Buscar

Teoria Geral e Princípios dos Recursos

Prévia do material em texto

ATIVIDADE EM SALA DE AULA – 10/05/2019 – DIR4AN-MCD
Direito Processual Civil : Processo nos Tribunais
Profª Simone Diogo Carvalho Figueiredo
Nome: 							RA:
Nome:							RA:
Teoria Geral dos Recursos e Recursos em Espécie
1) No que tange a Teoria Geral dos Recursos, avalie as seguintes afirmações.
I. Aduz o artigo 999 do CPC que a parte recorrente pode renunciar ao recurso, independentemente de concordância da parte contrária. A renúncia ao direito de recorrer pode ser tácita ou expressa, bem como pode ser total ou parcial. 
II. Segundo o artigo 996 do CPC, o recurso pode ser interposto, entre outros, pela parte vencida. No entanto, o dispositivo legal confunde indevidamente o conceito de legitimidade recursal com o interesse recursal. Assim, as partes tem legitimidade recursal, independentemente do conteúdo da decisão judicial, ou seja, não importando o fato de terem ou não sucumbido no caso concreto, aspecto este que diz respeito ao interesse recursal, que é outro pressuposto de admissibilidade recursal. 
III. Conforme preceitua o artigo 1.001 do CPC, os despachos são irrecorríveis, o que leva à conclusão de que todos os pronunciamentos com carga decisória são passíveis de recurso, não havendo, em obediência do princípio do contraditório e da ampla defesa, irrecorribilidade de decisões judiciais.
IV. Excepcionalmente o prazo recursal pode ser interrompido ou suspenso. A interposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para a interposição dos demais recursos. Já o artigo 1.004 do CPC determina que haverá a suspensão do prazo recursal no caso de falecimento da parte ou de seu advogado ou ainda no caso de força maior que suspensa o curso do processo. 
É correto apenas o que se afirma em: 
2) Para o direito os princípios devem ser interpretados como espécie de alicerce estrutural ou mesmo mandamento fundamental de um sistema, responsáveis por propagarem sua influência sobre diferentes normas. Não por outro motivo, assegura a doutrina ser a violação de um princípio indubitavelmente mais grave do que a transgressão à própria regra. Claro que é válido atentar para o fato de que princípios são também preceitos. Diferem-se, entretanto, pela sua abrangência. Se de um princípio emanam regras, o contrário não pode ser dito. Tal qual ocorre com todos os outros ramos do direito, no caso dos recursos estes também estão submetidos a vários princípios que cumprem o papel de nortear e orientar a aplicação específica das regras, além de permitirem a interpretação do sistema recursal em toda a sua abrangência.
(Fonte: CACEMIRO, Wellington. Estudo dos princípios recursais e sua relevância para o pedido de revisão voluntária do ato judicial. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22, n. 5065, 14 de maio 2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/57395>. 
Acerca dos princípios recursais, avalie as seguintes afirmações.
I- Tratando-se de exceção, o princípio da fungibilidade somente será aplicado se preenchidos alguns requisitos formais. Assim, são condições para a aplicação do princípio da fungibilidade no caso concreto, a existência de uma dúvida objetiva a respeito de qual o recurso cabível e a inexistência de erro grosseiro. Por esta razão, não se admite a fungibilidade entre o recurso especial e o extraordinário em razão de evidente erro grosseiro, uma vez que a lei, expressamente, prevê as hipóteses o cabimento destes recursos. 
II- No direito processual civil, em decorrência do princípio da complementaridade, as razões recursais devem ser apresentadas no ato de interposição do recurso, não se admitindo que o recurso seja interposto num momento procedimental e as razões apresentadas ou complementadas posteriormente. Nem mesmo com o falecimento do recorrente permite-se a complementação, por seu sucessor, do recurso já interposto. 
III- Mesmo não havendo previsão expressa, não existe dúvida de que o direito brasileiro adotou o princípio da vedação da reformatio in pejus. Todavia, a reformatio in pejus é admitida na aplicação do efeito translativo dos recursos, por meio do qual se admite que o tribunal conheça originariamente matéria cognoscível de ofício.
IV- Viola o princípio da singularidade (unirrecorribilidade ou unicidade) a parte que interpõe concomitantemente duas espécies recursais contra a mesma decisão. Assim sendo, julgado o pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita na sentença, será cabível o recurso de apelação, ainda que o capítulo que decidiu essa questão incidental seja indiscutivelmente de natureza interlocutória.
É correto apenas o que se afirma em: 
3) Lucas ajuizou ação declaratória de inexistência de débito em face da instituição financeira DinDin, após ter seu nome levado a protesto em cartório, em razão do não pagamento de boleto bancário encaminhado pela financeira no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Lucas requereu não só o reconhecimento da inexistência do débito, como também o cancelamento definitivo do protesto realizado, bem como a indenização pelos danos morais causados. Diante dos prejuízos acarretados pelo protesto realizado, Lucas pleiteou a suspensão liminar do mesmo até o julgamento definitivo da lide, medida que foi deferida pelo juiz antes mesmo da citação do réu. Após o oferecimento da contestação e a regular instrução do processo, o pedido de Lucas foi julgado totalmente procedente, tendo sido reconhecida a inexistência do débito do autor, com a condenação da instituição financeira DinDin a pagar R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de danos morais. A medida liminar fora confirmada, ordenando o julgador o cancelamento definitivo do protesto realizado. 
