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Cirurgia Buco-Maxilo-Facial Especialidade da odontologia que inclui: Diagnóstico; Tratamento cirúrgico e auxiliar das doenças, lesões e deformidades incluindo tanto os aspectos funcionais como estéticos dos tecidos moles e duros da região buco-maxilo-facial. Cirurgia na F.O.R. Cirurgia I - Anestesiologia; Técnica Exodontica Cirurgia II - Cirurgia Oral e Maxilo-facial Cirurgia III - Traumatologia, Cirurgia Ortognática e Cirurgia das ATMs. Alcance da cirurgia para o dentista clínico Desejo pessoal Habilidade e treinamento Conhecimento de cirurgia e disciplinas correlatas Disponibilidade de especialistas na região Procedimentos cirúrgicos ao alcance do dentista clínico Cirurgia oral Tratamento das infecções menores Biópsias Traumatismos dento-alveolares Especialista em Cirurgia B.M.F. Cirurgia Oral Procedimentos cirúrgicos complexos Traumatologia Buco-maxilo-facial Cirurgia Ortognática Tratamento das patologias cirúrgicas das Articulações Têmporo-mandibulares Os limites da prática da cirurgia pelo Cirrugião-Dentista são definidos por Lei (Lei 5081) Requisitos do cirurgião Conhecimento teórico profundo Habilidade técnica Julgamento cirúrgico e poder de decisão Ter senso de humanidade, bondade e compaixão História Séculos de procedimentos não científicos Tentativa e erro Predominância do empirismo Egito A medicina começou a ser praticada no Egito por volta de 4.600 a.C. Manuscritos egípcios, com data de 3.700 a.c., já mencionavam alguns malefícios dentais tais como, dor de dente e feridas gengivais. Na pirâmide Giza, caveiras encontradas possuíam evidências de cárie. Corte do faraó egípcio Zoser Hesi-Re (3000 a.C) era quem cuidava dos dentes dos faraós. China Nuei-King 2700 AC 1 cap. Dores dos dentes 1 cap. Outras enfermidades dentais e gengivais Dor – Medicamentos interiores e enxaguatórios bucais, alho pulverizado, semente de rábanos, excremento de morcego, ... Acupuntura – agulhas de ouro e posterior cauterização com lã vegetal Invenção da escova de dentes Índia Susrruta 200 AC “ a incisão para tratamento do abscesso deve ser na direção da cavidade; nas bochechas e nos lábios transversalmente. Após lavar com água fervida e deixar uma mecha impregnada de azeite de sésamo com mel e cobrir a ferida com tela. Renovar no 3º dia.” Tenazes para extração dentária Grécia Asclépio/ Esculápio 300 AC Deus da medicina Idealizador: tenazes, odontagogo e rizagra. Hipócrates 460 AC Introdutor da observação clínica e tratamento racional “problemas dentais eram hereditários ou fruto de predisposição natural” Ambroise Paré 1517-1592 Barbeiro aos 37 anos Colégio dos Cirurgiões de Paris “ Devemos sentar o paciente muito baixo, às vezes no chão, colocando sua cabeça nas pernas do operador. Se o dente estiver muito firme, teremos que recorrer a pinças curvas ou a um pelicano. Depois da extração o sangue deve correr livremente, para que arraste os maus humores. Se o tempo é frio ou úmido, o paciente deve cuidar-se para evitar sangramento.” Pierre Fauchard 1678-1761 Pai da Odontologia moderna “ Le Chirurgien Dentist” 863 pág. Anatomia da boca e dos dentes; Descrição de procedimentos dentais, métodos cirúrgicos e ferramentas, bem como desenhos detalhados. Nova era da cirurgia Anestesia - Horace Wells (1884) Antissepsia - Pasteur, Lister, Semmelweiss Radiologia – Roentgen (1895); Pierre e Marie Curie Brasil A Odontologia “aportou” com a caravela de Cabral. Provavelmente o primeiro procedimento odontológico realizado no Brasil foi uma exodontia. Tiradentes autorizado por Lei em 1743 1811 outorgados diplomas de dentistas 1850 a Faculdade de Medicina RJ estabeleceu exames para aspirantes a dentistas 1884 foi criado o curso de Odontologia nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Mário Graziani Nasceu em Campinas 13.07.1916 Graduou-se em Odontologia em1936 Fundou em 1940 Sta. Casa de Misericórdia SP o 1º Serviço Odontológico Hospitalar do Brasil 1941 Manual de tratamento das fraturas mandibulares para as forças armadas Livro ‘Cirurgia Buco-Maxilo-Facial’ 1942 Lutou pela criação da disciplina de Cirurgia como matéria obrigatória no currículo de Odontologia. A evolução através dos tempos... Evolução e Avanços Instrumentais e materiais mais adequados Medicações mais eficientes e seguras Aprimoramento das técnicas Comprovação científica dos resultados Facilidade de atualização PRÉ, TRANS E PÓS-OPERATÓRIO EM CIRURGIA ORAL E MAXILO-FACIAL Sérgio Martorelli Pré-operatório “Momento de conhecer nosso paciente, física e psiquicamente e de conquistar sua confiança, fornecendo meio seguro para tratá-lo” Sérgio Martorelli Relação profissional / paciente Relação de cumplicidade oriunda de uma fonte de tranqüilidade e segurança por parte do cirurgião e de informações verdadeiras sobre si mesmo por parte do paciente. CONSCIÊNCIA CONFIANÇA Objetivos do tratamento cirúrgico Corrigir ou evitar a dor; Corrigir ou evitar distúrbios hidro-eletrolíticos, perdas de proteínas e de sangue; Evitar ou combater a infecção; Proporcionar condições necessárias a uma boa recuperação e cicatrização das feridas; Fornecer ao paciente boas condições físicas, morais e psíquicas. PARENTE, 1977 Risco cirúrgico Termo infeliz... Lembra tão somente o perigo que representa o ato cirúrgico para o paciente e não o perigo maior que poderia advir da não realização do mesmo ou do benefício que a cirurgia poderia proporcionar ao paciente... Risco cirúrgico É o conjunto de alterações orgânicas e funcionais que poderão vir a comprometer o resultado da cirurgia. Fatores condicionantes do risco cirúrgico: Vulto da cirurgia Intensidade do trauma previsto, perda sangüínea prevista, etc. Resistência do paciente Estado geral Idade, psiquismo, estado nutricional, condições circulatórias, respiratórias, hepáticas, renais, endócrinas, hematológicas, etc. Gravidade da doença Depende do tipo de processo instalado Equipe cirúrgica Sua formação e experiência. Indicação do tratamento cirúrgico Apenas nos casos onde o tratamento clínico foi empregado e não obteve resultado satisfatório ou quando clinicamente não houver possibilidade de tratar adequadamente o paciente! Tipos de tratamento cirúrgico Eletivo Cirurgias programadas. Tempo suficiente para uma cuidadosa avaliação pré-operatória do paciente. Ex: cirurgia de dentes inclusos, ortognática, etc. Urgência Cirurgias que devem ser feito logo, entretanto existe tempo de espera para, em caráter de urgência, ter-se o mínimo de segurança para o paciente. Ex. fraturas de mandíbula, abscessos dento-alveolares, hemorragias dento-alveolares Emergência Cirurgias que devem ser feitas imediatamente em caráter de emergência. Se não for realizada de pronto o paciente pode ir a óbito rapidamente. Ex. Ruptura de víceras ocas, úlceras pépticas perfuradas, hérnias estranguladas, etc. Na esfera buco-maxilar não existe este tipo de intervenção, salvo nas emergências gerais (obstrução por próteses fraturadas, etc.) DIAGNÓSTICO Objetiva estabelecer o real estado de: Morbidade do paciente; Diagnóstico da patologia e plano de tratamento Normorreatividade do paciente: Apto ou inapto ao ato operatório proposto Dados de identificação do paciente Nome completo, nome dos pais, do cônjuge, idade, naturalidade, profissão, etc, são dados importantíssimos: Além de identificar o paciente, fornece evidências importantes na semiologia Câncer de escroto nos limpadores de chaminé da Inglaterra; Febre amarela na região norte do Brasil; etc.HISTÓRIA Uma história completa e minuciosa é muito importante na avaliação do paciente; Em alguns casos fornecendo o diagnóstico e em outros dará pistas essenciais da natureza do problema; É importante simplificar e sistematizar a abordagem para a tomada da história. A queixa principal “qual o problema?” É o motivo da consulta, o que motivou a ida do paciente ao consultório. É registrada com as palavras do paciente e resumida em uma ou duas palavras. Sangramento, aumento de volume, supuração, etc. Em alguns casos, o paciente não queixa-se de nada.... Neste caso, a ficha deve ser preenchida com: QP- Não tem. História da doença atual Relatar com as próprias palavras do paciente quando começaram os sintomas, o que piora, o que ameniza os sintomas, etc. História médica Algumas condições médicas podem ter manifestações orais; Outras afetarão a maneira como o tratamento dentário é executado; Mesmo que o paciente informe voluntariamente que está bem e saudável, pesquisar os sistemas essenciais do corpo. História médica Sistemas essenciais do corpo: Cardiovascular; Respiratório; SNC; Alergias; Tratamento médico atual; Tratamento com drogas recentes e atuais; História médica passada; Desordens de sangramento; Histórico de febre reumática; Historia de icterícia ou hepatite História médica Sistemas essenciais do corpo Sistema Cardiovascular; Existe história de cirurgia de válvula cardíaca, febre reumática ou sopros que necessitariam de cobertura antibiótica profilática? O paciente: tem conhecimento de qualquer doença cardíaca ou hipertensão? sofre palpitações, inchaço nas pernas ou