/data.
Exemplo:
– Como colocar o autor ou autores (ordem alfabética):
Adriana Aparecida SILVA
Andréa SANGIULIANO
Luciana Souza ANDRÉ
Sebastiana ALBUQUERQUE
— margens: superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2,5 cm.
UNIP – Universidade Paulista
Educação a Distância
Curso: Pedagogia
Nome:
“A Representação do Negro no Livro 
Didático”
São Paulo
2013
Instituição e curso
Autor(es)
Título
Local e ano
Figura 15
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6.2 Elementos pré‑textuais
São textos que antecedem a introdução do trabalho, compostos por capa, folha de rosto, folha de 
aprovação, dedicatória, e agradecimento, epígrafe, sumário e lista de tabelas e gráficos. É a parte que 
identifica o trabalho.
Folha de rosto
Igual à capa, com o detalhe sobre a natureza do trabalho.
Observe o modelo a seguir:
Universidade Paulista – UNIP
Fulano de Tal
“Utilizando o jogo e a brincadeira 
no processo de desenvolvimento das 
crianças de 3 a 4 anos”
Trabalho Monográfico ‑ Curso 
de Graduação – Licenciatura 
em Pedagogia apresentado à 
comissão julgadora da UNIP 
INTERATIVA, sob a orientação 
do professor...
São Paulo
2013
Recuo à direita da 
folha
Figura 16
Atrás da folha de rosto deverá ser incluída a ficha catalográfica do trabalho, sendo a única folha que 
terá algo escrito no verso.
Folha de aprovação
A folha de aprovação conterá o nome dos professores que irão compor a banca examinadora (os 
professores que avaliarão o trabalho de curso).
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Banca Examinadora
_________________
_________________
Local
2013
Figura 17
Folha de dedicatória e folha de agradecimentos
Essa parte é opcional. O pesquisador colocará uma mensagem para as pessoas queridas ou que 
acompanharam sua trajetória.
A folha de agradecimento é dedicada àqueles que efetivamente participaram e contribuíram para 
que o trabalho acontecesse. Professor, orientador, algum órgãode financiamento ou a instituição que 
lhe permitiu fazer a pesquisa, abrindo as portas para o pesquisador.
Folha de epígrafe
É opcional e será destinada a um texto significativo para o autor. Poderá ser um poema, uma frase 
ou o trecho de um livro.
A epígrafe poderá abrir cada capítulo do trabalho, porém deve‑se ter certo cuidado, pois ela 
representará aquele capítulo.
Não pode ser uma escolha aleatória, e sim algo que dê significado ao que será encontrado naquela 
parte da pesquisa.
Sumário
São os títulos de cada capítulo com suas respectivas paginações. Deve‑se ter cuidado com a 
formatação e a estética. O computador tem uma ferramenta que faz o sumário.
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Sumário
Resumo....................................................................3 
Introdução .............................................................4
Capítulo I: nome do capítulo
(Indicar cada uma das seções do 
trabalho)..................................................................8
Capítulo II: nome do capítulo
(Indicar cada uma das seções do 
trabalho)................................................................23
Capítulo III: nome do capítulo
(Indicar cada uma das seções do 
trabalho)................................................................48
Considerações finais..........................................54
Referências bibliográficas...............................59
Anexos....................................................................62
Figura 18
Obedecendo às normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –, a numeração deve 
começar a contar a partir da folha de rosto, porém aparecerá apenas na introdução, ou seja, no texto 
propriamente dito.
Lista de tabelas e gráficos
É destinada a apresentar, em ordem crescente, as figuras do trabalho, conforme elas se apresentam 
ao longo do texto, com o número da página. Toda figura deve ter um título.
