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MONO - GLIBENCLAMIDA X GLIMEPIRIDA - final

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FACULDADE A VEZ DO MESTRE
PAULO HENRIQUE QUEIROZ BRITO
GLIMEPIRIDA x GLIBENCLAMIDA
Avaliação da melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento da diabetes mellitus (DM) tipo 2 no sistema único de saúde.
Palmas – TO
2015
PAULO HENRIQUE QUEIROZ BRITO
GLIMEPIRIDA x GLIBENCLAMIDA
Avaliação da melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento da diabetes mellitus (DM) tipo 2 no sistema único de saúde.
Monografia apresentada à Faculdade A Vez do Mestre, como parte das exigências do curso de pós-graduação latu sensu para a obtenção do título de Especialista em Farmacologia Aplicada à Prática Clínica.
Orientadora: Profª. Drª. Daniela Martins da Silva.
Palmas - TO
2015
PAULO HENRIQUE QUEIROZ BRITO
GLIMEPIRIDA x GLIBENCLAMIDA
Avaliação da melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento da diabetes mellitus (DM) tipo 2 no sistema único de saúde.
Monografia apresentada à Faculdade A Vez do Mestre, como parte das exigências do curso de pós-graduação latu sensu para a obtenção do título de Especialista em Farmacologia Aplicada à Prática Clínica.
Palmas, 27 de Março de 2015.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Drª Daniela Martins da Silva
________________________________________
Prof. 
________________________________________
Prof. 
RESUMO
O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica, presente em todas as faixas etárias e classes sociais. Não tem cura, mas tem tratamento, o que envolve um comportamento especial de autocuidado do paciente. Existem três tipos principais de DM, o tipo 1, o tipo 2 e o gestacional, e cada um deles exige uma forma de tratamento, que pode incluir, ou não, a farmacoterapia. Frente a esse cenário, e buscando compreender melhor o assunto, desenvolveu-se está pesquisa, cujo objetivo geral foi avaliar a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se a droga Glibenclamida ou a droga Glimepirida. Foram objetivos específicos: (a) Caracterizar o diabetes mellitus (DM) tipo 2; (b) Descrever as drogas Glibenclamida e Glimepirida; (c) Apontar as vantagens e desvantagens delas no tratamento da DM tipo 2. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de fontes secundárias em meio físico, como livros, revistas, artigos, monografias, teses e dissertações, além da mídia eletrônica, que permite maior acesso às informações na atualidade. Verificou-se que a Glibenclamida e Glimepirida são medicamentos utilizados para tratar o DM tipo 2. A primeira droga pertence à segunda geração de sulfoniluréias, enquanto a Glimepirida pertence à terceira geração. Observou-se que cada uma dessas medicações possui vantagens e desvantagens que devem ser observadas pelo médico no momento da prescrição. A Glibenclamida é considerada mais barata, o que é um fator bastante positivo dentro do sistema de saúde pública. Conforme a dosagem a ser utilizada, deve ser ministrada várias vezes ao dia, o que favorece ao esquecimento. Também contribui para o aumento do peso, o que é um problema importante, já que o DM tipo 2 tem como uma de suas causas a obesidade. Já a Glimepirida tem custo mais alto. Sua posologia envolve dose diária, o que favorece à adesão ao tratamento, fator importante para o controle metabólico. Verificou-se que variados estudos sugerem que a Glimepirida representa uma melhor alternativa terapêutica para pacientes com DM tipo 2. Conclui-se, portanto, que a Glimepirida representa uma opção terapêutica relevante, em virtude dos benefícios que podem proporcionar aos pacientes com DM tipo 2. Entretanto, o SUS ainda não adotou esse medicamento em sua lista de Assistência Farmacêutica. Dessa forma, caso o médico opte pelo esse medicamento, o paciente deverá fazer a aquisição particular.
Palavras-chave: Diabetes mellitus. Glibenclamida. Glimepirida. 
