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FACULDADE MULTIVIX
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EMENDA 1 DE 1969
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2015
EMENDA 1 DE 1969
Trabalho apresentado à disciplina Teoria Geral do Estado e da Constituição do Curso de Direito da Faculdade Multivix como requisito para obtenção da avaliação bimestral. 
Professor: Augusto Zagoto Andrião
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
CONTEXTO HISTÓRICO	5
FORMA DE ESTADO .....................................................................................8 
FORMA DE GOVERNO ..................................................................................9 
SISTEMA DE GOVERNO .............................................................................10 
EXERCICIO, ATUAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS PODERES .............11 
QUANTO A ORIGEM ..................................................................................14 
QUANTO A MUTABILIDADE .......................................................................15
TEMPO DE VIGÊNCIA.......... .......................................................................16
PARTICULARIDADES DA CONSTITUIÇÃO .......... ....................................17
MOTIVOS QUE ENSEJARAM SUA SUBSTITUIÇÃO .......... ......................18
CONCLUSÃO.............................................................. .......... ......................19
REFERÊNCIAS .............................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem a finalidade de apresentar estudo sobre a Emenda Constitucional nº 1 de 1969, que foi conhecida por revolucionar a democrática e o poder do executivo. Devido a quantidade de seus atos institucionais ficou conhecida como uma nova constituição.
	
CONTEXTO HISTÓRICO
Para uma melhor compreensão acerca do surgimento da Emenda Constitucional número 1 de 1969, é preciso inicialmente ressaltar a definição teórica e literal do vocábulo Emenda. Emenda Constitucional, caracteriza-se como um instrumento formal de mudança nas constituições rígidas e vigentes de um Estado. A fim de complementar a ideia redigida, pode-se observar o pensamento do ilustre doutrinador José Afonso da Silva que afirma em sua definição: “Emenda é a modificação de certos pontos, cuja estabilidade o legislador constituinte não considerou tão grande como outros mais valiosos, se bem que submetida a obstáculos e formalidades mais difíceis que os exigidos para alteração das leis ordinárias”. Com o estudo mais aprofundado sobre a história e surgimento da EC1/69, é possível observar certas distinções nas ideias impostas pelos mais diversos doutrinadores, o próprio termo Emenda Constitucional neste caso, é algo ativamente discutido. Doutrinadores em sua minoria acreditam que este termo Emenda, é inteiramente apropriado a este caso, já que segundo seus ideais, a mesma apresenta somente simples modificações a Constituição anterior, de 1967, acreditando que o regime havia se mantido quase que por inteiro. Em contrapartida, os doutrinadores majoritários, afirmam que o documento em questão não se trata de uma Emenda Constitucional, e sim de uma nova Constituição, onde justificam seu ideal, alegando a ilegitimidade dos governantes que a redigiram, sendo este ato portanto caracterizado como Poder Constituinte Originário.
No período de vigência do poder militar no país a partir de 1964, as primeiras mudanças institucionais se deram através do surgimento de normas e decretos por parte dos governantes, denominados atos institucionais. É de suma importância ressaltar que foram a partir dos citados atos Institucionais que a EC1/69 foi implementada no ordenamento jurídico, no dia 30 de novembro de 1969 pela junta militar, provocando grandes modificações na constituição de 1967.  
Apesar de o governo ser um sistema de governo de Presidencialismo, o país governado por eleições indiretas, dessa forma o poder ficava sempre com as forças armadas. O governo Estadual e Municipal era manipulado pelo Poder Central. Costa e Silva era Marechal do Exército, foi afastado em agosto de 1969 por motivos de saúde, dessa forma os militares assumem o poder, impedindo a posse do Vice Presidente Pedro Aleixo, que não concordava com o AI- 5.
Vale a pena destacar a importância dos Atos Institucionais e porque foram criados. Para evitar o avanço socialista de idéias comunistas em Período de Guerra Fria, os militares brasileiros ficaram no poder de 1964 a 1985. Uma forma de legitimar o poder desses militares, desse governo autoritário foram os atos institucionais os AI’s, ao todo foram 17 atos. O Conselho Nacional de Segurança , a Marinha, o Exército e a Aeronáutica juntamente com o Presidente que também era militar foram os criadores dos AI’s, eles eram validados e passavam por cima da Constituição. Quando um AI era colocado em prática não era preciso ser aprovado pelo Congresso Nacional, era uma manobra anti democrática, visando garantir o poder da Ditadura.