Veja o exemplo seguinte:
Lista de Figuras
Figura 1 – Porta de conexão com o mundo ...................................................................................... 27
Figura 2 – Relações sujeito/profissão .................................................................................................. 31
Figura 3 – Relação ser humano/escolhas........................................................................................... 36
Figura 4 – Influências na formação da criança ............................................................................... 41
Figura 5 – Homem transcendental ....................................................................................................... 49
Figura 6 Infinito ......................................................................................................................................... 49
Figura 7 – Yang e Yin: futuro e passado ............................................................................................ 53
Figura 8 – Organização da representação dos objetos ................................................................. 64
Figura 9 – Frestas de uma janela: a esperança ............................................................................... 67
Figura 10 – A ilha: o eu interior ..............................................................................................................71
Figura 11 – Os símbolos na formação do homem .......................................................................... 75
Figura 12 – O nascimento do novo homem ..................................................................................... 80
Figura 13 – Porta dos sentidos ............................................................................................................... 85
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
Figura 14 – Os sentidos na conexão com o mundo ...................................................................... 87
Figura 15 – O homem em ascensão ..................................................................................................... 89
Figura 16 – Transcendência do ser humano ..................................................................................... 91
Figura 17 – Espelhos dos sentidos ........................................................................................................ 96
Figura 18 – Olhos, porta do conhecimento ...................................................................................... 98
Resumo
Essa é uma página importante do trabalho monográfico, pois, num primeiro momento, 
ela convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com 
aproximadamente trezentas palavras, em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo 
abordado, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica 
que deu sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa fornecer ao leitor elementos que 
lhe permitam decidir sobre ler ou não tal trabalho, em função da relevância para seu próprio 
contexto.
O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de frases, 
e nunca em tópicos enumerados.
Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras‑chave sugeridas pelo autor como referência 
do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico:
Resumo
(1) Com o apogeu da mídia como produtora de sentidos, o trabalho de educadores de 
diferentes segmentos da escolaridade vem sofrendo transformações e seu interesse tem‑se 
modificado em relação às atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula, no que diz 
respeito à língua portuguesa e à análise do discurso. A mídia televisiva brasileira mantém 
com o telespectador uma relação de poder, produz e reproduz valores, transmitindo textos 
persuasivos de alta qualidade, legitimando verdades, saberes, discursos e cristalizando‑os, 
no imaginário coletivo, sem (quase) nenhum questionamento em relação à veracidade 
discursiva. Em se tratando do sistema educacional brasileiro, há um grande abismo e muita 
resistência em considerar as práticas discursivas da mídia televisiva como possíveis eventos 
pedagógicos favoráveis a uma formação mais crítica do futuro profissional. // (2) Assim 
sendo, este trabalho procura analisar o universo imaginário dos alunos de ensino médio de 
uma escola da rede pública, focalizando questões concernentes à linguagem midiática. // (3) 
Os passos metodológicos iniciaram‑se com o levantamento do hábito televisual dos alunos, 
seguidos de audiência, discussões, análise e debate sobre o funcionamento discursivo da 
novela Malhação – Rede Globo de Televisão, de forma a oportunizar reflexões à luz da 
Análise do Discurso e da Análise da Conversação, evidenciando as relações entre sujeito, 
discurso, saber e poder. // (4) Os resultados das análises são apresentados neste trabalho, 
que se divide nas seguintes seções: Introdução – onde a problemática e os objetivos são 
apresentados; O Dizer e o Poder: relações discursivas – onde são apresentadas as referências 
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teóricas sobre Análise do Discurso e Análise da Conversação; A Caminhada – seção que 
apresenta a metodologia do trabalho: procedimentos relacionados à escolha dos dados e 
encaminhamentos para a análise; Baixando o véu do discurso – seção que apresenta a 
análise de trechos transcritos da novela Malhação, discutidos à luz do referencial teórico; e 
Algumas Considerações – seção que encerrao trabalho, apresentando algumas conclusões 
e possíveis encaminhamentos, com o intuito de desencadear nos leitores o desejo de novas 
e mais aprofundadas pesquisas sobre o mesmo tema.
Palavras-chave: discurso, conversação, mídia, linguagem midiática.
Observe, no resumo apresentado, os trechos destacados e separados com “//”. Eles mostram a 
organização do resumo: trecho 1 – contextualização do tema discutido na monografia; trecho 2 – 
propósito do trabalho; trecho 3 – metodologia utilizada no processo de pesquisa; trecho 4 – organização 
do documento monográfico.
Abstract
Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a língua 
inglesa do resumo do trabalho, seguida das key words.
