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Aula 09 - Processo de Mediação e Conciliação

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Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos (Mediação e Conciliação Judicial)
AULA 9
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
CONCEITO TÉCNICO DE MEDIAÇÃO
…um processo autocompositivo segundo o qual as partes em disputa são auxiliadas por uma terceira parte, neutra ao conflito, ou um painel de pessoas sem interesse na causa, para auxiliá-las a chegar a uma composição. Trata-se de uma negociação assistida ou facilitada por um ou mais terceiros na qual se desenvolve processo composto por vários atos procedimentais pelos quais o(s) terceiro(s) imparcial(is) facilita(m) a negociação entre pessoas em conflito, habilitando-as a melhor compreender suas posições e a encontrar soluções que se compatibilizam aos seus interesses e necessidades.
(Cf. YARN, Douglas E. Dictionary of Conflict Resolution. São Francisco: Ed. Jossey‑Bass Inc., 1999. p. 272; AZEVEDO, André Gomma de (Org.). Estudos em arbitragem, mediação e negociação. Brasília: Ed. Grupos de Pesquisa, 2004. v. 3. p. 313.)
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
CONCEITO TÉCNICO DE MEDIAÇÃO 
Mediação e conciliação: métodos autocompositvos de resolução de conflitos. 
Formas de autocomposição:
Direta ou bipolar: Negociação
Indireta, triangular ou autocomposição assistida: Conciliação e mediação. 
Mediação: Aplicação de todas as técnicas autocompostivas sem restrição de tempo, por meio de um planejamento sistêmico. 
Conciliação: Processo autocompositivo ou uma fase do processo heterocompositivo, com aplicação de algumas técnicas autocompostivas e com restrição de tempo como regra. 
Conciliador pode apresentar apreciação do mérito ou recomendação de uma solução como justa enquanto na mediação estas recomendações não são cabíveis.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
CONCEITO TÉCNICO DE MEDIAÇÃO 
Não é legítimo o adiantamento ou previsão de sentença para estimular as partes a um acordo, pois viola os princípios da ampla defesa e do devido processo legal (art. 5º, LIV e LV, CF/88).
Segundo Riskin, as orientações do mediador podem variar quanto:
1) definição do objeto da autocomposição:
Restrita: pontos controvertidos
“Como o senhor vê a questão do pagamento pelo conserto do veículo se resolvendo de forma justa?”. 
b) Ampla: Abordar interesses comerciais, relacionais, pessoais
“Considerando que o senhor já é cliente da oficina do João Cerzido há vários anos, e manifestou que se sentiu mal com essa situação, qual gesto o senhor consideraria eficiente para transmitir ao Sr. Cerzido que tudo isso foi apenas um mal entendido?” 
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
CONCEITO TÉCNICO DE MEDIAÇÃO 
2) Papel desempenhado pelo mediador:
Facilitador: Não expressa opinião sobre o mérito da questão, apenas age como facilitador ou administrador da negociação, estabelecendo regras básicas, facilitando o intercâmbio de informações, estrutura uma agenda e estrutura o fechamento das discussões. 
Avaliador: Aprecia propostas e argumentos das partes e recomenda termos de acordo, oferece como especialista uma avaliação do caso, recomendações sobre o conteúdo do acordo, e exerce fortes pressões para as partes aceitarem as recomendações.
Pesquisas realizadas no Brasil apontam que as mediações facilitadoras proporcionam maior grau de satisfação do usuário com índices de composição mais elevadas. (TJDFT).
Literatura estrangeira entende que a mediação avaliadora não pode ser considerada mediação. 
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
SUJEITOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
1-PARTES
As partes possuem a opção de não se manifestarem durante a mediação.
Se houver discussões com a outra parte e não resultar em acordo, o termo final será redigido apenas com as disposições que tenha concordado expressamente.
O mediador deverá destacar que nada será feito sem a vontade das partes e que a participação destas é voluntária. 
2-ADVOGADOS
Devem apresentar soluções criativas e esclarecer os direitos das partes representadas. 
Na maior parte da mediação não se manifestam, deixando que as partes se expressem livremente para que possam se entender diretamente.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
SUJEITOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
3-MEDIADOR
Exerce o múnus público de auxiliar as partes a compor a disputa. 
Deve agir com imparcialidade e adotar a confidencialidade. 
Deve deixar claro às partes que não comentará o conteúdo das discussões nem com o juiz, excetuado seu supervisor, para que as partes tenham confiança e falem abertamente. 
