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Prévia do material em texto

REDAÇÃO 
1 
 
 
SÚMARIO 
 
 LINGUAGEM................................................................................................................................................02 
 FIGURAS DE LINGUAGEM...........................................................................................................................04 
 TEXTO...........................................................................................................................................................02 
 TEXTO...........................................................................................................................................................04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 1 
 
 | Pró Universidade 2 
LINGUAGEM 
 
Sistema de signos convencionados (gráficos, visuais, 
sonoros, ou aparecendo de modo misto) que funciona 
como suporte de comunicação de sentimentos ou ideias. 
 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 o locutor (aquele que diz algo a alguém) 
 o interlocutor (aquele com quem o locutor se 
comunica) 
 a mensagem (o texto, isto é, o que foi transmitido 
entre os falantes) 
 o código (a língua portuguesa) 
 o canal (a língua oral, ou seja, o meio físico que 
conduz a mensagem até o interlocutor) 
 o referente (o assunto da mensagem) 
 
Esses elementos podem ser esquematizados: 
 
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
 
 
 
 
 
Função 
emotiva (ou 
expressiva) 
É aquela centralizada no emissor, 
revelando sua opinião, sua emoção. 
Nela prevalece a primeira pessoa do 
singular, interjeições e exclamações. É 
a linguagem das biografias, memórias, 
poesias líricas e cartas de amor. 
Primeira pessoa do singular (eu), 
Emoções, Interjeições; Exclamações; 
Blog; Autobiografia; Cartas de amor. 
Ex: Muito obrigada, não esperava 
surpresa tão boa assim! Não,... não 
estou triste, mas também não quero 
comentar o assunto. 
 
 
 
Função 
referencial (ou 
denotativa) 
É aquela centralizada no referente, 
pois o emissor oferece informações da 
realidade. Objetiva, direta, denotativa, 
prevalecendo a terceira pessoa do 
singular. Linguagem usada na ciência, 
na arte realista, no jornal, no “campo” 
do referente e das notícias de jornal e 
livros científicos. 
Ex: Numa cesta de vime temos um 
cacho de uvas, duas laranjas, dois 
limões, uma maçã verde, uma maçã 
vermelha e uma pêra. 
 
Função 
apelativa (ou 
conativa) 
É aquela que centraliza-se no receptor; 
o emissor procura influenciar o 
comportamento do receptor. Como o 
emissor se dirige ao receptor, é 
comum o uso de tu e você, ou o nome 
da pessoa, além de vocativos e 
imperativos. Usada nos discursos, 
sermões e propagandas que se dirigem 
diretamente ao consumidor. Segunda 
pessoa do singular, Imperativo; Figuras 
de linguagem, Discursos políticos, 
Sermões, Promoção em pontos de 
venda - Propaganda. 
 
 
 
 
Função Fática 
É aquela centralizada no canal, tendo 
como objetivo prolongar ou não o 
contato com o receptor, ou testar a 
eficiência do canal. Linguagem das 
falas telefônicas, saudações e 
similares. Interjeições, Lugar comum, 
Saudações, Comentários sobre o clima. 
Ex: - Olá, como vai, tudo bem? - Alô, 
quem está falando? 
 
 
 
 
 
 
Função poética 
 
É aquela centralizada na mensagem, 
revelando recursos imaginativos 
criados pelo emissor. Afetiva, 
sugestiva, conotativa, ela é metafórica. 
Valorizam-se as palavras, suas 
combinações. É a linguagem figurada 
apresentada em obras literárias, letras 
de música, em algumas propagandas. 
Subjetividade,Figuras de linguagem, 
Brincadeiras com o código, Poesia, 
Letras de música. 
Ex: 
Tecendo a manhã João Cabral de Melo 
Neto 
 
 
 
 
 
 
 
Função 
metalinguística 
É aquela centralizada no código, 
usando a linguagem para falar dela 
mesma. A poesia que fala da poesia, 
da sua função e do poeta, um 
texto que comenta outro texto. 
Principalmente os dicionários são 
repositórios de metalinguagem. 
Referência ao próprio código, Poesia 
sobre poesia, Propaganda sobre 
propaganda, Dicionário. 
Ex: 
- Não entendi o que é metalinguagem, 
você poderia explicar novamente, por 
favor? - Metalinguagem é usar os 
recursos da língua para explicar 
alguma teoria, um conceito, um filme, 
um relato, etc. 
 
 Exercícios de Sala 
1. ENEM 2010 A biosfera, que reúne todos os ambientes 
onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades 
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma 
floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem 
múltiplos mecanismos que regulam o número de 
organismos dentro dele, controlando sua reprodução, 
crescimento e migrações. DUARTE, M.O guia dos curiosos. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
 Predomina no texto a função da linguagem: 
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em 
relação à ecologia. 
 
Referente 
Mensagem 
Locutor...................................................Interlocutor 
 
Canal 
Código 
 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 3 
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de 
comunicação. 
c) poética, porque o texto chama a atenção para os 
recursos de linguagem. 
d) conativa, porque o texto procura orientar 
comportamentos do leitor. 
e) referencial, porque o texto trata de noções e 
informações conceituais. 
 
2. ENEM 2009 - CANCELADO 
 Sentimental 
Ponho-me a escrever teu nome 
com letras de macarrão. 
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na 
mesa todos contemplam 
esse romântico trabalho. 
Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para 
acabar teu nome! 
— Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 
Eu estava sonhando... 
E há em todas as consciências este cartaz amarelo: "Neste 
país é proibido sonhar." 
ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: 
Record, 1995. 
 Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da 
predominância das funções da linguagem no texto de 
Drummond, pode-se afirmar que: 
 
a) por meio dos versos "Ponho-me a escrever teu nome" e 
"esse romântico trabalho", o poeta faz referências ao seu 
próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos. 
b) a linguagem essencialmente poética que constitui os 
versos "No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e 
debruçados na mesa todos contemplam" confere ao poema 
uma atmosfera irreal e impede o leitor de reconhecer no 
texto dados constitutivos de uma cena realista. 
c) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem 
centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na 
segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o 
que sente. 
d) em "Eu estava sonhando...", o poeta demonstra que está 
mais preocupado em responder à pergunta feita 
anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com 
seus interlocutores do que em expressar algo sobre si 
mesmo. 
e) no verso "Neste país é proibido sonhar.”, o poeta 
abandona a linguagem poética para fazer uso da função 
referencial, informando sobre o conteúdo do "cartaz 
amarelo" presente no local. 
 