Ao se elaborar um projeto de pesquisa, deve‑se pensar no tema, na formulação do problema, nos 
objetivos da pesquisa, nas hipóteses e na sua fundamentação teórica ou conceitual os quais fazem parte 
dos elementos textuais.
1ª Fase: a determinação do problema
a) Selecionar o assunto.
b) Definir e formular o problema da pesquisa.
c) Reunir e selecionar a documentação sobre o assunto‑problema a ser pesquisado.
d) Elaborar a revisão da literatura sobre o problema da pesquisa.
2ª Fase: a organização da pesquisa
a) Descrever o objeto (ou problema) da pesquisa em relação a um referencial teórico.
b) Formular as hipóteses de trabalho.
c) Determinar a fórmula de experimentação ou descrever os métodos escolhidos para coletar ou 
completar os dados.
d) Construir os instrumentos necessários à coleta de dados.
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e) Definir a população da pesquisa ou da experimentação.
f) Planificar a coleta de dados.
3ª Fase: a execução da pesquisa de campo
a) Estabelecer um programa de trabalho.
b) Coletar os dados.
c) Analisar os resultados.
4ª Fase: a redação do texto
a) Redigir o texto preliminar, explicando o fenômeno observado.
b) Redigir o texto definitivo, incorporando ao texto indicações e críticas pertinentes.
6.3 Escolha do tema
A primeira etapa no processo de elaboração de uma monografia é a definição do tema. Ele é escolhido 
segundo as inclinações, possibilidades, aptidões e tendências de quem realizará o trabalho científico, 
investigado cientificamente. É preciso ficar claro que o tema deve ser preciso, bem‑determinado e 
específico para que a pesquisa possa ser desenvolvida.
Escolhido o tema, deve‑se procurar conhecer o que a ciência sabe sobre ele, para não correr o 
risco de apresentar como novo algo que já é conhecido. É importante ter em mente a relevância do 
assunto, as áreas controvertidas ou obscuras, a natureza e a extensão da contribuição para a área do 
conhecimento.
Ao escolher um tema de pesquisa, devem‑se levar em consideração alguns fatores determinantes:
• Interesse do pesquisador: toda pesquisa deve partir da realidade e das inquietações provocadas 
no pesquisador. Elementos sociais, culturais, históricos, psicológicos e econômicos são fatores que 
podem interferir no levantamento do tema para a pesquisa.
• Relevância: a partir do que se conhece e se leu sobre o estado da ciência produzida até então 
sobre o tema escolhido, pode‑se definir sua relevância. No entanto, também é possível estabelecer 
se a pesquisa é relevante ou não a partir da análise de determinada realidade.
• Viabilidade: ao se propor efetuar uma pesquisa, deve‑se fazer um questionamento sobre as 
possibilidades de sua realização tendo em vista o material disponível para a coleta de dados e 
o levantamento bibliográfico ou documental. Também é necessário analisar o tempo disponível 
para a sua elaboração e as condições espaciais, institucionais e financeiras.
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• Delimitação do tema: para que haja a delimitação do tema, o pesquisador deve pensar em três 
dimensões essenciais: recorte temporal, recorte espacial e problema.
 Observação
Após a escolha do tema, o autor deve realizar a introdução ao assunto, 
abordando: conceitos, terminologias, dados epidemiológicos, contexto do 
problema temático (em termos gerais); parte inicial e sucinta.
6.4 Formulação do problema
Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. O problema é uma questão de 
ordem teórica ou prática não resolvida e que é objeto de discussão. É importante ter em mente que nem 
todo problema é passível de tratamento científico. O problema é de natureza científica quando envolve 
variáveis que podem ser tidas como testáveis (GIL, 2002). O problema pode ser determinado por razões 
de ordem prática ou intelectual.
6.5 Enunciado das hipóteses
6.5.1 O que são hipóteses?
Uma vez formulado o problema, o segundo passo é oferecer uma possível solução. A essa proposição 
dá‑se o nome de hipótese, que deve ser testada para confirmar ou não sua validade, isto é, se soluciona 
ou não o problema proposto.
