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AULA 02- REGULAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS EM NÃO- RUMINANTES

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REGULAÇÃO DO CONSUMO DE 
ALIMENTOS EM NÃO- RUMINANTES 
PROF. DR. JEFFERSON GANDRA 
INTRODUÇÃO 
• O consumo de alimentos constitui o primeiro 
ponto determinante do ingresso de nutrientes 
necessários ao atendimento das exigências de 
mantença e de produção. 
 
• A quantidade total de nutrientes absorvidos 
vai depender também da digestibilidade, mas 
o consumo é responsável pela maior parte das 
diferenças entre os alimentos. 
INTRODUÇÃO 
• A complexidade do comportamento alimentar 
não pode ser totalmente explicada apenas por 
um conhecimento da fisiologia e do 
metabolismo, mas sim pela verificação por 
completo de outros fatores que o interferem. 
 
INTRODUÇÃO 
• É improvável talvez, que os nutrientes do 
alimento em oferta estarão presentes na mesma 
proporção que a exigida pelo animal. 
• Exemplo: 
 
• o teor de energia seja muito baixo em relação à proteína e 
o animal é então obrigado, instintivamente, a aumentar o 
seu consumo a fim de satisfazer suas necessidades 
energéticas, tendo assim, um excesso no consumo de 
proteína, ou ainda, reduzir o seu consumo de ração a fim 
de evitar um consumo excessivo de proteína. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
• O termo "fome" refere-se a um forte desejo 
de alimento, que está associado a diversas 
sensações objetivas. 
• Por exemplo: 
 
• uma ave que passou muitas horas sem receber 
alimentação, o seu proventrículo sofre intensas 
contrações rítmicas, conhecidas como contrações da 
fome. 
CONCEITOS IMPORTANTES 
• O termo “apetite” é quase sempre utilizado 
com o mesmo sentido de fome, exceto que, 
em geral, implica o desejo de certos tipos de 
alimentos, e não de qualquer nutriente. 
 
• Assim, o apetite ajuda o animal a escolher a qualidade 
dos alimentos que irá ingerir, diferente da fome, que 
faz com que se tenha desejo por nutrientes, não um 
alimento em especial. 
CONCEITOS IMPORTANTES 
• A “saciedade” é o oposto da “fome”. 
 
• Significa uma sensação de plenitude em 
relação à necessidade de alimentos e 
nutrientes. 
 
• Em geral, a saciedade surge após alimentação 
completa, em particular quando os depósitos de 
armazenamento nutricional do indivíduo, isto é, o 
tecido adiposo e as reservas de glicogênio, já estão 
cheios 
CONTROLE DA FOME E SACIEDADE 
• O controle da fome e da saciedade encontra-se no 
hipotálamo. 
 
• Sua estimulação nos núcleos laterais faz com que o 
animal coma com mais voracidade, o que chamamos 
de hiperfagia. 
 
• Em contrapartida, a estimulação dos núcleos 
ventromediais do hipotálamo produz a sensação de 
saciedade completa, e, até mesmo na presença de um 
alimento altamente apetitoso, o animal ainda irá 
recusá-lo, constituindo a afagia. 
CONTROLE DA FOME E SACIEDADE 
• Os núcleos laterais do hipotálamo como 
Centro da Fome, enquanto os núcleos 
ventromediais do hipotálamo podem ser 
denominados Centro da Saciedade. 
 
Fome 
Saciedade 
FATORES REGULATÓRIOS 
• O consumo de alimentos, ele pode ser regulado 
por: 
– mecanismos físicos, 
– fisiológicos, 
– hormonais e 
– ingestão de água. 
 
FATORES REGULATÓRIOS 
• Fisicamente quando o consumo voluntário de alimento está 
relacionado à capacidade de distensão do trato 
gastrintestinal, mais comumente estudada em ruminantes. 
 
• Fisiologicamente quando a regulação é dada pelo balanço 
nutricional ou status energético ou , seja, por suas 
exigências de manutenção e produção. 
 
• Existem também situações em que os animais nascem com 
preferências e aversões inatas a determinados alimentos ou 
até mesmo são condicionados a escolher um tipo de ração 
com base na visão, odor e outras características. 
 
FATORES REGULATÓRIOS 
• Podemos dividir a regulação do processo de 
alimentação em : 
• nutricional ou regulação em longo prazo, 
• relacionada primariamente com a manutenção de 
quantidades normais de reservas nutritivas no 
organismo, 
• regulação alimentar, que trata da regulação 
em curto prazo 
• relacionada com o mecanismo de evitar a 
superalimentação durante cada refeição. 
 
