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Nutrição aplicada à Educação Física Prof. Dr. Alexandre Konig Garcia Prado Proteínas – Metabolismo e Suplementação A maior parte da energia para a fosforilação deriva da oxidação (“queima biológica”) dos macronutrientes dietéticos representados por carboidratos, lipídios e proteínas. Liberação de energia pelos macronutrientes Lipídios Proteínas Carboidratos e Calor Trabalho Liberação de energia pelos macronutrientes Transferência anaeróbia de energia pela degradação: 1. Fosfocreatina (PCr); 2. Glicose e do glicogênio intramuscular; 3. Glicerol; 4. Alguns aa desaminados. Transferência aeróbia de energia pela degradação: 1. Ácidos Graxos; 2. Piruvato (Glicose); 3. Alguns aa desaminados. McARDLE, KATCH & KATCH. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2016 Proteínas Liberação de energia pelas proteínas A principal contribuição das proteínas dietéticas consiste em fornecer os aminoácidos para numerosos processos anabólicos. Porém, a proteína também pode ser catabolizada para obtenção de energia. e Dinâmica do metabolismo das proteínas Em pessoas bem nutridas em estado de repouso, o catabolismo proteico contribui com 2 a 5% das necessidades energéticas totais do organismo. Como a proteína que temos em maior quantidade em nosso corpo é a proteína muscular, é essa que acaba sendo catabolizada. Liberação de energia pelas proteínas Fases do catabolismo proteico: 1. Degradação nos aminoácidos que a compõem; 2. Aminoácido perde seu nitrogênio (grupo amina) no fígado (desaminação) para produzir ureia (eliminada pela urina); 3. O aminoácido desaminado pode: 1. Ser convertido em um novo aminoácido; 2. Ser convertido em carboidrato ou gordura, ou; 3. Catabolizado diretamente para a obtenção de energia. Liberação de energia pelas proteínas • O músculo estriado esquelético também contem enzimas que removem o nitrogênio de um aminoácido e o transferem para outros compostos durante o processo de transaminação; • Com a remoção de seu grupo amina, todos os aminoácidos formam intermediários reativos no ciclo do ácido cítrico ou compostos relacionados. Liberação de energia pelas proteínas BALANÇO NITROGENADO Ingestão de nitrogênio (proteína) iguala a excreção de nitrogênio Balanço nitrogenado = Nt – Nu – Nf – Ns = 0 Nt = ingestão total de nitrogênio; Nu = nitrogênio na urina; Nf = nitrogênio nas fezes; Ns = nitrogênio no suor. Liberação de energia pelas proteínas No balanço nitrogenado positivo, a ingestão de nitrogênio ultrapassa a excreção de nitrogênio, para formar novos tecidos a partir da proteína adicional. Uma excreção de nitrogênio maior que a ingestão, ou balanço nitrogenado negativo, indica a utilização da proteína para obter energia e uma possível espoliação dos aminoácidos, principalmente aqueles provenientes do músculo esquelético. Pode ocorrer até mesmo quando a ingestão de proteína ultrapassa o padrão recomendado se o organismo cataboliza a proteína em virtude da ausência de outros nutrientes energéticos. (1) Crianças em crescimento; (2) Durante a gravidez; (3) Na recuperação após uma enfermidade; (4) Durante o treinamento com exercícios de resistência em que as células musculares promovem a síntese de proteínas. Liberação de energia pelas proteínas Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física Fatores determinantes da mistura metabólica durante o exercício: – Aptidão/nível de treinamento; – Intensidade e duração/volume; – Estado nutricional Dinâmica do metabolismo das gorduras durante a atividade física Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física A degradação de proteínas e a gliconeogênese desempenham incontestavelmente um papel no exercício de endurance ou no treinamento intenso e frequente; Os níveis das enzimas necessárias para a transformação são aumentados pelo treinamento a fim de facilitar ainda mais a utilização da proteína como substrato energético. Depois de 4 h de exercício leve e contínuo, a produção hepática de glicose derivada da alanina representa cerca de 45% da liberação total de glicose pelo fígado. Intensidade e duração/volume: Ciclo alanina-glicose A gliconeogênese hepática do arcabouço de carbono dos aminoácidos sustenta uma tentativa do corpo de manter a glicose sanguínea para o funcionamento do sistema nervoso central. O ciclo de alanina-glicose produz de 10 a 15% da demanda energética total do exercício. Intensidade e duração/volume: A degradação de proteínas aumenta apenas moderadamente na maioria das modalidades e intensidades de atividade física Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física Contudo, a síntese de proteínas musculares aumenta substancialmente após atividades físicas. Intensidade e duração/volume: Logo, é necessário que hajam aminoácidos para suprir essa maior utilização seguida de maior síntese, justificando-se uma reavaliação das recomendações de ingestão de proteínas para pessoas envolvidas em treinamento intenso Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física Estado nutricional/disponibilidade de glicogênio: • A utilização de proteína para obtenção de energia alcança seu maior nível durante o exercício no estado de depleção de glicogênio. • Isso ressalta o importante papel dos carboidratos como preservadores de proteína. Os atletas em treinamento devem consumir uma dieta rica em carboidratos com energia adequada para conservar a proteína muscular. Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física A utilização aumentada de proteína para a obtenção de energia e a síntese proteica deprimida durante a atividade física intensa explicam, em parte, por que os indivíduos que fazem treinamento de força para aumentar o tamanho dos músculos geralmente evitam exercícios de endurance que causam depleção de glicogênio, a fim de evitar o potencial de catabolismo ou “demolição” do músculo. Dinâmica do metabolismo das proteínas durante a atividade física • Pelo aumento das enzimas necessárias para essa transformação (aminotransferases), o treinamento físico regular intensifica a síntese hepática de glicose a partir dos arcabouços de carbono de compostos diferentes dos carboidratos. • Isso facilita a homeostasia da glicose sanguínea durante a atividade física prolongada. Estado de treinamento: Obrigado !!! akgprado@gmail.com
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