6.5.2 Como elaborar hipóteses?
De acordo com Aranha (2003, p. 156), a hipótese é suposição sobre algo, “vem de hypó, ‘debaixo de’, 
‘sob’, e thésis, ‘proposição’[...], e é a explicação provisória dos fenômenos observados. É a interpretação 
antecipada que deverá ser ou não confirmada. Diante da interrogação sugerida pelos fatos, a hipótese 
propõe uma solução”.
E qual é a fonte da hipótese? Até o momento não se conhecem normas específicas para a elaboração 
das hipóteses. O pesquisador deve recorrer à literatura disponível sobre o assunto e, além disso, deve 
ter noções básicas sobre o tema para poder formular hipóteses que possam servir como orientação no 
decorrer da investigação científica.
Para a formulação de uma hipótese é necessário observar os seguintes procedimentos:
• enquadramento da hipótese em um sistema conceitual do referencial teórico;
• conhecimento dos procedimentos metodológicos da pesquisa científica;
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• observações analíticas das hipóteses em função das suas variáveis.
Ao elaborar as hipóteses, dispondo‑as em alternativas, o pesquisador pode encontrar diversas 
constatações com condições favoráveis; no entanto, deve selecionar as mais eficazes.
As hipóteses podem originar‑se também da comparação de outros estudos, pesquisas ou teorias. 
Nesse caso, elas conduzem, geralmente, a conhecimentos mais amplos que aquelas decorrentes da 
simples observação. A hipótese, quando tem base em pesquisas já realizadas, contribui para a constatação 
de que as relações seguem uma certa constância. Já a hipótese que parte de teorias é mais atraente 
por possibilitar fazer relações mentais e trazer conhecimentos de outras áreas, na busca da solução do 
problema.
Gil (2007) ressalta que em algumas situações a hipótese surgiu da intuição do pesquisador e produziu 
resultados interessantes para a ciência.
Aranha (2005) colabora nesse caminho de descoberta da hipótese ao afirmar que há várias formas 
de se chegar à sua confirmação. Uma delas é pela reelaboração da observação inicial, e a outra, pela 
experiência. Ambas requerem um olhar para a pesquisa buscando a resposta da pergunta (questionamento) 
e confirmação ou refutação da hipótese inicial.
Quanto ao pesquisador, ele elabora sua hipótese com base em seus conhecimentos científicos sobre 
o assunto pesquisado; dito de outra forma, é uma alternativa derivada da reflexão e da experimentação.
Na formulação das hipóteses devem ser omitidos termos que refletem subjetividadeou exageros, 
como bom, ruim, interessante, muitos e outros. As hipóteses não podem ser resultado de invenção 
arbitrária nem de observação leviana dos fatos observados. Devem ser razoáveis, consistentes, 
compatíveis com o conjunto de conhecimentos já existentes e passíveis de experimentação por meio de 
etapas metodológicas.
6.5.3 Classificação das hipóteses
1. Casuísticas.
2. Frequência de acontecimentos.
3. Associação entre variáveis.
4. Dependência entre duas ou mais variáveis.
6.6 Definição do objetivo
O objetivo é, em resumo, o propósito da pesquisa. Por essa razão, deve ser formulado de maneira 
muito clara e objetiva. O objetivo indica o que se pretende conhecer, medir ou provar no decorrer da 
investigação e, além disso, demonstra a contribuição que se tenciona dar com a pesquisa, A pesquisa 
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científica atingirá seu objetivo se, ao concluir o trabalho, o pesquisador puder dar uma resposta ao 
problema formulado.
 Lembrete
O objetivo geral: o que se pretende alcançar. Verbos generalistas: 
analisar; relacionar; descobrir; demonstrar etc.
Objetivos específicos: passos para alcançar o objetivo geral. Verbos 
específicos: organizar, identificar, dividir, classificar, distinguir, relatar etc.
Há dois tipos de objetivos: o geral e os específicos. O geral indica o que se pretende alcançar, e os 
específicos são os que descrevem os desdobramentos do objetivo geral; assim, estes devem ser tratados 
como questões da investigação que levarão a alcançar o objetivo geral.
6.7 Justificativa da pesquisa
A justificativa destaca a importância do tema abordado, do ponto de vista teórico, metodológico ou 
empírico, levando em consideração o estágio atual da ciência, suas divergências e a contribuição que se 
pretende proporcionar ao pesquisar o problema abordado. A justificativa da pesquisa deve esclarecer e 
convencer o leitor sobre a importância do tema selecionado para levar a efeito a pesquisa.