tonturas? pode deitar-se reto sem sentir falta de ar? Pode subir escadas sem cansar facilmente ou sem sentir dor no peito ou falta de ar? História médica Sistemas essenciais do corpo Sistema Respiratório O Paciente: Tem tosse ou resfriado? Se tem tosse, é continua ou intermitente? Tem secreção? Sofre de bronquite, enfisema ou asma? Existe encurtamento de respiração ou sintomas de chiado ou dor no peito? Se for fumante, quantos cigarros são fumados em média por dia? História médica Sistemas essenciais do corpo Sistema Gastrointestinal O paciente: Tem bom apetite e constância de peso? Existe história de icterícia, doença hepática e renal? Quantas doses de álcool o paciente consome em média por semana? Tem gastrite ou refluxo? História médica Sistemas essenciais do corpo Sistema Neurológico O paciente: Sofre de epilepsia ou desmaios? Existe qualquer perda sensorial ou debilidade motora em qualquer sítio? Tem equilíbrio ao andar? Faz uso de anticonvulsivantes? História médica Sistemas essenciais do corpo Questões importantes O paciente: Tem ou teve febre recente? Faz uso de medicações anti-coagulantes? AAS, Marevan? Faz uso de Isotretinoina (Roacutan)? Comprometimento hepático. ANAMNESE Ficha clínica do paciente cirúrgico MARTORELLI CENTRO FONODONTOLÓGICO Dr. Sérgio Martorelli Cirurgião Maxilo-Facial Especialista em Dor Oro-Facial e Desordens Têmporo-Mandibulares CRO-PE- 3000 TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO DE TRATAMENTO CIRURGICO Este é um formulário-padrão de consentimento orientado para operações cirúrgicas, sejam elas sob anestesia local ou geral. As informações nele contidas servem tanto para pequenas cirurgias como para operações grandes, em pacientes saudáveis ou nos que apresentem complicações. Estas informações não pretendem assustá-lo, e sim lhe oferecer dados sobre todos os riscos que é possível correr com todo e qualquer procedimento cirúrgico. Por exemplo: em algumas operações há uma possibilidade, ainda que remota de se precisar de transfusão sanguínea, mas quando necessária, a transfusão sanguínea deve ser empreendida. Esperamos que este formulário o ajude a compreender melhor eventuais acontecimentos que venham ocorrer durante e depois da cirurgia. Se você não entender alguma coisa, PERGUNTE. Entendi que para evitar sangramentos não devo ingerir produtos que contenham AAS (Ácido Acetilsalicílico) de 7 a 10 dias antes da cirurgia tão pouco após. Reconheço que durante a operação ou no período pós-operatório, ou mesmo durante a anestesia, novas condições podem requerer procedimentos diferentes ou adicionais a aqueles que foram descritos anteriormente neste consentimento. Assim sendo, autorizo o cirurgião abaixo e seus assistentes, designados por ele, a executarem atos cirúrgicos ou outros procedimentos que, segundo o julgamento profissional deles, sejam necessários e desejáveis. A autorização concedida neste parágrafo estende-se ao tratamento de todas as condições que necessitem ser tratadas e que não sejam do conhecimento de meu cirurgião até o momento em que o procedimento seja iniciado. Estou informado de que existem riscos , como perda de sangue (hemorragias), infecção e ataque cardíaco, que podem levar a morte, incapacidade parcial ou permanente, que podem acontecer durante o desenvolvimento de qualquer procedimento. Estou ciente que nos casos de cirurgias em que se faz uma incisão, podem ocorrer infecções, dor no local da incisão, edemas (inchação), hematomas (manchas arrocheadas na pele), que podem levar a necessidade de futuros tratamentos ou procedimentos cirúrgicos. Estou ciente que a lista de riscos e complicações deste formulário pode não incluir todos os riscos conhecidos ou possíveis de acontecer nesta cirurgia, mas é a lista dos riscos mais comuns e severos. Reconheço que novos riscos podem existir ou podem acontecer no futuro, que não foram informados neste formulário de consentimento. Autorizo a administração de anestesia geral, quando for o caso, por um médico anestesiologista aprovado pelo meu cirurgião.Compreendo que toda anestesia, seja anestesia local ou anestesia geral, envolve riscos ou complicações e possivelmente danos severos a órgãos vitais, como cérebro, coração, pulmões, fígado e rins, que podem resultar em parestesias, paralisias, problemas cardíacos e/ou morte cerebral por causas conhecidas ou desconhecidas. Estou ciente de que posso apresentar reações alérgicas desconhecidas por mim ou pelos profissionais que me assistirem, a medicamentos ou soluções utilizadas durante ou após o procedimento. Estou ciente de que qualquer aspecto deste formulário de consentimento que eu não consiga entender pode ser explicado para mim em maiores detalhes apenas perguntando ao cirurgião ou qualquer de seus assistentes. Certifico que meu cirurgião me informou sobre a natureza e as características do tratamento proposto, dos resultados antecipados do tratamento, de possíveis alternativas de tratamento para esta patologia e dos possíveis riscos conhecidos, complicações, bem como dos benefícios antecipados envolvidos no tratamento e nas formas alternativas de tratamento, incluindo o não tratamento. EXAME CLÍNICO Como regra geral, utilize primeiro seus olhos, depois suas mãos para examinar um paciente! EXAME CLÍNICO Extra-oral; Intra-oral. EXTRA-ORAL Inspeção Cabeça e face (forma geral, simetria) Pele da face, lábios- coloração, aspecto geral. Nariz (septo, mucosa, obstrução) Pescoço (glândulas salivares). EXTRA-ORAL Palpação A.T.M. (crepitação, sensibilidade); Esqueleto facial (nasal, maxila, mandíbula, zigoma) Paranasal (dor na região dos seios maxilares) Pescoço (tamanho das tireóides, linfonodos) Ausculta; A.T.M. (cliques, estalidos, crepitação) EXTRA-ORAL Palpação dos linfonodos Os principais são: Submentonianos; Submandibulares; Jugulares internos Gânglio Jugulodigástricos; Gânglio jugulomohióideos. São muito importantes porque recebem a drenagem linfática da cavidade oral. EXTRA-ORAL Palpação dos linfonodos O examinador deve se posicionar em pé, por trás do paciente, com este emuma posição vertical; Use ambas as mãos (mão esquerda para o lado esquerdo do paciente, etc.); Inicie pelo submentoniano, em seguida submandibular e por fim posteriormente até os gânglios jugulodigástricos; Registre seus achados! Gânglios duros de uma metástase ganglionar é diferente de um gânglio dolorido, mais mole, de um processo inflamatório EXTRA-ORAL A.T.Ms. Palpar região de ATMs, verificar clicks, estalidos, crepitações; Palpar os músculos da mastigação EXTRA-ORAL Exame de problemas específicos Tumefação e edema Sítio anatômico; Formato e tamanho; Cor; Único ou múltiplo; Textura / temperatura de superfície; Sensibilidade; Flutuação; Sensação/ pulsação. EXTRA-ORAL Exame de problemas específicos Parestesia / anestesia Extensão da área afetada; Gau de alteração de sensação; Uso de instrumental de ponta fina Comparar com áreas não afetadas circunvizinhas; A extensão denunciará o nervo ou ramo de nervo específico envolvido. EXTRA-ORAL Exame de problemas específicos Distúrbio motor / Paralisia Facial; Hipoglosso; Periorbital. Distúrbios na função do nervo facial resulta em efeitos nos músculos da expressão São sinais de derrame, tumor central, traumatismo, paralisia de Bell, tumores de parótida, anestesia local dentária inferior mal-posicionada, etc. EXAME INTRA-ORAL Inspeção Dentes, gengivas, mucosa, faringe, lábios, amigdalas. Palpação Glândulas salivares, assoalho da boca, lábios, músculos da mastigação) Percussão Dentes EXAME INTRA-ORAL Inspeção Úlceras Sítio, única/múltiplas; Tamanho; Formato; Base; Bordos; Dor; Duração INTRA-ORAL Exame de problemas específicos Parestesia / anestesia Extensão da área afetada; Gau de alteração de sensação; Uso de instrumental de ponta fina Comparar com áreas não afetadas circunvizinhas; A extensão denunciará o nervo ou ramo de nervo específico envolvido. A Escolha do Tipo de Anestesia Depende da idade do paciente; do tipo do paciente; do trauma previsto; da opção do paciente. EXAMES COMPLEMENTARES MAIS USUAIS Radiologia “ Necessidade da delimitação do objetivo cirúrgico nos 3 planos de espaço” Ântero-posterior / Súpero-inferior / Transversal TOMADAS RADIOGRÁFICAS USUAIS - Panorâmica dos maxilares; - Oclusais; - Periapicais ( principalmente a técnica de Clark); - Rx dos seios da face; - P.A. p/ Mandibula com boca aberta; - Laterais da face ou cefalométricas de perfil; - Tomografias Escolha do tipo de anestesia X Dificuldade Técnica Prevista Escolha do Tipo de Anestesia X Porte da Cirurgia ROTINA SOB ANESTESIA LOCAL Hemograma completo; Coagulograma; Glicemia em jejum. Parecer da clínicas médicas quando necessário. ROTINA SOB ANESTESIA GERAL Hemograma completo; Coagulograma; Glicemia em jejum; Uréia; Creatinina; Exame sumário de urina; Parecer Cardiológico com E.C.G. e risco cirúrgico e /ou das clínicas médicas quando necessário Exames de laboratório Preparo do paciente Preparo psicológico dizer, mostrar, fazer explicar o ambiente cirúrgico, para que é e para que serve. Preparo físico profilaxia periodontal; higiene bucal rigorosa no