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TCC-Vivian Schettino Vasconcelos SUPERVISAO ESCOLAR

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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – UM PASSO PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE
Vívian Schettino Vasconcelos�
RESUMO 
A avaliação institucional da escola básica ainda não se constitui uma prática consolidada no contexto da educação brasileira. Ela contribui para a consolidação de princípios e conceitos que fundamentam o trabalho na Rede Pública de Ensino e estrutura o cotidiano das escolas, como gestão democrática, participação, conhecimento como construção do sujeito, avaliação emancipatória, dentre outros. A importância de refletir com a comunidade escolar as dificuldades e possibilidades da qualidade de Ensino da Rede Pública, estimular o aperfeiçoamento das instituições e das políticas educacionais envolvendo toda a comunidade escolar na produção de diagnóstico e de alternativas para qualificar a educação pública estadual justificam a pesquisa bibliográfica em relação a este tema tão atual e rotineiro em todas as Unidades Escolares. Verificou-se a importância da Avaliação Diagnóstica nas Unidades de Ensino da Rede Pública configurando um instrumento de gestão, aprofundando o controle público com inovação, participação e transversalidade, que explicitam os processos e faz o diagnóstico qualitativo e quantitativo.
Palavras-chave: Avaliação Institucional. Educação. Qualidade. Desafios. Aprendizado.
INTRODUÇÃO
	Atualmente, para que se atinja uma educação de qualidade social com cidadania, é indispensável que as instituições educacionais elaborem planejamento de gestão pautado por um método participativo e pedagógico e monitorem sua execução permanentemente. Esses procedimentos permitirão a análise constante do processo de ensino-aprendizagem e dos seus resultados e a utilização desses dados como elementos de reorganização e ressignificação da prática escolar. Também concorrerão para estabelecer ações que promovam uma cultura pedagógica comprometida com a aprendizagem de todos. 
	A avaliação da escola deve ser diferenciada da avaliação da aprendizagem dos alunos, mesmo que ambas estejam bastante relacionadas e sejam inclusive interdependentes. A avaliação da aprendizagem, serve tanto para a análise do desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, quanto como parâmetro para a avaliação do trabalho do professor. A análise das condições institucionais da escola pode ajudar, diversas vezes, inclusive a explicar os resultados da avaliação da aprendizagem e a avaliação da aprendizagem, por seu turno, é um importante referencial para a avaliação institucional ( SOUZA, et al. 2015).
	Se indicadores do contexto escolar ou da performance escolar ajudam as escolas e suas comunidades a monitorar a qualidade e a igualdade de oportunidades disponíveis aos estudantes, se eles provêm ricas informações para a solução de problemas locais da escola, então eles apoiarão processos de tomada de decisões responsáveis e, ao longo do tempo, mais educação com controle social (DARLING, et al. 1991). 
	Quando a escola se organiza para construir um processo de avaliação institucional, a partir do planejamento participativo, conforme já vimos em outra unidade do curso, ela conecta de forma substantiva gestão e avaliação, ou dito de outra forma, a avaliação do conjunto do trabalho da escola como instituição educativa como subsídio do processo de planejamento é um instrumento de gestão democrática desta instituição. Isto deve ter como ponto de partida o aluno, mas a avaliação institucional não se esgota nos elementos que podem ser observados diretamente nos alunos, é preciso considerar também aqueles aspectos que são mediadores do processo pedagógico ( SOUZA, et al. 2015).
	A avaliação institucional também contribui para a consolidação de princípios e conceitos que fundamentam o trabalho na Rede Pública de Ensino e estrutura o cotidiano das escolas, como gestão democrática, participação, conhecimento como construção do sujeito, avaliação emancipatória, dentre outros. A importância de refletir com a comunidade escolar as dificuldades e possibilidades da qualidade de Ensino da Rede Pública, estimular o aperfeiçoamento das instituições e das políticas educacionais envolvendo toda a comunidade escolar na produção de diagnóstico e de alternativas para qualificar a educação pública estadual justificam a pesquisa bibliográfica em relação a este tema tão atual e rotineiro em todas as Unidades Escolares.