Falta de confidencialidade: responsabilização civil e criminal prevista no art. 154 do Código Penal (crime de violação de segredo profissional).
Proteção para não prestar testemunho: Art. 229 CC, art. 207 CPP e art. 30 Lei 13.140 (Lei mediação). 
4-COMEDIADOR
Dois ou mais mediadores conduzindo o processo.
Permitir que as habilidade e experiências de mais mediadores ajude na solução da disputa.
Oferecer perfis culturais ou gêneros diversos, com menor probabilidade de tendenciosidade e parcialidade.
Treinamento supervisionado de mediadores aprendizes. 
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
SUJEITOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
5-JUIZ
Caso constate necessidade das partes se submeterem a mediação, deve estimula-las e a seus advogados, indicando os seguintes pontos: 
i) Explicar no que consiste a mediação, como funciona o serviço de mediação forense e qual a importância da presença das partes;
ii) Explicar porque a possibilidade da mediação está sendo apresentada às partes; e
iii) Responder a questões específicas frequentemente apresentadas por advogados das quais se exemplificam: 
se é necessária a mediação forense mesmo se as partes já tentaram negociar; 
se o acordo realmente se mostra, diante de determinado caso concreto, como a melhor solução; 
se em determinados casos em que há grande envolvimento emocional a mediação forense deve ser utilizada; 
como proceder em casos em que o acordo não é possível; 
se a mediação é recomendável em disputas nas quais as partes divergem exclusivamente acerca de questões de direito.
O Juiz não deve atuar como mediador ou conciliador, haja vista que tem outras atividades relevantes, deve apenas atuar no sentido de estimular, acompanhar e fiscalizar o processo de mediação.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
ESTRUTURA DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
1-Flexibilidade procedimental
Conjunto de atos coordenados lógica e cronologicamente.
Mediador possui a liberdade de flexibilizar o procedimento em abordagens específicas, conforme o progresso das partes.
Cada mediador pode desenvolver o seu próprio estilo. 
2-Sessões individuais
Prerrogativa do mediador realizar sessões individuais com as partes se considerar conveniente.
3-Tom informal
Estímulo ao diálogo, não devem se apresentar como figuras de autoridade.
A autoridade é obtida com o nível de relacionamento.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
ESCOPO DA MEDIAÇÃO 
O conflito tem um escopo muito mais amplo do que a lide processual.
No processo atém-se à petição inicial e à contestação, que é levado ao judiciário e o juiz deve decidir nos limites do pedido.
Há outros interesses que podem estar na origem do conflito e não são visualizados na lide processual: relacionamento anterior entre as partes, necessidades e interesses, valores das partes, forma com que se comunicam. 
Assim, a mediação deve considerar os aspectos emocionais, que não são levados em conta no processo.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
BENEFÍCIOS DA MEDIAÇÃO 
1-Empoderamento das partes: busca pela restauração do senso de valor e poder da parte para que ela possa resolver seus conflitos. 
2-Oportunidade das partes de falarem sobre seus sentimentos em ambiente neutro: facilitação do mediador. 
3-Manter ou melhorar o relacionamento anterior entre as partes.
4-Celeridade e baixo custo. 
Requisitos para alcançar estes benefícios:
1-Espaço físico adequado;
2-Não estabelecer limite de tempo;
3-Proximidade do conflito diminuiu a possibilidade de sucesso: envolvimento.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
PROCEDIMENTOS DA MEDIAÇÃO 
Processo: Tem por finalidadea solução do conflito e a superação dos fatores que levaram a disputa.
Procedimento: Etapas que o mediador segue para alcançar esta finalidade. 
1-Início da mediação
Apresentação do mediador;
Como prefere ser chamado;
Explicação do que é a mediação, suas fases e garantias;
Pergunta às partes como querem que sejam chamadas;
Estabelece um tom apropriado em linguagem informal;
Linguagem corporal deve refletir serenidade e objetividade. 
2-Reunião de informações
Exposição pelas partes;
Mediador deve ouvir com atenção;
Elaboração de perguntas pelo mediador para elucidar questões. 
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
PROCEDIMENTOS DA MEDIAÇÃO 
3-Identificação de questões, interesses e sentimentos
Resumo pelo mediador do conflito com linguagem positiva e neutra;
Neste momento impõe-se ordem à discussão e é uma forma de recapitular o que foi exposto pelas partes.