pré-operatório. Preparo do ambiente cirúrgico ambulatorial Área crítica; Área semi-crítica; Área contaminada; Uma boa manutenção e limpeza da sala operatória é essencial para a manutenção da técnica asséptica Limpeza geral A sala cirúrgica (consultório) deve ser completamente limpa e livre de poeira, por meio de: Limpeza semanal com anti-sépticos a) limpeza e remoção de todo equipamento da sala operatória; b) lavagem das paredes, janelas, e suportes de lâmpadas; c) limpeza de ar condicionado e ventiladores; d) esvaziamento e reposição de estoque dos armários; e) esfregar o chão, com pano úmido ou por aspiração, usando desinfetantes. Uma boa manutenção e limpeza da sala operatória é essencial para a manutenção da técnica asséptica Limpeza diária com anti-sépticos a) deve ser feita no final do dia, afim de não acumular pó. b) esvaziar e limpar todos os continentes (baldes, etc...); c) lavar a mesa de cirurgia d) usar um pano com solução desinfetante para passar em todo equipamento e mobília; e) lavar o assoalho com solução desinfetante; f) encher vidros e suprir o estoque dos armários; g) Uso de Spray desinfetante. Preparo do cirurgião Jaleco, calça, gorro, máscara, pró-pés, óculos de proteção; Escovação sistemática das mãos e antebraços; Vestir capote estéril; Calçar as luvas estéreis. Movimentação dentro da sala de cirurgia Equipe Cirúrgica: Nunca ficar de costas para a mesa cirúrgica; Sempre virar de frente quando passar por outra pessoa na sala; Reconhecer e dizer se você ou outra pessoa quebrar a técnica asséptica (tocar com a luva em objeto não esterilizado, etc...); Falar somente o necessário. Movimentação dentro da sala de cirurgia (Pessoal circulante, ACDs e espectadores) Não tocar superfícies contendo material esterilizado; Não se debruçar sobre o campo cirúrgico, a não ser se permitido; Não encostar no campo esterilizado; Caminhar o mínimo possível ao redor; Ter cuidado com os equipamentos, fios, tubos, etc. Preparo do paciente no trans-operatório Antissepsia intra e extra-oral Tipos de Campos Operatórios Disponíveis Preparo do paciente no trans-operatório Aposição do campo operatório A Equipe Cirúrgica Cirurgião Tem sob sua responsabilidade todo o ato cirúrgico e toda a equipe cirúrgica; A Equipe Cirúrgica 2 - Assistente É responsável pela ajuda ao cirurgião e deve ter um grande conhecimento da cirurgia a ser executada; Deve ser capaz de antecipar os tempos cirúrgicos e de substituir o cirurgião em seu impedimento; Tem certas obrigações, como: o controle da hemorragia (hemostasia), mantendo o campo sempre seco; ajudar na exposição do campo operatório (afastamento); fazer as ligaduras e complementação de manobras, mesmo sem a solicitação do cirurgião; A Equipe Cirúrgica 3 – Instrumentador(a) Manter o instrumental limpo de sangue; Ordenar o instrumental na mesa cirúrgica; Antecipar os movimentos do cirurgião e assistente, alcançando o material sem solicitação; Separar o material contaminado; Preparar as suturas e fazer a limpeza após a cirurgia. A Equipe Cirúrgica 4 - Anestesista É de sua responsabilidade promover a analgesia e manter os parâmetros fisiológicos do paciente: função cardíaca e respiratória; drogas e administração de fluidos intravenosos, etc. A Equipe Cirúrgica 5 – ACD (Cirurgias ambulatoriais) ou Circulante (cirurgias hospitalares) Presta serviços de enfermagem; Faz a preparação do local e do material que vai ser usado; Durante a cirurgia deve antecipar os acontecimentos e ter o material e instrumental pronto para uso (desfibrilador, etc...); Durante a cirurgia não pode se afastar do local. Após a cirurgia terminar, deve ajudar na remoção do paciente e na limpeza da mesa e sala de cirurgia. Mesa cirúrgica A arrumação da mesa deve ser sempre em função da seqüência de utilização do instrumental; Ao final da cirurgia, a mesa deve estar arrumada de maneira semelhante ao início da intervenção. Cirurgia em ambiente hospitalar De maneira geral, não difere; Perfeito entrosamento cirurgião/anestesista; Tamponamento oro-faringeo; Mantenedor de abertura bucal; Disposição da equipe. Cuidados pós-operatórios Curativos; Prescrição; Recomendações pós-operatórias; Remoção dos pontos; que é parte integrante da cirurgia; Proservação emcasos de patologias, por 05 anos no mínimo. Considerações finais Se você fez tudo certo, terá poderá, assim, evitando que seu cliente se tornando Exames complementares Conhecimentos de hematologia Segurança tanto para o paciente quanto para o profissional. Exames complementares laboratoriais Pré-operatório para cirurgias sob anestesia local: Hemograma visão panorâmica, quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue (série vermelha, série branca e plaquetas); Coagulograma avaliação da hemostasia; Glicemia em jejum dosagem de glicose no sangue. Hemograma Avaliar quantitativamente e qualitativamente os elementos do sangue Hemácias (Eritrograma) Leucócitos (Leucograma) Plaquetas (Plaquetograma) HEMOGRAMA Eritrograma Contagem de eritrócitos Hemoglobina Hematócrito Contagem de eritrócitos Ao analisar os valores lembrar que o CV é de 5% (isto é, em contagem de 5 milhões; 95% dos casos estarão entre 4,5 e 5,5). Eritrocitose significa aumento da contagem de eritrócitos e sua diminuição eritropenia. HEMOGLOBINA HEMATÓCRITO Representa a proporção de eritrócitos em relação ao plasma, no sangue circulante. Sua determinação é feita por centrifugação do sangue não coagulado e a leitura direta em percentagem do nível da coluna globular. ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS Volume corpuscular médio (VCM) Tamanho das hemácias Hemoglobina corpuscular média (HCM) Coloração das hemácias Concentração da Hb corpuscular média (CHCM) Concentração da hemoglobina nas hemácias Volume corpuscular médio VCM é a relação entre o valor do HCT dividido pelo número de eritrócitos. VN: 80 – 97 fl – Normocítico < 80 – Microcítico > 97 - Macrocítico Hemoglobina corpuscular média HCM é a relação entre a concentração de hemoglobina dividida pelo número de eritrócitos. VN: 27 – 32 pg – Normocrômica < 27 – Hipocrômica > 32 - Hipercrômica Concentração da Hb corpuscular média CHCM é a relação entre a concentração de hemoglobina dividida pelo hematócrito em termos de percentagem VN: 31 – 35 % CHCM < 31% são consideradas hipocrômicas Rejeitar valores acima da normalidade Classificação das anemias Anemias normocítica e normocrômica Hemorragia aguda recente Anemias hemolíticas, endócrinas ou causadas por doenças sistêmicas. Classificação das anemias Anemia microcítica e hipocrômica Anemias ferroprivas Hemoglobinopatias quantitativas, por insuficiência na síntese de globina Talassemias Classificação das anemias Anemias macrocítica e hipercrômica/normocrômica Anemias megaloblásticas Por deficiência de Vit. B12 Por deficiência de folato Alterações morfológicas Anisocitose: presença de macro e microcitose ao mesmo tempo, sem predominância; seu significado é incerto. Drepanócitos: geralmente homozigoto da HbS; confirmar pelo teste de falcização e eletroforese de hemoglobina. Sua contagem carece de valor clínico. Classificação das anemias Acantócitos: abetalipoproteinemia, deficiência de tocoferol no RN, hepatopatias ("spurr-cells") e esplenectomizados. Reticulócitos Ocupam uma posição intermediária entre os eritroblastos medulares e os eritrócitos maduros. Avaliação de atividade da medula óssea VN : 0,5 – 1,5 % Anemia hemolítica e hemorrágicas Após tratamento de deficiência de Fe, folato, B12 LEUCOGRAMA 1. Leucocitometria É a contagem do número de leucócitos contidos em 1ml de sangue. Valor médio: 4 000 – 10 000/ mm3 Leucócitos > 10 000/mm3 (leucocitose) Leucócitos < 4 000/mm3 (leucopenia) 2. Contagem diferencial dos leucócitos Determina o número dos diversos tipos de leucócitos isoladamente. Expressa no hemograma em valores relativos e absolutos. LEUCOGRAMA Leucometria: Contagem total dos leucócitos Leucometria total = 3.800 - 10.600 A raça negra tem valores menores que a branca. As pessoas normais tem valores constantes e individuais. Fumo e obesidade aumentam a contagem (fumo, média de 1000 acima; fumante obeso 2000 acima) O álcool em excesso causa leucopenia. A menstruação não afeta a leucometria. Contagem Diferencial dos Leucócitos Contagem Diferencial dos Leucócitos Neutrófilos Representam cerca de 55 a 70% dos leucócitos e estão divididos: segmentados (55 a 65%), bastonetes (3 a 5%), metamielócitos (0) e mielócitos (0). Responsáveis pela fagocitose de pequenas partículas e bactérias. Os metamielócitos, mielócitos e promielócitos estão presentes na medula. Os segmentados circulam no sangue periférico. Desvio à esquerda presença de metamielócitos, mielócitos e promielócitos no sangue periférico, representando infecção aguda. Desvio à direita aumento de células maduras, representando infecção crônica. Basófilos Parece estar relacionado com a produção de histamina. Contagem Diferencial dos Leucócitos Eosinófilos Estão presentes no sangue periférico numa proporção que varia entre 2 e 4%. Seu aumento numérico é denominado eosinofilia e sua diminuição eosinopenia. Normalmente quando