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*Colecistopatias* REFERÊNCIAS: CLÍNICA CIRÚRGICA USP, CLINÍCA MÉDICA USP A colecistolitíase (presença de cálculo na vesícula biliar) acomete aproximadamente 15% da população. A bile é composta por colesterol, sais biliares, lecitina, pigmentos, íons inorgânicos, bilirrubina conjugada, eletrólitos e água. Diariamente, são secretados cerca de 500 a 1.500 ml de bile pelo fígado. O transporte de água e solutos dependem da quantidade de sais biliares reabsorvidos e produzidos. Há também um transporte ativo independente de sódio, o qual é regulado por hormônios e drogas. Metabolismo do colesterol – o colesterol é uma substância importante para atividades metabólicas, como crescimento, diferenciação e regulação celular. Compõe a membrana plasmática e pode ser convertida em esteroides, lipoproteínas e sais biliares, além de compor a bile. A sua quantidade depende da ingesta alimentar e da síntese hepática. As lipoproteínas plasmáticas são uma das fontes para a sua produção. A síntese primária pelo fígado é responsável pela maioria do colesterol produzido. O colesterol livre pode ser armazenado na forma de ésteres de colesterol (metabólito inativo). Metabolismo dos sais biliares – os sais biliares são detergentes biológicos sintetizados pelo fígado. São produzidos a partir de reações de hidroxilação e redução do colesterol formando os ácidos biliares primários cólico e quenodesoxicólico. Há uma etapa limitante na produção dos ácidos biliares que ocorre quando se forma um grupo hidroxila na posição 7 do colesterol, reação catalisada pela 7 alfa-hidroxilase, a qual é inibida quando a produção dos ácidos biliares aumenta. Esses sais biliares primários são conjugados com a taurina e colina e, após a metabolização por bactérias da luz intestinal, formam os sais biliares secundários chamados de ursodoxicolato e litocolato. Quando a bile armazenada na vesícula é eliminada no intestino após liberação pós-prandial de colestoquinina, os sais facilitam a absorção dos lipídios e cerca de 99% são reabsorvidos no íleo terminal e retornam ao fígado, sendo perdido aproximadamente 500mg por dia através das fezes. Todo o volume circulante de sais biliares passa de 8 a 10 vezes por dia pelo ciclo entero-hepático. Metabolismo da bilirrubina – a decomposição da hemoglobina fornece o grupo heme, do qual a bilirrubina é sintetizada. A retirada do íon ferro do grupo heme forma a biliverdina. Esta sofre redução formando a bilirrubina não-conjugada (indireta) que é insolúvel em água e é transportada ao fígado. A bilirrubina indireta é conjugada no fígado por uma enzima chamada glucoronil-transferase, passando a ser solúvel (bilirrubina direta). Esta é secretada na bile em uma taxa de 300 mg por dia. Quando chega ao TGI, é reduzida pela flora bacteriana a urobilinogênio. O urobilinogênio é oxidado em urobilina. Cera de 70% da bilirrubina é excretada nas fezes, dando-lhe coloração amarelo-esverdeada. Hemólise – aumento da bilirrubina indireta. Doença hepatocelular – aumento da bilirrubina direta e indireta. Obstrução extra-hepática – aumento da bilirrubina direta. Uma série de fatores de risco estão envolvidos no desenvolvimento de cálculos biliares. Predomina na quinta década de vida e pode aumentar progressivamente com a idade. QUATRO F: forty, female, fat e fetile. Existem também fatores que promovem a diminuição da motilidade da vesícula biliar, como a gravidez, jejum prolongado e dietas com restrição calórica, que facilita o desenvolvimento de cristais de colesterol. Os cálculos podem ser classificados com base em seu aspecto macroscópico e predominância de colesterol ou bilirrubinato em sua composição. Cálculos de colesterol (80% dos casos) – são constituídos puramente por colesterol (cristais de colesterol) ou o tem como seu principal constituinte (mais de 50%) associado a uma mistura de sais de