Buscar

09-OPERAÇÕES BANCÁRIAS

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �1�
09 - OPERAÇÕES BANCÁRIAS
INTRODUÇÃO
As operações bancárias são muito comuns na nossa vida, e não poderiam ser diferentes na vida de uma empresa. Dificilmente alguma empresa dispensa o uso de operações com bancos comerciais ou financeiros, em virtude do uso difundido dos cheques e cartões de crédito, sem falar na necessidade de financiamentos para cobrir eventuais faltas de recursos financeiros.
Veremos algumas operações bancárias que normalmente fazem parte da vida das empresas, envolvendo serviços bancários, captação de recursos financeiros e aplicação de recursos financeiros.
2. OPERAÇÕES COM DUPLICATAS
As empresas comerciais, freqüentemente, vendem mercadorias a prazo. Quando as vendas são efetuadas mediante a emissão e aceite de Duplicatas, estas poderão ser negociadas pelas empresas.
Com esses títulos, as empresas efetuam transações junto aos bancos, seno as mais comuns: Cobrança Simples de Duplicatas, Descontos de Duplicatas e Empréstimos mediante Caução de Duplicatas.
2.1. COBRANÇA SIMPLES
É uma operação na qual a empresa envia suas duplicatas ao estabelecimento bancário para que este efetue a cobrança, prestando-lhe assim, um serviço. A empresa relaciona as duplicatas, e paga uma taxa ao banco por duplicata a ser cobrada, o banco se encarrega simplesmente de receber o dinheiro e depositar na conta da empresa, acrescido dos juros de mora ou dos descontos financeiros concedidos, se ocorrerem. Essa operação não gera lançamento permutativo ou modificativo por não constituir um fato contábil, mas simplesmente um ato administrativo. O lançamento então é de compensação.
D. Duplicatas c/ Cobrança 
C. Endosso p/ Cobrança 
 N/remessa dupls p/cobrança conf. borderô.......................1.500,00
2.2. DUPLICATAS DESCONTADAS
Desconto é um recebimento realizado antecipadamente, mediante a transferência da propriedade de um título de crédito contra terceiros para uma instituição financeira; nessa hipótese, o direito de recebimento do título não mais pertence à sociedade que o emitiu, mas sim a quem o descontou (instituição financeira).
Entretanto, caso o devedor do título não honre o pagamento do mesmo, cabe à instituição financeira o direito de regresso contra a empresa que o descontou, ou seja, esta deverá pagar ao banco o valor do título não quitado pelo devedor.
Classificação: a conta “Duplicatas Descontadas” deve ser classificada como redutora da conta “Duplicatas a Receber” no ativo circulante (AC) ou no ativo realizável a longo prazo (ARLP).
Encargos Financeiros: os encargos financeiros cobrados pelo banco representam despesas antecipadas e devem também ser classificadas no AC ou no ARLP, sendo apropriados (contabilizados) em conta de resultado à medida que forem sendo incorridos, proporcionalmente ao prazo do desconto.
	
2.2.1. DUPLICATAS DESCONTADAS – EXEMPLO DE OPERAÇÕES
a) POSIÇÃO PATRIMONIAL EM 01/04/X1
		A T I V O			 P A S S I V O
	Caixa			 200,00
Banco Sul C/Mov	 800,00
Dupl. a Receber 4.000,00 Capital 5.000,00
 D E S P E S A S			 R E C E I T A S
b) SITUAÇÃO DAS DUPLICATAS A RECEBER
	DUPL.	VALOR		VENC.		SITUAÇÃO
 A	1.000,00		30.04.X1	 Carteira
 B	1.000,00		30.05.X1	 Carteira
 C	1.000,00		30.06.X1	 Carteira
 D	1.000,00		30.07.X1	 Carteira
c) 01/04 – 1º FATO: DESCONTO DAS DUPLICATAS A – B – C e D JUNTO AO BANCO SUL TENDO ENCARGOS FINANCEIROS DE 5%:
	a DUPLICATAS DESCONTADAS
	 BANCO SUL C/MOV. . . . . . . . . . . 3.500,00
	 DESP. FINANC. A APROPRIAR. . 500,00 4.000,00
	NOVA SITUAÇÃO PATRIMONIAL - 01/04/x1
	 
 A T I V O
	
P A S S I V O
	 Caixa 200,00
 Banco Sul C/Mov 4.300,00
 Dupl. A Receber 4.000,00
 ( - ) Dupls.Descontadas 4.000,00
 Desp.Financ.Apropriar 500,00
	