3. (Enem-MEC) 
O canto do guerreiro 
Aqui na floresta 
Dos ventos batida, 
Façanhas de bravos 
Não geram escravos, 
Que estimem a vida 
Sem guerra e lidar. 
– Ouvi-me, Guerreiros, 
– Ouvi meu cantar. 
Valente na guerra, 
Quem há, como eu sou? 
Quem vibra o tacape 
Com mais valentia? 
Quem golpes daria 
Fatais, como eu dou? 
– Guerreiros, ouvi-me; 
– Quem há, como eu sou? 
 DIAS, Gonçalves. 
 
Macunaíma 
(Epílogo)Acabou-se a história e morreu a vitória. 
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo 
tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. 
Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles 
campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, 
aqueles atos 
misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio 
imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum 
conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem 
contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do 
Herói? ANDRADE, Mário de. 
 
Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se 
que: 
a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente 
tanto no primeiro quanto no segundo texto. 
b) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, 
enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal. 
c) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos 
uma palavra de origem indígena. 
d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na 
forma de organização da linguagem e, no segundo, no 
relato de informações reais. 
e) a função da linguagem centrada na primeira pessoa, 
predominante no segundo texto, está ausente no primeiro. 
 
4. 
 
No quadrinho acima, observamos um problema de 
comunicação entre os personagens. Assinale a alternativa 
que apresenta o elemento da comunicação que levou a 
esse problema. 
 a) Canal. 
b) Código. 
c) Referente. 
d) Mensagem. 
e) Emissor. 
 
 
 
 | Pró Universidade 4 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
Uma palavra é tomada no sentido denotativo quando é 
entendida no seu sentido literal, na sua significação básica, 
sem que se leve em conta o contexto em que está inserida. 
Toma-se o sentido conotativo quando se faz uma análise 
contextual da palavra, admitindo-se a associação valorativa 
a outros conceitos possíveis. 
 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
Podem ser classificadas em quatro tipos: figuras de som, 
figuras de palavra, figuras de construção e figuras de 
pensamento. A seguir, veremos as principais figuras de cada 
um dos tipos: 
 
ALITERAÇÃO – é a repetição ordenada de consoantes de 
mesmo som, podendo sugerir, além do próprio jogo de 
som, a ideia de movimento. 
Ex.: “A brisa do Brasil beija e balança” (Castro Alves, “O 
Navio Negreiro”). 
 
ONOMATOPEIA – é a imitação de determinado som a partir 
da criação de uma palavra. 
Ex.: “Um forró de pé-de-serra 
 Fogueira, milho e balão, 
 Um tum-tum-tum de pilão, 
 Um cabritinho que berra(...)” 
 (Jessier Quirino, “Paisagem de Interior”) 
 
METÁFORA – Consiste na utilização de uma palavra para 
designar outra, com base em traços de similaridade entre 
os seus conceitos. É a realização de uma comparação 
implícita, sem o emprego de um termo comparativo. 
Ex.: “O amor é pedra no abismo, a meio passo entre o 
mal e o bem” (Zeca Baleiro, “Cigarro”) 
 
CATACRESE – É o emprego de palavras com um sentido 
diferente do real, mas cujo uso reiterado torna 
imperceptível o sentido figurado. 
Ex.: “O pé da mesa”, “A perna da calça”, “Embarcar no 
avião”, etc. 
 
METONÍMIA – Assim como na metáfora, emprega-se um 
termo para designar outro, cujo conceito guarda uma 
relação lógica com o termo empregado. Substitui-se, por 
exemplo, o autor pela obra, a parte pelo todo, a marca pelo 
produto, etc. 
Ex.: “Devolva o Neruda que você me tomou, e nunca 
leu (...)” (Chico Buarque, “Trocando em Miúdos”) 
Aqui, refere-se ao autor Pablo Neruda em lugar da obra. 
 
ANTONOMÁSIA ou PERÍFRASE - É a utilização de uma 
expressão caracterizadora para designar um nome próprio. 
Ex.: “O poeta dos escravos”, referindo-se a Castro 
Alves; 
 “A cidade maravilhosa”, em lugar de Rio de Janeiro. 
 
SINESTESIA - É uma derivação da metáfora e ocorre quando 
numa mesma expressão misturam-se sensações percebidas 
por diferentes órgãos de sentidos. 
Ex.: “Você tem uma voz macia.” (a voz é percebida pela 
audição e a maciez, pelo tato) 
 “Sinto o cheiro doce da paixão.” (o cheiro é olfativo, 
enquanto o doce é percebido pelo paladar) 
 
ELIPSE – ocorre quando da omissão proposital de um termo 
facilmente identificável através do contexto ou de 
elementos presentes na própria oração. 
Ex.: “No jardim, flores secas e cores mortas” (há 
omissão de havia) 
 
EUFEMISMO – é a suavização de uma expressão por meio 
da sua substituição por outra mais polida e sutil. 
 Ex.: “João bateu as botas.” (em vez de : João morreu.) 
“Ela é uma dama da noite.” (em vez de: Ela é uma 
prostituta.) 
 
HIPÉRBOLE – é o exagero enfático de uma ideia. 
 Ex.: “Estou morrendo de sede.” 
 “Ele ganha rios de dinheiro.” 
 
PROSOPOPEIA ou PERSONIFICAÇÃO – é a atribuição de 
predicados próprios dos seres vivos a seres inanimados. 
 Ex.: “A noite chora a sua ausência.” 
 “Esta cama me convida ao sono.” 
 
ANTÍTESE – é a oposição de frases, orações ou palavras de 
sentido contrário. 
 Ex.: “Onde queres prazer sou o que dói (...)” (Caetano 
Veloso, “Quereres”) 
 “És velho na idade e jovem na alma.” 
 
IRONIA - é o uso de um termo com a finalidade de 
expressar o oposto do que este significa, dando um efeito 
humorístico ou crítico à mensagem. 
Ex.: “Moça linda,, bem tratada, três séculos de família, 
burra como uma porta: um amor” (Mário de Andrade) 
 
GRADAÇÃO – é a apresentação de ideias numa sequência 
ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax). 
Ex.: “Um coração chagado de desejos 
 Latejando, batendo, restrugindo.” 
(Vicente de Carvalho). 
 
 Exercícios de Sala 
1. A prosopopeia, figura que se observa no verso "Sinto o 
canto da noite na boca do vento", ocorre em: 
a) "A vida é uma ópera e uma grande ópera." 
b) "Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de 
Tormentório, os portugueses apelidaram-no de Boa 
Esperança." 
c) "Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços." 
d) "Oh! eu quero viver, beber perfumes. 
 Na flor silvestre, que embalsama os ares." 
e) "A felicidade é como a pluma..." 
 
