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08/04/2015 1 PROTEÍNAS Componente celular mais abundante (depois da água) Moléculas mais diversificadas quanto à forma e à função estruturais e dinâmicas Citoesqueleto, estruturas de sustentação (ex.: colágeno) Catálise (enzimas), transporte de moléculas (ex.: hemoglobina), mecanismo de defesa (ex.: imunoglobulinas), ação hormonal (ex.: insulina), mecanismos contráteis (actina e miosina), proteínas reguladoras da expressão gênica (ativadores e inibidores) Praticamente todas as proteínas têm todos os 20 aminoácidos (exceção: colágeno) proporções dos aa variam estrutura tridimensional varia Algumas vezes acontecem mudanças estruturais transitórias controle da função da proteína PROTEÍNAS Sequência de aminoácidos estrutura espacial da proteína dependente do tipo e da localização na cadeia polipeptídica determinação do tipo de interação entre grupos R (que apresentam características diferentes) Organização tridimensional quatro níveis: estrutura primária, secundária, terciária e quaternária Lehninger (2005) Biochemistry 08/04/2015 2 PROTEÍNAS Estrutura Primária Sequência de aminoácidos ao longo da cadeia polipetídica, que é determinada geneticamente Escrita na direção amino terminal carboxila terminal glicina-lisina-alanina alanina-lisina-glicina lisina-glicina-alanina São iguais ou diferentes ?????????? PROTEÍNAS Estrutura Secundária Estruturas regulares tridimensionais de segmentos da cadeia polipetídica Duas organizações: enrolamento da cadeia ao redor do eixo (a-hélice) e interação lateral de segmentos (folha b pregueada) ambas estabilizam-se por pontes de hidrogênio entre unidades peptídicas. 08/04/2015 3 PROTEÍNAS Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica a-hélice Ponte de H entre uma unidade peptídica e a quarta subsequente Pontes de H são paralelas ao eixo da hélice 3,6 aa por volta Cadeias laterais para fora da hélice (não participam das pontes de H) Muitos aminoácidos de mesma carga dispostos subsequentemente dependendo do pH, não há formação de a-hélice Prolina normalmente encontrada entre segmentos de a-hélice Ver https://www.youtube.com/watch?v=eUS6CEn4GSA 08/04/2015 4 PROTEÍNAS Folha b pregueada Também mantida por pontes de H entre unidades peptídicas entre cadeias diferentes ou entre segmentos distantes de uma mesma cadeia polipeptídica Conformação mais distendida Pontes de H são perpendiculares (no caso de cadeias polipeptídicas antiparalelas) ou aprox. perpendiculares (no caso de cadeias paralelas) ao eixo Grupos R projetam-se para cima ou para baixo do plano Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica 08/04/2015 5 Lehninger (2005) Biochemistry 08/04/2015 6 PROTEÍNAS Estrutura Secundária As duas organizações ocorrem em proporções diferentes em proteínas. Ex.: Mioglobina só a-hélice Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica PROTEÍNAS Estrutura Secundária As duas organizações ocorrem em proporções diferentes em proteínas. Ex.: Concanavalina A (lectina vegetal) só folha b pregueada Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica 08/04/2015 7 PROTEÍNAS Estrutura Secundária As duas organizações ocorrem em proporções diferentes em proteínas. A maioria possui os dois tipos. Ex.: toxina diftérica (Corynebacterium diphteriae) Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica PRÍONS (Proteinaceous Infectious Only) ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME Mutação (forma normal ocorre no cérebro - PrP) Efeito dominó agregação das moléculas degeneração do sist. nervoso INGESTÃO rações preparadas de restos de animais infectados Absorvida inteira ??? ação de macrófagos TROCA: a-hélice folha b 08/04/2015 8 PRÍONS (Proteinaceous Infectious Only) PROTEÍNAS Estrutura Terciária Dobramento final da cadeia polipeptídica formada pela interações das cadeias laterais de diferentes regiões Pontes de H entre grupos R de aa polares sem carga na estr. terciária não apresentam padrão regular de disposição. Interações hidrofóbicas entre grupos R de aa apolares não resultam de atração entre grupos R, mas são consequência da presença da proteína em meio aquoso reduzem a área apolar exposta à água. Ligações iônicas ou salinas entre grupos R de cargas opostas fundamental para o dobramento quando presentes no interior apolar da proteína (menos frequente mais comum na superfície interações íon-dipolo com a água). Pontes dissulfeto ligação covalente R es íd u o s d e aa d is ta n te s p o d em f ic ar m ai s p ró xi m o s co m p ac ta çã o d a p ro te ín a (e x. : f o rm as g lo b u la re s) 08/04/2015 9 PROTEÍNAS Estrutura Terciária Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica PROTEÍNAS Estrutura Quaternária Associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades) mantidas por ligações não-covalentes (pontes de H, interações hidrofóbicas, ligações iônicas ou salinas) Subunidades podem ser iguais ou diferentes 08/04/2015 10 PROTEÍNAS Estrutura Quaternária Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica Lehninger (2005) Biochemistry ver também: http://www.youtube.com/watch?v=26NCsgU2P0k 08/04/2015 11 PROTEÍNAS Proteínas globulares e fibrosas São assim denominadas segundo a sua forma Globulares função geralmente dinâmica Fibrosas basicamente