Capital 5.000,00
 
	 D E S P E S A S
	R E C E I T A S
	
	
CONTRÔLE EXTRA–CONTÁBIL :
DESPESAS FINANCEIRAS A APROPRIAR	
DUPL.	ABR	MAI	JUN	JUL
 A	1.000,
 B	1.000,	1.000,
 C	1.000,	1.000,	1.000,
 D	1.000,	1.000,	1.000,	1.000, 
	4.000,	3.000,	2.000,	1.000,
	 5% 	 5%	 5%	 5%
	 200,	150,	 100,	 50, = TOTAL 500,00
d) 30/04 – 2º FATO: O BANCO COMUNICA A LIQUIDAÇÃO DA DUPLICATA “ A “ PELO VALOR NOMINAL.
		 DUPLICATAS DESCONTADAS
	 	a DUPLICATAS A RECEBER. . . . . . . . . . . 1.000,00
 ------------------------ ------------------------
 DESP. C/DESCONTO DUPLICATAS
	 a DESP.FINANCEIRAS A APROPRIAR. . . . . 200,00
		NOVA POSIÇÃO PATRIMONIAL - 30/04/x1
	A T I V O						P A S S I V O
	Caixa 200,00
Banco Sul C/Mov 4.300,00
	Dupl. a Receber 3.000,00
	( - ) Dupl.Desc. 3.000,00
	Desp.Financ.Aprop. 300,00 Capital 5.000,00
 D E S P E S A S			 R E C E I T A S
	Desp.C/Desc.Dupls. 200,00				- o -
e) 30/05 – 3º FATO: O BANCO COMUNICA A LIQUIDAÇÃO DA DUPLICATA “ B “ COM DESCONTOS DE 40,00.
		 DUPLICATAS DESCONTADAS
	 	a DUPLICATAS A RECEBER. . . . . . . . . . . . . .1.000,00
		 ----------------------- ------------------------
		 DESCONTOS CONCEDIDOS
		a BANCO SUL C/MOV. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40,00
		 -------------------- ------------------------
		 DESP.C/DESC.DUPLICATAS
		a DESP.FINANC. A APROPRIAR. . . . . . . . . . 150,00
============================================================
f) 30/06 – 4º FATO: O BANCO COMUNICA A LIQUIDAÇÃO DA DUPLICATA “ C “ COM JUROS DE 60,00.
	 DUPLICATAS DESCONTADAS
	a DUPLICATAS A RECEBER. . . . . . . . . . . . . 1.000,00
		 ------------------- ------------------------
	 DESP. C/DESC. DUPLICATAS
	a DESP. FINANC. A APROPRIAR. . . . . . . . . . . . 100,00
g) 30/06 - 5º FATO: O BANCO COMUNICA O REEMBOLSO DA DUPLICATA “ D “ COM DESPESAS DE 35,00.
	a BANCO SUL C/MOV
	 DUPLICATAS DESCONTADAS. . . . . . 1.000,00
	 DESPESAS BANCÁRIAS. . . . . . . . . . . . . 35,00 1.035,00
		 --------------------- --------------------
	 DESP. C/DESC. DUPLICATAS
	a DESP. FINANC. A APROPRIAR. . . . . . . . 50,00	
	NOVA POSIÇÃO PATRIMONIAL - 30/07/X1
 	 A T I V O			 P A S S I V O
	Caixa			200,00
	Banco Sul C/Mov 3..225,00
	Dupl. a Receber	 1.000,00
	( - ) Dupl. Desc. – o –
	Desp.Financ.Aprop. – o – Capital 5.000,00
	 D E S P E S A S			 R E C E I T A S
	DESP.DESC.DUPLS. 500,00
	DESC. CONCEDIDOS 40,00 			- o -
	DESP.BANCÁRIAS 35,00 
2.3. EMPRÉSTIMO MEDIANTE CAUÇÃO DE DUPLICATAS
		Caução é uma operação de empréstimo que a empresa efetua junto a um banco, na qual o banco exige que a beneficiada lhe entregue títulos em garantia. O valor dos títulos caucionados é sempre superior ao valor liberado.
		O banco poderá exigir a emissão de uma Nota Promissória no valor total do empréstimo.
		É lavrado um contrato entre a empresa e o banco, onde ficam estabelecidos, pelo menos:
 ( O valor do numerário a que a empresa terá direito por um determinado período de tempo.
 ( O valor de títulos que a empresa oferecerá ao banco, em cobrança caucionada, que, ao mesmo tempo que representa a garantia da dívida assumida, é o termômetro para liberação do total do empréstimo.
	( O percentual que poderá sacar, o qual ficará entre 70 e 80% dos títulos caucionados.( Os encargos da empresa em relação ao contrato e aos títulos caucionados.
	● O produto das cobranças ficam vinculados, sendo liberados após a entrega de novos títulos em garantia.
		Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco.
NOTAS: 
Ocorrendo vencimento do contrato, as duplicatas que estiverem em caução serão baixadas na compensação e transferidas para cobrança simples.
Se houver saldo credor na conta Bancos C/Caução, a empresa o cobrirá.
Se houver saldo devedor na conta Bancos C/Caução este será transferido para Bancos C/Movimento. 
3. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS COM JUROS ANTECIPADOS
Este é outro tipo de financiamento onde não há a figura das duplicatas que no caso da caução serviram de garantia à negociação. Neste caso os encargos tendem a ser mais elevados em virtude do acréscimo do risco. 
Considerando que a empresa contraiu um empréstimo de R$ 10.000,00 em 10/03/08 e que o banco cobrou um encargo antecipado de 18% pelo prazo de 3 meses (vencimento em 08/06/08), mais uma taxa de cadastro de R$ 150,00 e o IOF de R$ 300,00, teremos:
Em 10/03/08
	C- Banco Sul C/Financiamentos
	D- Banco Sul c/ Movimento ________________ 8.150,00
	D- Despesas Financeiras a Apropriar _________ 1.800,00
	D- IOF _________________________________ 30,00
	D- Despesas Bancárias ____________________ 20,00 10.000,00
	