Os primeiros 5 Atos são os mais importantes, pessoas que não concordavam com a forma de governo e protestavam pela falta de democracia eram punidas, com torturas em sua maioria. Uma forma do governo evitar essas reivindicações foi criando os Atos Institucionais.
O Primeiro foi o AI 1- criado em 1964, era acima do poder legislativo e tinha como idéia principal o exílio dos políticos de oposição, nesse ato incluindo os funcionários concursados que não concordavam com a idéia política atual era aposentado de forma compulsória.
Em 1965 foi criado o segundo AI o AI – 2, com o Ditador Castelo Branco, cria-se o bipartidarismo, extinguindo todos os partidos existentes na época, criando-se apenas dois: o Arena e o MDB, o Arena era mais favorável aos militares e o MDB a oposição. Ainda em 1965 foi instituído o AI- 3, as eleições eram indiretas, era o parlamento quem escolhia o Presidente. Sendo a Arena a sua maioria, logo o partido que elegia era sempre os militares. Nesse ato institucional foi incluindo o como voto indireto também as eleições estaduais, evitando assim que o partido MDB fosse maioria nos Estados. 
Em 1966 foi instituído o AI – 4, foi feita uma nova constituição onde a arena e governo tinha que criar uma nova para substituir a de Dultra de 1946. Esse ato ficou pronto somente em 1967 e ficou conhecida por alterar o nome da Constituição Brasileira de Estados Unidos do Brasil para República Federativa do Brasil. 
Em 1969 após o governo de Costa e Silva, o nome do General Médici, foi indicado pelo Alto Comando do Exército à sucessão presidencial de Costa e Silva, Médici colocou em prática o AI-5, proporcionando muitos poderes aos militares. Os militares não precisavam usar mais o mandado, possuiam pleno poder de agir e julgar, estavam acima do judiciário. Não possuia nenhuma tolerância em relação de pessoas que discordassem do Governo. O Governo Médici foi um período de grande estabilidade política, mas também foi quando a repressão política tornou-se mais forte. Registros mostram quemuitas pessoas desapareceram durante essa epóca. Após o Governo Figueiredo estes atos foram revogados.
Em 1969 com o afastamento do Ministro Arthur Costa e Silva foi formado o movimento armado. Nessa época estavam suspensos os atos constitiucionais em vigor. Contudo em 31 de agosto de 1969 foi institucionado o AI 12, que impedia a posse do vice de Costa e Silva, dessa forma as forças armadas comunicavam esse impedimento, o Brasil passa então a ser governado pela seguinte Junta Milita: Augusto Redemack Ministro da Marinha , Aurélio de Lyra Tavares MInistro do Exercito e Marcio de Souza e Mello MInistro da Aeronautica. 
O Congreso Nacional manteve-se fechado e a situação foi agravada em 4 de setembro de 1969 com o sequestro do embaixador Americano pelos grupos de militantes ALN e MR8, sendo o primeiro sequestro de um diplomatano mundo, expondo a ditadura mulitar no Brasil para o Mundo. 
 
FORMA DE ESTADO 
Antes de citar a Forma de Estado presente nesse período no Brasil, é importante destacar o conceito da Forma de Estado.
Forma de Estado é a distribuição geográfica do poder político em função do território. Contudo na Forma de Estado existe uma tricotomia importante : Unitário, Federal e Confederação. Para compreender qual esteve presente no Brasil é necessário conceituar cada um. 
