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* LEPTOSPIROSE Prof. Clayton B. Gitti cbgitti@yahoo.com.br cbgitti@ufrrj.br “Sanidade Rural” Yahoogrupos * * Introdução Definição Doença infecciosa sistêmica causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira, caracterizada por febre, icterícia, alterações hepática e renal. Sinonímia Febre dos Pântanos; Doença dos Arrozais; Febre dos Alagados; Síndrome de Weil. * * Introdução Importância em Saúde Pública É uma antropozoonose (transmitida ao homem principalmente através do contato com coleções de água contaminadas com urina de ratos infectados); Notificação Compulsória * * Etiologia Ordem Spirochaetales Fam. Spirochaetaceae Fam. Leptospiraceae Treponema sp Leptospira sp Borrelia sp * * Leptospira interrogans Micrografia eletrônica * * Epidemiologia Distribuição mundial Espécies susceptíveis Reservatórios Animais domésticos e silvestres (gambás, preás, raposas, morcegos e roedores), portadores ou convalescentes Endêmica / Epidêmica Morbidade / letalidade * * Epidemiologia * * Epidemiologia Sensibilidade dessecação, pH ácido, radiação solar e temperaturas de 7º ou de 37º Via mais freqüente de infecção Pele ou mucosa Ovinos (L. hardjo) - leptospirúria por até 11 meses * * Epidemiologia Os animais infectados por Leptospira, freqüentemente, eliminam a bactéria na água. Quando o gado susceptível bebe esta água contaminada, a leptospirose pode ser disseminada. * * * * * * Epidemiologia Vias de Transmissão Contato direto (hábitos de limpeza); Respiratória; Venérea; Uterina; Mamária; OBS: diretamente relacionadas a eliminação e persistência da Leptospira no ambiente * * Patogenia Fonte de infecção Hospedeiro PI 2 a 12 dias Leptospiremia Órgãos diversos (SFM- fígado, rins, baço) Lesão endotelial aguda (CID) * * Patogenia Lesão renal Insuficiência renal aguda Nefrite Síndrome clínica associada com o declínio rápido na função renal. Sinais clínicos em função da incapacidade de excreção adequada de resíduos metabólicos e regulação do equilíbrio hidroeletrolítico. Perfil bioquímico (uréia sangüínea, creatinina sérica, enzimas hepáticas: ALT, AST, FA) Hematúria, proteinúria, piúria, bilirrubinúria, glicosúria * * Patogenia Leptospirúria por tempo prolongado (até mesmo após a remissão dos sintomas clínicos) Tratamento ineficaz - relação com a espécie hospedeira Ovinos infectados por L. hardjo - leptospirúria por até 11 meses Quadro de insuficiência renal no bovino não é tão freqüente como nas outras espécies * * Patogenia Lesão hepática Insuficiência hepática aguda Ocorre quando uma lesão grave súbita compromete pelo menos 70-80% do tecido hepático funcional Necrose hepática aguda Icterícia Fibrose hepática * * Patogenia Lesão entérica Enterite catarro-hemorrágica (principalmente em cães) Quadro nos cães Trato reprodutivo Abortamento no 3º trimestre gestacional Inclusive sem prévia manifestação clínica Aborto eqüino principalmente pelos sorovares pomona, hardjo e grippotyphosa * * Patogenia Outras manifestações Encefalite é mais comum em caprinos e ovinos Oftalmite recidivante em eqüinos infectados pelo sorovar pomona Em bezerros - maior freqüência de septicemia com hemólise e hemoglobinúria. Caso o animal sobreviva pode evoluir para a fase crônica. * * Sintomas Clínicos - Bovinos Formas clínicas Fase aguda Febre alta, anorexia, petéquias nas mucosas, anemia hemolítica aguda com hemoglobinúria, icterícia e mucosas hipocoradas. Taxa de mortalidade alta (bezerros). Produção de leite (avermelhado ou com coágulos de sangue) Quadros de mastite Aborto * * Sintomas Clínicos - Bovinos Fase assintomática Abortamento * * Abortamento e Retenção de placenta * * Sintomas Clínicos - Eqüinos Abortamento Freqüência maior após o 6º mês Natimorto Nascimento de crias fracas Oftalmite recidivante Ataques recorrentes de fotofobia, lacrimejamento constante, conjuntivite, ceratite, pericorneal, hipópio e uveíte Processo bilateral que podem evoluir para cegueira * * Sintomas Clínicos - Cães Sinais sistêmicos Febre, depressão, anorexia, vômito, relutância em se mover, diarréia, desidratação, congestão de mucosa, colapso vascular, morte Insuficiência renal aguda Oligúria ou anúria Coagulopatia intravascular disseminada Hemorragias petequiais, equimóticas, melena, hematemese, epistaxe Aborto, natimorto, meningite - raros * * Sintomas Clínicos - Cães Exame clínico - icterícia * * * * Sintomas Clínicos - Cães Hemorragia oral * * Hemorragia ocular por Leptospira * * * * Achados de Necropsia Hipertrofia ganglionar Icterícia Petéquias na subserosa e submucosa Esplenomegalia Fígado Hepatomegalia e áreas amareladas irregulares Rins Congestos, aumentados de volume, com hemorragias corticais em casos agudos e focos necróticos * * Achados de Necropsia Insuficiência renal - fase crônica * * Achados de Necropsia * * Achados de Necropsia Nefrite intersticial * * Achados de Necropsia Icterícia em carcaça de suíno * * Diagnóstico Clínico Bacterioscopia Microscopia de Campo escuro - resultado negativo não significa ausência da enfermidade Material: sangue (fase aguda), urina ( a partir do 15º dias), líquor Imunofluorescência direta * * Diagnóstico Métodos Sorológicos Soroaglutinação Fixação de Complemento Elisa * * Diagnóstico Diferencial Babesiose Intoxicação por samambaia Anemia hemolítica autoimune, hepatite viral canina, neoplasia hepática, neoplasia renal, nos casos agudos; e de brucelose canina e herpesvírus (abortos) , nos casos crônicos . * * Tratamento Penicilina Estreptomicina Terramicina Fase aguda Terapia intensiva de suporte dependendo da severidade do quadro. O prognóstico é reservado quando já está instalada a insuficiência renal e/ou disfunção hepática, e desfavorável em pacientes com choque ou coagulação intravascular disseminada. * * Medidas Preventivas Conjunto de ações nos elos da cadeia epidemiológica Fontes de infecção (diag/tratamento; combate aos reservatórios) Vias de transmissão (eliminação do excesso de água livre; higiene das instalações; IA..) Animais susceptíveis (imunoprofilaxia) Animais de produção: vacinações semestrais com dose de reforço nas primo-vacinações (30 dias). 1ª dose aos 4 meses Cães: pelo menos três doses para imunização primária.Reforço semestral. * * Prevenção * * LEPTOSPIROSE Prof. Clayton B. Gitti cbgitti@yahoo.com.br cbgitti@ufrrj.br “Sanidade Rural” Yahoogrupos *
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