Os encargos diferidos (Desp.Financeiras a Apropriar) devem ser apropriados de acordo com o tempo transcorrido. 
Assim teremos:
R$ 18.000,00 / 90 dias = R$ 20,00 p/ dia 
No caso de dar um valor com mais de duas casas, devemos arredondar para menos e ajustar o valor da última parcela
Março/08 		= R$ 20,00 X 21 dias 	= 	R$ 420,00
Abril/08 	 = R$ 20,00 X 28 dias	= 	R$ 600,00
Maio/08 		= R$ 20,00 X 31 dias	= 	R$ 620,00
Junho/08		= R$ 208002 X 9 dias	=	R$ 160,00
								R$1.800,00
Em 31/03/08
	D- Despesas de Financiamentos 
	C- Despesas Financeiras a Apropriar ......................420,00
Nos meses seguintes devemos repetir o lançamento com os respectivos valores.
Pelo pagamento ao banco em 08/06/08
	D- Banco Sul c/ Financiamento 
	C- Banco Sul c/ Movimento ..............................10.000,00
4. EMPRÉSTIMOS COM O VALOR DOS JUROS EMBUTIDO NO VALOR DAS PARCELAS
Nesse caso o valor dos encargos não são pagos nem no início nem ao final, mas sim juntamente com as parcelas do principal.
Imaginemos que a empresa financiou em 15/03/08 R$ 10.000,00 e o banco cobrou R$ 2.000,00 de encargos, para ser pago em 4 parcelas iguais de R$ 3.000,00. O IOF é sempre pago na liberação, e neste caso seu valor foi de R$ 30,00.
Em 15/03/08 pela obtenção do financiamento:
	C- Banco Sul C/Financiamentos
	D- Banco Sul c/ Movimento ................... 9.930,00
	D- IOF ........................................................ 30,00
	D- Desp.Financeira a Transcorrer.............2.000,00 10.000,00
	
Em 15/04/08 pelo pagamento da primeira parcela:
	D- Banco Sul c/ Financiamento	
C- Banco Sul c/ Movimento....................................... 3.000,00
Em 15/04/08 pelo apropriação da despesa embutida na 1ª parcela:
	D- Despesas de Financiamentos
	C- Despesas Financeiras a Transcorrer..........................500,00
	
