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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Narciso Leandro Xavier Baez
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
PRINCÍPIOS GERAIS
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
IMPOSTOS DA UNIÃO
IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
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1) IMPOSTOS: é tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica em favor ou relativa ao contribuinte
2) TAXAS: são tributos cuja obrigação tem por fato gerador o exercício do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
3) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador a valorização de imóveis do contribuinte em decorrência da execução de obras públicas.
4) CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS: englobam as contribuições sociais, de interesse no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
5) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: instituído privativamente pela União, mediante lei complementar no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional ou para atender as despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, CF)
6) CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: instituída pelos Municípios e o Distrito Federal (art. 149-A)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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A NATUREZA JURÍDICA DOS TRIBUTOS é obtida, via de regra, pelo seu fato gerador (art. 4º, CTN). É que dependendo das características do fato gerador, poderei identificar o tributo como uma das espécies acima elencadas (na página anterior).
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 CONCEITO DE TRIBUTO
Dinheiro ou cheque. Art. 156, XI, CTN, admite a dação em pagamento, todavia, tem de ser feita em imóvel.
Prestação compulsória, não contratual, não volutária. É obrigatório.
A lei é o único instrumento idôneo à criação de tributo.
É ato vinculado, obrigatório de lançamento pela autoridade administrativa.
Tributo não é multa e multa não é tributo.
TRIBUTO (art. 3º, CTN): é toda prestação pecuniária compulsória, instituída em lei, e cobrada mediante atividade administrativa vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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O exercício do Poder de Tributar não é absoluto, pois é restringido pela própria Constituição Federal
Limitação ao Poder de Tributar é toda e qualquer restrição imposta pela Constituição às entidades dotadas desse poder.
As limitações estão previstas nos arts. 150 a 152 da Constituição Federal. Elas englobam:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: 1) Legalidade, 2) Anterioridade, 3) Irretroatividade, 4) Igualdade, 5) Capacidade Contributiva, 6)Vedação de Confisco, 7)Liberdade de Tráfego de Pessoas e Bens, 8) Uniformidade Geográfica e 9) Não Cumulatividade
IMUNIDADES
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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IMUNIDADES são situações previstas na CONSTITUIÇÃO FEDERAL que não podem sofrer a incidência de certos tributos
ISENÇÃO é a dispensa LEGAL (infraconstitucional) de pagamento de tributo
NÃO INCIDÊNCIA são situações fáticas que não estão previstas no ordenamento jurídico como tributáveis, mas que a qualquer momento pode-se criar lei para fazer incidir tributos sobre elas
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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IMUNIDADES são situações previstas na CONSTITUIÇÃO FEDERAL que não podem sofrer a incidência de certos tributos
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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As IMUNIDADES não são aplicáveis somente em relação a IMPOSTOS, como se poderia concluir através de uma leitura apressada do art.150, VI, da Constituição Federal.
Art. 195 (...), § 7º São isentas de CONTRIBUIÇÃO para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei
Art. 150. (...), é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre:
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
templos de qualquer culto; 
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, das entidades sindicais dos trabalhadores, 
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Existem outras ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS também alcançadas pela IMUNIDADE:
Art. 145 (...), § 2º Não se pode tomar como base de cálculo das taxas a que tenha servido para dimensionar a incidência de impostos.
Art. 5º, XXXIV, CF – São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos para a defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
IMUNIDADES
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Imunidade Recíproca ou Intergovernamental
Imunidade para Templos
Imunidade para:
Partidos Políticos
Entidades Sindicais de Trabalhadores
Instituições de Educação
Entidades de Assistência Social
Imunidade para Livros
Existem 04 espécies de IMUNIDADES com relação a IMPOSTOS, previstas no art.150, VI, da Constituição Federal.
IMUNIDADES
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	Art. 5º, XXXIV - São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
Art. 226, §1º - Garantindo a gratuidade do casamento civil, impede a cobrança de taxa pela correspondente celebração. 