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ABSTRACT
Diabetes mellitus (DM) is a chronic disease, present in all age groups and social classes. There is no cure, but has treatment, which involves a special behavior of self-care of the patient. There are three main types of DM type 1, type 2, and gestational, and each requires a form of treatment, which may include, or not, pharmacotherapy. Faced with this scenario, and seeking to better understand the subject, is developed research, whose general objective was to evaluate the best first choice therapeutic option for the treatment of diabetes mellitus (DM) type 2, under the Unified Health System ( SUS), the drug glibenclamide or glimepiride drug. Specific objectives were: (a) characterize diabetes mellitus (DM) type 2; (B) Describe the glibenclamide and glimepiride drugs; (C) Point out the advantages and disadvantages of them in the treatment of type 2 diabetes It was a literature search, developed from secondary sources on physical media such as books, journals, articles, monographs, theses and dissertations, beyond the media electronics, allowing greater access to information today. It was observed that the glibenclamide and glimepiride are drugs used to treat diabetes mellitus type 2. The first drug belonging to the second generation sulfonylureas as glimepiride belongs to the third generation. It was observed that each of these medications have advantages and disadvantages that must be observed by the physician at the time of prescription. The Glibenclamide is considered cheaper, which is a very positive factor in the public health system. As the dosage to be used must be given several times a day, which favors forgotten. It also contributes to increasing the weight, which is a major problem, since type 2 diabetes has as one of its causes obesity. Glimepiride has already higher cost. Your dosage involves daily dose, which favors compliance to treatment, an important factor for metabolic control. It was found that various studies suggest that Glimepiride is a better therapeutic alternative for patients with type 2 diabetes It follows, therefore, that the Glimepiride is an important therapeutic option, given the benefits that can provide patients with type 2 DM . However, the system has not yet adopted this drug in its Pharmaceutical Services list. Thus, if the doctor chooses the this drug, the patient should make a particular purchase.
Keywords: Diabetes mellitus. Glibenclamide. Glimepiride.
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SUMÁRIO
71 INTRODUÇÃO	�
102 REFERENCIAL TEÓRICO	�
102.1 Diabetes mellitus: conceito e fisiopatologia	�
112.2 Tipos de DM	�
143 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	�
154 RESULTADOS E DISCUSSÃO	�
154.1 Glibenclamida e Glimepirida: medicamentos para o DM	�
154.1.1 Glibenclamida	�
164.1.2 Glimepirida	�
174.2 Comparações entre Glibenclamida e Glimepirida	�
174.2.1 Indicações	�
184.2.2 Posologia	�
194.2.3 Contra-indicações	�
194.2.4 Melhor escolha	�
235 CONCLUSÃO	�
25REFERÊNCIAS	�
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1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa se configura como Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Farmacologia Aplicada à Prática Clínica pela Faculdade A Vez do Mestre e apresenta suas justificativas para a escolha do tema, bem como a sua delimitação. Com a finalidade de contribuir para a produção científica e atingir certo grau de aprofundamento acadêmico, a pesquisa foi realizada pelo Aluno: Paulo Henrique Queiroz Brito. Grande parte do estudo inspira-se numa tentativa de compreender melhor a dinâmica da temática estudada. 
DELIMITAÇÃO DO TEMA
Para avaliar a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a presente pesquisa se organizou em torno de cinco etapas. A primeira é representada por esta Introdução, contendo a justificativa da pesquisa, os objetivos, o problema e a hipótese. Na segundaetapa consta o Referencial Teórico sobre a temática selecionada. Em seguida é apresentado o Percurso Metodológico da pesquisa. Na quarta etapa são tratados os Resultados da Pesquisa, comparando os medicamentos Glibenclamida e Glimepirida e apontando a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2, no âmbito do SUS. Por fim, constam as Considerações Finais, seguidas das Referências Bibliográficas.
Justificativas para a pesquisa
No Brasil é elevada a incidência de DM. A estimativa é que de sete a oito milhões de pessoas tenham a doença, sendo que metade não conhece o diagnóstico. Destas, 90% são do tipo 2; 8% a 9% são do tipo 1 e 1% a 2% estão relacionados a outras síndromes (CHACRA; DIB, 2007).
O DM é um grande problema na atualidade, apresentando uma incidência crescente. Apresenta uma elevada taxa morbi-mortalidade reduzindo assim na qualidade de vida dessas pessoas. O impacto na redução da expectativa de vida é considerável, torna-se menor em média de 15 anos para o DM tipo 1 e de 5 a 7 anos para o DM tipo 2. Dessa forma, a prevenção e o tratamento do DM e de suas complicações se torna uma prioridade de saúde pública, uma vez que, atinge muitas pessoas, geralmente causando várias complicações, o que gera grande despesa para controlar e tratar os sintomas. Além dos custos financeiros, o DM também ocasiona outros custos relacionados à dor, ansiedade, inconveniência atingindo o doente e sua família. Representa também carga adicional à sociedade, em virtude da perda do desempenho no trabalho, aposentadoria antecipada e mortalidade prematura.