cálcio, pigmentos da bile, proteínas e ácidos graxos. O colesterol é insolúvel nas soluções aquosas e a sua solubilização depende de sua interação com lecitina e sais biliares. Os sais funcionam como detergentes biológicos e formam micelas (possui parte hidrofóbica e hidrofílica). A lecitina, que também é insolúvel a água, incorpora-se nessas micelas e este conjunto é capaz de solubilizar o colesterol, permitindo sua excreção. Uma vez que o colesterol excede sua solubilização máxima, ele pode cristalizar pelo processo denominado de nucleação e iniciar uma cascata de formação de sais biliares. Cálculos pigmentares – são compostos por alta concentração de bilirrubina ou de cálcio ionizado e baixa concentração de colesterol. Ocorre normalmente resultado da solubilização alterada da bilirrubina e outros pigmentos (correspondem a 15 a 25% dos cálculos biliares nos EUA). Existem dois tipos de cálculos pigmentares: marrons e negros. Em ambos, a bilirrubina indireta combina-se com o cálcio e forma o bilirrubinato de cálcio. Os cálculos negros estão associados a doenças hemolíticas como cirrose, anemia falciforme, nutrição parenteral prolongada, fibrose cística, síndrome de Gilbert, ressecções ileais, Doença de Chron e pacientes idosos. Normalmente, são encontrados somente na vesícula. Os cálculos marrons estão associados à estase biliar e à infecção bacteriana (E. coli, Bacteroides e Clostridium) ou parasitária. São primariamente encontrados nos ductos biliares. Lama biliar – consiste em fluido viscoso composto pela mistura de partículas e bile que ocorre quando os solutos se precipitam na bile. Microscopicamente, é composto por vários cristais e grânulos. Pode levar à cólica biliar, colangite aguda e pancreatite aguda. Exames para visualização dos cálculos: A US de abdome é o exame de escolha e mais sensível para detecção de litíase biliar. A TC possui menor sensibilidade (79%) para visualização desses cálculos. A colangiografia por RM não é utilizada para rastreamento da doença, porém, auxilia na investigação de dilatação das vias biliares, com alta sensibilidade (85%) para detecção de litíase biliar. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CRPE) tem valor diagnóstico e terapêutico, com alta sensibilidade (85-87%) e especificidade (100%) para determinar obstrução biliar e cálculos na via biliar. Porém não é um método de rastreio, pois é invasivo e com risco de complicações (colangite e pancreatite). A radiografia é útil para exclusão de causas agudas de dor abdominal. É a complicação mais frequente da litíase biliar. Os cálculos biliares estão presentes em 95% dos pacientes com colecistite aguda. Os outros 5% possuem colecistite aguda acalculosa. A obstrução do ducto cístico por um cálculo é o evento inicial no desenvolvimento da colecistite aguda. A duração e o grau de obstrução são fatores determinantes para a extensão da inflamação e da progressão da doença. Na maioria dos casos, cerca de 90%, a obstrução se desfaz e o processo inflamatório diminui, causando graus variáveis de fibrose da parede vesicular. Se a obstrução não se desfaz, há distensão e inflamação da vesícula que leva à isquemia e necrose da vesícula (5% dos casos). COMO DIFERENCIAR UM QUADRO DE COLECISTITE AGUDA E DE CÓLICA BILIAR? O quadro de dor em ambas é semelhante, entretanto na colecistite aguda o quadro perdura por mais de 6 horas. Sinais e sintomas: normalmente se inicia como dor em quadrante superior direito do abdome associada a anorexia, náuseas, vômitos e febre. História prévia de episódios similares é relatada porcerca de 75% dos casos. A dor pode irradiar ao longo do gradeado costal direito chegando até a ponta na escápula direita. Tipicamente o paciente pode referir dor à palpação profunda do hipocôndrio direito, com parada abrupta da inspiração profunda (sinal de Murphy). Em 30% dos casos, é possível palpar massa no hipocôndrio