2. Assinalar a alternativa que contém as figuras de 
linguagem correspondentes aos períodos a seguir: 
I. "Está provado, quem espera nunca alcança". 
II. "Onde queres o lobo sou o irmão". 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 5 
III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença 
contagiosa muito falada atualmente. 
IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular. 
a) ironia - antítese - eufemismo - hipérbole 
b) eufemismo - ironia - hipérbole - antítese 
c) antítese - hipérbole - ironia - eufemismo 
d) hipérbole - eufemismo - antítese - ironia 
e) ironia - hipérbole - eufemismo – antítese 
 
3. Assinale a alternativa na qual a CONOTAÇÃO esteja 
presente. 
a) Diante da explosão da aniversariante, todos engoliram o 
sorriso. 
b) A mesa estava imunda e as mães enervadas com o 
barulho que os filhos faziam. 
c) O vendedor insistira muito e ela, sempre tão tímida 
quando a constrangiam, acabou por comprar as rosas. 
d) Quando recolheu do chão o caderno aberto, viu a letra 
redonda e graúda que era a sua. 
e) Todas eram vaidosas e de pernas finas, com aqueles 
colares falsificados e com as orelhas cheias de brincos. 
 
TEXTO 
 
Unidade linguística de sentido completo, cuja função é 
estabelecer a comunicação entre seu produtor e o seu(s) 
destinatário(s). 
 
DEFEITOS E QUALIDADES DE UM TEXTO 
Para que um texto seja considerado bem-sucedido, é 
necessário prezar por: 
clareza; 
coerência; 
coesão; 
correção gramatical; 
elegância. 
 
Assim, sabe-se que os ditos “defeitos” de um texto devem 
ser evitados! Os mais comuns são: 
 
A. Ambiguidade 
Uma frase ambígua é aquela que apresenta mais de um 
sentido. 
Veja: “Em época de pleito* é comum ouvirmos candidatos 
dizendo ao povo que se preocupamcom o seu bem-estar”. 
*Ortografia/Semântica: pleito = eleição; preito = 
homenagem. 
Analisando: “bem-estar” de quem? Do próprio candidato? 
Do povo? 
Percebe-se que o pronome possessivo (seu) não foi bem-
empregado. 
 
B. Obscuridade 
A obscuridade é ainda pior que a ambiguidade, pois, 
quando se é ambíguo, pode-se dar margem a duas 
interpretações, ao passo que na obscuridade, muitas vezes, 
não podemos nem mesmo imaginar do que se trata. É uma 
falta total de clareza. Normalmente a obscuridade é 
causada por frases longas, má pontuação, desrespeito às 
normas gramaticais e linguagem rebuscada. 
Analise um trecho retirado da Folha de São Paulo já há 
algum tempo: 
“As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas 
fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de 
Dezembro de 2001, do Juizado de Menores, que proíbe que 
as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas 
pornográficas a menores de dezoito anos. A portaria proíbe 
ainda os menores de dezoito anos de irem a motéis e 
rodeios sem a companhia ou autorização dos pais.” 
Fica a pergunta: então, se estiverem acompanhados dos 
pais, os menores poderão ir a motéis? 
 
C. Pleonasmo 
É uma espécie de redundância. 
No Ensino Médio estudamos que Pleonasmo faz parte dos 
Vícios de Linguagem e nos são passados exemplos de 
expressões que devemos evitar, tais como “subir para 
cima”, “descer para baixo”, “entrar para dentro” e “sair 
para fora”. Contudo, não são apenas esses os pleonasmos 
existentes. Veja outros casos: matinal da manhã, noturno à 
noite, hemorragia de sangue, dois irmãos gêmeos, ganhou 
de graça, recinto fechado, certeza absoluta, grande maioria 
e outros casos. 
 
 ATENÇÃO: quando usado de maneira poética, o 
pleonasmo não constitui um erro. 
 
Exemplos: 
“E rir meu riso e derramar meu pranto.” (Vinícius de 
Moraes) 
“Os sonhos mais lindos, sonhei...” (F. D. Marchetti e M. de 
Feraudy, versão de Armando Louzada). 
 
Há casos de Pleonasmo mais comuns do que se imagina! 
“Acesso restrito somente a funcionários do setor.” 
 “Há cinco anos atrás (...).” 
“Este produto é de boa qualidade.” 
“Isso é um pequeno detalhe.” 
“Estas são propriedades próprias do sódio.” 
 “Que surpresa inesperada!” 
 
D. Cacofonia 
É um som desagradável (às vezes obsceno), resultante da 
proximidade de determinadas sílabas. 
Por exemplo: lá tinha; da vez passada; mande-me já; Ô, dor 
horrível! 
 
E. Eco 
É a repetição de terminações (mesmo som). 
Observe: A decisão causou comoção na população. 
Corrigindo: A decisão fez com que o povo se comovesse. 
 
F. Prolixidade 
A prolixidade é o oposto da concisão. Consiste, portanto, 
em utilizarmos mais palavras do que o necessário, tornando 
a leitura cansativa e de difícil compreensão. 
O uso de cacoetes linguísticos (expressões que não 
acrescentam nada ao texto, as quais só falamos porque 
estamos acostumados a ouvir) deve ser evitado. 
 
 | Pró Universidade 6 
Por exemplo, não devemos introduzir um texto com 
expressões do tipo “antes de mais nada” ou “inicialmente”, 
pois, se estamos iniciando, é óbvio que é “inicialmente”. 
Outros casos: pelo contrário, por outro lado, por sua vez. 
Na prolixidade (lembre: ser prolixo é “enrolar”; é não ser 
objetivo), também encontramos o uso dos chavões. 
Os chavões são frases ou expressões “feitas” que só 
empobrecem o texto. 
Veja alguns exemplos: inflação galopante, caloroso abraço, 
caixinha de surpresas, vitória esmagadora e outros. 
 
G. Incoerência 
Ser incoerente é se contradizer. Por isso, tome muito 
cuidado e releia mais de uma vez seu texto, analisando-o, 
principalmente para que a conclusão não destoe do 
restante do texto. 
O desrespeito às regras gramaticais pode causar 
incoerência. Portanto, tenha muita atenção com as regras 
de concordância, de regência, de acentuação e até mesmo 
com a ortografia. 
Veja: 
RETIFICAR = corrigir. 
RATIFICAR = confirmar. 
IR DE ENCONTRO = chocar-se; ideias contrárias. 
IR AO ENCONTRO = lado a lado; ideias afins, semelhantes. 
 
