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Advogado OAB/
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
 ÁPICE ENGENHARIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob CNPJ de nº [...], situado nesta comarca de Fortaleza/CE, Rua [...], n° [...], Bairro [...], inconformada com a decisão de fls. [...], proferida nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, em trâmite na 1º Vara Cível de Fortaleza/CE, processo nº [...], promovida por JÚNIA SANTOS, brasileira, maior, casada, Administradora, inscrita sob o CPF nº [...] e RG de nº [...], endereço eletrônico, residente e domiciliada em Fortaleza/CE, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por sua advogada infra-assinado, com escritório profissional declinado ao rodapé, com fulcro no art. 1.015, IX, do Código de Processo Civil, interpor o presente:
	AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO
I - DO PREPARO
 Em respeito ao disposto pelo art. 1.017, §1º do NCPC, junta-se aos autos o respectivo comprovante do recolhimento de custas judiciais.
II - DA TEMPESTIVIDADE
 A interposição do presente agravo é tempestiva pois a intimação da decisão que originou o presente agravo se deu na data de 10/10/2018, deste modo o citado prazo findaria na data de 31/10/2018, de acordo com o disposto no art. 1.003, §5º do NCPC.
III - DOS ADVOGADOS
 Os advogados que atuam nos autos principais são:
Pelo agravante: Advogado, portador da cédula de identidade nº [...], Advogado com registro na OAB sob o nº XXX-XX, residente e domiciliado sito à rua [...], bairro [...], na cidade de [...], Estado de [...], endereço eletrônico [...], com escritório situado à rua [...], bairro [...], cidade de [...], Estado de [...].
Pelo agravado: Advogado, portador da cédula de identidade nº [...], Advogado com registro na OAB sob o nº XXX-XX, residente e domiciliado sito à rua [...], bairro [...], na cidade de [...], Estado de [...], endereço eletrônico [...].
IV – DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS (Art. 1.017, incisos I e III, CPC)
 A agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pela advogada nos termos do art. 425, IV do Código de Processo Civil e, encontram-se as seguintes peças obrigatórias:
1 – Cópia da r. decisão agravada (fls...)
2 – Cópia da certidão da intimação da r. decisão agravada (fls...)
3 – Cópia da procuração outorgada às advogadas (fls...)
4 – Cópia da Petição Inicial (fls...)
5 – Contestação da agravante (fls...)
 Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (Art. 1.016, caput, CPC) para que, seja inicialmente e, com urgência, submetido para análise do pedido de efeito suspensivo ao recurso (Art. 1.019, I, CPC).
Termos em que, 
Pede deferimento.
LOCAL_______, DATA_______.
ADVOGADO (A)
OAB/
DAS RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
Agravante: Ápice Engenharia Ltda
Agravada: Júnia Santos
COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES.
I – DOS FATOS
 A agravada adquiriu o apartamento 201 e uma vaga de garagem no Edifício Belo Lar, situado na capital cearense. A vendedora foi a agravante Ápice Engenharia Ltda. O apartamento foi entregue à agravada em 10 de julho de 2014. Contudo, ao receber o apartamento, esta notou que o acabamento interno estava diferente do que constou no panfleto de propaganda divulgado pela agravante à época em que adquiriu o imóvel. Além disto, a vaga de garagem ao lado da adquirida pela agravada foi vendida a uma pessoa que não tinha nenhuma outra unidade no prédio, embora a Convenção de Condomínio entregue à agravada não contenha nenhuma previsão expressa autorizando a prática deste ato. Por este motivo, a agravada ajuizou a presente ação. A agravante recorreu da decisão, alegando que o panfleto de propaganda contém a seguinte previsão: “este panfleto é meramente ilustrativo, sendo o acabamento do imóvel definido no contrato celebrado com a construtora”.
 Alegou ainda, que o contrato celebrado entre as partes contém previsão de que o acabamento do apartamento 201 seria exatamente como foi entregue. Também alegou que a Convenção de Condomínio foi alterada pelos condôminos, permitindo a venda e locação de vagas a terceiros, estranhos ao condomínio, o que poderia ser confirmado pelo síndico do prédio, Sr. Ademar Silveira, o qual se dispôs a se manifestar no processo afim de esclarecer a situação, tendo em vista que também vendeu uma de suas vagas a terceiro não condômino, pelo que requereu a intervenção de Ademar no processo. Além disso, o contrato celebrado entre as partes previa que a agravada também compraria uma loja do Edifício Belo Lar no prazo de até 10 anos, período durante o qual a construtora se comprometeu a alugá-la à agravada e a não aliená-la a terceiro. Ocorre que a agravada não efetuou o pagamento dos alugueis nos últimos 4 anos, ensejando o pagamento dos valores em atraso acrescidos da correção e multa de 2% ajustada no item 8.3 do referido contrato. 
II – DO DIREITO E DAS RAZÕES DA REFORMA DA DECISÃO
 O Sr. Ademar Silveira é síndico do Edifício Belo Lar e acompanhou a alteração da Convenção de Condomínio, para que desta constasse a permissão para venda de vagas de garagem a terceiros não condôminos. Além disto, também promoveu a venda de uma de suas vagas a uma pessoa que não era condômina do prédio antes desta aquisição. Portanto, a intervenção deste poderá comprovar a alteração da Convenção, conforme art. 1.331, do CC:
Art. 1.331 - Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§1º - As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012)
(grifo nosso).
 Pela intervenção o terceiro torna-se parte ou coadjuvante no processo pendente, devendo sua existência à necessidade de evitar resultados contraditórios e diminuir o número de processos. Presente o interesse jurídico, é possível a intervenção do assistente
Art. 119 - Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único - A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.
Art. 120 - Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único - Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
 
III – DOS PEDIDOS
Por todas as considerações destacadas, requer:
a) Seja o presente recurso reconhecido nos termos do art. 1.019, I, CPC;
b) Seja o presente recurso recebido na forma de agravo de instrumento, oficiando o Juízo “a quo”, nos termos do art. 1.018, CPC;
c) A reforma da r. decisão para autorizar a intervenção de terceiro no processo, nos termos do art. 119, CPC;
d) A ré seja intimada para no prazo de 15 (quinze) dias, conforme estabelece o Art. 1.019, II, do Código de Processo Civil para apresentar contrarrazões.
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL_______, DATA_______.
ADVOGADO (A)OAB/
Endereço/Telefone/E-mail