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AULA 2- Semiologia Neurológica - EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO (Parte 2) I- Nervo Olfatório Pesquisar o olfato individualmente em cada narina, de olhos fechados utilizando substâncias com odores característicos e não irritantes (não usar acetona, álcool, etc - NADA que irrite o nariz do paciente) II- Nervo Óptico *Único nervo que é possível enxergar pelo fundo do olho (fundoscopia) FUNDOSCOPIA permite visualizar o nervo. CAMPIMETRIA POR CONFRONTAÇÃO *Campimetria realizada no exame físico é grosseira. A “correta” é realizada pela oftalmologia. Campimetria do Exame Físico: Posicionar à distância de 1 braço à frente do paciente – testar os 4 quadrantes (caso suspeita de anormalidade testar cada olho separadamente) *Ficar a frente do paciente e pedir para ele olha para o seu dedo, ao mesmo tempo que o examinador olha (também) seu mesmo dedo. Deslocar o dedo lateralmente: quando o dedo sumi para o examinador deve sumir também para o paciente. Se para o paciente sumir antes, ele está com alguma alteração: -Se não enxerga a lateral: alteração na parte temporal. -Se não enxerga no meio: alteração na parte nasal. *MUITO IMPORTANTE SABER: A: Lesão no nervo óptico lado direito, perdeu a visão totalmente do lado direito (Cegueira total no olho ipsilateral) B: Lesão no quiasma óptico, perdeu a visão das duas laterais (temporal) C: Lesão no trato óptico lado direito, perdeu a visão lateral do olho direito e medial do outro olho ** D: Lesão na alça de Meyer: quadrancepsia (externa e nasal) E: Lesão Região Occipital, perda da visão externa temporal e nasal **PROVA (Explicação das lesões da figura anterior) *Ipsilateral: olho do mesmo lado da lesão *Homônima: mesmo lado *Heteronômica: lados oposta *Hemianopsia bitemporal heteronômica: lados diferentes, temporal. *Hemianopsia contralateral no olho ipslateral: mesmo olho que foi lesionado, mas do outro lado III- Nervo Oculomotor Inerva o oblíquo inferior e os retos superior, médio e inferior (olhar para cima e para dentro) *Lesão: não consigo olhar para cima nem para dentro *Lesão apenas no terceiro par: -Checar convergência (mova seu dedo em direção ao nariz do paciente); - Reflexo fotomotor, direto e consensual: Teste a reação pupilar á luz, bilateralmente **Paralisia do terceiro nervo completa inclui a pupila (lesão central, dentro da cabeça; ex: aneurisma) **Paralisia do terceiro nervo incompleta: pupila normal (algo orgânico, metabólica; ex: diabetes) *Controle autonômico Núcleo de Edinger-Westphal (III par craniano) – controle parassimpático – Promove contração pupilar (miose) Gânglio cervical superior – controle simpático – Promove dilatação pupilar (midríase) LOGO: Lesão no terceiro par > Midríase (Completa) IV- Troclear Inerva o oblíquo Superior (olhar para baixo e para dentro) V- Trigêmio -Sensibilidade da face: Com objeto ponta romba, tocar regiões frontal, malar e mandibular (ramos Vº par), comparando com lado contralateral - Reflexo corneopalpebral: Toque a porção externa inferior de uma córnea com algodão,observe se ambos os olhos piscarão ( via aferente é o V e eferente VII- reação) -Musculatura da mastigação: Solicitar que paciente feche a boca com força, tente abri-la e palpe os músculos temporal e masseter que devem estar contraídos. VI- Abducente Motilidade ocular: Inerva o reto lateral (abdução) - Olhar para fora VII- Facial -Mímica da face: Solicitar que paciente enrugue a testa, que feche os olhos com força (tente abri-los com delicadeza) -Peça ao paciente que sorria/mostre os dentes (observar presença de assimetria e ausências de pregas faciais) -Sensibilidade gustativa 2/3 anteriores da língua (geralmente não testado) VIII- Vestibulococlear *Geralmente paciente que perde a audição tambem referem problemas na perda do equilíbrio (ex: tontura), pois são juntos. AUDIÇÃO Audiometria é de escolha. Na falta deste, durante anamnese e exame físico já podemos perceber déficit. Neste caso, com diapasão: Teste de Weber: Diapasão no topo da cabeça, vibrando. Perguntar em qual orelha sente melhor a vibração: -Pacientes com audição normal ou perdas auditivas simétricas referem a sensação sonora no local em que o diapasão é colocado (WEBER INDIFERENTE OU CENTRAL) -Quando Weber lateraliza para o lado com melhor audição, o achado é sugestivo de lesão neurossensorial na outra orelha. -Se Weber lateraliza para o lado com pior audição, sugere que a perda da audição na orelha comprometida é condutiva. Teste de Rinne: Após a vibração do diapasão, sua base é colocada na parte mais saliente da mastoide, quando o paciente para de sentir a vibração, o diapasão é colocado cerca de 2cm do meato acústico externo. -Se o paciente volta a ouvir o diapasão vibrando (escuta mais por via aérea que óssea) , chamamos Rinne positivo, que costuma ser compatível com audição normal ou perda neurossensorial. Quando o paciente escuta mais por via óssea chamamos de rinne negativo, sugerindo perda condutiva. VESTIBULAR - Sinais espontâneos: Nistagmo periférico é do tipo horizonto-rotatório, geralmente inibido pelo pela fixação visual do dedo do examinador. Isto não ocorre nos quadros centrais, em que o nistagmo pode ser vertical e não é inibido pela fixação. **Sinais provocativos - Teste de Dix-hallpike (Avaliar surgimento de nistagmo) - Teste de Romberg (pés juntos e olhos fechados – sem equilíbrio – doença do labirinto ou propriocepção) -Teste de Fukuda-Unterberger (olhos fechados caminha 1min. + se desvia lateralmente mais 30° - dça vestibular. Quadros centrais – oscilações. -Teste Head-thrust (Avalia o reflexo vestíbulo-ocular com a movimentação da cabeça, alterado nas vestibulopatias) IX e X- Glossofaríngeo e vago -Desvios do palato e úvula -Gustação 1/3 post da língua -Sensibilidade da faringe -Reflexo do vômito XI- Acessório -Cordas vocais (em paralisias pode haver perda bilateral, não se percebe a vibração quando paciente fala “ahh”) -Esternocleidomastóideo -Trapézio - Motricidade do trapézio e ECOM: Peça que o paciente levante o ombro (tente abaixa-los) e teste a rotação da cabeça (peça que o paciente vire a cabeça para cada lado e tente vira-la para o lado oposto). *IX, X e XII *Sempre lembrar da movimentação da língua, verificar a úvula, o palato. IX e X: Questione sobre disfagia/disfonia. Peça para o paciente abrir a boca e falar “ahh” observe simetria da elevação do palato, teste o reflexo de vômito. XII (motricidade da língua): Observe a língua, dentro e fora da boca, verificar desvios, hemiatrofia e outras alterações. Sinais Meníngeos *Brudzinski: levanta a cabeça do paciente, e o paciente dobra a perna *Kering: levanta a perna do paciente, paciente dobra cabeça **Brudzinski e Kering tem o mesmo significado: no paciente com inflamação em alguma menínge, quando se dobra a perna ou a cabeça as meninges se esticam, logo a tendencia do paciente é dobrar para a tensão diminuir, e consequentemente a dor diminuir também. *Obs: Lasegue é raiz nervosa, não sinal meníngeo
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