direito devido ao bloqueio do omento e alças intestinais em resposta ao processo inflamatório da vesícula. Nos casos não complicados, os leucócitos estão um pouco aumentados, a bilirrubina sérica pode estar aumentada, assim como, as transaminases, fosfatase alcalina, gama-GT e amilase podem estar discretamente elevadas. Diagnóstico: a ultrassonografia (98% de especificidade) confirma a presença de cálculos (aqueles com diâmetro maior ou igual a 15mm) – há falhas de enchimento na luz da vesícula biliar com focos hiperecogênicos e sombra acústica posterior. Para ter um quadro de colecistite calculosa SEMPRE DEVE HAVER CÁLCULO OBSTRUINDO O DUCTO CÍSTICO NA US. Outros achados: halos hipoecogênicos ao redor da vesícula biliar, espessamento da parede vesicular (maior que 3mm) e aumento do diâmetro da vesícula. Limitações – meteorismo colônico e duodenal e presença de ascite. A cintilografia é o método de imagem alternativo que utiliza HIDA para a visualização do sistema biliar. Em caso de obstrução do ducto cístico, a vesícula não é visualizada. Em 2007, foram propostas as diretrizes de Tóquio e atualizadas em 2012, com sensibilidade de 91,2% e especificidade de 96,9% para o diagnóstico de colecistite aguda. As suas limitações são a subvalorização de um quadro pouco sintomático e devido à baixa realização de PCR na investigação. Diagnóstico diferencial: pancreatite aguda, hepatite e apendicite aguda são os principais diagnósticos diferenciais. Outras: gastrite, úlcera duodenal, pneumonia, cálculos renais e diverticulite. Discretas elevações da amilase podem ocorrer tanto na colecistite aguda quanto na pancreatite, sendo esta com valores mais elevados. A apendicite geralmente cursa com dor em quadrante inferior direito do abdome. A gastrite está associada a ingesta abusiva de álcool ou AINES e está associada a náuseas e vômitos. Geralmente a dor é em queimação na região epigástrica. A pneumonia pode apresentar-se com dor em quadrante superior direito do abdome. Os achados da ausculta pulmonar e radiografia de tórax podem realizar o diagnóstico diferencial. Complicações: Empiema vesicular- crescimento bacteriano na bile e a vesícula sofre processo supurativo. Gangrena vesicular – normalmente é um achado cirúrgico. Indica doença avançada, na qual ocorre isquemia e necrose da parede da vesícula. Perfuração – complicação mais comum e pode ocorrer em 10% dos casos. Pacientes apresentam piora clínica com aumento da dor, peritonismo, febre, aumento da leucocitose, calafrios e hipotensão. A perfuração localizada com formação de abcesso sub-hepático é o tipo mais comum. Fístula colecisto-entérica e íleo-biliar – ocorre em 1 a 2%. Há a perfuração de órgão adjacente. Esse fato está associado com a passagem de grandes cálculos para outras vísceras abdominais. O duodeno é o local mais acometido (79%) seguido pela flexura hepática do cólon (17%). Tratamento da colecistite aguda: é importante diferenciar um quadro de cólica biliar e o evento inflamatório agudo da vesícula biliar (colecistite aguda). Cólica biliar: os AINES promovem melhora da dor com mais rapidez. O jejum deve ser adotado (diminui liberação de colecistoquinina e consequentemente diminui a motilidade da vesícula). Colecistite aguda: o paciente deve ser internado. Deve haver restrição de ingesta alimentar, reposição volêmica e sedação da dor. A utilização de sonda gástrica está indicada em pacientes com náuseas e vômitos associados a íleo ou distensão abdominal. A antibioticoterapia é recomendada para todos os pacientes e a escolha do medicamento deve se basear na penetração deste na árvore biliar. É preciso fazer o uso de antibiótico devido a quebra da barreira para micro-organismos, falicitando assim, a translocação destes. 