 Observação
A justificativa deve responder à questão: “Por que a realização deste 
estudo?” (Lacuna do saber, problema vivenciado ou relatado, dúvida 
existente.)
 Lembrete
Na justificativa não se deve fazer referência a autores – exceto caso ela 
se deva à aplicação/validação de uma teoria/método já existente.
6.8 Introdução
A introdução, considerada de pouca importância, requer uma atenção especial, pois dela constará 
todo o seu propósito da pesquisa. Ela poderá tanto trazer o leitor para o trabalho como afastá‑lo. Você, 
pesquisador, deverá deixar de duas a três páginas e dedicar‑se a apresentar o seu trabalho de forma 
convidativa.
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Nessa seção deverá aparecer a justificativa, a relevância da pesquisa, o problema encontrado, a 
hipótese levantada, os objetivos que pretende atingir, a metodologia que utilizará, bem como o apoio 
bibliográfico e o que o leitor encontrará em cada capítulo.
Segundo Machado (2001), a justificativa não é a motivação que levou à pesquisa, e sim uma situação 
encontrada em um determinado lugar. É descrever o porquê do trabalho e para que essa pesquisa servirá.
Não devemos esquecer que entender ou conhecer mais sobre o assunto não justifica uma pesquisa, e 
sim uma leitura aprofundada sobre o tema ou assunto desejado. A pesquisa é algo maior que entender: 
é mudar, explicar, transformar, implantar, solucionar, discutir algum problema.
Na introdução, encontraremos o tema do trabalho com base teórica, o que possibilitará ao leitor 
uma visão crítica e ampla do problema contextualizado; o fechamento do tema o delimitará e gerirá 
outros questionamentos e/ou desvios no caminho da pesquisa.
No objetivo geral, o pesquisador deve trazer algo mais abrangente e com uma perspectiva de alcance 
a médio e longo prazo (está relacionado ao tema). No objetivo específico, algo mais imediato e palpável 
(relacionado ao assunto).
A justificativa descreve a importância desse assunto dentro de um contexto, ou seja, como essa 
pesquisa contribuirá para a sociedade. Portanto, é necessário que o pesquisador traga dados que o 
respaldem e apoiem nesse caminho. É importante embasar‑se em alguns teóricos, a fim de auxiliar na 
discussão e no preenchimento da lacuna encontrada que justificou a pesquisa.
A metodologia consiste em apresentar o caminho que o pesquisador percorrerá, qual método e tipo 
de pesquisa realizará.
Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais, os textos da introdução de 
trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu/
nós). É importante, no entanto, que tal aspecto seja discutido com o orientador do trabalho.
Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz 
passiva – foi observado, foi elaborado –, na terceira pessoa do singular, com o pronome se, ou por meio 
de expressões como o presente estudo, a presente pesquisa. Há ainda a opção de desenvolver o texto na 
primeira pessoa do plural, considerando‑se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno (no caso 
de um aluno apenas) e por seu orientador.
Ao desenvolver o texto na primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deve prescindir 
de fazer referência a outros estudos ou de posicionar‑se como pertencente a um grupo com determinadas 
convicções e posicionamentos teóricos.
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6.9 Desenvolvimento
O desenvolvimento é a parte mais longa da pesquisa, pois trará discussão com teóricos sobre o tema 
pesquisado. É a parte mais importante, o coração da pesquisa. Ele se dividirá em capítulos e subcapítulos, 
conforme a necessidade da pesquisa.
Os capítulos ficarão separados do texto anterior, ou seja, cada capítulo em uma página, mas os 
subcapítulos poderão ficar na mesma página, pois subentende‑se que ele dará continuidade ao assunto 
do capítulo.
Cada capítulo será identificado com algarismo romano seguido do título em caixa‑alta (letra 
maiúscula) e negrito.
Os subcapítulos, como o título, deve ter a primeira letra maiúscula e ser identificado com algarismo 
arábico.