Diane da situação apresentada, analise os itens.
I- A instituição financeira deverá interpor recurso de apelação contra a sentença, no prazo de 15 dias, perante o próprio juízo que prolatou a sentença e, recurso de agravo de instrumento contra a decisão que confirmou a medida liminar, no prazo de 10 dias, perante o Tribunal de Justiça competente.
II- Uma vez cessada a atividade jurisdicional prestada pelo julgador e, por não se encaixar nas hipóteses legalmente previstas, o magistrado não está autorizado a se retratar da sentença, tanto no caso de apelação quanto de recurso inominado. 
III- Ante o valor da condenação e do título protestado, considera-se cabível o recurso inominado, que deverá ser interposto no prazo de 10 dias, perante o juízo prolator da sentença (juizado especial respectivo), sendo a competência para o julgamento da Turma Recursal (colegiado composto por três juízes de primeira instância).
IV- O recurso de apelação deverá ser recebido no duplo efeito (devolutivo e suspensivo) conforme a determinação do artigo 1.012 do Código de Processo Civil. Em caso de interposição do recurso inominado, deverá este ser recebido apenas no efeito devolutivo, não impedindo a eficácia imediata da sentença, conforme previsto no artigo 43 da Lei nº 9.099/95.	
É correto apenas o que se afirma em:
4) José ingressa com ação de reparação de danos em face de Jussara, requerendo sua condenação ao pagamento de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) em razão do descumprimento de contrato firmado entre eles. No fundamento da sentença o juiz deixa claro que não se convenceu do inadimplemento contratual, não se podendo falar nesse caso de dano suportado pelo autor, mas no dispositivo condena Jussara ao pagamento do valor pleiteado.
a) Jussara não poderá interpor Embargos de Declaração porque este recurso não se presta a modificação do julgado.
b) Jussara poderá interpor recurso de Apelação, que se provido anulará a sentença e remeterá os autos ao juízo a quo para prolação de nova sentença de mérito.
c) Jussara poderá interpor recurso de Apelação, que se provido anulará a sentença e procederá ao julgamento do mérito apenas se a causa estiver em condições de imediato julgamento, caso contrário deverá remeter os autos ao juízo a quo para prosseguimento.
d) Jussara poderá interpor recurso de Apelação, que se provido anulará a sentença e procederáao julgamento do mérito.
e) Jussara poderá interpor Agravo de instrumento por tratar-se de hipótese expressamente prevista no rol do artigo 1.015 do CPC. 
5) A respeito do recurso de Apelação no Código de Processo Civil julgue os itens.
I- As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
II- A apelação devolve ao Tribunal o conhecimento da matéria objeto da impugnação. Estando o processo em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito, exceto se verificar que o vício se trata de nulidade da sentença em virtude da falta de fundamentação. Nesta hipótese, remete-se a causa ao juízo de origem para que fundamente de forma satisfatória a decisão, sob pena de supressão de instância. 
III- A apelação possui, em regra, efeito suspensivo. Todavia há hipóteses em que a lei processual expressamente consagra a possibilidade de produção de efeitos imediatos da decisão impugnada. Nestes casos, o legislador promoveu um prévio juízo de ponderação de interesses, de forma que não é possível requerer a concessão de efeito suspensivo face a tais casos excepcionais.
Estão corretas as assertivas: 
Marque C para certo e E para errado, justificando suas respostas.
6) Caso o juiz indefira a petição inicial em virtude de o réu ser parte ilegítima, caberá agravo ao tribunal ou à turma recursal. ( )
7) Contra decisão monocrática proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, não podendo o relator se retratar. ( )
8) Em outubro de 2016, determinada pessoa interpôs para o STJ agravo em recurso especial contra decisão que, na origem, inadmitiu recurso especial com base em entendimento firmado em recursos repetitivos. Assertiva: Nessa situação, o STJ entende que deve ser aplicado o princípio da fungibilidade e deve ser determinada a remessa do agravo ao tribunal a quo, convertendo-se o recurso de agravo em recurso especial no recurso de agravo interno. ( )
9) Ao interpor recurso de agravo contra decisão monocrática no tribunal, o recorrente deixou de impugnar especificamente os fundamentos da decisão recorrida. Assertiva: Nesse caso, em observância ao princípio da primazia do julgamento do mérito, o relator deverá intimar o agravante para complementar seu recurso no prazo de cinco dias. ( )
10) Ao receber a petição inicial de determinada ação judicial, o magistrado deferiu pedido de tutela provisória e determinou que o município réu fosse comunicado para ciência e apresentação de defesa. Assertiva: Nessa situação, a apresentação de embargos de declaração pelo réu pode interromper o prazo para contestação. ( )
11) Se os embargos de declaração forem acolhidos com modificação da decisão embargada, ficará automaticamente prejudicado o outro recurso que o embargado já tiver interposto contra a decisão originária, ressalvada a interposição de novo recurso. ( )
12) Do pronunciamento que julgar parcial e antecipadamente o mérito, caberá apelação desprovida de efeito suspensivo. ( )

Continue navegando