aumentado, estão relacionados com alergias e processos parasitários. Linfócitos Estão relacionados principalmente com os fenômenos imunológicos. Dividem-se em: linfócitos B e T. Os linfócitos B dão origem a plasmócitos, células formadoras de anticorpos, substâncias químicas capazes de destruir e/ou neutralizar o antígeno (imunidade humoral). Os linfócitos T transformam-se em células de ataque, capazes de destruir o antígeno sem a produção de anticorpos (imunidade celular). Monócitos São macrófagos, participam dos fenômenos de formação de anticorpos e na cura de processos infecciosos. Neutrofilos segmentados Eosinófilo Basófilo Linfócito Monócito Leucocitose fisiológica No recém nascido e na criança (12 –14000) com linfocitose em vez de neutrofilia No final da gravidez Nas leucocitoses de esforço físico, de emoções intensas, calor externo. Leucocitose infecciosa Caracteriza-se por uma diminuição dos eosinófilos e desvio para a esquerda dos neutrófilos. Nas infecções bacterianas, sobretudo nas localizadas com produção de pus. Em sua primeira fase é neutrofílica, seguida por uma fase monocítica e por fim linfocítica. Leucocitose não-infecciosa Por dor intensa das síndromes dolorosas como no abdome agudo não infeccioso. Por irradiação pequenas e estimulantes Nas neoplasias Nas medicamentosas Nas doenças metabólicas Desvio neutrofílico para esquerda Leucocitose com neutrofilia crescente: Indica uma defesa antiinfecciosa adequada. Se a proporção de bastonetes for acentuada, é um caso grave porém recuperável. Se as formas imaturas for maior que bastonetes e ambos maior que neutrófilos – infecção muito grave Leucocitose com neutrofilia decrescente e com desvio para a esquerda cada vez mais acentuado: Indica prognóstico ruim, provavelmente com característica leucêmica Leucopenia por neutropenia Leucopenias infecciosas: Característico das doenças virais e protozoonoses. Leucopenias tóxicas ou medicamentosas: Eosinófilos Eosinopenia: Característica da fase aguda do processo infeccioso Eosinofilia: Parasitária, alérgica Basófilos Basofilia é de maior frequência como sinal precoce na leucemia mielóide crônica Linfocitoses Nornal nas crianças e especialmente nos lactentes Linfocitose e leucocitose acentuada: coqueluche, mononocleose infecciosa Linfocitose com leucócitos normais: rubeóla, varicela Linfocitose com leucopenia: gripe, dengue, calazar. Outras linfocitoses Linfocitose pós-infecciosa: Constitui a fase de cura com o reaparecimento de eosinófilos. Linfocitose carencial: escorbuto, raquitismo, beriberi, pelagra Linfopenias Só possui interesse nas linfocitopeniasabsolutas, isto é, com o número normal de leucócitos ou com leucopenia. Quase sempres associadas a situações de estresses como crises dolorosas intensas, primeira fase de uma crise infeciosa. Doenças auto-imunes e imunodeficiências. PLAQUETAS PLAQUETOGRAMA O valor de referência é de 140.000 - 500.000 /ul. Plaquetose: aumento do número de plaquetas, encontrado na inflamação, anemias (ferropriva na infância, pós-hemorragica), Artrite Reumatóide, pós-operatório, pós-esplenectomia, Trombocitemia (contagens acima de 1 milhão, plaquetas gigantes e dismórficas). Plaquetopenia: exige confirmação por nova coleta; Causas: púrpura auto-imune, grandes hemorragias tratadas com transfusão, viroses na infância, Coagulação Intravascular Disseminada, Lupus Eritematoso sistêmico, esplenomegalia, causas obstétricas, septicemia, leucemias, quimio e radioterapia, remédios, AIDS, etc. Plaquetas gigantes significam produção acelerada por consumo excessivo (Tromboses). Hemostasia Conjunto de fenômenos que ocorrem nos tecidos (vasos), nas células sanguíneas (plaquetas) e no plasma (proteínas), objetivando bloquear a perda de sangue após a lesão vascular. Vasoconstricção Tampão hemostático temporário Tampão hemostático permanente (coágulo) COAGULOGRAMA COAGULOGRAMA 1. Tempo de Sangramento É o tempo necessário para estancar a hemorragia da ferida não maior que 4mm de profundidade, feito geralmente no lóbulo da orelha. TS= 2 – 8 minutos 2. Prova de fragilidade capilar ou prova do laço ou prova de Rumpel-Leede Realizada pelo garroteamento do braço do paciente, verificando-se depois de um certo tempo (3 a 5 minutos), se houve a formação de petéquias. Estuda a resistência dos capilares. O resultado normal é negativo. COAGULOGRAMA 3. Plaquetometria ou contagem de plaquetas ou trombócitos É o estudo do número de plaquetas. Valor normal: 150 000 – 450 000/mm3 4. Retração do coágulo Está relacionada ao metabolismo correto das plaquetas e ao perfeito mecanismo de formação plaquetária. A retração do coágulo em condições normais inicia-se aos 20 minutos, e apresenta 50% de retração após 3 horas. 5. Tempo de coagulação É o tempo decorrido para que o sangue coagule fora do vaso. TC normal: 5 – 10 minutos TC > 12 minutos (patológico) COAGULOGRAMA 6. Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa) É realizado através da adição de um substrato do fator plaquetário denominado cefalina (fosfolipídeo) e de um ativador de superfície (caulim) ao plasma humano. TTPa= 35 – 50 segundos 7. Tempo de protrombina (TP) Detecta o tempo de coagulação mediante a conversão da protrombina em trombina.. É um elemento importante na avaliação da crase sanguínea. TP= 10 – 12 segundos ( representa 100% da atividade protrombínica) COAGULOGRAMA 8. Tempo de trombina (TT) Indica alterações relativas à qualidade e à reatividade do fibrinogênio, durante o processo de formação da fibrina. Adiciona-se ao plasma uma quantidade padronizada de trombina, anotando o tempo de transformação do fibrinogênio em fibrina. TT= 18 +/- 2 segundos COAGULOGRAMA HEMORRAGIAS CIRÚRGICAS Fatores locais: Hemangiomas Aneurismas Regiões sujeitas à vasodilatação Rompimento de vasos de grosso calibre Fatores gerais: Diáteses hemorrágicas Doenças da coagulação Hipovitaminoses Tratamentos: Compressão, sutura, hemostáticos de uso local (esponja de fibrina, celulose oxidada, esponja de gelatina) GLICOSE EM JEJUM De acordo com os métodos clássicos de medição dos níveis de glicose sanguínea ( Hagedorn – Jensen, Folen – WU, entre outros), a quantidade de açúcar no sangue varia entre 80 e 120 mg%. Outros exames determinam a dosagem de glicose no sangue e na urina: Prova de tolerância à glicose (curva glicêmica e G.T.T. – teste de tolerância à glicose) Curva insulínica Os diabéticos apresentam baixa resistência às infecções, retardo na cicatrização e complicações cardiovasculares, entre outros. EXAME DE URINA anestesia geral 1. Volume urinário Valor normal: 1 – 2 litros por dia Oligúria: Volume < 500cc por dia Poliúria: excreção aumentada de urina Anúria: supressão de urina 2. Densidade Valor normal: 1 010 – 1 030 3. Cor Amarelo transparente 4. PH Valor normal: 5,6 – 6,0 ( discretamente ácido) EXAME DE URINA anestesia geral Glicosúria É a retenção de glicose na urina. A glicose do plasma é totalmente reabsorvida quando a sua concentração se mantém dentro dos níveis normais (80 – 120 mg%). Acetonúria Eliminação excessiva dos corpos cetônicos, derivados dos ácidos graxos. Sempre que houver um desequilíbrio entre os lipídeos e darboidratos haverá aumento na produção de corpos cetônicos. Proteinúria Eliminação excessiva de proteínas pela urina EXAME DE URINA anestesia geral Piúria Presença de pus na urina, traduzindo um processo supurativo em algum ponto das vias urinárias. Hematúria Eliminação de sangue pela urina. Caracteriza um estado patológico. Bile Normalmente não é encontrado na urina. Bases da Técnica Cirúrgica Sérgio Martorelli Manobras Cirúrgicas Fundamentais São conjuntos de manobras técnicas empregadas nas cirurgias; As chamadas manobras fundamentais são: Diérese; Exérese; Síntese. DIÉRESE Ato cirúrgico por meio do qual divide-se ou separa-se os tecidos, abrindo caminho através deles, para realizar o objetivo da operação. Pode ser por incisão ou divulsão. É o tempo operatório que reúne certo número de manobras cirúrgicas, destinadas à separação cruenta dos tecidos. SM Características de uma boa diérese Utilizar corretamente o instrumento da diérese; Não picotar os planos anatômicos; Poupar o máximo possível elementos contráteis, vasos, nervos, etc.; Fazer a diérese com extensão suficiente para acesso fácil ao objetivo cirúrgico, permitindo boa visibilidade e ser, quando necessário, de fácil ampliação; Características de uma boa diérese A secção deve ser perpendicular ao tecido para evitar quelóides e má cicatrização; A diérese deve ser propícia para permitir o mais facilmente possível o acesso cirúrgico; As aponeuroses e músculos, de preferência, devem ser seccionados no sentido de suas fibras; Nas diérses sobre a pele, observar as linhas de tensão. TIPOS DE DIÉRESE Interessando tecidos moles: - Incisional; - Divulsional. SM INCISÃO DIÉRESE MECÂNICA BISTURI ELÉTRICO POWER-LASER SM INCISÃO Objetivo principal: Obter acesso à entidade patológica mediante a criação de retalhos de tecidos, que serão separados durante o ato cirúrgico. INCISÃO O preparo de um retalho fundamenta-se em prevenir : a isquemia; o rompimento do retalho; a deiscência