Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Facilitador: Cristiano Bertolossi Marta • Cada via de administração tem sua indicação; • Tem aquelas que permitem a absorção mais rápida do fármaco e outras que são mais lentas; • Além disto, leva-se em consideração os volumes que cada via suporta. • Deve-se ter extrema cautela quando se prepara e administra medicações e, desta forma, temos a verificação dos “9 certos da medicação”: • Paciente certo; • Medicação certa; • Hora certa; • Via certa; • Dose certa; • Compatibilidade medicamentosa; • Orientação ao paciente; • Direito de recusar o medicamento; • Anotação correta. • Quando manipulamos o frasco ou a ampola do medicamento, devemos conferir o rótulo utilizando as “3 leituras certas da medicação”: • Ao retirar o frasco ou ampola do armário de medicamentos, confira o rótulo pela primeira vez; • Ao aspirar ou retirar o medicamento do frasco ou ampola, confira o rótulo pela segunda vez; • Ao recolocar no armário ou desprezar o frasco ou a ampola, confira o rótulo pela terceira vez. • Caso não seja possível administrar o medicamento por algum motivo, ou por recusa, deve-se registrar tal ocorrência no prontuário do paciente. • Nunca deixe que outros pacientes administrem medicamentos. Na ausência do paciente, nunca deixe a medicação sob a mesa de refeição ou criado mudo !!! • Via Oral • absorção sublingual • absorção por mucosa gástrica e intestinal • Via Parenteral • via intradérmica • via subcutânea • via intramuscular • via endovenosa Via Inalatória • Outras Vias • retal • ocular • intranasal • transdérm. /tópica • Via muito utilizada por ser menos dispendiosa e de fácil administração; • Exemplos de apresentações de medicações VO.: suspensão, gotas, comprimido e cápsula. • As medicações orais são absorvidas no trato intestinal e, atingem a circulação sistêmica. • É contra-indicada para pacientes com náuseas, vômitos, diarréia, disfagia e odinofagia. • Vantagens: • facilidade de administração • menos dispendiosa • Contra-indicações: • náuseas e vômitos • diarréias • pacientes com dificuldades para engolir 1.Interação com alimentos: -Grandes quantidades; -Alimentos contra-indicados; -Drogas irritantes - administrar c/ alimentos; 2.Doses administradas • Avaliar a prescrição médica; • Realizar os “9 certos” e as “3 leituras certas da medicação”; • Lavagem das mãos; • Em algumas situações necessita-se transformar a prescrição de gotas para ml; • Utiliza-se medidores graduados para retirar a dosagem correta de frascos de xaropes, suspensões, tais como: copos graduados, seringas, colheres graduadas e conta-gotas; 1 colher de chá- 5 ml 1 colher de sopa- 15 ml 1 copo “de água”- 250 ml Seringas: 1ml 3ml 5ml 10ml 20ml 60ml • Se for amassar os comprimidos, utiliza-se o pilão e o cadinho; • O ideal é que a medicação esteja disponível na forma de suspensão ou líquida; • Leve a medicação preparada na bandeja ou em uma cuba rim até o leito do paciente e fique com ele até que tenha engolido; • Deixe em ordem o material; • Lave as mãos; • Cheque a prescrição. • Antes de utilizar o frasco agite-o vigorosamente com movimentos de cima para baixo e circulares; • Às vezes é necessário administrar mais de uma unidade para completar a dosagem prescrita. Ex.: Keflex – 1g VO de 6/6 horas. (1 comprimido=500 mg); • É direito do paciente questionar acerca da medicação que está recebendo, bem como recusá-lo, se for sua vontade; • Deve-se ficar atento quanto às reações esperadas dos medicamentos (diurese nos diuréticos) e aos efeitos colaterais (alergia). • A medicação que é prescrita por via sublingual não deve ser engolida. • Posicione o medicamento abaixo da língua do paciente e peça que ele o mantenha lá até que tenha dissolvido. Sublingual Bucal Administração via sonda orogástrica/tubo orotraqueal B- Administração por Instilação É a colocação da droga em forma líquida em uma cavidade ou orifício corporal (ouvidos, olhos, nariz e garganta). Instilações nos Ouvidos Consiste na instilação de solução líquida com as seguintes funções: Diluir cerume do meato auditivo externo; Combater infecção do canal auditivo ou tímpano. Cuidados de Enfermagem • Colocar o paciente sentado; • Colocar a cabeça inclinada para o local da instilação; • Segurar o lóbulo da orelha, pega-se a