Assim, o DM precisa de tratamento adequado, e um dos tratamentos possíveis é o uso dos hipoglicemiantes orais. A Glibenclamida e a Glimepirida são dois fármacos, considerados da segunda e terceira geração de medicamentos para o tratamento do DM. Oferecem vantagens em relação aos primeiros medicamentos disponíveis são indicados especificamente para tratamento do DM tipo 2. Ambos tem vantagens e contraindicações, conhecer essa realidade é importante no momento da prescrição.
Outro fator importante é o custo. Isso, especialmente num sistema de saúde público do tamanho que é o Sistema Único de Saúde (SUS), onde os custos são um empecilho ao bom funcionamento do processo. Dessa forma, conhecer e dispor de fármacos de baixo custo, com bom funcionamento e baixo nível de efeitos colaterais é fundamental para o sucesso do tratamento do DM tipo 2. 
Essa, portanto, é a justificativa para a realização deste estudo. 
PROBLEMA
A pesquisa foi realizada a partir do seguinte problema central: qual é a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Glibenclamida ou a Glimepirida? 
HIPÓTESE
Com base no problema central, a pesquisa apresenta a seguinte hipótese de trabalho: Acredita-se que a Glimepirida seja a melhor opção terapêutica para o DM tipo 2, em função, principalmente, de seus custos e por ser melhor hipoglicemiante para portadores de DM tipo 2. 
OBJETIVOS
Buscando compreender melhor o assunto, desenvolveu-se está pesquisa, cujo objetivo geral foi avaliar a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se a droga Glibenclamida ou a droga Glimepirida. 
Foram objetivos específicos: 
a) Caracterizar o diabetes mellitus (DM) tipo 2;
b) Descrever as drogas Glibenclamida e Glimepirida;
c) Apontar as vantagens e desvantagens delas no tratamento da DM tipo 2 
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2 REFERENCIAL TEÓRICO 
O referencial teórico desta pesquisa se firmou na caracterização do DM, apresentando seu conceito, fisiopatologia e caracterização dos dois tipos existentes: DM tipo 1 e DM tipo 2. 
2.1 Diabetes mellitus: conceito e fisiopatologia 
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica resultante da deficiência relativa ou absoluta de insulina produzida pelo pâncreas. Está presente em vários países, atingindo pessoas de todas as faixas etárias, inclusive as crianças e adolescentes. É uma doença incurável, que necessita de um comportamento especial de autocuidado do paciente (BRASIL, 2006). 
No pâncreas existe um conjunto de células chamadas ilhotas de Langerhans que secretam dois importantes hormônios diretamente na circulação sanguínea, a insulina e o glucagon. A insulina é secretada pelas células beta das ilhotas de Langerhans, sendo muito importante para a manutenção da homeostase de glicose, crescimento e diferenciação celular. A insulina é produzida quando os níveis de glicose e aminoácidos na circulação sanguínea se elevam depois de alguma refeição. A insulina age em uma grande parte das células do organismo, principalmente as células presentes em músculos e no tecido adiposo, ela regula a homeostase de glicose, diminuindo a produção hepática de glicose (gliconeogênese e glicogenólise) e aumentando a captação periférica de glicose nestas células. A insulina também estimula a lipogênese no fígado e nos adipócitos, ainda aumenta a produção e inibe a degradação de proteínas. Já o glucagon é produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans exerce função contrária à insulina, aumentando a concentração sanguinea de glicose. Um de seus efeitos são a glicogenólise o aumento da gliconeogênese. (CARVALHEIRA et al., 2002).
O DM é um distúrbio que envolve o metabolismo, caracterizada por hiperglicemia, que pode estar relacionada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, como: olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Resulta da deficiência de secreção e/ou ação de um hormônio proteico (insulina) onde ocorre a destruição das células beta pancreáticas, resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006).
Para Santana et al. (2006), DM é uma doença causada pela alta glicemia plasmática e seu surgimento ocorre devido ao déficit da secreção da insulina produzidas pelas células beta das ilhotas de Langerhans, localizadas no pâncreas.
O DM ainda pode ser classificado, segundo Bellehumeur et al. (2007), como uma doença resultante da falta do hormônio insulina ou pela resistência a insulina, o que aumenta os níveis sanguíneos de glicose. Além disso, no DM o fígado não produz glicose de forma adequada alterando o metabolismo, ocasionando problemas estruturais nos vasos sanguíneos e nervos. 