FATORES REGULATÓRIOS 
• Regulação Nutricional 
• o mecanismo de controle da alimentação do 
organismo é determinado pelo estado 
nutricional do corpo 
• Exemplo: 
 
• Jejum X Alimentação Forçada 
 
Regulação Nutricional 
• As concentrações sanguíneas de glicose, 
aminoácidos e lipídeos possibilitam certos 
controles no consumo de alimentos pelos 
animais que determinam, para cada um 
desses nutrientes, teorias que explicam seus 
efeitos diretos. 
• Essas são as teorias glicostática, 
aminostática e lipostática. 
Regulação Nutricional 
 
• O consumo de alimento é equilibrado pela 
necessidade de equilíbrio dos nutrientes e 
que, quando esses são diminuídos nas fontes 
de alimento, o animal acaba regulando seu 
consumo para cima com a única intenção de 
normalizar as concentrações normais destes 
nutrientes no corpo. 
 
FATORES REGULATÓRIOS 
• Longo Prazo X Curto Prazo 
• Longo prazo: 
– inclui todos os mecanismos de feedback por 
metabólitos, mantendo constante as reservas de 
nutrientes nos tecidos do corpo evitando que elas 
fiquem baixas ou elevadas durante um 
determinado tempo 
FATORES REGULATÓRIOS 
• Longo Prazo X Curto Prazo 
• Curto prazo: 
– fazem com que o animal se alimente em menor 
quantidade, permitindo que o alimento passe pelo 
sistema digestório em um ritmo mais uniforme, de 
modo que os mecanismos de digestão e de 
absorção possam atuar com maior intensidade e 
mais eficiência; 
 
– impedem que ocorra uma ingestão exagerada de 
alimentos. 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
 
 
• Cada teoria pode ser aplicável em diversas 
situações, mas o controle do consumo na 
verdade envolve a integração de vários 
estímulos. 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• O comportamento alimentar também pode 
ser influenciado por fatores externos: 
 
– condições ambientais 
– constituintes da ração 
CONDIÇÕES 
AMBIENTAIS 
CONSTITUINTES DA RAÇÃO 
Farinha de carne Ólelos e Gorduras 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• As teorias diferem quanto aos mecanismos em 
físicos e químicos e, entre as teorias 
estudadas para entender a regulação do 
consumo de alimentos, podemos destacar: 
– Glicostática; 
– Lipostática; 
– Aminostática; 
– Termostática. 
 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Glicostática 
• Baseia-se na regulação da glicemia no sangue 
e na quantidade de glicose que chega ao 
fígado no pós-prandial. 
 
– A hipoglicemia estimula o centro da fome e a 
hiperglicemia estimula o centro da saciedade. 
Teoria Glicostática 
• A elevação do nível de glicemia: 
 
– aumenta a freqüência de descarga dos neurônios 
glicorreceptores no centro da saciedade no núcleo 
ventromedial do hipotálamo; 
 
– reduz consideravelmente a descarga de neurônios 
glicossensíveis no centro da fome do hipotálamo 
lateral. 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Lipostática 
• Credita à concentração sérica de 
triacilgliceróis e metabólitos derivados de seu 
catabolismo o papel de veículo para a 
transmissão de informações referentes às 
reservas energéticas para o restante do corpo. 
• Exemplo: 
– Reserva energética elevada 
– Jejum 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Aminostática 
 
• Ao consumirem uma ração com desbalanço 
aminoacídico em relação às suas reais 
necessidades, os animais sofrerão alterações 
fisiológicas que promovem alterações que 
influenciam diretamente o consumo de ração 
Teoria Aminostática 
• Controle do consumo de ração em desbalanço de 
aminoácidos: 
 
• Mecanismo cerebral, mais precisamentena região do 
córtex pré-piriforme, capaz de perceber a variação na 
concentração dos aminoácidos no plasma 
• promove uma redução no consumo de ração de imediato, 
evitando que o animal eleve os problemas provenientes do 
consumo de uma ração desbalanceada em aminoácidos. 
 