	Nas demais parcelas deve repetir os lançamentos e os valores.
5. FINANCIAMENTO COM JUROS ANTECIPADOS E VARIAÇÃO MONETÁRIA
Este é um dos financiamentos muito utilizado no mercado financeiro. Ele estabelece uma taxa de juros menor pois é cobrada antecipadamente e determina um indexador para o valor da prestação.
Imagine o seguinte caso:
Valor do financiamento	=	R$ 10.000,00
Encargos antecipados		=	R$ 2.000,00
Liberação			=	 15/03/08
1ª Parcela			=	 15/04/08 
nº de parcelas			=	 5
valor do IOF			=	R$ 50,00
índice de Corr. Monet.	=	TJLP (Taxa de juros de longo prazo)
Em 15/03/08 pela liberação do valor contratado:
	C- Banco Sul c/ Financiamento
	D- Banco Sul c/ Movimento ...........................7.950,00
	D- Despesas Financ. a Apropriar .................. 2.000,00
	D- IOF ............................................................ 50,00 10.000,00
	
Cálculo da variação monetária considerando valores hipotéticos da TJLP:
 Data		sl devedor		TJLP		Vlr corrigido	parcelas	prestação
15/04/08	R$ 10.000,00		1,50%		R$ 10.150,00	 5		R$ 2.030,00
15/05/08	R$ 8.120,00		1,60%		R$ 8.249,92 	 4		R$ 2.062,48
15/06/08	R$ 6.187,44		1,40%		R$ 6.274,06 	 3		R$ 2.091,35
15/07/08	R$ 4.182,71		1,30%		R$ 4.237,09 	 2		R$ 2.118,55
15/08/08	R$ 2.118,54		1,50%		R$ 2.150,32	 1		R$ 2.150,32
Em 15/03/08 pelo pagamento da 1ª parcela:
	C- Banco Sul c/ Movimento
	D- Banco Sul c/ Financiamento........................ 2.000,00
	D- Variação Monetária Passiva ....................... 30,00 2.030,00
	
Ainda, em 15/03/08 pela apropriação da despesa diferida:
	D- Despesas de Financiamentos
	C- Despesas Financeiras a Apropriar.....................................400,00
6. FINANCIAMENTO EM MOEDA ESTRANGEIRA
Este caso é muito parecido com o anterior, o que muda é o indexador, que neste caso é a moeda estrangeira. Observe que neste exemplo teremos uma variação para menos o que vai mudar o lançamento em relação ao anterior.
Valor do financiamento	=	R$ 20.000,00
Encargos			=	R$ 2.135,00 (pagos antecipadamente)
Cotação do câmbio		= 	US$ 1,00 =	 R$ 2,30
Liberação			=	10/08/07
1ª Parcela			=	10/09/07
nº de parcelas			=	 02
valor de cada parcela		=	US$ 4.347,83
valor do IOF			=	R$ 200,00
Cálculo da variação Cambial 
	DATA
	SALDO
	COTAÇÃO
	PRESTAÇÃO
	
	EM R$
	EM US$
	
	EM R$
	EM US$
	10/08/07
	20.000,00
	8.695,66
	2,30
	
	
	31/08/07
	20.434,80
	8.695,66
	2,35
	
	
	10/09/07
	20.695,67
	8.695,66
	2,38
	10.347,83
	4.347,83
	10/09/07
	10.347,84
	4.347,83
	2,38
	