O Estado Unitário é o Estado que não há uma distribuição geográfica política. Um único pólo e emanado de território, conhecido por alguns como Pólo Central. Contudo com a evolução história e o aumento da população e das relações sociais, o poder unitário precisou se desenvolver, e criou-se então o a Forma de Estado Unitário Desconcentrado, eram como braços da administração, que tinha como seu papel principal aproxima a sociedade do Pólo Central. Devido a forte burocracia, esse braço da administração se tornou insuficiente, pois o poder para um único Pólo “era muito poder para pouco Pólo solucionar”, surgindo assim um novo Estado Unitário, o Estado Unitário Descentralizado, característica atual da Europa, possuía personalidade jurídica própria, aproximação do Estado com a sociedade e desburocratização e a descentralização administrativa. O Brasil teve um único momento de Estado Unitário no ano de 1824.
O Estado Federado É aquele no qual há distribuição geográfica do Poder Político em que temos um único Estado dotado de soberania e outros Estados de autonomia. A exemplos de Estados Federados temos Brasil, E.U.A, Argentina, Suíça.
E por ultimo e não menos importante o Estado Confederado, é aquela na qual a uma nova distribuição geográfica do poder político, onde todos os entes são dotados de soberania.
Existem 3 diferenças importantes entre o Estado Federado e a Confederação: o Estado Federado nasce a partir de uma Constituição, o Estado Confederado nasce de um Tratado Internacional, pois cada Estado tem sua própria Constituição, no Estado Federado não é permitido a ruptura dos Estados, ou seja, um Estado não pode ser independente e ter sua própria norma, ou sua própria Constituição.
FORMA DE GOVERNO
 
Desde 1891 o Brasil adota o sistema do presidencialismo como forma de governo. 
 No entanto em 1969 esse sistema foi alterado pela Junta Militar, que impôs a Ditadura Militar. Formou-se junta militar pelo Vice-almirante Augusto 
Rademaker (Marinha), Aurélio de lira Tavares (Exército), Marcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). E outorgaram o seguinte Ato Institucional: 
 
Art. 1º - Enquanto durar o impedimento temporário do 
Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva, por 
Motivo de saúde, as suas funções serão exercidas pelos 
Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica 
Militar nos termos dos Atos Institucionais e Complementares, bem como da Constituição de 24 de janeiro de 1967. (AIT- 12 de 1969).  
 
Tivemos um governo de exceção controlado por militares baseados em uma Lei de Segurança Nacional extrema. Esse período de Governo Militar, teve aspectos e características únicas, pois teve centralização do poder na mão do executivo, que em sua maioria foi governado por Atos Institucionais. 
SISTEMAS DE GOVERNO
Os poderes Executivo e Legislativo mantêm uma relação muito estreita, pois suas áreas de atuação têm muitos pontos de interseção. Para tanto, existem sistemas de governo diferenciados. Os dois principais são presidencialismo e o parlamentarismo.  O presidencialismo e utilizado somente em Republicas, nele, o Presidente da República é chefe de Estado também chefe de governo, portanto tem plena responsabilidade política e muitas atribuições. Tem mandado temporário e é eleito pelo povo de maneira direta ou indireta. Sendo que na forma direta o candidato é eleito diretamente pelo povo por meio de votação, e a forma indireta o candidato é eleito através de colégios eleitorais, ou seja, o povo na influencia na hora da escolha dos representantes.  
O parlamentarismo é um sistema é usado tanto em monarquias  quanto em repúblicas. Nele, o chefe do Estado, seja ele rei ou presidente, não é o chefe do governo e por isso não tem responsabilidades políticas. Ao invés dele, o chefe de governo é o Primeiro Ministro, o qual é indicado pelo Parlamento. 
Quando a Emenda Constitucional n. 1/69 vigorava no Brasil, o sistema de governo do país era como ainda e hoje em dia, presidencialista. Porém as eleições dos presidentes não tinha participação direta do povo, pois a votação era feita em colégios eleitorais, colégios esses que eram compostos por delegados escolhidos pelo povo. 