 Tarefa Mínima 
1. Leia com atenção o texto a seguir e identifique os 
problemas existentes nas passagens numeradas: 
“A exploração do trabalho infantil, ela é algo (1) alarmante 
e intrigante (2). Seu índice tem diminuído (3) nos últimos 
anos, talvez pelas medidas tomadas pelo governo. E isso (4) 
é de responsabilidade do governo federal e não do 
estadual. Na época de nossos avós, isso não acontecia (4), 
pois viviam na tranquilidade do interior. Lá tinha (5) tudo 
que precisavam (6). Os governantes valorizavam o povo e 
mantinham seu conforto (7).” 
 
2. Há uma ambiguidade no trecho: 
a) “Esse tipo de crime vem sendo praticado no mundo 
inteiro.” 
b) “Há quem se sirva até mesmo de violência na guerra por 
bens materiais.” 
c) “Há filhos matando pais para tomarem o que lhes 
pertence.” 
d) “Basta andarmos uns minutos observando as atitudes do 
ser humano e perceberemos do que ele é capaz.” 
e) “Por quererem mostrar que podem mais que os outros, 
acabaram conquistando a antipatia alheia.” 
 
3. A expressão “má qualidade” constitui: 
a) pleonasmo. 
b) ambiguidade. 
c) incoerência. 
d) obscuridade. 
e) cacofonia. 
 
4. Certo dia houve, na Inglaterra, um jogo entre Brasil e 
Argentina. Pouco antes do início da partida, um 
comentarista esportivo da Rede Globo afirmou: “O estádio 
é um espetáculo! Mas o gramado é um tapete: a bola rola 
com a maior perfeição.” 
a) Para fazer alusão à qualidade do gramado, usou-se uma 
metáfora. Sublinhe-a. 
b) Explique o sentido dessa metáfora. 
c) Após responder às questões “a” e “b”, percebemos que o 
comentarista não formulou bem seu comentário. 
Explique a incoerência cometida. 
 
5. Agora analise um trecho de uma fala de um 
apresentador de telejornal, feita logo após um comentário 
sobre a fauna brasileira: 
 
“(...) a caça e a extração ilegais de palmito (...).” 
a) Tal passagem apresenta uma incoerência. Qual? 
b) Reescreva a fala do jornalista, de modo a torná-la 
coerente. 
 
6. Todas as frases listadas a seguir apresentam 
ambiguidade. Indique quais são as interpretações possíveis 
em cada caso: 
a) O juiz declarou ter julgado o réu errado. 
b) O piloto enjoado levantou voo. 
c) Comprou um carro rápido. 
d) Deixou a sala vazia. 
e) Confessou os erros que cometeu com franqueza. 
f) O jornal criticou a peça exibida com falta de talento. 
g) Trata-se de um estudo a respeito de Machado de Assis 
cuja leitura recomendo. 
h) A professora deixou a turma entusiasmada. 
 
“Durante a sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de 
Ribeirão Preto, na sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre 
impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. 
Por outro lado, costumava ficar horas aprimorando seus 
defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 
1970, quando fez parte do grupo que conquistou o 
tricampeonato mundial, Leão não dava um passo em falso. 
Cada atitude e cada declaração eram pensadas com um 
racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois 
irmãos, Edmílson, 53 anos, e Édson, 58, são médicos.” 
Correio Popular, edição de 20/Out./2000. 
 
7. O que aconteceria com Leão se ele, efetivamente, ficasse 
“aprimorando seus defeitos”? 
 
8. A expressão “Por outro lado” contribui para tornar o 
trecho incoerente. Por quê? 
 
9. A charge a seguir apresenta coerência incontestável. O 
que tornou coerente a fala de Hagar? 
 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 7 
10. Analise, agora, a segunda tira de Chris Browne: o que 
torna o terceiro quadrinho incoerente em relação ao 
primeiro? 
 
 
TEXTO 
 
Unidade linguística de sentido completo, cuja função é 
estabelecer a comunicaçãoentre seu produtor e o seu(s) 
destinatário(s). 
 
O texto se caracteriza pela textualidade, que faz com que 
um texto seja realmente texto e não apenas soma de 
frases.Os principais fatores de textualidade são: 
contextualização, intencionalidade, coesão e coerência. 
 
Contextualização: refere-se à expectativa em relação ao 
texto e à antecipação ao leitor do assunto de que o texto 
vai tratar. Nesse sentido, cabe observação ao local e à data 
de publicação de um texto, ao autor do texto, título do 
texto, imagens do texto. 
 
Intencionalidade: refere-se ao objetivo do texto. Nesse 
sentido, é importante observar os elementos linguísticos 
que sinalizam a intencionalidade no próprio corpo do texto. 
 
Coerência: refere-se ao estabelecimento de um sentido 
para o texto e à relação harmônica entre as idéias 
apresentadas em um texto. Assim, a coerência engloba a 
forma e o conteúdo do texto, remetendo à seqüência 
ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma 
coerente, sem contradições ao que se afirma para os 
interlocutores. 
 
COESÃO TEXTUAL 
Quando conspiravam para derrubar a Monarquia, os líderes 
republicanos já sabiam como seria a bandeira da República. 
Ela já estava desenhada, inspirada pelo exterior, 
especificamente pela França. Seguia o pensamento de 
Auguste Comte (1798-1857), que defendia que cada 
sociedade deveria ter por divisa “o amor por princípio, a 
ordem por base e o progresso como objetivo.” As bandeiras 
nacionais deveriam ter a inscrição: Amor, Ordem e 
Progresso. Na nossa bandeira, não coube a palavra “Amor”. 
Ficaram apenas “Ordem e Progresso”. Mas muitas outras 
palavras ficaram ausentes. 
 
No texto acima, os pronomes: “ela” e “que” retomam 
expressões ditas anteriormente, são elementos anafóricos, 
responsáveis, portanto, pela coesão textual, ou seja, por 
uma melhor organização do texto. 
 
Observe o próximo parágrafo: 
O resultado de tudo isso é que a população brasileira ficou 
mais velha. No entanto, não houve mudanças significativas 
na qualidade de vida, na distribuição da riqueza e, 
principalmente, das terras, que no Brasil sempre foram o 
privilégio histórico da minoria. A população ficou mais velha 
e mais pobre também. A distância entre ricos e pobres só 
fez aumentar nestas décadas e, até hoje, esse processo não 
foi revertido. Aqui se cruzam a luta pela cidadania e a 
terceira idade. 
As palavras destacadas acima são anafóricos, pois retomam 
algo que foi dito antes. Entre elas, que e no entanto são 
conjunções; principalmente, sempre, também e aqui são 
advérbios. 
 