da sutura INCISÕES INTRA-ORAIS: - Mucosa aderente ao osso - Mucosa sem apoio ósseo EXTRA-ORAIS: - Tecidos da Face * Linhas de Força SM FINALIDADE DAS INCISÕES Incisional; Drenagens de abscesso, preparo de acesso à sindesmotomia nas papilas gengivais, incisões localizadas à distal dos 3os molares, etc. Excisional; Exérese de tecidos moles para biópsia, hiperplasias, frenectomias, etc. Plástica. Comunicações buco-sinusais, zetaplastias, etc. SM EMPUNHADURA DO BISTURI EMPUNHADURA DA TESOURA PARA DIVULSÃO E SECÇÃO Fim Incisional Fim Excisional Fim plástico Fim plástico RETALHOS Tamanho Deverãoser suficiente para oferecer acesso franco e direto ao objetivo cirúrgico, permitindo posteriormente cobrir com folga a cavidade, de modo que a linha de sutura não fique apoiada sobre osso ressecado e a sutura possa ser realizada sem tensão. RETALHOS Nutrição Deverá ser assegurada por amplos pedículos de modo a assegurarem a vascularização, evitando a necrose por déficit circulatório. Mobilidade Permitir o afastamento do tecido permitindo visualização satisfatória evitando incisões maiores e adicionais. Retalhos Fundamentos: A incisão deve ser realizada em osso não planejado para ser removido; Os retalhos devem ser de espessura total do muco-periósteo subjacentes; Os retalhos devem permitir visualização clara e adequada do tecido duro, a fim de evitar laceração do tecido mole e facilitar a remoção de osso; Evitar fazer as incisões sobre estruturas vitais (nervo / foramen mentoniano e nervo lingual, etc.). RETALHO CIRÚRGICO Critério para bom retalho: A base do retalho sempre será maior do que a margem livre. O comprimento do retalho não deve ser maior do que duas vezes a largura de sua base. RETALHO CIRÚRGICO Critério para bom retalho: Os retalhos devem ser manipulados cuidadosamente e delicadamente, evitando-se torções, compressões e distensões excessivas. RETALHO CIRÚRGICO Critério para bom retalho: A incisão vertical de alivio ou relaxamento deverá ser realizada de forma obliqua, para permitir que a base do retalho seja mais ampla que a margem gengival livre. RETALHO CIRÚRGICO Critério para bom retalho: A incisão relaxante deve ser ao lado da papila ou parapapilar, preservando-se aderida a papila gengival. Tipos de retalho Tipo envelope Apenas intrassulcular; Cuidado para não tracionar com pressão forte para não lacerar o retalho; Tipos de retalho Três pontas um divertículo relaxante; RETALHO CIRÚRGICO “ Modus operandi” RETALHO CIRÚRGICO Retalho quatro pontas, quadrangular ou trapézio Tipos de retalho Quatro pontas, quadrangular ou trapézio - dois divertículos relaxantes. RETALHO CIRÚRGICO Incisão Semi-lunar RETALHO CIRÚRGICO Incisão em Y DIVULSÃO Manobra cirúrgica na qual cria-se espaço entre os tecidos, sem contudo cortá-los ou incisá-los SM DIÉRESE DOS TECIDOS DUROS Ostectomias; Osteotomias; Totais; Segmentares. SM DIÉRESE DOS TECIDOS DUROS EXÉRESE Remoção ou extirpação dos tecidos afetados do organismo. SM EXÉRESE HEMORRAGIA Extravasamento do sangue; Biológica (pós-ferimentos; pós-incisões); Patológica (além da esperada). CAUSAS DE HEMORRAGIAS TRAUMÁTICAS CAUSAS DE HEMORRAGIAS CIRÚRGICAS CAUSAS DE HEMORRAGIAS HIPERTENSIVAS - Arterioesclerose HEMORRAGIA Segundo a localização: Interna e Externa HEMORRAGIA Segundo a natureza do vaso: Arterial, venosa e capilar HEMORRAGIA Segundo o momento: Imediata ou primária Secundária ou mediata HEMOSTASIA É o procedimento cirúrgico e/ou medicamentoso que visa prevenir ou parar um sangramento anormal ou não. HEMOSTASIA Finalidades Evitar a perda sangüínea que comprometa a vida do paciente; Manter o campo exangue, permitindo o reconhecimento dos elementos anatômicos. HEMOSTASIA Classificação quanto ao tipo de Hemostasia Preventiva Realizada preventivamente antes de haver o fluxo sangüíneo Pode ser temporária ou definitiva Por ex, laqueadura da artéria facial em casos de abordagem extra-bucal sub-mandibular Curativa Provisória Compressão, garroteamento, etc. Definitiva Ligadura de vasos, sutura em massa, etc. HEMOSTASIA MEIOS FISICOS - Compressão bi-digital (CHOMPRET) - Tamponamento compressivo - Laqueamento ou ligadura - Eletrocoagulação - Crioterapia SM HEMOSTASIA MEIOS QUÍMICOS - Hemostáticos locais absorvíveis (esponja de fibrina, celulose oxidada, esponja de gelatina absorvível, cera óssea, etc.) - Medicações hemostáticas locais e sistêmicas (Vit. K, hormônios, substâncias tromboblásticas, etc.) HEMOSTASIA MEIOS BIOLÓGICOS Transfusões; Hemo-derivados fatores da coagulação CICATRIZAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA Por primeira intenção; Por segunda intenção SÍNTESE Definição: Síntese: etmologicamente - reunir, juntar. “Conjunto dos métodos usados para coaptação das bordas de uma ferida, traumática ou cirúrgica, com o objetivo de restituir a função e acelerar a cicatrização”. SÍNTESE Conjunto de manobras cirúrgicas empregadas para aproximar ou reunir os tecidos divididos ou separados pela diérese. SM Fios cirúrgicos Características ideais: Boa segurança do nó; Adequada resistência tênsil; Fácil manuseio; Baixa reação tecidual; Não causar infecção; Não possuir ação carcinogênica. Fios cirúrgicos Classificação Geral: Quanto à Matéria prima: Animal; Vegetal; Mineral; Sintéticos; Quanto ao número de Filamentos: Monofilamentados e Multifilamentados. Quanto à permanência Absorvíveis e inabsorvíveis. Calibre dos fios. Fios cirúrgicos Quanto a origem: Animal: Seda, Categute, Categute cromado. Vegetal: Algodão, Linho. Mineral: Aço inoxidável. Sintéticos: Nylon, Polipropileno, Poliglactina 910. TIPOS DE SUTURA Quanto à origem Naturais de origem animal; Naturais de origem vegetal; Mineral; Sintéticos. SM Fios cirúrgicos Quanto a permanência : Absorvíveis: Categute, Categute cromado, Poliglactina 910... Inabsorvíveis: Algodão, Linho, Aço inoxidável, Nylon, Polipropileno. TIPOS DE SUTURA Quanto à permanência Absorvíveis; Não absorvíveis Fios cirúrgicos Números de filamentos: Monofilamentados: Poliglatina 910, Nylon, Categute simples, Categute cromado, Aço inoxidável.. Multifilamentados: Seda, Algodão, Nylon, Poliglactina 910. Correta empunhadura do porta-agulha de Mayo-Hegar TIPOS DE SUTURAS Quanto ao modo de empreendimento A Pontos separados; Contínua simples; Contínua festonada; Contínua em “U”; Intradérmica. Seqüência da sutura a pontos isolados Seqüência da sutura a pontos isolados Cicatrização das Feridas Sérgio Martorelli O auto-reparo é um dos atributos mais importantes do organismo vivo Nancy Byl, 1999. Ferida Lesão do tecido em decorrência de: trauma mecânico físico ou térmico; condição patológica ou fisiológica Cicatrização das Feridas Resposta a uma organizada seqüência de respostas bioquímicas e celulares direcionadas a restaurar a integridade do tecido e a sua capacidade funcional após a injúria. O processo de cicatrização Cicatrização É a fundamental faculdade do organismo de reparar a si próprio; Essa capacidade, embora universal, varia amplamente e depende do (a): Espécie; Tecido; Idade; Nutrição; Irritantes; Estímulos locais; Suprimento sangüíneo; Mobilidade dos tecidos. Cicatrização Espécie Animais inferiores, menos diferenciados, possuem maior capacidade de regeneração Certos anfíbios podem fazer crescer um membro inteiro; a minhoca pode regenerar a cabeça Tecido Diferentes tecidos de um mesmo animal variam no seu potencialde reparação As células hepáticas dos mamíferos se regeneram rapidamente, enquanto que um neurônio, uma vez destruído, é incapaz de regeneração Idade Organismos jovens podem reparar suas lesões mais rapidamente do que os mais idosos. Cicatrização Nutrição Certas deficiências de nutrição, como as deficiências de proteínas e vitaminas (p.ex. Vitamina C), prolongam ou impedem a regeneração e reparação Irritantes Enquanto que agentes irritantes suaves estimulam o processo reparador, os irritantes excessivos, como uma infecção persistente, seqüestros ósseos ou falta de repouso do local, inibem a reparação e regeneração. Estímulos locais As trefonas ou hormônios das feridas, que são liberados por desdobramento proteolítico dos fragmentos celulares e certas substâncias químicas, como a uréia, estimulariam o crescimento do tecido. A diminuição das pressões teciduais locais causadas pela destruição do próprio tecido, é um estimulo para o crescimento celular. Cicatrização Suprimento sangüíneo Os tecidos que têm uma boa irrigação sangüínea curam-se mais depressa do que aqueles cuja vascularização tenha sido prejudicada por doenças ou idade avançada. Mobilidade dos tecidos A cura, tanto no osso como nos tecidos moles, é mais rápida quando os tecidos são imobilizados. A Resposta da Cicatrização Os organismos agredidos sobrevivem somente se forem capaz de se regenerarem rápido e eficazmente. Essa capacidade depende: Do tipo de tecido envolvido; Da natureza do tecido lesado; O processo de cicatrização Regeneração Ocorre quando a restituição do tecido lesado acontece por meio de tecido sem distinção estrutural e funcional do tecido de origem. O processo de cicatrização Reparação Ocorre quando a integridade tecidual for restabelecida