• Retorno ao consumo de ração cíclico (regulação do consumo de 
alimentos em curto e em longo prazos) 
Teoria Aminostática 
• Causas de desbalanço no consumo de 
aminoácidos: 
• excesso ou falta de um ou mais em relação a outro; 
• antagonismo, pois um aminoácido pode inibir a 
absorção e logicamente, o consumo do outro, em 
função, principalmente, da disputa pelo mesmo sítio de 
absorção; 
– Ex.: lisina e arginina 
• toxidez do aminoácido 
– Ex.: metionona e triptofano 
TEORIAS DE REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Termostática 
• Todos os animais homeotérmicos apresentam um 
consumo de alimento inversamente proporcional 
à temperatura do meio ambiente. 
 
• A teoria pressupõe a existência de um ponto de 
referência (“set-point”) térmico corporal, acima 
do qual, o consumo de alimento seria diminuído 
e, abaixo, aumentado. 
 
 
Teoria Termostática 
• As críticas a essa teoria : 
 
– dificuldade de se estabelecer qual é o “set-point” 
térmico hipotalâmico 
 
– a temperatura corporal profunda é passível de 
modificações temporais não relacionadas com 
alterações da temperatura ambiental e nem com o 
início e término das refeições 
Teoria Termostática 
• A temperatura corporal profunda é influenciada por 
modificações na taxa metabólica altera-se com o nível de 
alimentação e/ou temperatura ambiental é possível que 
outro mecanismo, que não o do “set-point”, esteja 
envolvido na regulação da ingestão alimentar: 
 
– via temperatura ambiental/temperatura corporal; 
 
– participação de hormônios calorigênicos (tiroxina- T4, 
triiodotironina- T3); 
 
– hormônios metabólicos que atuam na partição de energia 
corporal (insulina, glugagon, hormônio de crescimento) 
 
 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Colecistoquinina (CCK): 
– secretada por células endócrinas do intestino proximal, as 
células I do duodeno em neurônios do íleo terminal e 
cólon, sintetizada também no sistema nervoso central por 
neurônios do córtex cerebral. 
 
• O aumento da sua secreção ocorre pela presença de 
dois estímulos fisiológicos : 
– Monoglicerídeos e ácidos graxos (mas não triglicerídeos) 
no estômago; 
– Pequenos peptídeos e aminoácidos no estômago ou no 
duodeno. 
– Leva 15 minutos para elevar seus níveis no sangue, e mantem os níveis 
elevados por cerca de 3 horas. É inibido pelos ácidos da bile no intestino 
delgado e pela somatostatina. 
 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Colecistoquinina (CCK): 
• Reduz o consumo de alimentos; 
• Age no centro da Saciedade; 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Peptídeo YY 
• O peptídeo YY é constituído de trinta e quatro 
aminoácidos: 
– secretado por células presentes no revestimento 
do cólon e do intestino delgado. 
– secreção ocorre com a entrada do bolo alimentar nas 
respectivas áreas. 
– há uma maior presença deste hormônio após a refeição. 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Peptídeo YY 
• Ele age inibindo a liberação de NPY 
(neuropeptídeo Y) 
 
– Como o NPY é responsável pela sensação de fome, 
o peptídeo YY inibe a fome. 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Leptina: 
 
• A ação da leptina no sistema nervoso central (hipotálamo), 
em mamíferos, reduz a ingestão alimentar, aumenta o gasto 
energético e regula a função neuroendócrina e o 
metabolismo da glicose e de gorduras. 
 
– Em outras palavras, a leptina reduz o apetite ao informar o 
cérebro que os estoques de energia em forma de gordura estão 
adequados através da inibição da formação de neuropeptídeos 
relacionados ao apetite. 
 
– Do lado oposto, baixos níveis de leptina induzem hiperfagia 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Grelina: 
• Conhecida como o hormônio da fome,associado 
a sensação da fome e por conseqüência um 
estimulante de apetite. 
– produzida principalmente pelo estômago, mas também pelas 
células epsilon do pâncreas e pelo hipotálamo. 
 
• Este quando fica vazio intensifica a secreção da 
grelina, o hormônio atua nos núcleos laterais do 
hipotálamo dando a sensação de fome. 
– No período pos-prandial a secreção da grelina diminui e a 
sensação da fome passa 
 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Grelina: 
 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
HORMÔNIOS X REGULAÇÃO DO CONSUMO 
• Insulina 
• Hormônio produzido pelas células β do 
pâncreas 
– Reduz o consumo de alimentos, inibindo o 
apetite, 
• Resistência X Sensibilidade a Insulina 
OUTROS FATORES 
• Fatores Visuais; 
• Fatores Olfatórios; 
• Fatores Orais; 
• Palatabilidade; 
• Fatores Físicos Gastrointestinais; 
• Densidade Energética das Dietas.

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