	Este trabalho tem o objetivo de verificar a importância da Avaliação Diagnóstica nas Unidades de Ensino da Rede Pública configurando um instrumento de gestão, aprofundando o controle público com inovação, participação e transversalidade, que explicitam os processos e faz o diagnóstico qualitativo e quantitativo.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
	Durante o processo de avaliação institucional os indicadores qualitativos, tais como IDEB, taxas de aprovação, reprovação e abandono, devem ser considerados. Estas informações contribuirão na análise da realidade, bem como apontarão para as necessárias tomadas de decisão. A avaliação institucional deve ser considerada como uma ótima oportunidade de rever rumos e resultados, onde, todos os envolvidos têm responsabilidades. 
	A Resolução Nº 4/2010 do Conselho Nacional de Educação (CNE), trata das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, sendo que o inciso II do art. 46 trata da avaliação institucional interna e externa no ambiente educacional e, o inciso III trata da avaliação de redes de Educação Básica, temas explicitados nos art. 52 e 53 da mesma Resolução. Para o CNE (2010, p. 16): 
Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político pedagógico e detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em consideração as orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o conjunto de objetivos e metas a serem concretizados, mediante ação dos diversos segmentos da comunidade educativa, o que pressupõe delimitação de indicadores compatíveis com a missão da escola, além de clareza quanto ao que seja qualidade social da aprendizagem e da escola. 
Art. 53. A avaliação de redes de Educação Básica ocorre periodicamente, é realizada por órgãos externos à escola e engloba os resultados da avaliação institucional, sendo que os resultados dessa avaliação sinalizam para a sociedade se a escola apresenta qualidade suficiente para continuar funcionando como está. 
	A avaliação externa, para além de um efeito visível de legitimação discursiva, pois nas escolas a noção de qualidade técnico-racional é facilmente incorporada nos seus documentos, origina um efeito procedimental de realização da autoavaliação, considerando-se mais um efeito de uma lógica externa do que uma necessidade funcional da escola. Mesmo assim, os atores escolares, sobretudo educadores e professores, na base de estudos empíricos realizados, concordam com a afirmação de que a autoavaliação é um procedimento induzido pela obrigatoriedade da avaliação externa e que esta não tem contribuído para a melhoria das práticas escolares e consequentemente para a melhoria qualitativa do sucesso dos alunos (CALDAS, 2012). Noutros estudos empíricos, é reconhecido que a avaliação externa tem desempenhado um papel importante na consolidação do processo de autoavaliação (COSTA, et al. 2013). 
2. DILEMAS E DESAFIOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
	A avaliação institucional da escola básica ainda não se constitui uma prática consolidada no contexto da educação brasileira. A avaliação externa promovida pelos organismos oficiais como o SAEB, e com as recentes propostas da Prova Brasil e do IDEB, é uma avaliação do sistema educacional, em larga escala, que analisa a proficiência dos estudantes ao final de um ciclo da escolaridade. 
	Avaliação institucional da escola, conceitos, contextos e práticas realizada no interior das escolas, não está inserida nas várias ações nelas desenvolvidas, como uma análise sistemática da instituição com vistas a identificar suas fragilidades e potencialidades e a possibilitara elaboração de planos de intervenção e melhorias. Estudos e pesquisas revelam a carência de formação dos profissionais da escola para desenvolvê-la, devido ao desconhecimento de fundamentos teórico-metodológicos sobre a avaliação institucional (BRANDALISE, 2010).
	A palavra avaliação contém a palavra “valor” acrescida da palavra “ação”; portanto, não se pode fugir dessa concepção valorativa da ação educacional.(BRANDALISE, 2010).