Art. 230, §2º - Serviço de transporte urbano remunerado por taxa, prevalece a imunidade para os maiores de 65 anos. 
Art. 5º, LXXVII – Cidadão que propõe ação popular é imune às custas judiciais (taxas). O mesmo vale para o Habeas Corpus e Habeas Data
Art. 5º, LXXVI, a e b – Aos reconhecidamente pobres, nos termos da lei, é conferida imunidade de taxas de registro civil de casamento e de certidão de óbito. 
IMUNIDADES DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES
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 PRINCÍPIOS GERAIS (LIMITAÇÕES): arts. 145 – 149-A
LEGALIDADE
ANTERIORIDADE OU EFICÁCIA DIFERIDA
IRRETROATIVIDADE 
IGUALDADE
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
VEDAÇÃO DE CONFISCO
LIBERDADE DE TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
NÃO CUMULATIVIDADE
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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 Os entes tributantes só poderão criar ou aumentar um tributo por meio de LEI.
A lei apta a instituir ou aumentar um tributo é LEI ORDINÁRIA ou Medida Provisória.
Há 04 (três) tributos federais exigem criação por LEI COMPLEMENTAR:
Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII, CF)
Empréstimos Compulsórios (art. 148, CF)
Impostos Residuais da União (art. 154, I, CF)
Contribuições Previdenciárias Novas (art. 195, § 4º, CF)
1 – LEGALIDADE (Art. 150, I, da CF88 c/c art. 97 do CTN)
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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Esse princípio se relaciona com o Princípio da Estrita legalidade, previsto no art. 97 do Código Tributário Nacional.
1 – LEGALIDADE (Art. 150, I, da CF88 c/c art. 97 do CTN)
ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS EM 
TODA LEI QUE CRIA TRIBUTO:
 Alíquota
 Base de Cálculo
 Sujeito Passivo
 Multa
 Fato gerador
Prazo de pagamento não faz parte dos elementos obrigatórios, por isso não precisa ser fixado por lei, pode ser por portaria (Informativo STF 134)
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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 Os entes tributantes não podem cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei. Isso foi feito para não pegar contribuinte de surpresa e garantir a Segurança Jurídica.
 Exercício Financeiro é o interregno entre 1º janeiro e 31 de dezembro. 
2 – ANTERIORIDADE OU EFICÁCIA DIFERIDA (Art. 150, III, b,da CF88)
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
A Norma que institui ou aumenta tributo entra em vigor, via de regra, no 1º dia do ano seguinte àquele em que foi publicada a lei, desde que decorrido o prazo mínimo de 90 dias.
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 MEDIDAS PROVISÓRIAS
Podem ser usadas para instituição ou majoração de tributos desde que não sejam matérias reservadas a Lei Complementar
Têm validade por 60 (sessenta) dias e podem ser reeditadas 01 só vez, por igual período
Tributo criado ou majorado por MP somente será devido
no ano seguinte ao da conversão da MP em Lei (art. 62, § 2º, CF88), obedecendo o prazo de 90 dias, que intermediará a lei, fruto da conversão da MP, e o pagamento do tributo.
LEMBRE: Onde a Lei Complementar versar, a Medida Provisória não irá disciplinar. (Eduardo de Moraes Sabbag)
2 – ANTERIORIDADE OU EFICÁCIA DIFERIDA (Art. 150, III, b,da CF88)
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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 Os entes tributantes não podem cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os aumentou ou criou.
3 – IRRETROATIVIDADE (Art. 150, III, a,da CF88 c/c art. 144, CTN)
4 – IGUALDADE OU ISONOMIA (Art. 150, II, CF88)
 Os entes tributantes não podem instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação funcional ou função por eles exercida.