Atenção! Esse ou este? 
1) Para localização de seres no espaço usamos: 
- “esta”, “isto” se nos referimos a algo próximo de quem 
está falando. Como em: Pedro, esta minha saia é nova. 
- “essa”, “isso” se nos referimos a algo próximo da pessoa 
com quem se está falando. Como em: Pedro, você vai à 
festa com essa gravata? 
 
 2) Para localização no tempo usamos: 
- “este”, “esta”, “isto” em relação a um espaço de tempo 
presente. Como em: Este ano quero paz/ No meu coração/ 
Quem quiser ter um amigo/Que me dê a mão... 
- “esse” em relação a um espaço de tempo passado. Como 
em: No ano passado, tive muitos contratempos, foi um ano 
difícil; não gosto de me lembrar desse ano. 
 
3) Nas cartas: 
- “este”, “esta” referem-se ao local em que se encontra o 
redator. 
- “esse”, “essa” referem-se ao local em que se encontra o 
destinatário. 
Exemplo: Esta capital, Rio de Janeiro, sediará os Jogos 
Olímpicos; sentir-se-á honrada em contar com os atletas 
dessa cidade. 
 
4) Nos textos técnicos (dissertativos): 
- “isto” é um catafórico, refere-se a algo que será dito. 
Como em: Não esqueça isto: disciplina é importante. 
- “esse” é um anafórico, refere-se a algo que já foi dito. 
Como em: Disciplina é importante; isso não devemos 
esquecer. 
 
 
Conectivo 
 
Relação de 
sentido 
Exemplo: 
Porque, pois, 
como, por 
isso, já que, visto 
que, uma vez que 
Causa 
Os bancários 
fizeram greve 
porque desejavam 
aumento de salário. 
Mas, porém, 
todavia, contudo, 
entretanto, 
embora, ainda que, 
mesmo que, 
apesar de 
Contradição / 
Oposição 
Apesar de o aluno 
estar com febre 
alta, foi à aula. 
Se, caso, contanto Condição Os bancários só 
 
 | Pró Universidade 8 
que, dado que, 
desde que, a 
menos que, a não 
ser que 
receberão 
aumento se fizerem 
greve. 
E, também, além 
de, não só,nem 
Adição 
Além de encontrar 
uma estrada 
movimentada, o 
motorista pegou 
chuva no caminho. 
.Ontem, hoje, 
amanhã, antes, 
depois, cedo, 
tarde, 
primeiramente, em 
seguida, a seguir, 
finalmente, 
quando, sempre, 
nunca, 
Tempo 
Quando 
alcançarmos as 
metas da empresa, 
seremos premiados 
com viagens para o 
exterior. 
Logo, dessa forma, 
portanto, assim, 
então 
Conclusão 
Sempre estudei 
muito durante o 
curso e fiz vários 
estágios; por isso, 
consegui uma vaga 
de 
trainee. 
Principalmente, 
sobretudo 
Prioridade/ 
relevância 
Dedicar-se a um 
curso de graduação 
é essencial para 
quem almeja 
ascensão e, 
principalmente, 
para 
quem quer 
ingressar em 
programas de 
mestrado. 
Por exemplo, ou 
seja, isto é 
Esclarecimento 
A geração canguru, 
isto é, a geração de 
filhos que retardam 
a saída da casa 
materna, tem se 
mostrado cada vez 
mais resistente ao 
casamento. 
 
Segundo, 
conforme, assim 
como, do que, 
tanto (ou tão) 
quanto 
Comparação/ 
semelhança 
O curso de direito 
está tão 
concorrido quanto 
os cursos de áreas 
da saúde. 
 
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS 
Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, temos a 
oportunidade de convivermos com uma enorme 
diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão logo 
está confirmada esta ocorrência. São panfletos, outdoors, 
cartazes, dentre outros. Podemos classificar os textos sob 
duas vertentes: os gêneros e os tipos textuais. 
Antigamente, os vestibulares solicitavam a produção 
utilizando propostas pautadas nos tipos. Hoje em dia, o 
foco maior tem sido nos gêneros. Para um melhor 
desempenho nas provas, veremos ambos: 
 
Os gêneros textuais estão diretamente ligados às situações 
cotidianas de comunicação, fortalecendo os 
relacionamentos interpessoais por meio da troca de 
informações. Tais situações referem-se à finalidade que 
possui cada texto, sendo estas, inúmeras. 
Exemplos: e-mail, notícia, artigo, editorial, crônica, 
manual, bula de remédio, monografia, etc. 
Existem gêneros textuais do cotidiano jornalístico, cuja 
finalidade é a informação. É o caso da notícia, da 
entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre 
outros. 
 
Há também os chamados instrucionais, como, por exemplo, 
o manual de instrução, a bula de um remédio, e outros. 
Outros que se classificam como científicos, os quais são 
oriundos de pesquisas e estudo de casos, como a 
monografia, tese de doutorado, ligados à prática 
acadêmica. 
 
Já a classificação em tipos textuais, relaciona-se com a 
natureza linguística expressa pelos mesmos, classificando-
se em instrucionais/injuntivos, narrativos, descritivos e 
dissertativos. 
 
TEXTO INSTRUCIONAL/INJUNTIVO 
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e 
simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no 
modo imperativo, porém nota-se também o uso do 
infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. 
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções 
para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos 
com regras de comportamento; textos de orientação (ex: 
recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e 
desejos (de natal, aniversário, etc.). 
 
TEXTO DESCRITIVO 
A descrição é um retrato verbal. Então para que esse tipo de 
texto seja bem-sucedido, deve ser capaz de fazer com que o 
leitor visualizeo que ou em está sendo descrito. 
 
DESCRIÇÃO OBJETIVA E DESCRIÇÃO SUBJETIVA 
Compare: 
a) A casa é pequena. Nela, há somente um dormitório, um 
banheiro, sala, cozinha e uma área de serviço. O jardim, 
embora também seja pequeno, é bonito e repleto de flores. 
 
b) A casa é pequena. Nela, há somente meu aconchegante 
cantinho de dormir, um banheiro, sala para acolher meus 
amigos quando me presenteiam com sua visita. Há também 
o meu terror: a cozinha. É nela que fica o fantasma das 
colorias – a geladeira! A área de serviço é o beco do 
trabalho! O jardim é um encanto. Lindo e colorido! 
 