Com base no AI 12 começou no Brasil um governo de “Juntas Militares”, já que esse ato permitia que enquanto o presidente Costa e Silva estivesse afastado por problemas de saúde os Ministros da Marinha de Guerra, do Exercito e da Aeronáutica Militar poderiam assumir o governo. E foi assim que a Emenda Constitucional nº1/69 foi criada pelos militares. Segundo Lenza “Sem dúvida, dado o seu caráter revolucionário, podemos considerar a EC n. 1/69 como a manifestação de um novo poder constituinte originária, outorgando uma nova Carta, que “constitucionalizava” a utilização dos Atos Institucionais”.  Foram mantidos os atos baixados pelo AI 05, o mandado do presidente aumentou para cinco anos e as eleições continuaram a ser de forma indireta, já que nessa época o país adotava o sistema de governo presidencialista. Em que o governante era eleito por meio de votação feita pelo colégio eleitoral. 
EXERCICIO, ATUAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS PODERES 
A Constituição Federal reconhece três poderes, sendo eles: Legislativo, Executivo e Judiciário. É necessário que exista um equilíbrio sobre eles de modo que exerça uma fiscalização sobre os demais. Vale lembrar parte de sua criação que foi incluída no ordenamento pelo filósofo Aristóteles, contudo foi aplicada somente por Montesquieu, visando dessa forma assegurar a liberdade dos homens e conter o poder absoluto dos monarcas. A divisão é considerada um dos pilares da democracia, evitando que o poder se concentre em um único governante tornando-se um ditador. 
Os três poderes devem ser independentes, um não pode interferir no funcionamento do outro, funcionando de maneira harmônica entre si.  
O Poder Executivo tem a função de governar, administrar os recursos públicos conforme a Lei, é exercido pelo Presidente da República, Governadores e Prefeitos. Tem como uma de suas incumbências a nomeação de ministros e secretários responsáveis pela execução política em sua área, são responsáveis pelos organismos e servidores públicos. Nos países presidencialistas o principal  representante do executivo é o presidente da república que desempenha a função de Chefe de Estado e Chefe de Governo, vale estacar que em países parlamentaristas não funcionada dessa mesma forma apesar de ter o poder Executivo, os cargos de Chefe de Estado e Governo são se pessoas distintas  
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional composto pelos Deputados Federais e Senadores no âmbito federal. O congresso e assessorado pelo TUC – Tribunal de Contas da União que presta assessoria de como vai ser utilizada as verbas disponíveis. No Brasil o sistema é bicameral, ou seja, é composto por duas casas a Câmara dos Deputados e Senado, isso faz com que os projetos de lei sejam discutidos duas vezes. No âmbito estadual quem exerce o legislativo são os deputados estaduais presentes na Assembléia Legislativa e no âmbito municipal os Vereadores presentes na Câmara de Vereadores.Suas principais atribuições são: Legislar e fiscalizar; Propor e votar leis; Apreciar matérias dos outros poderes; Em situações específicas julgar membros do próprio poder Legislativo ou Executivo nas chamadas CPI`s – Comissões Parlamentares de Inquérito . 
O poder Judiciário só existe no âmbito Federal e Estadual , suas funções principais são interpretar as leis elaboradas pelo Executivo alémde zelar pela aplicação das leis e julgamento daquelas que não as cumprem. Possui uma esfera em paralelo que é o MP- Ministério Público e a Defensoria Pública.  
Contudo essa é a formação atual dos 3 poderes em 1969 os 3 poderes tiveram uma atuação diferente da atual o poder legislativo tinha como base apenas o congresso nacional, não existia em 1969 o sistema bicameral e partidário, ou seja, existia apenas congresso nacional para poder equiparar as leis, não existia uma regra a ser seguida como nos dias atuais, não existia havia um percentual de pessoas fracionados para se aprovar uma lei, era o congresso que tomavas as decisões e as decisões definidas eram acatas pelo restante dos poderes e representantes. 