4-Esclarecimento de controvérsias e interesses
Formulação de perguntas às partes para elucidar questões controvertidas, por meio de técnicas. 
5-Resolução de questões
Condução das partes a analisarem possíveis soluções. 
6-Registro de soluções encontradas
Mediador e partes testam a solução encontrada e se satisfatória, redigem o acordo.
Em caso de impasse, será realizada uma revisão e discutidos próximos passos.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
A FORMAÇÃO DO MEDIADOR 
Desenvolvimento de habilidades em um curso de técnicas autocompositivas.
Qualquer pessoa com qualquer tipo de personalidade pode se tornar um mediador, através de treinamento em habilidades, mas é mais eficiente quando a pessoa tenha características pessoais adequadas. 
Não há um mediador perfeito, este deve continuamente aperfeiçoar tecnicamente.
Habilidades de um mediador eficiente;
» aplicar diferentes técnicas autocompositivas de acordo com a necessidade de cada disputa;
 » escutar a exposição de uma pessoa com atenção, utilizando de determinadas técnicas de escuta ativa (ou escuta dinâmica) – a serem examinadas posteriormente.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
A FORMAÇÃO DO MEDIADOR 
Habilidades de um mediador eficiente;
» inspirar respeito e confiança no processo;
 » administrar situações em que os ânimos estejam acirrados;
 » estimular as partes a desenvolverem soluções criativas que permitam a compatibilização dos interesses aparentemente contrapostos;
 » examinar os fatos sob uma nova ótica para afastar perspectivas judicantes ou substituí‑las por perspectivas conciliatórias;
 » motivar todos os envolvidos para que prospectivamente resolvam as questões sem atribuição de culpa;
 » estimular o desenvolvimento de condições que permitam a reformulação das questões diante de eventuais impasses;
 » abordar com imparcialidade, além das questões juridicamente tuteladas, todas e quaisquer questões que estejam influenciando a relação (social) das partes.
PROCESSO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
A FORMAÇÃO DO MEDIADOR 
Treinamento ideal: 40 horas teóricas + 100 horas estágio supervisionado.
Experiência: 200 horas de mediações realizadas.
Participar no início como comediador: não há hierarquia entre os mediadores. 
Avaliação de usuários. 
Requisitos do mediador: pessoa capaz, graduada há pelo menos 2 nãos em curso superior e capacitado em escola ou instituição de formação de mediadores reconhecida pelos Tribunais ou pela ENFAM (art. 11, Lei 13.140/2015).
Devem ser inscritos em cadastro nacional e em cadastro do tribunal de justiça ou TRF, de acordo com sua área profissional (Art. 167, CPC).
QUESTIONÁRIO
O que são processos construtivos? 
Enumere três características de processos construtivos. 
Qual a importância do mecanismo de luta e fuga em processos de resolução de disputa? 
O que são espirais de conflito? Qual a importância de se compreender a escalada de conflitos? 
Qual é a importância do equilíbrio de Nash para a mediação? 
A mediação pode ser utilizada com "partes antiéticas"? 
Cabe ao mediador fazer uma análise da eticidade da conduta das partes? 
Seria adequado ao mediador pedir à parte que coopere? 
Além de ganhos financeiros quais outros podem ser considerados pelos participantes de processos de resolução de disputas? Por que isso se mostra tão importante para a mediação? 
Por que em relações continuadas pode‑se afirmar que existe uma solução conceitual pela cooperação? 
Quais significados distintos podem existir para a expressão "vencer uma disputa (ou um conflito)"? 
12. O que é a negociação baseada em princípios? 
QUESTIONÁRIO
13. Por que o foco em interesses e não em posições se mostra recomendável na negociação e na mediação? 
14.O que é uma negociação integrativa? 
15.O que é a “melhor alternativa para um acordo negociado”? Qual a sua importância para a mediação? 
16.O que são habilidades autocompositivas? 
17.A utilidade dessas habilidades restringe‑se apenas às mediações? 
18.Qual outra forma de perceber um insulto? 
19.Como o mediador pode desenvolver as habilidades autocompositivas? 20.Por que a transformação de uma avaliação (ou julgamento) em observação se mostra importante em mediações? 
21. A mediação pode ser definida como um processo? Por quê? 
22. O que é autocomposição direta? E indireta? 
23. O que é comediação? 
24. Qual o papel do magistrado na mediação? 
25. Descreva um procedimento de mediação.

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