I - Descrição Objetiva 
É aquela em que o observador apresenta o tema-núcleo de 
maneira impessoal, empregando a representação fiel ao 
aspecto exterior. 
I - Descrição Subjetiva 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 9 
É aquela em que o observador apresenta o tema-núcleo de 
maneira pessoal, empregando a imaginação e externando 
suas impressões pessoais. 
 
Observação: 
Para que um texto descritivo tenha êxito, uma boa dica é 
explorar a base sensorial. 
 
a) Visão 
“A dona era uma idosa franzina, de cabelos mais negros 
que a asa da graúna. Vestia um pijama desbotado, de seda 
japonesa. Tinha as unhas bem curtas, recobertas por uma 
crosta de esmalte vermelho escuro, descascado nas 
pontas.”(Lygia Fagundes Telles, “As formigas”) 
 
b) Audição 
“De uma mesa distante, a única ocupada ainda, vinha o 
ruído de vozes de homens. Uma gargalhada sonora em 
meio de vozes exaltadas. E a palavra cabrito saltou dentre 
outras que se arrastavam pastosas. Num rádio da 
vizinhança, ligado ao volume máximo, havia uma canção 
que contava a história de uma jovem a qual vendia violetas 
na porta do teatro. A voz da cantora era plana e um pouco 
fanhosa.”(Lygia Fagundes Teles, “A ceia”) 
 
c) Olfato 
“Lá, os armazéns tresandavam* a lixo e peixe podre, a latas 
vazias de óleo como cheiro de homens 
esfarrapados.”(Autran Dourado, “A barca dos homens”) 
*tresandar = 1. fazer andar para trás; 2. exalar (mau 
cheiro); 3. cheirar mal. 
 
d) Tato 
“O pai comprou o sapado dois números maiores (...). Enfiou 
o sapato branco, um rígido como só o couro pode ser, no pé 
frio e trêmulo do garoto. Ao pentear o loiro e sedoso cabelo 
do caçula, a cabeça ainda em fogo.” (Dalton Trevisan, 
“Pedrinho”) 
 
e) Paladar 
“Deitado, ele beliscou dois ou três gomos. Chupou o sumo 
azedo, deixou cair a casca no prato. Apanhou outro bago, 
desta vez mais doce.” 
 
TEXTO NARRATIVO 
 O texto narrativo tem sua base em fatos, ações as quais 
fazem com que o enredo se desenvolva. 
 Para que a narrativa tenha sucesso, é imprescindível que 
haja o conhecimento do tema e se defina o enredo, para só 
então escolher os personagens. Por quê? Porque a escolha 
prévia dos personagens é “um convite” à prolixidade, pois 
acabamos preocupando-nos com a participação de cada um 
deles e nos esquecemos de enriquecer nosso 
desenvolvimento. 
 
ELEMENTOS DA NARRATIVA 
I – Enredo (apresentação, conflito, desfecho. Destaque: 
‘Clímax’) 
II – Narrador (1ª ou 3ª pessoa) 
III – Personagem (principais, secundários) 
IV – Tempo (cronológico, histórico, psicológico, do discurso) 
V - Espaço 
 
Além do narrador, outras vozes podem surgir no texto. 
Para inserir falas, faz-se uso do que chamamos discurso, 
que podem se apresentar de diferentes formas: 
 
Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo dito por 
alguém. Normalmente usa-se aspas ou travessões para 
demarcar a reprodução da fala de outra pessoa. 
Exemplo: “Não gosto disso” – disse a menina em tom 
zangado. 
 
Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias 
palavras, conta o que foi dito por outra pessoa. Temos 
então uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens 
passam pela elaboração da fala do narrador. 
Exemplo: A menina disse em tom zangado, que não gostava 
daquilo. 
 
Discurso indireto livre: É um discurso misto onde há uma 
maior liberdade, o narrador insere a fala do personagem de 
forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso direto. É 
necessário que se tenha atenção para não confundir a fala 
do narrador com a fala do personagem, pois esta surge de 
repente em meio a fala do narrador. 
Exemplo de discurso indireto livre: A menina perambulava 
pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso! E parecia 
que ninguém a ouvia. 
 
TEXTO DISSERTATIVO 
 
Estrutura 
A redação solicitada no ENEM é do tipo dissertativo-
argumentativo. Sua estrutura é composta pelas seguintes 
partes: 
 
A. INTRODUÇÃO (início, começo) 
Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, 
uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de lançar, 
delimitar, chamar a atenção do leitor para o assunto que 
vamos desenvolver. 
Uma introdução não deve ser muito longa para não 
desmotivar o leitor. Se a redação dever ter trinta linhas, 
aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a 
parte introdutória. 
 
O que evitar? 
I. Iniciar uma idéia geral, mas que não se relaciona com a 
segunda parte da redação. II. Iniciar com digressões (o início 
dever ser curto). III. Iniciar com as mesmas palavras do 
título. IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse 
um elemento d primeira frase. V. Iniciar com chavões 
Exemplos: - Desde os primórdios da Antigüidade... - Não é 
fácil a respeito de... - Bem, eu acho que... - Um dos 
problemas mais discutidos na atualidade... 
 
B. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo) 
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu 
desenvolvimento. É nela que o aluno tem a oportunidade 
de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o 
desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, 
 
 | Pró Universidade 10 
deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma 
redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de 
catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou 
desenvolvimento da mesma. 
O QUE EVITAR? 
I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos 
de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão. 
 
C. CONCLUSÃO (desfecho, final) 
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma 
pequena parte do texto. Se a redação está planejada para 
trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis 
linhas. Na conclusão, nossas idéias propõem uma solução. 
O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas 
outras partes, adquire maior destaque na conclusão. Se 
alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, 
mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, 
estupefato. 
 
O que evitar? 
I. Não finalizar (é o principal defeito) II. Avisar que vai 
concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou 
"Concluindo" 
 
DISSERTAÇÃO: RELAÇÃO DE SENTIDOS 
- O encadeamento de ideias - 
Uma boa forma de se buscar um encadeamento de ideias 
capaz de deixar seu texto claro é trabalhar com premissas. 
Veja: 
 
PREMISSA: um dos meios mais simples de argumentar é a 
premissa: a apresentação de duas frases, uma das quais é 
conclusão da outra. 
 