Veja exemplo:
Figura 19
6.10 Revisão bibliográfica
A revisão bibliográfica é a base do trabalho, onde o trabalho está apoiado. Na revisão, encontraremos 
os teóricos que discutiram e pesquisaram sobre o tema.
Trata‑se de uma parte que requer articulação do pesquisador, domínio da escrita, pois este deverá 
dialogar com os autores e trazer citações importantes para sustentar a sua hipótese.
O diálogo entre o pesquisador e os diferentes autores deve estar pautado por estudos e pesquisas, 
fazendo, sempre que possível, relações entre os teóricos e a sua pesquisa.
O pesquisador deve tentar trazer o seu objetivo para a discussão, fazendo que o leitor revisite a sua 
proposta de trabalho, o que atribuirá significado aos autores ali presentes.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
6.11 Metodologia
Para entender melhor a fase de elaboração do projeto de pesquisa, deve‑se ter em mente que todo 
processo metodológico precisa ser pensado a partir do objeto da pesquisa. Isso significa que se deve 
formular um plano, um caminho para se chegar ao objetivo proposto.
Assim, a metodologia de pesquisaadotada deve partir da discussão teórica do tema, das definições 
dos conceitos a serem discutidos, da identificação do objeto de pesquisa, do tipo de pesquisa que se 
propõe realizar e dos instrumentos de pesquisa que serão adotados para a coleta de dados.
 Observação
Essa parte do projeto descreve o tipo de pesquisa, o público‑alvo, 
o instrumento utilizado, as normas éticas (termo de consentimento/
autorização, sigilo dos nomes), o período de coleta de dados e o responsável 
pela pesquisa e análise dos dados.
 Lembrete
Para pesquisa social (pessoas), utilizam‑se materiais e casuística. Nunca 
se esqueça de anexar todos os documentos do Comitê de Ética em Pesquisa 
com Seres Humanos – CEPEH, no final do projeto.
Na metodologia, deverá estar claro todo o caminho percorrido pelo pesquisador, com a escolha do 
instrumento e como aconteceu a pesquisa, sem deixar nada para trás.
Neste capítulo o leitor deve ter contato com a trajetória e, mesmo não conhecendo o trabalho, ele 
deverá ser capaz de entender o que aconteceu e como foi feita a pesquisa.
Itens importantes deste capítulo:
• descrição de onde a pesquisa aconteceu, detalhadamente;
• sujeitos envolvidos: quem foi pesquisado e como foi escolhido;
• procedimento: como foram coletados os dados – entrevista, documentos, observação, etc.;
• análise dos dados: espaço para discussão sobre os dados coletados, fazendo relação com teóricos.
Em trabalhos documentais, este capítulo não se faz necessário, pois apenas houve leitura de textos 
e/ou documentos.
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6.12 Cronograma de pesquisa
Como a pesquisa se desenvolve em várias etapas, é preciso fazer a previsão do tempo necessário para 
se passar de uma fase para outra, e como algumas são desenvolvidas simultaneamente, é necessário 
fazer o seu registro.
Disso se deduz que é preciso definir um cronograma que indique com clareza o tempo de execução 
previsto para as diversas fases.
É claro que o cronograma de pesquisa corresponde apenas a uma estimativa do tempo, pois diversos 
imprevistos podem alterar o prazo estipulado.
 Lembrete
O cronograma é uma tabela em que serão descritas as etapas da execução 
do projeto, assim como itens mínimos. Deve conter: encaminhamento do 
projeto ao CEPEH, coleta de dados, análise dos dados, elaboração do artigo 
e defesa.
Contudo, à medida que o trabalho for desenvolvido organizadamente, que o pesquisador adquirir 
maior domínio sobre o assunto e que os recursos necessários estiverem disponíveis, o cronograma terá 
grandes chances de ser observado.
Segue modelo de cronograma:
Quadro 2
Fases da pesquisa
(atividades) Jan Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev.
