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CHARLES Emoções

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 Motivação e Emoção
CHARLES G. Morris e ALBERT A. Maisto. Motivação e Emoção. In: Introdução à Psicologia. 6ª edição 2003
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Emoções
NEGARIVA X POSITIVA
As emoções estão relacionadas a variações na função imunológica e, sendo assim, também às doenças.
São estados interiores caracterizados por pensamentos, reações fisiológicas e comportamentos expressivos específicos. Aparecem subitamente e parecem difíceis de controlar. Possuem um componente fisiológico, um subjetivo e um comportamental.
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 Emoções Básicas 
Robert Plutchik (1980), propôs a existência de oito emoções básicas: medo, surpresa, tristeza, repulsa, raiva, antecipação, alegria e aceitação. 
Cada uma delas dispara um comportamento que é de alto valor de sobrevivência, tal como o modo que o medo inspira a reação de lutar ou fugir.
Diferentes emoções podem se combinar para produzir experiências mais extensa.
Ex: tristeza e surpresa = desapontamento 
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Emoções básicas e cultura
Antropólogos relatam a existência de diferenças no modo como outras culturas enxergam e classificam as emoções;
As línguas também interferem nas emoções, já que em algumas línguas nem existem palavras que descrevam certas emoções.
As palavras utilizadas para designar ou descrever uma emoção podem influenciar a maneira como essa emoção é sentida. 
Ex: Taiti não existe tradução direta para o conceito de tristeza - a tristeza em termos de doença física, uma espécie de cansaço – sentimentos relacionados a sensações físicas. 
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 Emoções básicas e cultura
Devido às diferenças na distinção das emoções pelas culturas a tendência é distinguir as emoções primárias, e secundárias:
As primárias: são compartilhadas pelas pessoas 
de todo mundo, independente da sua cultura - o medo
a raiva, o prazer ....
1 . Ser evidente em todas as culturas;
2. Estar associada a uma expressão facial distinta
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 Emoções básicas e cultura
 3. contribuir para a sobrevivência;
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 Emoções básicas e cultura
4. Ser evidente em primatas não-humanos
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Emoções básicas e cultura
As secundárias: são aquelas encontradas em uma ou mais culturas, mas não em todas; podemos considerá-las como combinação das emoções primárias. 
Existem muito mais emoções secundárias do que primárias, e também não se tem ao certo um consenso de quantas são elas ( felicidade, surpresa, tristeza, medo, repulsa e raiva)
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Teorias da emoção
A teoria de James-Lange e Cannon Bard
Segundo a teoria do psicólogo dinamarquês James-Lange, os estímulos do ambiente provocam alterações físicas em nosso corpo, e as emoções se originam dessas mudanças fisiológicas – da consciência que temos dessa alteração
Ex: A emoção do medo seria uma consciência quase instantânea e automática das mudanças fisiológicas em nossos corpos (batimentos cardíacos acelerados, pupilas dilatadas, transpiração excessiva etc.), diante do perigo.
A falha na teoria de James-Lange:
Se as mudanças corporais fossem a origem das emoções, as pessoas portadoras de severos danos à medula espinhal deveriam sentir emoções menos intensas e em uma frequência menor, mas não é o que ocorre.
(As informações sensoriais relativas às mudanças corporais seguem até o cérebro por meio da medula espinhal)
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Teorias da emoção
A teoria de Cannon Bard
A teoria de Cannon-Bard (reconhecendo o fato de que as mudanças corporais não provocam emoções especificas e nem sempre são necessárias para a experiência emocional) afirma que: as emoções e as reações do corpo ocorrem de maneira simultânea, e não uma após a outra.
nós processamos mentalmente as emoções e, ao mesmo tempo, respondemos fisicamente, e não o contrário.
Ex: Quando vê o cão, você sente medo e seu coração se acelera ao mesmo tempo.
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Teorias da emoção
Comparação das teorias sobre as emoções de James-Lange e Cannon-Bard.
 De acordo com a teoria de James-Lange (setas vermelhas), o homem percebe o animal ameaçador e reage com manifestações físicas (neurovegetativas). Como consequência de tal reação física desprazerosa, ele desenvolve medo. Na teoria Cannon-Bard (setas azuis), o estímulo ameaçador conduz, primeiro, ao sentimento de medo, o qual, então, causa a reação física.
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Teorias da emoção
Teorias cognitivas da emoção
Argumenta que a experiência emocional depende da percepção que se tem de uma situação - a situação nos dá pistas de como devemos ‘interpretar’ o nosso estado de emoção.
Objeções à teoria cognitiva:
Alguns críticos acreditam que temos capacidade de reagir instantaneamente a situações sem gastar tempo interpretando-as.
Outros acreditam que as emoções podem ser sentidas sem a intervenção da cognição(Izard, 1971).
Nós inventamos explicações para classificar os sentimentos: de acordo com essa visão, a cognição vem depois da emoção.
Diante do cão, alterações corporais ocorrem; em seguida, utilizamos informações relativas à situação para saber como reagir a tais alterações. Somente quando percebemos que estamos em perigo sentimos tais alterações corporais sob a forma de medo. 
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As três principais teorias da emoção 
A teoria de James-Lange - primeiro o corpo reage fisiologicamente a um estímulo e depois o córtex cerebral determina a emoção que está sendo sentida. 
A teoria de Cannon-Bard -os impulsos são enviados simultaneamente ao córtex cerebral e ao sistema nervoso periférico; assim, a resposta a um estímulo e o processamento da emoção ocorrem ao mesmo tempo, porém de maneira independente. 
As teorias cognitivas - consideram que o córtex cerebral interpreta as mudanças fisiológicas de acordo com as informações referentes à situação afim de determinar quais emoções estamos sentindo.
 Charles e Maisto, 2003 p 284 
Estímulo 
Reações fisiológicas 
Córtex
cerebral 
Emoção 
Pistas ambientais 
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Córtex cerebral 
 