1ª escolha: cefalosporinas de segunda geração (cefuroxima – parenteral e oral, cefaclor - oral); Paciente de alto risco (ictéricos, idosos ou diabéticos): metronidazol ou clindamicina para cobertura de anaeróbios. PARA COBRIR GRAM NEGATIVOS E ANAERÓBICOS PODE SER FEITO O USO DE: CEFTRIAXONA + METRONIDAZOL + AMPICILINA A colecistectomia é o procedimento de escolha para tratamento e deve ser realizada precocemente (preferivelmente nos primeiros três dias da doença), devendo ser a cirurgia laparoscópica como a forma rotineira. Nos casos graves, pode-se optar por estabilização inicial do paciente e posterior cirurgia. A cirurgia de urgência está indicada nos casos de complicações. A colecistostomia é um procedimento de exceção que consiste na drenagem da vesícula por meio de uma pequena laparotomia ou punção transcutânea guiada por ultrassom. Está indicada em casos graves associados a intenso processo inflamatório da vesícula biliar e que necessitam de procedimentos com baixo risco cirúrgico. Usar meperidina endovenosa ao invés de AINES em gestantes. A cirurgia é reservada para dor biliar recorrente e intratável e/ou complicações relacionadas. Na colecistite acalculosa, o quadro é decorrente de estase biliar e isquemia da mucosa da vesícula, porém sua fisiopatogenia não é bem esclarecida. Ocorre em pacientes em choque séptico, trauma grave, grandes queimados e cirurgia de grande porte não biliares. A estase biliar pode ser desencadeada por jejum prolongado ou hiperalimentação. Pode ocorrer em jovens com aids, infecção pelo citomegalovírus e/ou Criptosporidium. Refere-se aos pacientes portadores do processo inflamatório recorrente da vesícula biliar, associado à litíase vesicular. A presença de cálculo leva a irritação crônica da mucosa e são responsáveis pelos surtos de cólica biliar. Acomete principalmente o sexo feminino. Histologicamente, apresenta espessamento da parede da vesícula biliar e infiltrado inflamatório mononuclear. A principal causa é a obstrução intermitente do ducto cístico por cálculos biliares, gerando dor de caráter biliar ou episódios intermitentes de dor ou desconforto epigátrico que podem ocorrer em ciclos por meses ou anos. Sinais e sintomas: presença de dor recorrente no hipocôndrio direito, com irradiação para o mesogástrio, muitas vezes associado a náuseas e vômitos. A dor costuma ser desencadeada pela ingestão de dieta rica em gordura, e apresenta melhora progressiva (resolução do quadro em até 24 horas). Não há relação entre a intensidade da dor e a gravidade do processo inflamatório. Muitos pacientes apresentam quadros inespecíficos, como sintomas dispépticos, intolerância à gordura, má digestão e flatulência. Diagnóstico: o diagnóstico é baseado na presença de surtos da dor abdominal, associado à litíase biliar. O exame de escolha é a ultrassonografia abdominal, com elevada sensibilidade de 95 a 98%. A radiografia só permite a identificação dos cálculos radiopacos (10% dos casos) e o diagnóstico de vesícula de porcelana. A imagem sugestiva combinada com a história de episódios de dor biliar sugere colicistite calculosa crônica. Complicações: a principal é a colecistite aguda (cerca de 20% dos casos crônicos apresentam a colecistite aguda). Tratamento: a colecistectomia eletiva é o tratamento de escolha, sendo a via laparoscópica com realizaçãode colangiografia intra-operatória a mais indicada. Pacientes portadores de doenças graves com risco cirúrgico elevado podem ser tratadas de forma expectante, por meio de medicação sintomática, oferta de dieta leve pobre em gordura e controle dos surtos de cólica biliar. Outra opção para esses casos seria o uso de ácido ursadesoxicólico (dose de 10mg/kg/dia por 6-8 meses) para dissolver os cálculos, porém esse método apresenta baixa resolutividade e devem ser indicados nos casos de cálculos de colesterol menores que 1 cm, não calcificados e com vesícula funcionante. APÓS A COLECISTECTOMIA, É COMUM OCORRER A DILATAÇÃO DO COLÉDOCO. É a doença mais prevalente das vias biliares. Seu diagnóstico ocorre de modo