INFERÊNCIAS 
Quando observamos um fato, tiramos algumas 
“conclusões” (inferências). Imaginemos, por exemplo, que 
leiamos a seguinte manchete em um jornal: “Brasil importa 
automóveis da França”. Poderíamos, então, tirar como 
possíveis conclusões: 
1 – o Brasil não está produzindo automóveis em número 
suficiente; 
2 – a economia brasileira está cada vez mais 
dependente da estrangeira; 
3 – os automóveis importados são os preferidos dos 
brasileiros. 
Contudo, nem sempre as inferências são verdadeiras. 
Por isso é necessário analisar uma a uma das levantadas 
antes de integrá-las à argumentação. 
 
 Para Praticar 
1. Indique uma inferência de caráter positivo e outra de 
negativopara cada uma das afirmações manchetes a seguir: 
a) Florianópolis não “acolherá” a próxima Copa. 
b) Aulas de Ensino Religioso voltarão a ser obrigatórias no 
Ensino Fundamental. 
c) O Carnaval se aproxima. 
 
d) As questões discursivas são cobradas em muitos 
vestibulares. 
 
A favor ou contra? 
2. Em cada item há uma afirmação. Indique dois 
argumentos capazes de defendê-la e outros dois que se 
oponham a ela: 
a) As provas de múltipla escolha devem ser proibidas. 
b) Mulheres já têm tantos cargos de chefia quanto os 
homens. 
c) Maiores de 15 anos já deveriam receber penas 
semelhantes às destinadas a adultos. 
d) Hoje está mais fácil comprar um carro. 
e) Ministério da Saúde levanta a hipótese de alguns 
medicamentos, hoje só vendidos com receita, passarem 
a não necessitar de prescrição médica. 
 
 Para Treinar 
Veja as últimas propostas de redação dos vestibulares: 
 
UFSC/2014 - PROPOSTA 1 
Considerando os textos abaixo, escreva uma dissertação 
sobre a situação da língua portuguesa na atualidade. 
 
“Até o final do século 21, os oito países falantes de língua 
portuguesa terão uma população de 350 milhões de 
pessoas. 
[...] a tendência demográfica, junto com a ascensão 
econômica de Angola, Brasil e Moçambique, bem como 
fatores culturais (como a música), a Copa do Mundo de 
2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016 explicam o crescente 
interesse mundial pelo português, com o aumento da 
procura por cursos de português em países não 
lusófonos*.” 
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-28/ 
portugues-tera-350-milhoes-de-falantes-ate-final-do-seculo-preve-
especialista> [Adaptado] Acesso em: 7 out. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: <revistalingua.uol.com.br/textos/72/o-valor-do-idioma-
249210-1.asp> [Adaptado] Acesso em: 7 out. 2013. 
 
“A lusofonia é a última marca de um império que já não 
existe. E se é possível criar uma comunidade de países que 
têm como língua oficial o português, com todas as suas 
variantes, e cujo uso pelas populações pode ir dos 100% 
(em Portugal) aos 4% (em Timor) ou aos 40% (em 
Moçambique), não é possível entender uma pátria lusófona 
comum a países com outras diversidades linguísticas, 
economias tão diferentes, regimes políticos distintos e, em 
particular, histórias singulares. 
[...] 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 11 
Se a lusofonia se mantém como um princípio organizador 
das representações sociais dos portugueses, não há 
concordância entre os portugueses e africanos a esse 
respeito: os portugueses valorizam-na, os africanos 
rejeitam-na.” 
Disponível em: <http://www.buala.org/pt/a-ler/para-acabar-de-vez-com-
a-susofonia> [Adaptado] 
Acesso em: 29 out. 2013. 
 
 
PROPOSTAS 2 E 3 
Leia os excertos da página seguinte observando os perfis de 
mulheres traçados nos textos de diferentes épocas. Escolha 
apenas uma das duas propostas abaixo para escrever a 
Redação. 
Proposta 2 
Narre um novo desfecho para a história de uma das 
personagens no contexto das obras literárias citadas nos 
excertos. 
Proposta 3 
Escreva um texto relatando de que forma um ou mais 
perfis femininos representados nos excertos desafiam o 
comportamento masculino na atualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Era dócil, afável, inteligente [...]. Havia nela a 
jovialidade da menina e a compostura da mulher feita, 
um acordo de virtudes domésticas e maneiras 
elegantes [...]. Era pianista 
distinta, sabia 
desenho, falava 
correntemente a 
língua francesa, um 
pouco a inglesa e a 
italiana. Entendia de 
costura e bordados e 
toda a sorte de trabalhos 
feminis. 
[...] 
— Fui procurar um livro na sua estante. 
— E que livro foi? 
— Um romance. 
— Paulo e Virgínia? 
— Manon Lescaut. 
— Oh! exclamou Estácio. Esse livro... 
— Esquisito, não é? Quando percebi que o era, fechei-
o e lá o pus outra vez. 
— Não é livro para moças solteiras... 
— Não creio mesmo que seja para moças casadas, 
replicou Helena rindo e sentando-se à mesa. Em todo 
o caso, li apenas algumas páginas. Depois abri um livro 
de geometria... e confesso que tive um desejo... 
— Imagino! interrompeu D. Úrsula. 
— O desejo de aprender a montar a cavalo, concluiu 
Helena.” 
Machado de Assis (1839-1908) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UDESC/2014.1 
 
REDAÇÃO 
A prova de redação apresenta três propostas, o candidato 
deverá escolher uma delas para elaborar a sua dissertação. 
 
Proposta 1 
 Com base na leitura dos textos motivadores abaixo, redija 
um texto dissertativo, enfocando o tema: O valor da 
palavra. 
 
Texto 1 
A Palavra 
Já não quero dicionários 
consultados em vão. 
Quero só a palavra 
que nunca estará neles 
nem se pode inventar. 
 
Que resumiria o mundo 
e o substituiria. 
Mais sol do que o sol, 
dentro da qual vivêssemos 
 
 “Não se nasce mulher, torna-se mulher.” 
Simone de Beauvoir (1908-1986) 
 
“Só depois é que [Macabéa] 
pensava com satisfação: sou 
datilógrafa, e virgem, e gosto de 
coca-cola. Só então vestia-se de si 
mesma, passava o resto do dia 
representando com obediência o 
papel de ser.” 
Clarice Lispector (1920-1977) 
 
“Gabriela rodopiava em frente 
ao espelho, admirando-se. Era 
bom ser bonita: os homens 
enlouqueciam, murmuravam-
lhe frases com voz 
machucada. Gostava de ouvir, 
se era um moço a dizer. 
[...] 
Era ruim ser casada, gostava não...” 
Jorge Amado (1912-2001) 
Mulheres são mais instruídas que homens e ampliam nível 
de ocupação 
O Censo 2010 mostrou que, em dez anos, o nível de 
instrução das mulheres continuou mais elevado que o dos 
homens e elas ganharam mais espaço no mercado de 
trabalho. 
O nível de ocupação [...] das mulheres de 10 anos ou mais 
de idade passou de 35,4% para 43,9% de 2000 para 2010, 
enquanto o dos homens foi de 61,1% para 63,3%. 
Censo - 2010 
 
 | Pró Universidade 12 
todos em comunhão, 
mudos, 
saboreando-a. 
Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão 
Medida'http://lusografias.wordpress.com/2007/04/29/ai-palavras/ 
 
Texto 2 
 Sim, mas não esquecer que para escrever não importa o 
quê o meu material básico é a palavra. Assim é que esta 
história será feita de palavras que se agrupam em frases e 
destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras 
e frases. 
 LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. pp. 14 e 15. 
 