	 Casali (2007, p.10) define avaliação, “de modo geral, como saber situar cotidianamente, numa certa ordem hierárquica, o valor de algo enquanto meio (mediação) para a realização da vida do(s) sujeitos(s) em questão, no contexto dos valores culturais e, no limite, dos valores universais.” Para o autor avaliar é reconhecer ou atribuir um valor. Em se tratando de valor em educação, ele defende que há que se adotar uma postura radicalmente ética e epistemológica. Os valores são histórica e culturalmente construídos, consequentemente a avaliação é histórica e cultural. Já que o valor só existe como referência mediadora de uma ação concreta, a decorrência disso é que a avaliação educativa não é um fim de processo, mas o seu meio. Existem três âmbitos de alcance dos valores, logo, das avaliações: “Há valores para um sujeito, há valores para uma cultura, há valores para a humanidade. O singular, o parcial, o universal. A avaliação é uma medida e uma referência de valor para um, ou dois, ou os três âmbitos.” (CASALI, 2007). 
	Na primeira, avaliação externa de iniciativa externa, geralmente há uma interpretação dos avaliados de que está se desencadeando um processo de fiscalização e controle do trabalho escolar, com objetivo de estabelecer medidas comparativas, rankings, ou ainda, com uma característica de punição ou premiação, para piores e melhores desempenhos. O que pode acontecer num processo de avaliação externa da escola é a geração de mecanismos internos de defesa, buscando dar aos avaliadores uma imagem distorcida da realidade escolar. 
	Na avaliação externa de iniciativa interna, a escola pode escolher um avaliador para atender seus interesses, que esteja de acordo com a filosofia adotada pela escola, e as informações podem ser ocultadas se os resultados forem contrários aos anseios e intenções da comunidade escolar. Quanto à avaliação interna, proposta pela própria instituição escolar, é preciso estar atento a diversos problemas que podem surgir como a hostilidade e a resistência. (BRANDALISE, 2010).
	Na avaliação institucional deve se refletir sobre as práticas ao processo avaliativo, a credibilidade ética profissional do avaliador, o caráter individualista da função docente, a falta de apoio técnico, logístico e de tempo, a impaciência pela obtenção dos resultados, a ocultação de informações fundamentais, a falta de motivação profissional, a imersão da equipe avaliadora na realidade avaliada, as pressões internas por interesses, a inércia institucional, ou seja, a própria cultura da escola (BRANDALISE, 2010).
	Tornar a avaliação um processo interno à escola como instituição, incorporar à cultura democrática a avaliação coletiva sobre os rumos que esta instituição deve seguir, não é apenas definir o que e como avaliar, mas implica decidir por que avaliar determinados aspectos em detrimentos de outros [e isto refere-se a uma concepção de escola e de sociedade] e implica decidir que medidas, que ações desenvolver a partir do conhecimento dos resultados: “Indicadores não substituem nem as ideias educacionais nem as decisões sobre que políticas devem ser implementadas” (DARLING, et al. 1991). Eles são mais uma bússola que pode indicar que caminhos seguir, mas é o sujeito que interpreta a bússola e decide que caminho seguir. 
 
3. O IMPACTO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA MELHORIA DA ORGANIZAÇÃO E APRENDIZADO ESCOLAR
	A avaliação institucional funciona a partir do momento em que cada escola, na busca da garantia da qualidade, assume a capacidade de autorregulação institucional e define estratégias de autoavaliação coercivas, discursivamente legitimadas pela avaliação externa. Duas ressalvas importantes se fazem necessárias: a primeira diz respeito ao fato de que este processo de avaliação institucional e a ampliação do controle social não podem estar desconectados da participação das pessoas que “fazem” a escola todos os dias: alunos e seus familiares, diretores e pedagogos, professores e funcionários. Pois quando as propostas inovadoras que surgem no cotidiano escolar se esquecem de incluir aquelas pessoas nos processos de tomada de decisão, via de regra, quedam-se fadadas ao insucesso, uma vez que essas pessoas não irão ajudar se responsabilizando em encontrar as soluções dos problemas, se elas não puderam participar do processo de gestão escolar que visava resolver esses mesmos problemas (DARLING, et al. 1991). 