primariamente por meio de formação de tecido de cicatrização fibroso. Há distinção estrutural e funcional do tecido de origem. Com exceção do tecido ósseo e do tecido hepático, a ruptura do tecido resulta em reparo ao invés da regeneração. À nível celular O padrão e a qualidade do tecido de cicatrização dependem do quanto as células são: Lábeis; Estáveis; Permantentes. Células Lábeis Queratinócitos da epiderme e células epiteliais da mucosa dividem-se durante todo seu ciclo de vida; Células Estáveis Têm baixa velocidade de multiplicação Mas respondem com rápida proliferação em resposta à injúria; Por ex., a injúria óssea estimula as celulas mesenquimais pluripotenciais a se diferenciarem rapidamente em osteoblastos e osteoclastos. Células Permantentes Nervos especializados e células do músculo cardíaco não se dividem durante a vida pós-natal A Qualidade da Resposta Cicatricial É influenciada Pela natureza da ruptura do tecido Condições de fechamento da lesão Cicatrização por 1ª. Intenção Ocorre quando uma laceração asséptica ou uma incisão cirúrgica é fechada inicialmente com suturas ou outros métodos e a cicatrização acontece sem deiscência e com mínima formação de cicatriz. Cicatrização por 2ª. intenção Ocorrem quando em condições menos favoráveis, a cicatrização da lesão é mais complicada, ocorrendo através do preenchimento lento do defeito tecidual com tecido de granulação e conjuntivo. São decorrentes: De injúria avulsiva, infecção local ou fechamento inadequado da lesão. Cicatrização por 3ª. intenção Ocorre em casos de lesões mais complexas: Utiliza-se de um procedimento dividido através do fechamento primário tardio: A lesão avulsiva ou contaminada é curetada e deixada para formação do tecido de granulação e cicatrização, por segunda intenção, durante cinco a sete dias. Uma vez formado um tecido de granulação e o risco de infecção é minimizado, é feita a sutura da lesão para que haja a cicatrização por primeira intenção. Resposta de Cicatrização da Lesão Divide-se em três fases: Inflamatória; Proliferação; Remodelação. Fases da cicatrização Fase Inflamatória Fase Inflamatória Dura de 3-5 dias. 1. Vasoconstricção para estancar a hemorragia; 2. Ativação do fator XII (de Hageman) – “start” da cascata de eventos do processo de cicatrização Complemento, plasminogênio, cininas e sistemas coagulantes Fase Inflamatória As plaquetas circulantes (trombócitos) agregam-se rapidamente no local da lesão; Aderem-se umas às outras e ao colágeno exposto da região subendotelial dos vasos sangüíneos; Formando uma agregação plaquetária primária organizada no interior de uma matriz fibrosa. Formação da rede de fibrinas Fase Inflamatória O coágulo garante a hemostasia e gera a matriz provisória, através da qual as células migram durante o processo de reparo; O coágulo serve ainda como um reservatório de citocinas e fatores de crescimento β (TGF – β), fatores de crescimento derivados das plaquetas (PDGF) e fator de crescimento endotelial vascular (VEGF); mantendo a lesão e regulando o processo de cicatrização subseqüente. Fase Inflamatória Com a hemorragia controlada, a vasoconstricção é substituída por uma vasodilatação mais persistente, mediada pela histamina, prostaglandina, cinina e leucotrienos; Aumenta a permeabilidade vascular; Plasma e outros mediadores celulares da cicatrização atravessam as paredes dos vasos por diapedese ocupando o espaço extravascular (edema)- dor, rubor, calor, tumor. Fase Inflamatória As citocinas liberadas na lesão recrutam os neutrófilos e monócitos para o local das feridas. Os leucócitos com curto período de vida inundam o local com proteases e citocinas para ajudar a eliminar bactérias da lesão, tecido sem vitalidade e componentes degradados da matriz. Caso a lesão não esteja infectada, a infiltração neutrofílica cessa em poucos dias; Entretanto, as citocinas pro - inflamatórias liberadas pelos neutrófilos continuam estimulando a resposta inflamatória por longos períodos; Ocorre o aumento de monócitos e diminuição dos neutrófilos. Fase Inflamatória Os monócitos ativados (macrófagos), dão continuidade à limpeza por micro-debridação iniciada pelos neutrófilos; Secretam colagenases e elastases para remover o tecido lesado, fagocitose de bactérias e restos celulares; Influenciam todas as fase do início do processo de cicatrização da lesão, regulando a remodelação do tecido local através de enzimas proteolíticas e formação de uma nova matriz extracelular, modulando a angiogênese e fibroplastia por meio da produção local de citocinas. Fase da Proliferação Inicio no 3ºdia e dura 3 semanas Citocinas liberadas na fase inflamatória induzem a fase proliferativa Formação de tecido granular - Células inflamatórias,fibroblastos e vascularização em desenvolvimento Reepitelização - Migração de queratinócitos - aumento de mitoses - Ocorre mais rápido em mucosa que em lesões de pele Proliferativa Formação de microcirculação local O2 e nutrientes Ruptura vascular Hipóxia da lesão e Fatores de Crescimento Novos vasos sanguíneos (angiogênese) Proliferativa Migração de Fibroblastos e produção de colágeno imaturo dão suporte aos novos vasos Colágeno secretado aumenta a resistência a tração e importância da função da sutura. Quando as bordas se encontram cessa a proliferação lateral adicional Contração da lesão É o movimento centrípeto das bordas da ferida Fibroblastos miofibroblastos que possuem intensa força contráctil Varia conforme profundidade e extensão Remodelação ocorre no colágeno e na matriz Pode durar anos Redução da demanda metabólica Redução da rede de capilares Maturação do colágeno Cicatrização das Feridas por Extração Dentária Feridas por extração dentária Exemplo especial de cicatrização por segunda intenção Após exérese o alvéolo é preenchido de sangue Ativação das vias de coagulação Malha de fibrinasela os vasos organização do coágulo (24-48h) dentro dos remanescentes do ligamento periodontal Feridas por extração Primeira semana: - formação do arcabouço temporário epitélio da periferia desenvolve-se sobre a superfície do coágulo Osteoclastos iniciam o estágio de reabsorção da crista alveolar Angiogênese nos remanescentes dos ligamentos periodontais Feridas por extração Segunda semana: -Alvéolo preenchido por tecido de granulação - Formação de tecido conjuntivo jovem - Formação de osteóide - Reabsorção do osso cortical da crista alveolar Feridas por extração Feridas por extração Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Cicatrização das Fraturas Reparo e formação da cicatriz Cicatriz normal 6-12 semanas - cicatriz rósea (ferida imatura) 12-15 meses - remodelamento cicatriz madura - macia, branca, plana Reparo e formação da cicatriz Cicatriz viciosa Cicatriz atrófica Cicatriz hipertrófica Quelóide Retração Fatores deletérios Idade avançada Redução do turnover das células epidérmicas Aumento da fragilidade capilar e redução da vascularização Redução do fluxo de oxigênio para a área lesada Alteração do estado nutricional e grau de hidratação Redução da resposta imune Redução da massa da derme e subcutâneo Fatores deletérios Denervação da ferida Infecções Tecido necrótico Cicatrização Prejudicada por Infecção - Alveolite Fatores deletérios Isquemia Abordagem inadequada da ferida Dissecção da ferida Escolha inadequada do curativo Aplicação inadequada do curativo Mau uso de agentes tópicos Fatores deletérios Desnutrição protéico-calórica Carência de oligoelementos Vitamina C Vitamina A Vitamina B Vitamina E Zinco Ferro Fatores deletérios Hipóxia Trauma Acidose Doenças crônicas Doenças circulatórias Fatores deletérios Drogas e tratamentos Quimioterápicos Glicocorticóides Irradiação Limpeza da ferida Água e sabão Remoção de escaras e tecido necrótico nas feridas abertas Desbridamento enzimático Desbridamento químico Desbridamento mecânico Hidroterapia Autólise Curativos Técnica de limpeza Limpeza com solução fisiológica Limpeza mecânica Uso de anti-sépticos Anti-sepsia com PVPI tópico Anti-sepsia com clorexidina Qual curativo? Curativo seco Curativo úmido Curativos Desitina Óxido de zinco Curativos de copolímeros Alginatos Oxigenoterapia hiperbárica Hidrogel Hidrocolóide Curativo semi-permeável Curativos Em Odontologia é comum o uso de cimentos cirúrgicos para proteção de feridas na boca. EXODONTIA Sérgio Martorelli Exodontia “A extração de dentes talvez seja o procedimento cirúrgico mais antigo realizado pelo homem em toda sua história. Dym, H., 2004 Exodontia “Conjunto de procedimentos cirúrgicos que têm por objetivo remover determinado elemento dentário com indicação prevista”. Exodontia Etmologia: Exo = fora Dontia = dente exodontia é a remoção do dente de seu alvéolo através de uma dilatação desse, associada ao rompimento das fibras periodontais que ligam o dente ao tecido ósseo. Indicações Na impossibilidade de manutenção do elemento dentário após esgotamento de todos os recursos clínicos para sua manutenção; Ortodônticas (curativas e preventivas); Pacientes com grande risco para endocardite bacteriana (contra-indicação a procedimentos conservadores); De cunho social (elitização da Odontologia conservadora). SM Indicações Cárie dentária extensa; Infecção séria; ? Pré-irradiação; Doença periodontal avançada; Dentes que interferem na colocação de próteses; Razões ortodônticas; Malposicionamento; Dentes em linha de fratura; ? Dentes associados com patologias; ? Econômicas. Contra-indicações Temporárias e definitivas; De ordem local e sistêmica Contra-indicações De ordem sistêmica Doenças sistêmicas debilitantes Diabetes descompensadas; Cardiopatias graves; Pacientes em uso de anticoagulantes e imunossupressores; Pacientes especiais (risco de aspiração, etc.); Hemofílicos (não assistidos); Gestantes (aspectos legais e eventuais complicações das exodontias). Contra-indicações De ordem local Fase aguda (exceto pulpites) Risco de bacteremia; Eficácia da anestesia local; Virulência do agressor X resistência tecidual / orgânica Lesões neoplásicas Hemangiomas intra-ósseos (hemorragia profusa); Neoplasias malignas (metástases). Pré-operatório Anamnese; Exame clínico; Exames complementares radiológicos e laboratoriais; Pareceres das clínicas médicas quando necessário Classificação Grazianni Técnica I; Técnica II; Técnica III. Marzola por via alveolar por fórceps; por extratores. por alveolectomia e ostectomia; por seccionamento; por apicectomia. Classificação Simplificada Exodontia simples; Exodontia cirúrgica. Cuidados pré-operatórios Preparo psicológico regra do dizer, mostrar e fazer. Preparo local raspagem, profilaxia, estimular higiene bucal. antissepsia e aposição do campo operatório. Requesitos Básicos das Exodontias 1. O dente deve ser extraído totalmente 2. Deve ser evitado ao paciente todo o sofrimento inútil boa anestesia boa assepsia orientação pós-operatória 3. O traumatismo deve ser o mínimo possível Elementos Fundamentais nas Exodontias Posição adequada do paciente e da cadeira odontológica O dentista deve manter seus braços próximo ao corpo Para dentes superiores, plano oclusal de 60º a 90º com o chão. Para dentes inferiores, plano oclusal paralelo ao chão. Sempre estar preparado Instrumental necessário se a exodontia planejada se converter, subitamente, para procedimento cirúrgico complexo. Ergonomia? Cuidado ao escolher os auxiliares ou adequar a altura (estrados, etc.....) Elementos Fundamentais nas exodontias Sempre realizar a sindesmotomia (exposição da crista óssea); Luxar o dente com elevadores antes de sua remoção do alvéolo com o fórceps; Evitar forças excessivas e usar força controlada; Usar abridor de boca para aliviar desconforto muscular e dor nas ATMs.; Quando não obtiver qualquer mobilidade dentária após tentativa de luxação com elevadores e fórceps, partir para exodontia cirúrgica; Grau de dor, desconforto e edema pós-operatório diretamente correlacionados à quantidade de trauma recebido durante o procedimento da exodontia. PLANEJAMENTO DA EXODONTIA Exame clínico Fatores que dificultam a intervenção Curvatura anormal das raízes. Hipercementose; Dentes fusionados; Proximidade com o canal mandibular; seio maxilar Grande densidade óssea (idosos). Músculo orbicular pequeno. Incapacidade de abrir a boca. Línguas volumosas, por vezes incontroláveis. Avaliação dos elementos a extrair Exame radiográfico Exame radiográfico Fatores dificultantes Forma das raízes Dilacerações, curvaturas, formas bulbosas, etc. Fatores Dificultantes Reabsorção Radicular Fatores Dificultantes Fratura Radicular Tecido do suporte Acidentes Anatômicos SELEÇÃO DA TÉCNICA EXODÔNTICA EXODONTIA POR VIA ALVEOLAR COM USO DE FÓRCEPS EXODONTIA POR VIA ALVEOLAR NA TÉCNICA DE ELEVADORES ALVEOTOMIA PRÉVIA OU EXODONTIA CIRÚRGICA ODONTOSSECÇÃO TEMPOS CIRÚRGICOS Sindesmotomia Aplicação do Fórceps Os mordentes de um Fórceps devem: Extração ou exérese propriamente dita Toalete da Cavidade TÉCNICA DE ELEVADORES Movimentos produzidospelos elevadores Fase cirúrgica Anestesia Geral intubação naso-traqueal e tamponamento oro-faringeo. Local Mandíbula Troncular D.I. + Complementação do bucinador Maxila infiltrativa subperiostal vestibular e palatina. Instrumental Incisão, sindesmotomia e descolamento muco-periostal Instrumental Fórceps para arcada inferior Instrumental Fórceps para arcada superior Instrumental Elevadores de Seldin OSTEOTOMIA / OSTECTOMIA Com cinzéis e martelo; Com turbinas de alta rotação; Com motor cirúrgico (baixa rotação) Instrumental para osteotomia / ostectomia CINZEL E MARTELO Trauma auditivo; Trauma às ATMs; Corte impreciso; Aumento do tempo operatório; Aumento do edema. Turbinas de alta rotação Vantagens Fácil disponibilidade; Corte preciso; Diminuição do tempo operatório; Diminuição do trauma Desvantagens Impossibilidade de esterilização dos condutores de ar/água (quebra da cadeia asséptica e contaminação da cirurgia) Risco de formação de enfizema subcutâneo Trauma auditivo. Motor Eletro-mecânico VANTAGENS Pequeno trauma auditivo; menos barulhento que as turbinas... Sem trauma às ATMs; Corte preciso; Diminuição do tempo operatório; Diminuição do edema; Não contamina a ferida pela possibilidade de uma correta esterilização. DESVANTAGENS Alto custo do motor e peças de mão cirúrgicas; Alto custo da esterilização (plasma de peróxido de hidrogênio como meio de esterilização); Pouco tempo de vida útil das peças de mão (autoclavagem) Instrumental Curetagem, toilete Instrumental Aspiração, sutura Técnica Sindesmotomia; Aplicação do elevador ou fórceps; Movimentos de luxação lateralidade e / ou rotação; Exérese ; Manobra de Vassalva (dentes pósteriores superiores) Curetagem / toillete; Sutura. Sindesmotomia Movimentos de luxação Movimentos de luxação Movimentos de luxação Movimentos de luxação Movimentos de luxação Exodontia de dentes decíduos Em geral não difere; Os fórceps são menores para adaptar ao volume dos dentes; Cuidado com a fragilidade e arqueamento das raízes; Atenção especial com o germe dentário permanente subjacente. Exodontia em pacientes de alto risco Pacientes em radioterapia ou radioterapeutizados Riscos de osteorradionecrose Destruição óssea não originária de infecção e seqüestração óssea com infecção secundária. Só extrair se não houver nenhuma outra opção Realizar profilaxia antibiótica maciça e oxigenoterapia hiperbárica no pré-operatório Mínimo de 20 sessões pré e 10 sessões pós. Oxigeno-terapia Medicina Hiperbárica Oxigênio 100% com pressão acima de 1 atm Exodontia em pacientes de alto risco Pacientes em quimioterapia Diminuição considerável da série branca, vermelha e plaquetas. Podendo resultar em infecção e hemorragia severa; Só intervir após 03 semanas da conclusão da quimioterapia em pacientes não acometidos de neoplasmas hematológicos; Parecer do médico acompanhante; Não intervir se a contagem de leucócitos < 2000/mm2 e contagem de plaquetas < 50.000/mm2 Empunhadura do fórceps para dentes superiores Exodontia Cirúrgica Sérgio Martorelli Exodontia Cirúrgica É o procedimento indicado quando não podemos extrair dentes ou fragmentos dentários de maneira convencional, ou seja, através dos meios empregados nas exodontias simples, ou seja, por via alveolar. Exodontia Cirúrgica Indicações: Prevista, programada em pré-operatório Quando o diagnóstico é presumido... Inusitada Como tratamento das complicações trans-operatórias das exodontias simples. Exodontia Cirúrgica Indicações Dentes que não podem ser removidos por fórceps; Dentes ou fragmentos inclusos submocosos ou intra-ósseos; Dentes tratados endodonticamente e/ou com pinos intracanais; São mais frágeis, sem estar infectados, podendo ainda estar anquilosados...; Dentes com dilacerações radiculares, grandes curvaturas, etc.; Dentes com hipercementoses radiculares; Dentes com divergências radiculares; Dentes com grandes cáries subgengivais por cáries cervicais; Dentes com reabsorções internas ou externas. Exodontia Cirúrgica Tempos cirúrgicos Tipos de incisão: Requisitos básicos da incisão Ressecção óssea ou exerese óssea Exodontia Cirúrgica Instrumental Instrumental Incisão, sindesmotomia e descolamento muco-periostal Instrumental Fórceps para arcada inferior Instrumental Fórceps para arcada superior Instrumental Elevadores de Seldin Instrumental para osteotomia / ostectomia Instrumental Curetagem, toilete Instrumental Aspiração, sutura Exodontia Cirúrgica Etapas Etapas da Exodontia Cirúrgica Incisão; Descolamento do retalho muco-periostal; Ostectomia (cinzel + martelo; turbinas; motor cirúrgico) Odontossecção; Luxação : Aplicação do fórceps ou elevador; Movimentos de lateralidade e/ ou rotação; Exérese ou extração do dente ou fragmento dentário; Regularização da osteotomia / curetagem / toalete; Sutura. Exodontia Cirúrgica Incisão Retalhos - Fundamentos A incisão deve ser realizada em osso não planejado para ser removido; Os retalhos devem ser de espessura total do muco-periósteo subjacentes; Os retalhos devem permitir visualização clara e adequada do tecido duro, a fim de evitar laceração do tecido mole e facilitar a remoção de osso; Evitar fazer as incisões sobre estruturas vitais (nervo / foramen mentoniano e nervo lingual, etc.). Tipos de retalho Tipo envelope Apenas intra-sulcular; Cuidado para