Em 1969 o poder executivo não exercia tanto poder possuía a centralização total dos poderes, nessa época o que era decidido pelo Chefe de Estado era aquela decisão e “ponto final”, e todas as constituições  anteriores eram anuladas, a cada inicio de governo uma nova constituição era outorgada, e com a EC 1 de 69 não foi diferente, em agosto de 1969 o Militar Arthur Costa e Silva, presidente na época, foi afastado por problemas de saúde, vindo a falecer dias depois, seu vice presidente ficou impedido de assumir o poder por conta do AI – Ato Institucional nº 5 “A gota d'água para a promulgação do AI-5 foi o pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na Câmara, nos dias 2 e 3 de setembro, lançando um apelo para que o povo não participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro e para que as moças, "ardentes de liberdade", se recusassem a sair com oficiais. Na mesma ocasião outro deputado do MDB, Hermano Alves, escreveu uma série de artigos no Correio da Manhã considerados provocações. O ministro do Exército, Costa e Silva, atendendo ao apelo de seus colegas militares e do Conselho de Segurança Nacional, declarou que esses pronunciamentos eram "ofensas e provocações irresponsáveis e intoleráveis". O governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados. Seguiram-se dias tensos no cenário político, entrecortados pela visita da rainha da Inglaterra ao Brasil, e no dia 12 de dezembro a Câmara recusou, por uma diferença de 75 votos (e com a colaboração da própria Arena), o pedido de licença para processar Márcio Moreira Alves. No dia seguinte foi baixado o AI-5, que autorizava o presidente da República, em caráter excepcional e, portanto, sem apreciação judicial, a: decretar o recesso do Congresso Nacional; intervir nos estados e municípios; cassar mandatos parlamentares; suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão; decretar o confisco de bens considerados ilícitos; e suspender a garantia do habeas-corpus. No preâmbulo do ato, dizia-se ser essa uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, "com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral do país". No mesmo dia foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República.” FGV – Maria Celina D’Araujo  
A Junta Militar tinham como representantes os Ministros da Marinha o Almirante Augusto Rademaker, Ministro do Exercito o General Aurélio de Lira Tavares e pelo Brigadeiro Marcio de Souza Melo, essa junta foi a responsável pelo vice presidente Pedro Aleixo de assumir o cargo.  
 
O  Poder Judiciário  em 1969 ele não possuía a mesma estrutura hierárquica e nem acesso a Justiça Comum.                             Hoje a hierarquia funciona da seguinte forma, (STF) ele é o guardião da constituição federal ele vai deixar que nada inflija essa constituição, ele é o ápice de todos os demais seguimentos , em seguida os tribunais superiores composto por: Supremo Tribunal de Justiça – STJ, Superior Tribunal do Trabalho – TST, Superior Tribunal Eleitoral – TSE, e o Superior Tribunal Militar – STM, em seguida os tribunais federias composto pelo Tribunal de Justiça -TJ , Tribunal Regional Federal – TRF , Tribunal Regional do Trabalho – TRT, e  por ultimo o Tribunal Regional Eleitoral – TRE, seguidamente pela Justiça comum composta por varas, atualmente temos essas divisão em 1969 não possuía a mesma hierarquia de instancias, os recursos de juízes era uma competência reduzida e não possuía a  justiça comum, o Supremo Tribunal Federal não possuía o controle da constituição, e não era o guardião da constituição como atualmente na CF/88. 
  
QUANDO A ORIGEM DA CONSTITUIÇÃO 
A constituição outorgada é aquela que é imposta com a vontade de um único governante. As constituições brasileiras outorgadas foram: 1824, 1937 e 1969. Contudo a de 1967 diz-se promulgada, mas recebeu voto dos constituintes militares, onde o poder militar nesse fato substituiu o povo e isso é inaceitável para que uma constituição seja promulgada. 
A constituição promulgada ou pragmática é resultante de assembléia populares, expressa a vontade popular de seus representantes, impondo a autoridade de quem governa. As constituições promulgadas no Brasil foram :1891, 1934,1946 e a atual de 1988. 
QUANTO A MUTABILIDADE
A Constituição pode 3 classificações quando a sua mutabilidade, são elas: Flexíveis, Semi Rígida e Rígida. 
As Constituições Flexíveis normalmente não são escritas, são leis constitucionais. Para que ela possa ser alterada não se exige a aprovação do legislador. O parlamento se reúne, aprova a lei e altera a Constituição através do mesmo processo de alteração e elaboração de Lei Ordinária.
Já nas Constituições Semi Rígidas para que a mesma possa ser alterada, exige um processo legislativo diferenciado, as matérias mais importantes exigem a aprovação do legislativo, um exemplo dessa Constituição é a de 1824.