	O projeto pedagógico e a avaliação institucional estão intimamente relacionados. A não existência de um desses processos ou a separação deles trará danos para a própria escola, Sem um projeto pedagógico que delimite a intencionalidade da ação educativa e ofereça horizontes para que a escola possa projetar seu futuro, faltará sempre à referência de todo o trabalho e suas concepções básicas. (FERNANDES, 2002). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A avaliação institucional não pode ser resumida apenas como atividade de coleta e divulgação de dados, como se esse procedimento provocasse as transformações necessárias para a melhoria da qualidade educacional. Deve ser entendida como um dos meios de viabilização de mudanças no trabalho docente, na gestão das instituições, nas definições curriculares e, acima de tudo, na estruturação da educação. A avaliação institucional permeia todos esses processos e pode auxiliar até mesmo na identificação dos sinais da evasão, reduzindo-a ou mesmo evitando-a. 
	Não cabe olharmos para a avaliação institucional como uma alternativa para controlarmos apenas as ações das pessoas que trabalham na escola, sob pena de esquecermos de fora a responsabilidade dos próprios alunos, ou o fundamental papel que têm as famílias dos alunos ou o importante dever que tem o Estado e a sociedade para com a educação pública. Deve-se pensar a escola como uma instituição que tem autonomia relativa em relação ao Estado, e na medida em que se realiza um processo de controle social sobre a escola, pelo conjunto de sujeitos envolvidos nestes processos profissionais e comunidade realiza-se ao mesmo tempo a avaliação da política educacional que sustenta a ação escolar. 
REFERÊNCIAS
BRANDALISE, Mary Ângela Teixeira. Avaliação institucional da escola: conceitos, contextos e práticas. Olhar de professor, Ponta Grossa, 13(2): 315-330, 2010. Disponível em <http://www.uepg.br/olhardeprofessor> 
CALDAS, Rosa. Impacto da avaliação externa na escola. Um estudo de caso numa escola do litoral norte. Dissertação (Mestrado). Universidade do Minho, Braga, 2012. 
CASALI, A. Fundamentos para uma avaliação educativa. In: CAPPELLETTI, I. F. Avaliação da aprendizagem: discussão de caminhos. São Paulo: Editora Articulação Universidade/Escola, 2007. 
Conselho Nacional de Educação. RESOLUÇÃO No 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 
COSTA, Natália; PACHECO, José Augusto. Impacto e efeitos da avaliação externa nas estruturas intermédias de gestão. In: CONGRESSO INTERNACIONAL GALEGO-PORTUGUÊS DE PSICOPEDAGOGIA, 12., 2013. Braga, Portugal. Atas..., Braga: Universidade do Minho, 2013. 
DARLING-HAMMOND, O. L. e ASCHER, C. Creating Accountability in big city schools. Urban Diversity Series, No102, march, 1991. 
FERNANDES, M. E. A. Avaliação institucional da escola e do sistema educacional: base teórica e con do projeto. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. 
Rio Grande do Sul. Secretaria de Estado da Educação. Sistema Estadual de Avaliação Participativa. Orientações para a elaboração da avaliação institucional. – Porto Alegre, 2014. – ( Caderno SEAP ; n.1. Planejamentoparticipativo na educação.) 
SOUZA, Ângelo Ricardo de Souza...[et al.]. Gestão e avaliação da educação escolar. Universidade Federal do Paraná, Pró-Reitoria de Graduação e Ensino Profissionalizante, Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores; Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. - Curitiba : Ed. da UFPR. 2005, p.32-38. 42 p. - (Gestão e avaliação da escola pública; 4). 
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	Professora do Ensino Fundamental da Rede de Piraí. Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Supervisão Escolar.�

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