Em razão desse princípio derivam os Princípios da Interpretação Objetiva ou Princípio da Cláusula Non Olet (arts. 118 c/c 126 do CTN)
Todos que realizarem o fato gerador pagarão o Tributo
Não se avalia a nulidade do ato jurídico, a capacidade civil do sujeito passivo ou mesmo a licitude do ato.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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 É um sub-princípio que reforça o princípio da ISONOMIA. Apregoa a graduação de incidência quanto aos impostos pessoais, no tocante à fixação de alíquotas diferenciadas, com o fito de promover a justiça fiscal.
 Quanto mais se ganha, mais se paga.
 Esse é o fundamento constitucional da progressividade de alíquotas que encontramos, por exemplo, no IPTU e IR.
5 – CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, § 1º,da CF88)
6 – VEDAÇÃO DE CONFISCO (Art. 150, IV, CF88)
 É vedado aos entes tributantes utilizar tributo com efeito de confisco.
 Confisco é a tributação excessiva ou exacerbada. É o judiciário que irá definir no caso concreto se um tributo está ou não sendo utilizado como meio de confisco.
 Multa não é tributo, logo cabe ou não a aplicação do princípio da vedação de confisco?
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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6 – VEDAÇÃO DE CONFISCO (Art. 150, IV, CF88)
Supremo Tribunal Federal – tem se posicionado recentemente no sentido de que há que se estender o princípio da não-confiscabilidade às multas. (AdinMC 1.075, Rel. Min. Celso de Mello / Adin 551-1, Rel.Ministro Ilmar Galvão)
Diz que o caráter de confisco do tributo deve ser avaliado à luz de todo o sistema tributário, incluindo as multas e que deve haver proporcionalidade entre a violação da norma jurídica tributária e sua conseqüência jurídica, que é a multa.
 No que se refere a eventual EXCEÇÃO ao princípio da vedação de confisco, Eduardo Sabbag entende que não se aplica aos tributos extrafiscais, que conforme emergência poderiam ter suas alíquotas exageradamente gravosas. Ex: Imposto de Importação.
 Há jurisprudência em alguns casos admitindo alíquotas confiscatórias nesses tipos de tributos.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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7 – LIBERDADE AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS (Art. 150, V, CF88)
 É vedado aos entes tributantes estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
8 – UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA (Art. 151, I, c/c art. 19, III, CF88)
 Obriga a UNIÃO a instituir tributos federais de forma uniforme no Brasil.
 Os tributos federais devem conter a mesma alíquota em todo o território nacional.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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9 – Não-cumulatividade (Arts. 155, §2º, I, 153, §3º, II, 154, I, CF88)
 É aplicado a três impostos:
ICMS
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)
IMPOSTOS RESIDUAIS DA UNIÃO
 A incidência do imposto ocorre sobre o valor agregado ou acrescido em cada operação, não sobre o valor total, proibindo-se a tributação em cascata.
SISTEMÁTICA
Compensa-se em cada operação o que foi pago de ICMS na operação anterior, incidindo o imposto somente sobre o valor acrescido ao produto em cada fase.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
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IMPOSTO: É tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica em favor ou relativa ao contribuinte. Finalidade: custear as despesas do Estado
 Para o pagamento do IMPOSTO basta a realização pelo particular do fato gerador
LISTA DE IMPOSTOS
FEDERAIS: (art. 153, CF88)
importação de produtos estrangeiros
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados
renda e proventos de qualquer natureza (IR)
produtos industrializados (IPI)
operações financeiras (IOF)
propriedade territorial rural (ITR)
grandes fortunas, nos termos de lei complementar
impostos novos, por lei complementar (art. 154, I)
imposto extraordinário em caso de guerra (art. 154, II, CF88)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
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LISTA DE IMPOSTOS
ESTADUAIS: (art. 155, CF88) 
Transmissão causa mortis
ICMS
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
MUNICIPAIS: (art. 156, CF88) 
Propriedade Territorial Urbana (IPTU)
Transmissão de Bens Imóveis inter vivos (ITBI)
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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