2.2 Tipos de DM
Os tipos de DM mais comuns são o DM1 e o DM2. Outro tipo de DM diagnosticado com maior frequência onde sua causa ainda não está esclarecida é o DM gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de DM, sendo encontrado durante as consultas de pré-natal. Outros tipos específicos de DM menos comuns ocorrem devido aos defeitos genéticos nas células beta do pâncreas, defeitos genéticos da ação da insulina, doenças do pâncreas, doenças endócrinas, efeito colateral de medicamentos, infecções e outras síndromes genéticas algumas vezes relacionadas com DM (BRASIL, 2006). 
Segundo Santos (2007), DM tipo 1 era conhecido como DM juvenil. Acreditava-se que atingia somente crianças ou adultos jovens. Atualmente sabe-se que a doença pode se desenvolver em pessoas de qualquer idade, apesar da maioria dos casos terem início com menos de 20 anos. O DM tipo 1 é caracterizado pela deficiência de insulina produzida pelo pâncreas. O que fez a doença ser conhecida como insulino-dependente, mas esse termo não é mais empregado para distanciar a ideia de basear o nome do problema a seu tratamento.
O DM1 é uma fisiopatologia que ocorre principalmente em pessoas com menos de 30 anos. Esse tipo de DM pode se apresentar de duas formas: o tipo la (95% dos casos) sendo autoimune e o tipo lb (5% dos casos) idiopático Não se sabe ao certo a causa de DM1, acredita-se que ocorre devido à interação de fatores genéticos e desencadeadores ambientais, como vírus, toxinas, alimentos, que causam alterações imunológicas inflamatórias levando a destruição progressiva das célulasbeta das ilhotas pancreáticas (MURAHOVCCHI, 2006).
No DM1 o sistema imunitário do doente destrói as células beta do pâncreas produtoras de insulina por um erro do organismo que as identifica como corpos estranhos. Muitos portadores de DM1 desenvolvem grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam no sangue algum tempo antes do diagnóstico. Os auto-anticorpos atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos atacam as células que a produzem. O fator genético também pode está relacionado ao surgimento da doença, pois existem cerca de 20 genes relacionados a doença. Os mais frequentes são os associados a certos antígenos do sistema HLA, pessoas portadoras de HLA específicos possuem maior risco de desenvolverem DM1. Outra possível causa seria devido a um fator ambiental, como por exemplo, a agressão por determinados tipos de vírus que podem iniciar a destruição das células beta (CHACRA; DIB, 2007).
Independente da causa de DM1, a destruição das células beta leva a uma produção menor de insulina, produção livre de glicose pelo fígado e hiperglicemia em jejum. Além disso, a glicose decorrente da alimentação fica na corrente sanguínea, pois não é armazenada no fígado, levando a hiperglicemia pós-prandial (SMELTZER; BARE, 2005).
O DM2 ocorre em 90%-95% dos casos e caracteriza-se por produção insuficiente de insulina pelo pâncreas e/ou incapacidade de usá-la corretamente, geralmente resultando em um quadro de hiperglicemia. A causa precisa do DM2 não é conhecida, sabe-se que frequentemente está associado ao sobrepeso ou obesidade, e cetoacidose, que ocorre apenas quando relacionada a outras condições como infecções. O DM2 em geral, ocorre na vida adulta principalmente após os 40 anos. Os pacientes não são dependentes de insulina exógena para sobreviver, mas podem precisar do tratamento da insulina para a manutenção do controle metabólico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2006).
Outro tipo de DM ocorre na gestação, sua fisiologia não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que é caracterizada por um estado hiperinsulinêmico onde ocorre uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pelas mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Alguns hormônios produzidos na gestação podem prejudicar ou até bloquear a ação da insulina. Os níveis glicêmicos de jejum podem ser mais baixos, porém, os valores pós-prandiais são mais elevados, sobretudo naquelas gestantes em que não há aumento adequado da liberação de insulina. Nas gestantes com DM ocorre uma diminuição ainda mais intensa da sensibilidade periférica à insulina, além de uma secreção diminuída de insulina, explicando os picos pós-prandiais (MAGANHA et al., 2003).
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de fontes secundárias em meio físico, como livros, revistas, artigos, monografias, teses e dissertações, além da mídia eletrônica, que permite maior acesso às informações na atualidade. 
Segundo Gil (2010, p. 29), a pesquisa bibliográfica é aquela forma de estudo baseada em material já publicado, sendo que, "tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos". Contudo, em função das inovações tecnológicas, foram incluídas outras fontes, como os materiais virtuais disponibilizados pela internet. 