porção superior da aurícula, levando-se para cima e trás; • Ocluir meato auditivo com algodão esterilizado. •Instilações Oculares É usado medicamento líquido ou pomadas, cujas funções são: •Aliviar irritação ocular; •Dilatar pupila; •Combater infecções. ATENÇÃO: Se a medicação for indicada para dilatar a pupila, orientar o paciente sobre a dificuldade temporária de enxergar. Instilação Nasal É o uso de medicamento líquido individual com funções: • Curar infecções • Diminuir edemas das membranas • Fluidificar secreções nasais. • Instilação na Garganta Usa-se medicamento líquido com finalidade de diminuir inflamação/infecção. Pode-se administrar anestésico local em spray como ex.: Xylocaina. • Indicações: - quando v.o. é contra-indicada; - medicações irritantes para o trato digestório; • Vantagens: - evita metabolismo de 1a passagem; - absorção rápida; • Apresentação: -Supositórios; • Contra-indicada: - Diarréia. • Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas. • Agulhas com comprimentos e calibres adequados; • Ex: 30 x 7 • 30 = 30 milímetros - comprimento • 7 = 0,7 milímetro – largura • Seringas de 1 a 20 mililitros; • Técnicas apropriadas para não contaminar os medicamentos. • A solução deve ser introduzida na derme; • Deve-se ter cuidado com o volume utilizado: o máximo de 0,5 ml; • É uma via bastante restrita e, normalmente, é utilizada para testes de hipersensibilidade; • PPD – Tuberculose • Mitsuda – Hanseníase • Shick – Difteria • 0,1 ml na face ventral do antebraço; • BCG – Bacillus Calmette e Guérin (Inserção inferior do músculo deltóide do MSD). • Local mais apropriado: face anterior do antebraço • pobre em pelos • possui pouca pigmentação • possui pouca vascularização • ter fácil acesso para leitura • Avaliar a prescrição médica; • Realizar os “9 certos” e as “3 leituras certas da medicação”; • Lavagem das mãos; • Reunir os seguintes materiais em uma bandeja: solução, seringa de 1 ml, agulha para aspiração de calibre 40x12, 25x7 ou 25x8, agulha para aplicação de calibre 13x4,5, bolas de algodão secas e com álcool a 70% e cuba rim; • Faça a aspiração do medicamento utilizando a técnica asséptica. Leve-o até o cliente em uma cuba rim; • Oriente e posicione o braço do cliente; • Distenda a pele do local com uma das mãos; • Mantenha o bisel da agulha voltado para cima e introduza-a num ângulo de 10 a 15 graus; • Aspire para verificar se nenhum vaso foi atingido e, após isto, injetar lentamente a solução; • Caso tenha puncionado um vaso, prepara-se nova solução; • Observa-se a formação de uma pápula, após a injeção total da solução. Retira-se a agulha e não faça massagem. • Comprima suavemente com algodão seco; • Organize e despreze o material; • Lave bem as mãos; • Cheque a prescrição. • A derme pode ser lesada caso a introdução do medicamento seja feita de forma rápida; • Pode ocorrer dor, prurido e desconforto após a aplicação da solução; • Úlceras com necrose tecidual podem acontecer se medicamentos contra-indicados para esta via forem utilizados. • Logo abaixo da derme está a tela subcutânea ou camada de gordura e nela existe uma extensa rede de capilares venosos, arteriais, linfáticose nervos; • As soluções administradas através desta via são absorvidas lentamente, pois a absorção se faz através de capilares; • É utilizada quando as drogas não necessitam ser absorvidas rapidamente e que sua absorção seja contínua e segura; • É indicada na administração de vacinas (anti-rábica e anti- sarampo), anticoagulantes (heparina e clexane) e hipoglicemiantes (insulinas); • Tríceps, vasto lateral das coxas e abdome; • Se o paciente for utilizar a via SC por mais de uma vez, o local deve ser revezado; • O volume máximo a ser administrado pela via SC não deve exceder a 2 ml, mas normalmente é administrado até 1 ml. Via Subcutânea • Avaliar a prescrição médica; • Realizar os “9 certos” e as “3 leituras certas da medicação”; • Lavagem das mãos; • Reunir os seguintes materiais em uma bandeja: solução, seringa de 1 ou 3 ml, agulha para aspiração de calibre 40x12, 25x7 ou 25x8, agulha para aplicação de calibre 13x4,5, bolas de algodão secas e com álcool a 70% e cuba rim; • Faça a aspiração do medicamento utilizando a técnica asséptica. Leve-o até o cliente em uma cuba rim; • Oriente e posicione