não tracionar com pressão forte para não lacerar o retalho; Três pontas um divertículo relaxante; Quatro pontas dois divertículos relaxantes. Dym, H. (2004) OSTEOTOMIA OSTECTOMIA Objetiva eliminar o osso, geralmente a cortical vestibular, de modo a permitir acesso para remoção do dente ou fragmento com indicação prevista; Deve ser o mais conservadora possível para economizar a estrutura óssea do paciente. CINZEL À PRESSÃO MANUAL Desvantagens: Impraticável em tecido ósseo compacto Corte impreciso; Aumento do tempo operatório; Aumento do edema. CINZEL E MARTELO Desvantagens: Trauma auditivo; Trauma às ATMs; Corte impreciso; Aumento do tempo operatório; Aumento do edema. Turbinas de alta rotação Vantagens Fácil disponibilidade; Corte preciso; Diminuição do tempo operatório; Diminuição do trauma Motor Eletro-mecânico VANTAGENS Pequeno trauma auditivo; menos barulhento que as turbinas... Sem trauma às ATMs; Corte preciso; Diminuição do tempo operatório; Diminuição do edema; Não contamina a ferida pela possibilidade de uma correta esterilização. TÉCNICAS DE ODONTOSSECÇÃO ODONTOSSECÇÃO Conceito “São procedimentos técnico-cirúrgicos que têm por objetivo facilitar a remoção de elementos dentários com indicação prevista”. ATUAM Desimpactando; Simplificando e reduzindo o tempo operatório; Diminuindo o trauma cirúrgico INDICAÇÕES Dentes com raízes convergentes e divergentes; Dilacerações radiculares; Inclusões horizontais impactadas; Dentes inclusos geminados; Impactação de dentes inclusos contra os ápices radiculares de dentes contíguos; Nas rizectomias; Na prevenção de fraturas de dentes contíguos erupcionados mas impactados (normalmente pré-molares com indicação ortodôntica); Dentes (molares) com coroas destruídas sem apoio para o fórceps. MÉTODOS - VANTAGENS & DESVANTAGENS Turbinas de alta rotação e brocas diamantadas; Cinzel à pressão manual; Cinzéis e martelo; Combinada; Brocas cirúrgicas acopladas ao motor cirúrgico. Exérese Utiliza-se de fórceps e/ou elevadores Aplicar o elevadorentre o osso e o dente a ser removido Evitar aplicação de fulcro ou apoio nos dentes vizinhos Utilize-se sempre de manobras delicadas Manobras intempestivas são as maiores causas de acidentes. Raízes fraturadas removê-las ou deixá-las? À princípio a remoção está sempre indicada, entretanto deve-se: Ponderar risco benefício; Nunca aventurar retirar “às cegas” Sempre ter perfeita visualização do fragmento radicular. Evitar manobras intempestivas Raizes fraturadas removê-las ou deixá-las? Indicações de deixá-las: Fragmentos radiculares pequenos (menores que 4mm e desde que sua remoção resulte em trauma importante para o paciente; Não há infecção ou patologia periapical associada ao fragmento radicular; O fragmento radicular está muito próximo do nervo mentoniano ou do alveolar inferior; Existe hemorragia não controlada; O paciente está passando mal; A raiz está bem próxima do seio maxilar. Raizes fraturadas removê-las ou deixá-las? Regularização e toillete da ferida Regularizar a osteotomia com brocas para acabamento e limas ósseas; Regularização e toillete da ferida Irrigar e aspirar rigorosamente a loja operatória com solução salina; Remover todas as esquírolas ósseas e remanescentes da pulverização óssea e dental Sutura Reposicionar o retalho em sua posição original; Proceder a sutura respeitando os princípios básicos da BTC; Utilizar, de preferência, fios de seda 2-0 e 3-0; Utilizar fios reabsorvíveis (vicryl 2-0 e 3-0) quando difíceis de removê-los Pacientes especiais; Regiões de difícil acesso Cuidados pós-operatórios Recomendações pós-operatórias por escrito; Prescrições legíveis; Fornecer os fones de contato para urgências. Casos clínicos Acidentes e complicações das Exodontias Prevenção e Tratamento ACIDENTE Acontecimento infeliz, casual, imprevisto. Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira Acidente das exodontias Consistem na quebra do planejamento cirúrgico-exodôntico no trans-operatório. ACIDENTES São decorrentes: da falta do planejamento (exame radiográfico insuficiente,ambiente inadequado, etc); de manobras cirúrgicas intempestivas; da falta de habilitação do profissional; da falta do domínio da anatomia regional; má escolha da técnica anestésica para o caso. PREVENÇÃO - Correto planejamento cirúrgico; - Manejo cuidadoso dos tecidos; - Domínio de uma técnica opera- tória atraumática. ACIDENTES Acidentes no uso do fórceps Por uso do fórceps inadequado; Por preensão incorreta do dente pelas pontas ativas dos fórceps; Na mecânica das exodontias Manobras contra-indicadas Movimentos de rotação em dentes bi ou tri-radiculares, por ex. ACIDENTES Desgarramentos da mucosa Falha na sindesmotomia Perturbação da cicatrização Necrose ou gangrena do tecido desgarrado Prevenção Sindesmotomia cuidadosa Tratamento Reconstrução (quando há manutenção do aporte sangüíneo) ou remoção do tecido desgarrado ACIDENTES FRATURAS - do dente interessado Coroa, raiz(es) - do dente vizinho - da tuberosidade maxilar - da mandíbula - do processo alveolar - de instrumental Raizes fraturadas removê-las ou deixá-las? À princípio a remoção está sempre indicada, entretanto deve-se: Ponderar risco benefício; Nunca aventurar retirar “às cegas” Sempre ter perfeita visualização do fragmento radicular. Evitar manobras intempestivas Raízes fraturadas removê-las ou deixá-las? Indicações de deixá-las: Fragmentos radiculares pequenos (menores que 4mm e desde que sua remoção resulte em trauma importante para o paciente; Não há infecção ou patologia periapical associada ao fragmento radicular; O fragmento radicular está muito próximo do nervo mentoniano ou do alveolar inferior; Existe hemorragia não controlada; O paciente está passando mal; A raiz está bem próxima do seio maxilar. Raízes fraturadas removê-las ou deixá-las? Fraturas da tuberosidade Prevenção Correto planejamento Osteotomias/ ostectomias preventivas Aplicação correta das forças mecânicas Tratamento Imediato Contenção e exodontia à posteriori com ostectomias (mínimo de 04 meses) Tardio Exérese do segmento e fechamento da comunicação buco-sinusal Fraturas da mandíbula Prevenção Correto planejamento Osteotomias/ ostectomias preventivas Aplicação correta das forças mecânicas Tratamento Tratamento ortopédico; Tratamento cirúrgico Fraturas do processo alveolar Prevenção Correto planejamento Osteotomias/ ostectomias preventivas Aplicação correta das forças mecânicas Tratamento Tratamento ortopédico Contenção rígida. ACIDENTES LUXAÇÃO Do dente vizinho Prevenção Correta aplicação das forças mecânicas Tratamento Contenção semi-rígida Das ATMs Prevenção Conter a mandibula quando das aplicações de força Tratamento Redução e contenção com bandagens ACIDENTES Hemorragias trans-operatórias; Lesões da inervação: parestesias Em especial do alveolar inferior, mentoniano; infra-orbital e lingual Importância da laser terapia no pós-operatório. Injúrias dos tecidos moles por instrumental; Abertura ou comunicação buco-antral ou buco-nasal imediata: Tratamento: fechamento estanque da comunicação buco-antral ou buco-nasal. Penetração de dentes ou fragmentos dentários em: -Tecidos moles próximos; - Lesões patológicas; - No seio Maxilar e Fossas Nasais. HEMORRAGIA DENTO-ALVEOLAR É difícil avaliar a severidade da perda sangüínea apenas pela anamnese: Ansiedade do paciente. Afastar a possibilidade de choque Aferição do pulso e PA Bpm 100; PA 100 mgHg: Choque hipovolêmico! Necessidade de restabelecer o volume perdido quantitativamente- infusão de expansor de plasma (Gelofusine ou Heamaccel ou SF 0,9%) e qualitativamente (concentrado de hemácias), quando necessário. HEMORRAGIA DENTO-ALVEOLAR Causas: Locais bochechos vigorosos, exercícios físicos, Álcool Gerais Extração prévia ou hemorragia transcirúrgicas, medicações, doenças hepáticas, desordens da hemostasia de ordem familiar. HEMORRAGIA DENTO-ALVEOLAR Segundo o momento: Imediata ou primária (acidente) Secundária ou mediata (complicação) HEMORRAGIA DENTO-ALVEOLAR IMEDIATA Prevenção: Correto planejamento operatório Anamnese, ficha clínica, exames pré-operatórios Manuseio cuidadoso dos tecidos, conhecimento anatômico da região e respeito às estruturas vasculares da área Feixe vásculo-nervoso dentário inferior, mentoniano, etc. Tratamento: Hemostasia Manobra de Chompret; compressão, sutura, ligadura, uso de hemostáticos locais, etc. HEMOSTASIA Meios Químicos - Hemostáticos locais absorvíveis (esponja de fibrina, celulose oxidada, esponja de gelatina absorvível, cera óssea, etc.) - Medicações hemostáticas locais e sistêmicas (Vit. K, hormônios, substâncias tromboblásticas, etc.) HEMOSTASIA Meios Biológicos Transfusões; Hemo-derivados fatores da coagulação Lesões nervosas Lesões da inervação: Normalmente acometem inervação de terminações sensitivas, provocando parestesias Dentário Inferior; Mentoniano; Lingual; Infra-orbital Prevenção Evitar lesar a inervação através de técnica atraumática Tratamento Microrrafia do nervo (quando possível); Núcleo C.M.P. Citidina-5-monofosfato dissódica; Uridina-5-trifosfato
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