	
	30/09/07
	10.000,00
	4.347,83
	2,30
	
	
	10/10/07
	0,00
	0.00
	2,28
	9.913,05
	4.347,83
Rateio dos encargos:
Prazo: 61 dias					Encargos de agosto = 21 x R$ 35,00 = R$ 735,00
Encargos = R$ 2.135,00			Encargos de setembro = 30 x R$ 35,00 = R$ 1.050,00
Encargos/dia = R$ 35,00			Encargos de outubro = 10 x R$ 35,00 = R$ 350,00
Pela liberação em 10/08/07:
	C- Banco Sul c/ Financiamento
	D- Banco Sul c/ Movimento .......................... 17.665,00
	D- IOF ............................................................ 200,00
	D- Despesas Financeiras a Apropriar.............. 2.135,00 20.000,00
Pela apropriação da Variação Cambial em 31/08/07:
	D – Variações Monetárias Passivas
	C – Banco Sul c/ Financiamento .............................................434,80
Pela apropriação dos encargos em 31/08/07:
	D – Despesas de Financiamentos
	C – Despesas financeiras a apropriar .......................................735,00
Pelo apropriação da Variação Cambial e Pagamento em 10/09/07:
	D – Variações Monetárias Passivas 
	C – Banco Sul c/ Financiamento ..............................................260,87
	D – Banco Sul c/ Financiamento
	C – Banco Sul c/ Movimento ..............................................10.347,84
Pela apropriação da Variação Cambial em 30/09/07:
	C – Variações Monetárias Ativas 
	D – Banco Sul c/ Financiamento .............................................347,84
Pela apropriação dos encargos em 30/09/07:
	D – Despesas de Financiamentos 
	C – Despesas financeiras a apropriar ...................................1.050,00
Pelo apropriação da Variação Cambial, dos encargos e Pagamento em 10/10/07:
	C – Variações Monetárias Ativas
	D – Banco Sul c/ Financiamento ...............................................86,95
	D – Despesas de Financiamentos
	C – Despesas financeiras a apropriar .......................................350,00D – Banco Sul c/ Financiamento 
	C – Banco Sul c/ Movimento ................................................9.913,05
				 Banco Sul c/ Financiamento
						|
						|	20.000,00 (10/08/05)
						|	 434,80 (31/08/05)							 					|	 260,87 (10/09/05)
			(10/09/05) 10.347,83		|
			(30/09/05) 347,84		|
			(10/10/05) 86,95		|
 			(10/10/05) 9.913,05 		|
						|
				20.695,67		 20.695,67
7. FACTORING
Também conhecido como fomento mercantil (proteção, auxilio, estímulo ao comércio)
Empresas de Factoring, são empresas especializadas na negociação de títulos. Elas compram títulos de crédito das empresas, originários de suas atividades mercantis, geralmente representadas por duplicatas ou cheques pré-datados.
Empresa FATURIZADA - é a que vende os títulos
Empresa FATURIZADORA – é a que compra os títulos
IOF – Por força do disposto no Art. 58 da Lei 9.532/97, desde 01/01/98, as empresas que alienarem títulos (direitos de créditos resultantes de venda a prazo), sujeitam-se ao pagamento do IOF as mesmas alíquotas das instituições financeiras.
Deságio – É a diferença entre o valor de face dos títulos e o valor da venda. Deve ser contabilizada pela faturizada como despesas operacionais na data da transação, não havendo neste caso, a apropriação dos encargos correspondentes nos termos do Art. 374, I do RIR/99. O motivo pelo qual isso acontece, se deve ao fato de o FACTRING ser uma transação comercial/financeira sem previsão de prazo, pois a empresa faturizadora assume todos os riscos decorrentes do recebimento, ou não, dos títulos negociados, independente do prazo do vencimento destes. ( O ato jurídico perfeito acaba à mesma data da transação)
Valor dos títulos	=	R$ 20.000,00
Data da transação	=	10/08/07
Deságio		=	R$ 1.000,00
IOF			=	R$ 200,00
Em 10/08/07 pela liberação
	D- Banco (ou Caixa) __________________ 18.800,00
	D- Deságio ou Despesas C/Desc. Dupls.___ 1.000,00
	D- IOF _____________________________ 200,00
	C- Duplicatas a Receber (ou cheques a receber) ____________ 20.000,00
8. APLICAÇÕES FINANCEIRAS ou INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
As empresas procuram aplicar os excessos de disponibilidades que têm, em relação às necessidades imediatas ou a curto prazo, em títulos e valores mobiliários resgatáveis dentro do período em que prevê sua necessidade. Esta atitude ameniza os efeitos inflacionários causados aos recursos mantidos em caixa e bancos.
No Brasil existem inúmeros tipos de títulos e formas disponíveis no mercado para aplicações, tais como:
( Fundos de Aplicação Imediata
( Títulos do Banco Central
( Títulos do Tesouro Nacional
( Depósito a Prazo Fixo
( Certificados de Depósito Bancário
( Ações Adquiridas ou cotadas através de Bolsas de Valores
( Aplicações Temporárias em Ouro
( Fundos de Investimentos de Renda Fixa ou Variável
( Letras de Câmbio, etc.
		Cada tipo de título ou forma de aplicação tem suas características próprias no que se refere a prazos de aplicação, taxa e forma de rentabilidade, liquidez etc.
		De forma geral, os tipos de títulos mencionados rendem dividendos, juros e correção monetária, prefixada ou não, e nem sempre segregados, sendo que o prazo de resgate também pode variar bastante, indo desde aplicações de poucos dias até aplicações de um ou dois anos.