Texto 3 
Para mim, as palavras, como têm colorido e som, têm, do 
mesmo modo, sabor. 
 Disponível em: 
<http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/CruzJornalistaeprosador.htmac
esso>. 
 
Proposta 2 
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo, redija 
um texto dissertativo, enfocando o 
tema: Mentiras aceitáveis e mentiras inaceitáveis. 
 
Texto 1 
Para Alan Grafen, em muitas situações a mentira cumpre 
um papel social positivo, 
apaziguador e conciliatório: quando uma instituição pratica 
diplomacia para superar suas 
crises ou quando se mente a um paciente terminal sobre 
seu verdadeiro estado de saúde, 
por exemplo. A mentira só é saudável quando não se torna 
dominante na sociedade (...) 
 Disponível em: <http://veja.abril.com.br/021002/p_094.html>. 
Acesso em: 15 set. 2013. 
 
Texto 2 
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a 
desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver 
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem 
chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter 
vergonha de ser honesto. 
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frases_de_rui_barbosa/>. 
Acesso em: 15 set. 2013. 
 
Texto 3 
Nada contou a Glória porque de um modo geral mentia: 
tinha vergonha daverdade. A mentira era tão mais 
decente. Achava que boa educação é saber mentir. 
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela p. 69. 
 
Proposta 3 
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo, redija 
um texto dissertativo, enfocando o tema: As multifacetas 
da mulher contemporânea. 
 
Texto 1 
Com o passar dos anos a mulher vem ganhando espaço 
cada vez maior em nossa sociedade. A realidade do seu 
crescimento tem sido percebido pela sua participação em 
diferentes áreas da sociedade que lhe confere direitos 
sociais, políticos e econômicos. 
 Adapt. disponível em: 
<http.www.brasil.escola.com/geografia/aimportanciadamulhernasociedad
e.htm>. 
Acesso em: 18 set. 2013. 
 
Texto 2 
Ao decorrer dos séculos, a história da humanidade despiu e 
vestiu suas musas inúmeras vezes, criou simbologias, teceu 
mantos diáfanos para cobrir – descobrindo formas, 
quebrou a luz para dar contornos mais nítidos à ninfa que 
se mostrava tímida e sem cor e embalou a imaginação do 
homem quanto às possibilidades de representar – fosse em 
desenhos, retratos, esculturas ou fotografias – a 
graciosidade feminina. Hoje, a mulher contemporânea 
precisa ser uma multimulher para garantir a sua 
permanência e o seu sucesso no fantástico percurso do seu 
cotidiano. 
Adapt. disponível em: 
<http.www.brasil.escola.com/geografia/aimportanciadamulhernasociedad
e.htm>. 
Acesso em: 18 set. 2013. 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com 
base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija texto disserativo-argumentativo na 
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o 
tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil, 
apresentando proposta de intervenção, que respeite os 
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma 
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu 
ponto de vista. 
 
Qual o objetivo da “Lei Seca ao volante”? 
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de 
Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é 
responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E metade 
das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está 
relacionada a uso de álcool por motoristas. Diante deste 
cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu com uma 
enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do 
álcool associado à direção. Para estancar a tendência de 
crescimento de mortes no trânsito, era necessária uma 
ação enérgica. E coube ao Governo Federal o primeiro 
passo, desde a proposta da nova legislação à aquisição de 
milhares de etilômetros. Mas para que todos ganhem, é 
indispensável a participação de estados, municípios e 
sociedade em geral. Porque para atingir o bem comum, o 
desafio deve ser de todos. 
Disponível em:www.dprf.gov.br. Acesso em:20 jun. 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RASCUNHO 
 Inclusão para a vida | 13 
Repulsão magnética a beber e dirigir 
ENEM — OUTUBRO/2013A lei da física que comprova que 
dois polos opostos se atraem em um campo magnético é 
um dos conceitos mais populares desse ramo do 
conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelão não 
servem, em condições normais, como objetivos de 
experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma 
agência de comunicação em Belo Horizonte foi bem 
simples. Ímãs foram inseridos em bolachas utilizadas para 
descansar os copos, de forma imperceptível para o 
consumidor. Em cada lado, há uma opção para o cliente: 
dirigir ou chamar um táxi depois de beber. Ao mesmo 
tempo, tulipas de chope também receberam pequenos 
pedaços de metal mascarados com uma pequena rodela de 
papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas 
as bebidas servidas passaram a pregar uma peça no cliente. 
Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada 
para cima, os ímãs a copo com a opção dirigir virada para 
cima, os ímãs apresentavam a mesma polaridade e, 
portanto, causando repulsão, fazendo com que o descanso 
fugisse do copo; se estivesse virada mostrando o lado com 
o desenho de um táxi, ela rapidamente grudava na base do 
copo. A ideia surgiu da necessidade de passar a mensagem 
de uma forma leve e no exato momento do consumo. 
Disponível em::www.operacaoleisecarj.rj.gov.br.Acesso em:20 jun. 
2013.(adaptado). 
 
Referências: 
http://vestibular.udesc.br/arquivos/id_submenu/1581/tard
e.pdf 
http://www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/APOSTILA-
PORTUGU%C3%8AS-CPV-2012-1%C2%AA-parte-Micheli.pdf 
http://pt.scribd.com/doc/158897634/Caderno-Lingua-
Portuguesa-Ana-Paula-Teixeira-Porto 
CEREJA, William R. e MAGALHÃES, Thereza C. Texto e 
Interação. São Paulo: Atual, 2000. 
http://www.vestibular2014.ufsc.br/provas-e-gabaritos/ 
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_
participante/2013/guia_participante_redacao_enem_2013.
pdf 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção de texto, análise de 
gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 
2008.

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