Para Marconi e Lakatos (2008), a pesquisa bibliográfica permite que o pesquisador tenha contato direito com tudo que já foi descrito, dito ou filmado, sobre determinado assunto, o que não seria possível se ele fosse a campo efetuar sua própria pesquisa. Esse método não é mera repetição do material existente, uma vez que propicia novo exame sobre o tema, a partir de um novo enfoque ou nova abordagem, chegando, também, a novas conclusões.
Primeiramente foram identificadas as fontes bibliográficas pertinentes ao tema escolhido para a pesquisa – avaliar a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), se a droga Glibenclamida ou a droga Glimepirida. Posteriormente foi realizada uma leitura exploratória, que buscou identificar as informações e os dados constantes nos materiais, estabelecendo as relações entre as informações e os dados obtidos com o tema proposto e análise da consistência das informações e dados apresentados pelos autores. Na sequência, o material foi ordenado e sumarizado, possibilitando encontrar as informações necessárias para o atingimento dos objetivos estabelecidos.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados da pesquisa foram expostos a partir de dois eixos, sendo: (1) os medicamentos Glibenclamida e Glimepirida; (2) comparações entre Glibenclamida e Glimepirida. 
4.1 Glibenclamida e Glimepirida: medicamentos para o DM
4.1.1 Glibenclamida
A Glibenclamida é o nome genérico de um medicamento cuja função terapêutica é hipoglicemiante oral. Sua classe química é a sulfoniluréia� de segunda geração, secretagogos de insulina de ação hipoglicemiante prolongada durante todo o dia, promovendo queda de 1,5 a 2,0% na hemoglobina glicada (VENDRAMINI, 2007). Sua apresentação farmacêutica é a Glibenclamida 5 mg, em envelopes com 10 comprimidos. É usada como tratamento auxiliar de pacientes com diabetes mellitus não insulinodependente (tipo 2), em pacientes cuja hiperglicemia não pode ser controlada apenas por dieta e mudança dos hábitos de vida (FIOCRUZ, 2006).
Os primeiros registros de genéricos hipoglicemiantes, contendo cloridrato de metformina foram autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em julho de 2001. No caso de medicamento genérico de Glibenclamida (GLIB), o registro concedido a um laboratório que atua no Brasil impactou em 35% de economia para o consumidor quando comparado ao valor praticado pelo medicamento de referência Daonil® (NERY et al., 2008).
A GLIB tem baixa biodisponibilidade relacionada ao fato de ser insolúvel em água e ter taxas reduzidas de liberação do fármaco em testes in vitro (dissolução). Verificou-se, em diversos estudos, que há uma variação acentuada da velocidade de liberação da GLIB nos testes de dissolução e biodisponibilidade segundo os diferentes fabricantes dos comprimidos. Estas variações são altamente indesejáveis para um fármaco, principalmente por se tratar de medicação de uso contínuo, como é o caso dos hipoglicemiantes (PIANETTI et al., 2007).
A Glibenclamida é conhecida como gliburida na América do Norte, e atua estimulando a liberação de insulina endógena, não tendo ação em pacientes que não apresentam função residual de células b, ligeiramente solúvel em diclorometano e solúvel em dimetilformamida, etanol, metanol e clorofórmio (MARTINS et al., 2007). 
A Glibenclamida e a Gliclazida são as sulfonilureias disponíveis no SUS. A Glibenclamida e a Gliclazida possuem eficácia, toxicidade e farmacocinética similares, sendo praticamente intercambiáveis (BRASIL, 2013).
4.1.2 Glimepirida
A Glimepirida é a sulfoniluréia mais recentemente aprovada para uso terapêutico, pertencente à terceira geração. É administrada uma vez ao dia, em doses variando de 1 a 8 mg. Sua absorção é rápida, atingindo efeito hipoglicemiante máximo em 2 a 3 horas, mas ainda evidente após 24 horas (VENDRAMINI, 2007).
Glimepirida é indicada para o tratamento oral de diabetes mellitus não insulino-dependente (tipo 2 ou diabetes do adulto), quando os níveis de glicose não podem ser adequadamente controlados por meio de dieta alimentar, exercícios físicos e redução de peso. Pode ser associada a outros antidiabéticos orais que não estimulem a secreção de insulina, como a metformina. Seu funcionamento acontece por meio da redução das concentrações sanguíneas da glicose, principalmente pela estimulação da secreção de insulina (MERCK, 2013). 