incidental, principalmente durante a realização de US abdominal. Esses pacientes normalmente seguem curso benigno, e aproximadamente 2% vão desenvolver alguma complicação grave. A maioria (90%) desenvolvem sintomas antes destas complicações. Há relação direta de colecistolitíase e carcinoma de vesícula biliar. Maior incidência de sintomas e complicações em pacientes portadores de microlitíase. Devido ao risco de complicações graves, justifica-se a realização de colecistectomia profilática. Este diagnóstico refere aos pacientes com sintomas clássicos de cólica biliar na ausência de cálculos biliares e diante de exames de investigação diagnósticas normais, incluindo US, EDA, colonoscopia e TC, sendo por isso, um diagnóstico de exclusão. A indicação cirúrgica é controversa e pode ser baseada na cintilografia hepática e de vias biliares seguida de colecistoquinina (colencintilografia). Pacientes com retardo do esvaziamento da vesícula biliar podem apresentar resolução dos sintomas após realização de colecistectomia. O US abdominal possui baixa acurácia para avaliar obstrução extra-hepática precoce. O calibre normal do colédoco é de 6mm até os 60 anos. REGRA DO CALIBRE NORMAL DO COLÉDOCO: 70 ANOS = NORMAL ATÉ 7MM; 80 ANOS= NORMAL ATÉ 8MM; 90 ANOS= NORMAL ATÉ 9MM; 100 ANOS= NORMAL ATÉ 10MM. A colangio-RM é a técnica invasiva mais confiável para avaliação de coledocolitíase, com acurácia semelhante à CRPE. Suas principais limitações são lama biliar no colédoco, cálculos menores que 3mm de diâmetro e alto custo. A CRPE permanece como técnica padrão-ouro para diagnóstico das doenças dos ductos biliares. Critério perioperatório para coledocolitíase: presença de cálculo no ducto cístico. Em pacientes com colecistolitíase e coledocolitíase devem realizar a CRPE antes ou após a colecistectomia. Se a probabilidade for alta de ter coledocolitíse, realiza-se papilotomia endoscópica pré-operatória e extração de cálculo. Se a probabilidade for baixa, a CRPE não deve ser realizada, optando-se por estudo das vias biliares por métodos não invasivos, como a colangio-RM. Descrita pela primeira vez como “febre hepática” em pacientes com dor abdominal, febre e icterícia. COLANGITE = INFECÇÃO BILIAR + OBSTRUÇÃO PARCIAL/COMPLETA DA VIA BILIAR É uma grave complicação decorrente da estase da bile e de infecção bacteriana na via biliar que deve ser tratada rapidamente, com chance de sepse e óbito. A obstrução progressiva aumeta a pressão intraductal que, eventualmente, leva ao refluxo colangiovenoso e colangiolinfático. A translocação de bactérias para a corrente sanguínea resulta em septicemia com altíssimo índice de mortalidade. Caracteriza-se por febre, icterícia e dor abdominal (Tríade de Charcot). Quando esta tríade se associa com alteração do nível de consciência e hipotensão, ela é denominada de Pêntade de Reynolds. Diagnóstico – alguns sugerem que o diagnóstico deve ser baseado em sinais e sintomas clínicos; outros utilizam evidências radiológicase/ou endoscópicas de material purulento na via biliar e/ou obstrução da via bliar. Tratamento – deve ser direcionado para infecção biliar e obstrução. O tratamento baseia-se na antibioticoterapia e realização da drenagem da via biliar. Casos leves – curso de 2 a 3 dias de monoterapia com combinação de penicilina/inibidor da betalactamase (piperacilina/tazobactan ou ampicilina/subactam) Casos moderados a graves- no mínimo 5 a 7 dias com agentes de amplo espectro, como cefalosporinas de terceira geração e quarta geração ou penicilina/inibidor da betalactamase. A ampicilina tem grande ação nas infecções na via biliar porque é excretada na bile. Caso haja falhas no tratamento, pode -se optar por fluorquinolonas e carbapenêmicos. A drenagem biliar pode ser realizada pelo CRPE, colangiografia transparietopática (CTPH), US endoscópica ou cirurgia aberta.
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