A Constituição Rígida é uma tradição da Constituição Brasileira Republicana desde exceto a de 1891. É feita assembléia nacional constituintes, outorgadas pelo Poder Central. Contudo para serem alteradas precisam de um processo legislativo diferenciado, que exige do Congresso Nacional algo a mais do que uma Lei Ordinária, para segurança jurídica constitucional. Atualmente é exigido 2 turnos sendo, 3/5 da câmara dos deputados e 3/5 do senado. Atualmente a Constituição Brasileira de 1988 é uma constituição Rígida.
 
TEMPO DE VIGÊNCIA 
A Constituição de 1967 ficou em vigência por 21 anos, posteriormente tivemos a nova Constituição brasileira, promulgada em 1988, atual Constituição Federal. 
PARTICULARIDADES DA CONSTITUIÇÃO 
A Constituição de 1969 ou EC 1 de 69 tem uma divergência quanto a sua nomenclatura pois para a corrente majoritária é considerada uma nova Constituição, pois até o nome da Constituição havia mudado, passou de Estados Unidos do Brasil para Republica Federativa do Brasil, reforçando dessa forma o Sistema Republicano.
Em 1969 os Atos institucionais mudaram a forma de Governo do país, restringindo-se inclusive o mandado do vice presidente, e prolongando-se o mandato para 5 anos. 
Após 1969 o Brasil apesar de república, era um país comandando pela Junta Militar, e o momento de 1969 até 1983 dos atos institucionais, foram os dias de chumbo, considerados uns dos mais terríveis da história do Brasil, pessoas sumiram desde essa época, pois sofreram torturas e exílio por não concordar com a forma de Governo imposta pelo General Médici. 
Em 1969 também ocorre a Nova Lei de Segurança Nacional, que incluiu pena de morte, prisão perpetue e banimento. A ideologia nessa época era a de segurança nacional, ao contrario da hoje que é Estado Democrático de Direito.
Os direitos e garantias fundamentais foram cassados, assim como os direitos políticos.
MOTIVOS QUE ENSEJARAM A SUBSTITUIÇÃO
O Brasil sofria um momento de crise econômica nesse presente período. Devido essa crise a dívida externa começou a crescer, o nívelde desemprego também aumentou, o Brasil clamava por uma Nova República. 
Ernesto Geisel clamando por um conflito social e problemas econômicos, resolveu começar a abertura política de forma gradativa e lenta. 
Em 1974 o partido MDB, venceu as eleições em um período que havia sido liberado as propagandas políticas na TV.Em 1979 a Figueiredo tinha uma visão peculiar sobre o pluripartidarismo. Rumores das Eleições diretas já começaram a surgir. Era necessário ter uma Renovação política para surgir um novo País, pois a ditadura havia fechado todas as portas. Com as Diretas já em 1984 houve um importante passo para a redemocratização do país. A constituição não poderia ser mais mesma, devido a primeira eleição onde a escolha do Presidente era escolhido pelo povo, dessa forma os idéias e normas do pais também deveriam se voltar para o povo. 
Tancredo Neves o Candidato eleito pelo povo não chegou a assumir, faleceu na véspera de sua posse, passando a presidência para seu vice José Sarney tendo como um papel super importante o asseguramento das liberdades conquistadas.
CONCLUSÃO
Em 1969 concentra-se no Poder Executivo, a maior parte de tomar decisão, o Executivo tem o poder de legislar em matéria de segurança e orçamentos. Teve nesse período a ampliação da Justiça Militar, abrindo espaço para a decretação de leis de censura e banimento. Um dos momentos mais críticos na política do Brasil foram durante os anos de 1969 a 1983, época de revolução política, censuras e banimentos, que estão registrados não somente na história do Brasil, mas mundialmente conhecida pelos seqüestros de embaixadores e políticos.
REFERÊNCIAS
CAMPANHOLE, Hilton Lobo & CAMPANHOLE, Adriano. Constituições do brasil. 14 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
 CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional didático. 7 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
MALUF, Sahid. Teoria geral do estado. São Paulo: Saraiva, 1999.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.