A Glimepirida tem potente efeito sobre a secreção de insulina, induzindo a um aumento da insulinemia e,algumas vezes, hipoglicemia prolongada. As drogas mais antigas, como a tolbutamida, têm cadeias químicas laterais mais simples, enquanto as mais modernas, como é o caso da Glimepirida e da Glibenclamida, foram desenvolvidas com cadeias mais complexas, que melhorar a interação com os seus receptores específicos (MORY, 2007). 
Mory (2007) ainda argumenta que a Glimepirida difere das demais sulfoniluréias por apresentar menor afinidade pelo receptor SUR da célula B. No entanto, seu efeito anti-hiperglicemiante se mantém, podendo ser até maior, o que sugere um melhor efeito sensibilizar à insulina, quando comparada a outras sulfoniluréias. Ao contrário de outros sensibilizadores, incluindo outras sulfoniluréias, que promovem ganho de peso acentuado, o tratamento com a Glimepirida não aumenta o peso corpóreo e pode, até mesmo, resultar em perda de peso. Além disso, tem outras vantagens como o menor risco de hipoglicemias comparada com outros fármacos da mesma categoria e de baixa interação com canis KATP na fibra cardíaca. 
4.2 Comparações entre Glibenclamida e Glimepirida
4.2.1 Indicações
A escolha do antidiabético, ou da associação terapêutica conveniente, depende de vários fatores, como reposta do indivíduo à dieta e modificações dos hábitos de vida, obesidade, estado clínico, complicações e doenças intercorrentes.
A Glibenclamida é usada como tratamento auxiliar de pacientes com DM tipo 2, não insulinodependente, cuja hiperglicemia não pode ser controlada apenas por dieta e mudança dos hábitos de vida. A maioria dos indivíduos com esse perfil é constituída por obesos (50 a 90%) e a obesidade por si só contribui para resistência à insulina e intolerância à glicose, observadas nestes pacientes. Esses pacientes, ainda, não são dependentes de insulina, nem propensos a cetose (FIOCRUZ, 2006).
Segundo Campos (2011), a glimepirida também é indicada para o tratamento oral do DM tipo 2, quando os níveis de glicose não podem ser adequadamente controlados por meio da dieta alimentar, exercícios físicos e redução de peso. Pode ser associado a outro antidiabético oral que não estimule a secreção de insulina. 
Observa-se, então, que tanto a Glibenclamida quanto a Glimepirida são antiglicemiantes, de uso oral, destinados a pacientes adultos com DM tipo 2. Pertencem às novas gerações de medicamentos e não podem ser ministrados junto com medicamentos que estimulem a secreção de insulina. 
4.2.2 Posologia 
A posologia da Glibenclamida envolve uma dose usual para início do tratamento de 2,5 a 5 mg ao dia, administrados, preferencialmente, 30 minutos antes do café da manhã ou da primeira refeição do dia. A dose de manutenção varia de 1,25 a 20 mg ao dia. Pacientes sensíveis aos hipoglicemiantes orais devem receber uma dose inicial de 1,25 mg/dia, aumentando-se de 2,5 mg a cada semana dependendo da resposta. O medicamento é administrado uma vez ao dia, mas quando se utilizam 10 mg ou mais ao dia, a reposta é melhor esperada com duas tomadas ao dia (DATASUS, 2012).
A posologia usual da Glimepirida é de 1 mg diariamente. Se necessário, esta dose pode ser aumentada. Recomenda-se que tal aumento se faça de acordo com o controle do nível de glicose do sangue e de forma gradual, em internavalos de uma a duas semanas, de acordo com as seguintes etapas: 1 mg, 2 mg, 3 mg, 4 mg e 6 mg. A dose inicial para pacientes com diabetes controlado é de 1 a 4 mg de Glimepirida ao dia. Doses superiores a 6mg somente são eficazes para uma minoria dos pacientes e, portanto, não devem ser utilizadas (CAMPOS, 2012). 
4.2.3 Contra-indicações 
A Glibenclamida é contraindicada em casos de: (a) hipersensibilidade à Glibenclamida; (b) diabetes mellitus tipo 1; (c) cetoacidose diabética, com ou sem coma. Não há indicação para uso de Glibenclamida ou outro agente hipoglicemiante (sulfoniluréias) em crianças (FIOCRUZ, 2006). 
Seus maiores efeitos adversos são a hipoglicemia e o ganho de peso. Também podem surgir distúrbios gastrintestinais, cefaleia, reações cutâneas, distúrbios hepáticos e alterações hematológicas. Hipersensibilidade à droga pode ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento. Embora associadas a esses efeitos adversos, são medicações bem toleradas e, em geral, de baixo custo (BRASIL, 2013). 