1. Escolha do tema, 
formulação do problema X
2. Levantamento 
bibliográfico X X X
3.Documentação X X X X X X
4. Formação do MTR 
(marco teórico de 
referência)
X X X X X
5. Elaboração do projeto e 
do orçamento X X
6. Escolha da população e 
amostra X
7. Elaboração dos 
instrumentos de coleta de 
dados
X X X
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8. Pré‑teste e revisão da 
metodologia X
9. Coleta de dados, 
trabalho de campo X X X
10. Análise de dados, teste 
da hipótese X X
11. Redação do relatório X X
Fonte: Salomon (2001, p. 224).
 Lembrete
Toda pesquisa deve ter um início e um fim; independentemente de os 
resultados serem positivos ou negativos, são resultados.
 Observação
As agências de fomento à pesquisa, ou seja, as agências que financiam 
pesquisas, sejam estas de iniciação científica, mestrado ou doutorado, 
sempre determinam um tempo de execução. Assim, é necessário detalhar 
os passos pertinentes à pesquisa no cronograma em tempo hábil às normas 
das agências, senão o pesquisador corre o risco de perder seu financiamento.
6.13 Recursos
Nessa etapa devem ser elencados os recursos humanos, materiais, institucionais e econômicos que 
serão necessários para realizar a pesquisa. Mesmo que nem todos os itens venham a ser empregados, é 
necessário que se faça uma estimativa.
6.14 Referências bibliográficas
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –, fundada em 1940, é responsável pela 
normalização dos produtos brasileiros. Regula os mais variados ramos da atividade, como o científico, o 
industrial, o comercial, o agrícola, o de serviços e outros.
A norma que regula as referências bibliográficas é a NBR 6023: ago 2000, que substituiu a NBR 
6023:1989.
Além da ABNT, existem outras normas internacionais, como as citadas a seguir:
• DIN – Deutsches Institut für Normung;
• ISO – International Organization for Standardization;
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• ISBN – International Standard Book Numbering (livros);
• ISSN – International Standard Serial Number (periódicos).
NBR 6023:2000 – Informação e documentação – referências e elaboração
• Especifica os elementos a serem incluídos em referências.
• Fixa a ordem dos elementos das referências.
• Estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação do documento.
• Orienta a preparação e a compilação de referências de material utilizado para a produção de 
documentos, para a inclusão em bibliografia, resumos, resenhas e outros.
Mais adiante, detalharemos melhor como organizar as referências bibliográficas.
Quadro 3 – Pesquisa
Elementos Significação
Dados de identificação Quem fará?
Objeto O que será feito?
Objetivos Com que finalidade?
Justificativa Por que será feito este trabalho?
Revisão bibliográfica Com que fundamentos teóricos?
Metodologia Como será feito?
Cronograma Em que período de tempo?
Orçamento Com que recursos?
Referências Com que fontes de consulta?
7 OS MÉTODOS CIENTÍFICOS PARA APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
A apresentação de resultados de um trabalho monográfico, ou de outro trabalho científico, deve 
seguir algumas etapas, que começam antes mesmo de sua elaboração.
Para que os dados sejam dispostos de maneira coerente e clara, o pesquisador deve, antes de tudo, 
organizar os objetivos do problema proposto e os métodos como os dados serão colhidos.
Esse processo impõe uma organização sistemática de trabalho, uma aplicação metódica à pesquisa e 
o conhecimento de algumas técnicas de trabalho científico. Por isso, a fluente transformação do sujeito 
que investiga e do objeto da pesquisa não deve dispensar o esforço de organizar um trabalho complexo, 
munindo‑se dos instrumentos disponíveis e estabelecendo um programa de longa duração para vencer 
hesitações, eliminar dúvidas e resolver problemas.
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RELATÓRIO DO PROJETO DE PESQUISA: APRESENTAÇÃO
1ª Fase: a determinação do problema;
2ª Fase: a organização da pesquisa;
3ª Fase: a execução da pesquisa de campo;
4ª Fase: a redação do texto.
Após a realização dessas etapas, os dados deverão ser organizados conforme o tipo de pesquisa 
realizada. São basicamente dois os tipos de pesquisa, e cada um deles envolve uma série características 
peculiares. Uma fase importante para se seguir com o trabalho é fazer o levantamento amostral, que 
posteriormente irá auxiliar na apresentação dos resultados.
7.1 Etapas do levantamento amostral
Segundo Moreira (2004), podem‑se estabelecer para o levantamento

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