o braço do cliente; • Após escolher o local, fazer a anti-sepsia da região, utilizando uma bola de algodão com álcool a 70% (fazer movimentos com a bola em único sentido, de cima para baixo, virando a bola de algodão com álcool a 70%); • Pinçar o tecido SC, utilizando o dedo indicador e o polegar, mantendo região firme, para que a agulha penetre no mesmo; • Introduza a agulha num ângulo de 90º; • Solte a prega e mantenha a agulha no tecido e aspire para verificar se, acidentalmente, não puncionou algum vaso; • As soluções oleosas ou em suspensão, se administradas EV acidentalmente, podem causar embolia; • Introduzir o medicamento lentamente e retirar a seringa não fazendo massagem depois; • Organize todo o material e despreze-o; • Lavar as mãos; • Cheque a prescrição. • Fenômeno de Arthus – formação de nódulos, provocados por injeções repetidas em um mesmo local, podendo ocorrer necrose no ponto de inoculação; • Há a possibilidade de formação de tecido fibrótico nos locais de punções. • A via IM é muito utilizada porque a velocidade de absorção da solução administrada é rápida, perdendo apenas para a via endovenosa; • O volume a ser administrado deve ser compatível com a estrutura muscular, esta varia com a região e com a idade do paciente; Músculo escolhido: • deve ser bem desenvolvido • ter facilidade de acesso • não possuir vasos de grande calibre • não ter nervos superficiais no seu trajeto. • Em adultos: . deltóide = 2 ml . glúteo = 4 ml . vasto lateral da coxa = 3 ml. • Caso o paciente possua uma estrutura muscular pouco desenvolvida, é aconselhável dividir o volume da solução em duas aplicações. • Apesar desta região ser muito utilizada pela facilidade de acesso e muitas vezes indicada pelo próprio paciente, ela pode trazer sérias complicações; • Está contra-indicada a utilização da região deltóide nas seguintes situações: . crianças de 0 a 10 anos; . pacientes com pequeno desenvolvimento muscular local principalmente os idosos; • volume superior a 2 ml e substâncias irritantes, como por exemplo a Penicilina Benzatina; • injeções consecutivas; • pacientes vítimas de AVC com parestesia ou paralisia do(s) braço(s); • pacientes submetidas a mastectomia e/ou esvaziamento de linfonodos. Localização: • 5 a 6 centímetros (quatro dedos) após final do ombro; • punção no meio do músculo, no sentido da largura; • Podem acontecer complicações vásculo-nervosas com paralisia muscular. • A vascularização do local é feita por várias artérias e veias, principalmente pela artéria e veia glútea; • A região é bastante inervada e o nervo de maior importância é o ciático; • Para injeções intramusculares na região, o músculo glúteo máximo é o utilizado sendo que a sua localização para a aplicação é o quadrante superior externo; • Lembre-se que o nervo ciático é o principal responsável pela movimentação dos MMII, desta forma, aplicação sobre ele pode trazer lesões irreversíveis. • Embolias pulmonares poderão ser ocasionadas por injeções em veia e artéria glútea. • Durante a aplicação, a posição de decúbito ventral é a mais aconselhada, devido ao maior relaxamento dos músculos (braços ao longo do corpo e os pés virados para dentro); • A posição em pé é a menos aconselhada. • Está contra-indicada a utilização da região dorsoglútea nas seguintes situações: . crianças menores de 2 anos . pessoas com atrofia dos músculos da região . pessoas com parestesia ou paralisia dos MMII . pessoas com lesões vasculares dos MMII. • O músculo vasto lateral é localizado na face anterolateral da coxa; • É utilizado por ser considerado desprovido de grandes vasos ou nervos e de fácil acesso; • Pode ocorrer lesão do nervo femurocutâneo, desta forma, utiliza-se agulha apropriada e a angulação correta (45 graus, aproximadamente). • Avaliar a prescrição médica; • Realizar os “9 certos” e as “3 leituras certas da medicação”; • Lavagem das mãos; • Reunir os seguintes materiais em uma bandeja: solução, seringa compatível com o volume, agulha para aspiração e para aplicação (25x7 e 20x5,5-cças), bolas de algodão secas e com álcool a 70% e cuba rim; • Faça a aspiração do medicamento utilizando a técnica asséptica. Leve-o até o cliente em uma cuba rim; • Oriente e posicione o cliente; • Após escolher o local, fazer a anti-sepsia da