		No caso de ações, ouro e fundos, o rendimento (ou prejuízo) é representado pela variação nas cotações entre a compra e a venda.
	A classificação no Balanço Patrimonial deverá ser feita em função do tipo de investimento, do prazo de resgate e considerando, ainda, a própria intenção da empresa quanto à época em que pretende resgatar os títulos.
	APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATA – A CIRC. Subgrupo DISPONÍVEL
São consideradas as aplicações de poucos dias.
	TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS – A CIRC. Subgrupo INV. TEMPORÁRIOS
 São consideradas as aplicações nos títulos com prazo de resgate de até 360 dias da data do balanço, ou seja, dentro do exercício seguinte.
	TIUTLOS E VALORES MOBILIÁRIOS - A. R. LONGO PRAZO
São as aplicações temporárias classificáveis e longo prazo, com prazo de resgate superior a 360 dias da data do balanço, ou seja, além do exercício social seguinte.
	 	O Imposto de Renda Retido na Fonte sobre aplicações financeiras tem sido objeto de constantes alterações quanto ao seu tratamento fiscal, ora sendo considerado como compensável na correspondente declaração de rendimentos, ora definido como despesa (custo financeiro).
		Devemos estar atentos a estas modificações, de modo a proceder ao registro contábil mais adequado na circunstância, consoante os princípios contábeis e o tratamento fiscal exigido.
		A conta IRRFONTE A COMPENSAR destina-se a registrar o IIRF nas operações previstas na legislação em que será recuperado mediante compensação Dom o imposto de renda quando da apresentação da Declaração de Rendimentos ou de outra forma. Essa conta é DEBITADA pela retenção quando do registro da operação que a originou e CREDITADA quando o valor o imposto retido for compensado .		 
	Os critérios de avaliação seguem o que determina item I do art. 183 da Lei 6404 que ao estabelecer o princípio de avaliação para tais investimentos temporários, define que os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, serão avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor.
	Com se vê, o princípio de avaliação a se seguido é: custo ou mercado, dos dois o menor.
	No caso dos investimentos que rendem juros e correção monetária, podendo ser prefixada ou pós-fixada, a aplicação de tal princípio deve considerar os seguintes aspectos:
Os juros são auferidos à medida que decorre o tempo, devendo seu reconhecimento contábil obedecer ao regime de competência, ou seja, reconhece-se a receita à medida do tempo transcorrido.
A correção monetária é também auferida à medida que decorre o tempo e representa uma simples atualização do custo da aplicação.
		A finalidade básica de atualização do investimento é reconhecer as receitas já auferidas até a data do balanço dentro do regime de competência de exercícios.
	Todavia, em função de variação das taxas de juros, poderá haver casos de títulos que tenham valor de mercado inferior ao de custo, atualizado ou não, e, nessa circunstância, deverá ser reduzido ao mercado, o que deve ser feito pela constituição de uma Provisão para redução ao valor de mercado. Essa Provisão deve figurar como conta redutora do investimento correspondente.
	9. APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS EM OURO
As aplicações temporárias em ouro podem configurar uma modalidade de aplicação temporária de disponibilidades e, nesse casso, devem ser classificadas neste subgrupo.	
	O saldo das aplicações deverá ser ajustado ao valor de mercado, quando este for menor, mediante a constituição de provisão cuja contrapartida será dedutível para efeito de determinar o lucro tributável.
	O resultado apurado será considerado receita ou despesa financeira, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 41/88.
No caso do valor de mercado do ouro ser inferior ao custo histórico corrigido, recomenda-se a constituição de uma provisão para redução ao valor de mercado.
10. APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS EM AÇÕES
Os investimentos temporários em ações são avaliados pelo custo histórico ou mercado, dos dois o menor.
No caso de investimentos em ações não cotadas em bolsa ou no mercado de balcão deve-se ter um cuidado maior. Primeiro, porque é caso extremamente raro a aceitação dessa ações como investimento temporário. Só se adquire, normalmente, ações não cotadas em bolsa ou no mercado de balcão para investimentos permanentes.
11. CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES
		Como esse tipo de investimento representa o emprego temporário de disponibilidades, a redução eventual do custo atualizadoao mercado não precisa ser feita aplicações por aplicação mas sim, no global de todas as aplicações. Dessa forma, considerando que a aplicação em diversos tipos diferentes de títulos de renda, a empresa poderá ter valores de mercado abaixo do custo corrigido para alguns títulos, sem que haja a obrigatoriedade de constituir a provisão, desde que tenha outras aplicações com valores de mercado superiores que compensem tais prejuízos.
�PAGE �1�
�PAGE �1�

Continue navegando