Aula 4- Toxicodinâmica

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AULA 04: TOXICODINÂMICA 
Toxicologia aplicada à farmácia 
TOXICOLOGIA APLICADA À FARMÁCIA 
Aula 04: Toxicodinâmica 
AULA 04: TOXICODINÂMICA 
Toxicologia aplicada à farmácia 
Objetivos desta aula 
 Compreender o processo de interação entre a 
substância tóxica com seu sítio específico de ação; 
 
 Definir os vários tipos de locais de interação e 
mecanismos de ação. 
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I - Definição 
É o estudo da natureza da 
ação tóxica exercida por 
substâncias químicas sobre o 
sistema biológico, sob os 
pontos de vista bioquímico e 
molecular. Compreende a 
interação dos toxicantes nos 
seus sítios específicos de 
ação. Oga et al., 2008 
Adaptado de Oga et al., 2008 
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II - Importância 
• Avaliar a possibilidade do toxicante em causar efeitos deletérios e qual a população mais suscetível – 
Avaliação do risco; 
 
• Estabelecer métodos preventivos e de tratamento; 
 
• Aumentar a seletividade das substâncias para a espécie de interesse, ex. pesticidas. 
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Experimentalmente: Avaliação é 
realizada em células e tecidos in 
vitro e em animais inteiros, 
espécies mamíferas e espécies 
não mamíferas ex. zebra fish. 
 
Medicamentos 
Reações adversas 
Intoxicação 
Preenchendo lacuna: nativo da Ásia, o paulistinha ou zebrafish é um modelo animal intermediário 
entre a drosófila e os roedores. http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/07/12/um-peixe-modelo/ 
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III - Intoxicações 
Classificadas de acordo com o número e o tempo de exposição do sistema biológico ao agente. 
 
• Agudas – Uma ou várias exposições ao agente tóxico em um intervalo de 24 horas. Efeitos são observados 
imediatamente ou em alguns dias, no máximo duas semanas. 
 
• Crônicas – Exposição repetida ao agente tóxico ocorre em um intervalo de tempo maior, pode durar meses 
ou anos. 
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IV - Classificação dos agentes tóxicos 
Os agentes tóxicos apresentam estruturas variadas e podem ser classificados segundo vários critérios: 
 
• Químico – de acordo com a função química. Ex.: aminas aromáticas; 
 
• Físico – gás, líquido e sólido; 
 
• Bioquímico – Ex.: inibidor de sulfidrila; 
 
• Farmacológico – ex., d-tubocurarina, alfa-bungarotoxina – bloqueadores de receptores nicotínicos da 
acetilcolina. 
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V - Seletividade de ação 
Os toxicantes são biologicamente ativos em consequência de sua interação com sistemas essenciais à fisiologia 
normal do organismo provocando, portanto, alterações na normal homeostase orgânica. 
 
• Inespecífica – ácidos ou bases fortes. 
 
• Seletiva – ação em uma estrutura-alvo. Ex.: enzimas, moléculas transportadoras. 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Compreender o mecanismo molecular e bioquímico dos agentes tóxicos, assim como o local específico de sua 
ação permite a adoção de medidas preventivas e terapêuticas na intoxicação. 
 
VI - Alvos Moleculares de Ação 
 
• Receptores; 
• Canais iônicos; 
• Enzimas; 
• Moléculas transportadoras 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Receptores 
Ex.: Curare + receptores nicotínicos = potente bloqueador da 
musculatura estriada, resultando em paralisia muscular. 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Receptores 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Canais Iônicos 
Interferência na excitabilidade de membranas 
 
Ex.: Tetrodoxina = bloqueia os canais de sódio, 
situados nas membranas axônicas, impedindo as 
trocas iônicas e liberação de acetilcolina. 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Canais Iônicos 
 
Interferência na excitabilidade de 
membranas 
 
Ex.: Toxinas botulínicas (Clostridium 
botulinum) complexam-se 
irreversivelmente ao axônio terminal 
colinérgico e bloqueiam a liberação de 
acetilcolina. O botulinismo causa paralisia 
muscular progressiva, iniciando-se pela 
face, ptose palpebral (fecha o olho), 
dificuldade de deglutição e visão dupla. 
Os sintomas progridem pela musculatura, 
causando dificuldade motora e de 
respiração. 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Enzimas 
Inibição irreversível de enzimas 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Enzimas 
 
Inibição da citocromo oxidase pelo cianeto, 
bloqueio da cadeia transportadora de 
elétrons. Cianeto possui afinidade ao Fe+3 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Moléculas Transportadoras 
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VI - Alvos moleculares de ação 
Moléculas Transportadoras 
Monóxido de carbono e metemoglobinizantes (ex. anilina) 
comprometem o transporte de oxigênio para as células. 
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VII – Potência e eficácia 
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VIII – Curva dose-efeito quantal 
Valores calculados estatisticamente, a partir de 
dados obtidos experimentalmente, correlacionando 
as doses das substâncias e as mortalidades dos 
animais, em ensaios denominados quantais. 
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IX – Índice terapêutico e Margem de segurança 
A razão DL50 versus DE50 é uma medida do índice terapêutico da droga (isto é, uma estimativa da utilidade 
terapêutica de uma droga). 
 
 
I.T. = DL50 M.S.= DL10 – DE90 x 100 
 DE50 DE90 
 
 
Quanto maior é o valor do índice terapêutico ou da margem de segurança de uma substância, menor será o risco 
de promover intoxicação. 
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Saiba mais - Referências 
Bibliografia Básica 
 
LARINI, L. Toxicologia. 3. ed. São Paulo: Manole, 1997. 
 
OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 3. ed. São Paulo: Ateneu 
Editora, 2008. 
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Saiba mais - Referências 
Bibliografia Complementar 
 
ANDRADE FILHO, A.; CAMPOLINA, D.; DIAS, M. B. Toxicologia 
na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001 
 
KATZUNG, B.G., MASTERS, S.B., TREVOR A.J. Farmacologia 
básica e clínica. 12ª.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2013. 
 
KLAASSEN, C.D. Casarett & Doull's Toxicology: The Basic 
Science of Poisons, 8th Edition. Mc Graw Hill Education, 2013. 
 
KLAASSEN, C.D.; WATKINS, J.B. Fundamentos de toxicologia 
em Casarett e Doulls. Mac Graw Hill, 2012. 
 
MICHEL, O.R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2008. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Compreender as principais causas 
de intoxicações; 
 
Conhecer os principais 
procedimentos a serem realizados 
com o paciente intoxicado. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.