estruturais PROTEÍNAS Proteínas conjugadas Presença de moléculas não-proteicas grupo prostético Liga-se à cadeia polipeptídica tanto covalentemente quanto não-covalentemente Glicoproteínas grupo prostético = carboidrato Lipoproteínas grupo prostético = lipídeo Mioglobina e hemoglobina grupo heme 08/04/2015 12 PROTEÍNAS Grupo heme Hemoglobina É uma molécula de porfirina contendo ferro no estado ferroso (Fe2+) Porfirina anel plano com quatro núcleos pirrólicos cadeias laterais variáveis Protoporfirina IX na hemoglobina e mioglobina PROTEÍNAS Protoporfirina IX e grupo heme Fica localizado no interior hidrofóbico Fe2+ têm seis sítios de coordenação seis ligações: 4 com N dos anéis pirrólicos; 1 com cadeia lateral da His 87 e 1 com O2 Ligação O2 altera cor da hemoglobina mais azulado sem O2 (sangue venoso) e mais vermelho com O2 (sangue arterial) Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica 08/04/2015 13 PROTEÍNAS Protoporfirina IX e grupo heme Fica localizado no interior hidrofóbico Fe2+ têm seis sítios de coordenação seis ligações: 4 com N dos anéis pirrólicos; 1 com cadeia lateral da His 87 e 1 com O2 Ligação O2 altera cor da hemoglobina mais azulado sem O2 (sangue venoso) e mais vermelho com O2 (sangue arterial) Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica Fica localizado no interior hidrofóbico Fe2+ têm seis sítios de coordenação seis ligações: 4 com N dos anéis pirrólicos; 1 com cadeia lateral da His 87 e 1 com O2 Ligação O2 altera cor da hemoglobina mais azulado sem O2 (sangue venoso) e mais vermelho com O2 (sangue arterial) Toxidade de COmaior afinidade que o O2 pI das proteínas valor de pH onde o somatório das cargas é zero refletem a proporção de aminoácidos ácidos e básicos o que conta são as cadeias laterais, já que os grupos carboxila e amina ligados ao Ca estão participando das ligações peptídicas O pI das proteínas só pode ser determinado experimentalmente (pH no qual as proteínas não migram) PROTEÍNAS Carga e solubilidadede proteínas 08/04/2015 14 Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica Nelson & Cox (2014) Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 08/04/2015 15 Solubilidade determinada pela estrutura primária e pelas características do meio PROTEÍNAS Carga e solubilidade de proteínas Estrutura primária define a relação entre estrutura tridimensional e afinidade pela água Características do meio variação da carga líquida pH e concentração de sais PROTEÍNAS Carga e solubilidade de proteínas Menor repulsão entre moléculas da proteína maior sua agregação menor solubilidade Maior repulsão entre moléculas da proteína menor sua agregação maior solubilidade em função do pH M ar zz o co & T o rr es ( 20 07 ) B io q u ím ic a B ás ic a Mais cargas negativasMais cargas positivas 08/04/2015 16 PROTEÍNAS Carga e solubilidade de proteínas em função da concentração de sais Íons adicionais podem interagir com grupos carregados e atenuar a interação entre as moléculas de proteína (que ocorrem através da aproximação de grupos de cargas contrárias) Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica ATÉ CERTO PONTO PROTEÍNAS Carga e solubilidade de proteínas em função da concentração de sais Marzzoco & Torres (2007) Bioquímica Básica Acima de certa concentração de sais, os íons competem com a proteína por interações com a água precipitação da proteína 08/04/2015 17 PROTEÍNAS Desnaturação de proteínas Conformação nativa conformação mais estável que a proteína pode assumir. Alterações químicas e físicas no ambiente podem afetar estrutura das proteínas perda da função biológica proteína é desnaturada (conformação nativa é perdida) Desnaturação pode ser provocada aquecimento, aumento ou diminuição do pH, adição de uréia (rearranjo das pontes de hidrogênio), adição de detergentes (rearranjo das interações hidrofóbicas), adição de agentes redutores como b-mercaptoetanol (redução das pontes dissulfeto). Algumas proteínas quando desnaturadas tornam-se insolúveis (ex.: caseína e albumina) PROTEÍNAS Desnaturação de proteínas 08/04/2015 18 PROTEÍNAS Renaturação de proteínas Retomada da conformação nativamais eficiente na presença de chaperonas (“assessoras de montagem”) se ligam às proteínas e impedem ou revertem interações inadequadas Chaperonas também estabilizam proteínas em condições desfavoráveis choque térmico HSP Proteína completa Presença de todos os aminoácidos essenciais em quantidades adequadas Razão de Eficiência Protéica Fonte de prot. REP %prot. Ovo 100 15 Carne bov. 84 16 Leite de vaca 66 4 Amendoim 45 28 Milho 32 9 Trigo 26 12 Para uma mulher (necessidade diária): Comendo só ovo 300 g de ovo para suprir 46 g de proteína completa Comendo só milho 1.600 g de milho por dia para suprir os 46 g Proteínas completas Nelson & Cox (2014) Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 08/04/2015 19 sickle (foice) Mutações Mutação Glu6Val nas cadeias b na desoxigenação, as hemoglobinas se tornam insolúveis agregação hemácias falciformes retiradas do sangue mais rapidamente anemia Mutação Glu6Val nas cadeias b na desoxigenação, as hemoglobinas se tornam insolúveis agregação hemácias falciformes retiradas do sangue mais rapidamente anemia sickle (foice) Mutações
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