Essa droga apresenta interações com barbitúricos, corticóides, contraceptivos orais, diuréticos, tiazidicos, estrógenos. Tem seu efeito hipogligeciante aumentado quando usado conjuntamente com: AINE, Trinetoprim, álcool, anticoagulantes, alopurinol e probenecida (SMS/BH, 2010). 
A Glimepirida não deve ser utilizada em casos de: (1) alergia à glimepirida ou a outras sulfonilureias, outras sulfonamidas ou aos demais componentes da formulação/ (2) em casos e durante a gravidez e lactação. Em pacientes com insuficiência da função hepática é indicada a substituição pela insulina, ao menos para se obter um controle metabólico adequado. Não deve ser administrada para o tratamento de DM tipo 1 ou em paciente com história de cetoacidose, de cetoacidose diabética ou de pacientes em pré-coma ou coma diabético. Essas condições devem ser tratadas com insulina (MERCK, 2013).
4.2.4 Melhor escolha 
Vários estudos vêm sendo desenvolvidos com a finalidade de avaliar qual é a melhor opção terapêutica, no âmbito do SUS, para pacientes portadores de DM tipo 2.
Na escolha de um hipoglicemiante oral devem ser considerados diversos fatores do pacientes, tais como: idade, peso, duração do diabetes, dislipidemia, duração e gravidade da hiperglicemia, presença e grau de doença hepática e renal, presença de doença ulcerosa e outros problemas gastrintestinais (SMS/BH, 2010).
Comparando-se a Glibenclamida com a Glimepirida para tratamento do DM tipo 2, tem-se, por um lado que a Glibenclamida tem baixo custo, o que favorece ao controle de custos na saúde pública; já a Glimepirida provoca menos efeitos colaterais, como aumento de peso e menor potencial e, por ser administrada uma vez ao dia, favorece à adesão terapêutica. Mesmo com maiores custos, oferece uma melhor relação custo x benefícios (MATOS; BRANCHETEIN, 2006). 
Essas características levaram à definição de procedimentos para programas de saúde do SUS, em alguns estados, que definiram critérios para indicação de uma ou outra medicação para pacientes com DM tipo 2 (SUSAM, 2010):
Indicação da Glimepirida: (1) aos idosos com mais tempo de duração da doença (DM), isto porque quanto mais tempo da doença maior possibilidade de nefropatia diabética que, associada com a condição de idoso aumenta a probabilidade da ocorrência de hipoglicemia; (2) aos pacientes que além do DM apresentem outras duas patologias crônicas, situação esta que acarretará o uso concomitante de várias medicações e em horários diferentes. Para esse caso, o uso da Glimepririda ingerido em dose única isso facilitará a adesão ao tratamento e, consequentemente, melhor controle metabólico;
Indicação da Glibenclamida: (1) aos diabéticos tipo II não obesos que não tenham mais de duas outras patologias crônicas associadas; (2) aos diabéticos tipo II não obesos, recém-diagnosticados, que após três meses de dieta e exercícios físicos, mantiverem glicemia > 150 mg
Existem condições clínicas especiais que influenciam na escolha da melhor opção terapêutica para o DM tipo 2.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMS/BH, 2010), existe destaque para: 
Disfunção renal: evitar metformina, se a creatinina for >1,4mg/dl em mulheres e >1,5mg/dl em homens), clorpropamida e Glibenclamida. Deve-se considerar outros antiglicemiantes, como a Glipizida ou a Gliclazida, usando-se doses menores;
Disfunção hepática: evitar metformina e Glipizida. Considerar a Gliclazida ou Glibenclamida, considerando-se iniciar o tratamento sempre com doses menores que as usuais;
Consumo excessivo de álcool: evitar clorpropamida, que apresenta efeito antabuse-símile e metformina, uma vez que apresenta risco de acidose láctica, se houver disfunção hepática; 
Pacientes idosos: evitar clorpropamida e Glibenclamida, em função de maiorrisco de hipoglicemia. Considerar outras drogas, como a Glimepirida;
Gravidez e lactação: nunca usar agentes hipoglicemiantes orais, somente insulina. 
