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Análise filme Meu nome é Khan

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Análise filme: Meu nome é Khan 
Retrata a vida complexa de um autista que precisou lutar contra os preconceitos da sociedade para seguir sua trajetória de vida.
O filme fala sobre a história de Rizwan Khan, um jovem mulçumano que mora em Mumbai e desde a sua infância apresenta um comportamento diferente das demais crianças de sua idade. Khan não entendia algumas regras e normas sociais, tinha fixação por alguns objetos, contato visual e corporal eram incômodos, sua audição era sensível, o que lhe causava desconforto quando saia à rua e apresentava comportamentos estereotipados repetindo gestos ou falas de outras pessoas.
Khan era uma criança inteligente, aprendia tudo com muita facilidade e tinha uma memória incrível, mas por ser considerado diferente, Khan sofria preconceito na escola e chegou a ser excluído e ridicularizado por outros alunos. Porém, sua mãe, com um amor incondicional, nunca desistiu dele e não enxergava o filho através de suas dificuldades, ela sempre acreditou em seus potenciais e investiu toda sua energia e amor para proporcionar um desenvolvimento que lhe ajudasse em sua autonomia e independência.
Em uma cena quando a mãe se deparar com a dificuldade do filho em frequentar a escola, ela pede para um velho sábio para ensiná-lo tudo o que sabia e ele então se tornou o seu mentor. Com ele Khan aprendeu matérias da escola, mas por sua facilidade em aprender a manusear aparelhos mecânicos também aprendeu a consertá-los. Sobretudo, a lição mais importantes que Khan aprendeu foi ajudar o próximo com o seu conhecimento e amor.
Durante muitos anos ninguém soube explicar o motivo pelo qual ele agia de maneira diferente, somente quando decidiu se mudar para os Estados Unidos, para morar com seu irmão, sua cunhada que era psicóloga ao observar seu comportamento descobriu que ele era portador da Síndrome de Asperger, ou também chamado Autismo Leve, que é um Transtorno do Espectro Autista (TEA). 
Segundo o DSM - V (2013), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome comportamental que apresenta como sintomatologia básica: dificuldade de interação social, déficit de comunicação social (quantitativa e qualitativa) padrões repetitivos e interesses restritos pronunciados. TEA engloba transtorno autístico (autismo), transtorno de Asperger, transtorno desintegrativo da infância, e transtorno global ou invasivo do desenvolvimento sem outra especificação. 
O diagnóstico do TEA é clínico e baseia-se na presença de determinados padrões de comportamento. De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para o diagnóstico do TEA o paciente deve preencher 3 critérios:
1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
2. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
3. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.
Além dos pontos citados no início deste texto, Khan também apresentava inflexibilidade e rigidez de pensamento, dificuldade para interpretar fatos ou situações abstratas, porém, tinha um bom desempenho em processos que envolviam a memorização e tarefas mecânicas repetitivas.
Fora suas peculiaridades sensoriais, de percepção e de execução de algumas atividades, Khan também não sabia como lidar com suas emoções e sentimentos, e isto fazia com que algumas pessoas pensassem que ele não se importava, o que não era verdade. Situações como esta podem ser vivenciadas com muito sofrimento, uma vez que muitas pessoas autistas tem o entendimento dos fatos, mas sua dificuldade se encontra em como lidar com tais situações, seja no âmbito verbal ou comportamental. 
Segundo Lima (2007 apud BRASIL, 2013), não se sentir entendido e compreendido pelo outro pode gerar muita angústia e até mesmo depressão.
Eles vivenciam emoções, frustrações e sentimentos como qualquer pessoa, porém, a percepção destas experiências podem ser vivida de maneira diferente e mais intensa. Suas relações humanas podem ser mais complicadas por apresentarem dificuldade em reconhecer as expressões faciais e na interpretação do que é dito, sua compreensão é, literalmente, ao pé da letra. Em muitas ocasiões para um autista demonstrar tristeza ou alegria de maneira adequada pode ser um desafio, pois perceber o mundo de forma diferente também faz com que suas reações seja demonstradas de modo peculiar. 
Este é um dos motivos que faz com que os autistas sejam alvos de preconceitos e, em muitos momentos, excluídos pela sociedade. 
REFERÊNCIA:
BRASIL. Diretrizes Operacionais do Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, 2013.
DSM-IV-TRTM - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles; - 4.ed. rev. - Porto Alegre: Artmed,2013.

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