O córtex cerebral constitui uma camada de 1a3mm que envolve a superfície do cérebro, algo como a casca de uma árvore que envolve o tronco.
circunda o interior do cérebro e possibilita o raciocínio humano, o pensamento, a memória, a capacidade de previsão e do planejamento, e os processos analítico de percepção.
O córtex é o local de representações simbólicas, o que ele recebe é processado e integrado, respondendo com uma ação.
 Sternberg, 2000, p. 44
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Sistema Nervoso Periférico (SNP)
 
Sistema nervoso central (SNC): é composto pelo cérebro e medula espinhal. Ele mantém todas as funções corpóreas e pode se ajustar de acordo com o ambiente em que você está.
Sistema Nervoso Periférico SNP - é a parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central.
 
É formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o corpo.
É graças a este sistema que o cérebro e a medula espinhal recebem e enviam as informações permitindo-nos reagir às diferentes situações que têm origem no meio externo ou interno.
 Sternberg, 2000, p. 44
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Sistema Nervoso Periférico (SNP)
 
SNP - Compreende os nervos somático e autônomo 
Somático (ações voluntárias) - transmite mensagens entre o cérebro e os sistemas sensoriais e motores ligados aos músculos esqueléticos - como a movimentação de um braço ou perna.
Autônomo (ações involuntárias) - transmite mensagens entre o cérebro e os órgãos internos; (auxilia no controle da pressão arterial, secreção gastrintestinal, sudorese, temperatura e etc. Ele liga-se aos órgãos
e às vísceras.
 Sternberg, 2000, p. 44
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Autônomo (ações involuntárias) 
 
Sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático - de modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas)
Ex: se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. 
O Sistema simpático, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse - aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo.
O Sistema parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras.
 
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Comunicando as emoções
Apesar das emoções serem frequentemente expressadas por palavras, grande parte do tempo nós comunicamos nossos sentimentos de um mondo não-verbal.
Timbre de voz e Expressão facial
Muitas expressões faciais são inatas, não-aprendidas. Charles Darwin foi o primeiro a propor a idéia de que a maioria dos animais compartilha um mesmo padrão de movimentos musculares faciais.
Ex: cães, tigres e seres humanos mostram os dentes quando ficam enraivecidos.
Os psicólogos que adotam uma abordagem evolutiva acreditam que as expressões faciais cumpriram uma função adaptativa, o que permitiu que nossos ancestrais competissem com êxito por status, por parceiros de acasalamento e por sua própria defesa.
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Comunicando as emoções
Linguagem corporal - comunicação não-verbal de mensagens
Espaço pessoal - A distância que mantemos entre nós e outras pessoas
Atos explícitos – Ex: Uma porta que bate com estrondo pode nos informar que a pessoa que acaba de sair está irritada.
Os gestos, como um tapinha nas costas ou um abraço. Um aperto de mão breve ou demorado, forte ou fraco, diz algo sobre o que a pessoa sente em relação a você.
Embora o comportamento não-verbal possa oferecer uma pista relativa aos sentimentos de uma pessoa, tal pista não é infalível. 
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Gênero e Emoção
Comprovou-se através de estudos que quando homens e mulheres diante de representações de pessoas expressando angustia, os homens demonstraram pouca emoção (inibiram a expressão de suas emoções), as mulheres expressaram sentimentos de preocupação pelas pessoas em questão (demonstraram mais seus sentimentos). 
Homens e mulheres também estão predispostos a reagir de diferentes maneiras em uma mesma situação;
Homens e mulheres diferem com relação à capacidade de interpretar pistas não-verbais de emoção. As mulheres têm mais habilidades em decodificar de expressões faciais, pistas corporais e tons de voz.
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Cultura e emoção
Posição universalista - as expressões faciais associadas a certas emoções básicas são as mesmas, independentemente da formação cultural de uma pessoa. A face adquire a mesma aparência sempre que determinadas emoções são expressas - as pessoas utilizam as mesmas expressões para comunicar as mesmas emoções.
Os pesquisadores que defendem a posição da cultura aprendida - sugere que as expressões faciais das emoções são aprendidas de acordo com cada cultura. Os membros de uma cultura aprendem expressões faciais apropriadas para as emoções.
Acima da expressão universal estão as regras de apresentação - variam entre as culturas e controlam o momento apropriado de demonstrar uma emoção - para quem, por quem e sob quais circunstâncias. Outras formas de comunicação não-verbal das emoções variam mais entre as culturas que as expressões faciais.

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