Assim, segundo Bonfilio (2011), a Glimepirida apresenta vantagens sobre as outras sulfonilureias, porque tem potente ação redutora da glicose sanguínea em uma menor dosagem, com administração uma vez ao dia. Dados mostrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mostram que existem 42 diferentes produtos farmacêuticos contendo o princípio ativo Glimepirida registrados no Brasil. Além disso, foram encontrados alguns estudos que demonstram uma relevante utilização deste fármaco dentre os antidiabéticos orais. Um estudo realizado em Londrina/PR mostrou que a Glimepirida é a segunda sulfoniluréia mais utilizada naquele município, seguida pela glicazida, clorpropamida e glipizida. Outro estudo realizado em Atalaia, também no Parará, também mostram a relevância da adoção da Glimepirida.
Apesar das vantagens que alguns estudos particulares demonstram da Glimepirida sobre a Glibenclamida, o uso da primeira droga ainda não está estabelecido nos Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde do Brasil (versão 2013), nem o medicamento está incluído na lista de Assistência Farmacêutica do SUS (BRASIL, 2012). 
Contudo, nota técnica emitida em 2012 pela Advocacia Geral da União, que trata da inserção da Glimepirida no rol de medicamentos ofertados pelo SUS, mostra que existem evidências, apesar de novas, sugestivas de que a Glimepirida tem ação eficaz quando comparada com outras drogas. Entretanto, o medicamento ainda não foi inserido na saúde pública, de forma gratuita. Enquanto isso, o SUS oferece os medicamentos: glibenclamida, metformina, glicazida, as insulinas humanas NPH e Regular; e os respectivos insumos, tais como seringas, agulhas, tiras reagentes para medida de glicemia capilar e lancetas para punção digital para os portadores de Diabetes mellitus inscritos no Programa de Educação para Diabéticos.
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5 CONCLUSÃO
Concluída esta pesquisa, foi possível avaliar a melhor alternativa terapêutica de primeira escolha para o tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2, no âmbito do SUS, se a droga Glibenclamida ou a droga Glimepirida. 
O DM é uma doença crônica, presente em todas as faixas etárias e classes sociais. Não tem cura, mas tem tratamento, o que envolve um comportamento especial de autocuidado do paciente. Existem três tipos principais de DM, o tipo 1, o tipo 2 e o gestacional. O DM tipo 1 é caracterizado pela deficiência de insulina produzida pelo pâncreas, e afeta, principalmente, jovens. O DM tipo 2 é o que mais acomete os indivíduos, e se caracteriza por produção insuficiente de insulina pelo pâncreas e/ou incapacidade de usá-la corretamente. Sua causa não é totalmente esclarecida, mas sabe-se que frequentemente está associado ao sobrepeso ou obesidade, e cetoacidose. Em geral, ocorre na vida adulta principalmente após os 40 anos.
A Glibenclamida e Glimepirida são medicamentos utilizados para tratar o DM tipo 2. O primeiro pertence à segunda geração de sulfoniluréias, enquanto a Glimepirida pertence à terceira geração. Observou-se que cada uma dessas medicações possuem vantagens e desvantagens que devem ser observadas pelo médico no momento da prescrição.
A Glibenclamida é considerada mais barata, o que é um fator bastante positivo dentro do sistema de saúde pública. Conforme a dosagem a ser utilizada, deve ser ministrada várias vezes ao dia, o que favorece ao esquecimento. Também contribui para o aumento do peso, o que é um problema importante, já que o DM tipo 2 tem como uma de suas causas a obesidade.
Já a Glimepirida tem custo mais alto. Sua posologia envolve dose diária, o que favorece à adesão ao tratamento, fator importante para o controle metabólico. Contribui também para a manutenção do peso e redução de efeitos colaterais, pontos importantes no controle de doenças crônicas, que envolve longos tratamentos. 
Verificou-se que variados estudos sugerem que a Glimepirida representa uma melhor alternativa terapêutica para pacientes com DM tipo 2. Entretanto, o SUS ainda não adotou esse medicamento em sua lista de Assistência Farmacêutica. Dessa forma, caso o médico opte pelo esse medicamento, o paciente deverá fazer a aquisição particular.
Conclui-se, portanto, que a Glimepirida representa uma opção terapêutica relevante, em virtude dos benefícios que podem proporcionar aos pacientes com DM tipo 2.
Concluída a pesquisa, não teve-se a pretensão de esgotar o assunto. Novas pesquisas devem ser desenvolvidas com a finalidade de comparar a efetividade de novos medicamentos com drogas que já são bastante conhecidas e utilizadas, especialmente para uma patologia de tamanho impacto social como o DM.
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� Recebeu este nome em função de em sua estrutura química apresentar um agrupamento composto por ácido sulfônico e ureia.

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