região, utilizando uma bola de algodão com álcool a 70% (fazer movimentos com a bola em único sentido, de cima para baixo, virando a bola de algodão com álcool a 70%); • Segure a bola de algodão com a mão esquerda e retire o protetor da agulha; • Faça a prega muscular utilizando o polegar e o indicador; • Faça a punção e introduza a agulha de uma só vez, utilizando a angulação correta para o músculo escolhido; • Solte a prega e puxe o êmbolo. Caso haja sangue, retire a agulha da pele do cliente, faça compressão, troque o material e faça a aplicação em outro local. Caso não haja sangue, injete o medicamento em velocidade média; • Retire a agulha e tampone com o algodão; • Coloque o material em ordem e despreze-os; • Lavagem das mãos; • Cheque a prescrição. • A utilização desta via consiste na introdução do fármaco diretamente na veia; • Indicações: . quando há necessidade de injeção de grandes quantidades de líquido; . administração de substâncias irritantes que podem causar necrose tecidual se inoculadas por outras vias; . quando se pretende ação imediata do fármaco ou substância; • Seringa acoplada a agulha; • Scalp; • Jelco; • CCIP. ATENÇÃO!!! • Não se utiliza solução heparinizada em acesso venoso periférico!!! Somente solução salina!!!! • Quais tipos de soluções são infundidas por via endovenosa? . Isotônica . Hipotônica . Hipertônica; • Algumas substâncias podem ser adicionadas às soluções, tais como: . KCl 10% . NaCl 20% . Gluconato de Cálcio 10% . Vitamina C . Dopamina . Dobutamina I) Região cefálica e pescoço • A região cefálica é utilizada na punção venosa periférica em neonatologia e pediatria até 2 anos de idade, justamente por ter excelente visibilidade; • Veias utilizadas: temporal D e E, frontal, retroauricular D e E, occipital. • As veias do pescoço utilizadas para a punção venosa periférica são as jugulares externas D e E, veias de ótimo calibre e fluxo sanguíneo. II) Região dos MMSS • São utilizadas em todas as faixas etárias; • Veias utilizadas: basílica, cefálica, mediana do cotovelo, metacarpianas dorsais e radial. III) Região dos MMII • São veias de última escolha devido ao risco de estagnação do medicamento e formação de trombo,com conseqüente embolia; • É totalmente proibida para pacientes idosos e com lesão neurológica; • Veias utilizadas: safena magna, tibial e rede do dorso do pé. Dorso do Pé Tibial Poplítea Safena IMPORTANTE!!! • Antes de realizar a punção venosa, leve as mãos e utilize luvas de procedimento; • Utilize sempre a veia de maior calibre, evitando a irritação vascular e posterior flebite; • A fixação do acesso venoso periférico é extremamente importante, pois muitos acessos são perdidos devido à má fixação com o esparadrapo dos mesmos; • Evite fazer associação de medicamentos a serem administrados EV, pois podem provocar reação indesejada no acesso venoso; • Mantenha a observação no acesso puncionado para sinais de extravasamento e flebite. • Avaliar a prescrição médica; • Realizar os “9 certos” e as “3 leituras certas da medicação”; • Lavagem das mãos; • Reunir os seguintes materiais em uma bandeja: solução, seringa compatível com o volume, agulha para aspiração, dispositivo vascular, bolas de algodão secas e com álcool a 70%, garrote e cuba rim; • Faça a aspiração do medicamento utilizando a técnica asséptica. Leve-o até o cliente em uma cuba rim; • Oriente e posicione o cliente; • Coloque as luvas de procedimento; • Aplique o garrote próximo ao local de punção para dilatar e facilitar a visualização da veia; • Apalpe levemente a veia com dedo indicador ou médio; • Faça a anti-sepsia do local, utilizando movimentos de baixo para cima (na mesma direção do retorno venoso); • Realize a punção da veia com o bisel do dispositivo voltado para cima, utilizando um ângulo de 15°; • O sangue retornará no dispositivo; • Solte o garrote para introduzir o restante do dispositivo (se for um jelco); • Realize a fixação com esparadrapo; • Adapte um polifix preenchido com SF 0,9%; • Realize infusão de SF 0,9% lentamente e observe se o acesso está bem posicionado; • Acople o macrogotas ou microgotas com a solução a ser infundida; • Não reencape agulha e despreze o material cortante em local adequado; • Lave as mãos; • Relate o procedimento no prontuário do cliente.
Compartilhar