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ANATOMIA E FISIOLOGIA

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APOSTILA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
E
FISIOTERAPIA EM 
UTI
ANATOMIA E FISIOLOGIA
A base de qualquer terapêutica está no conhecimento das estruturas e funções normais. Sem isto, não será possível identificar os as alterações. Iniciamos com o reconhecimento da anatomia normal dos pulmões, vias aéreas, caixa torácica e tronco. Começaremos relembrando alguns conceitos.
SISTEMA RESPIRATÓRIO= CAIXA TORÁCICA + PULMÕES
VIAS AÉREAS
Zona de Condução:
Traqueia, brônquios principais, brônquios lobares, bronquíolos terminais (BT).
Conduzem o ar até as áreas de troca gasosa;
“Espaço morto” anatômico (150 ml);
Não contém alvéolos.
Zona Respiratória:
BT→ Bronquíolos respiratórios→ Ductos alveolares
 ⇓
 Ácino = Lóbulo.
Trocas gasosas (difusão).
IMPORTANTE LEMBRAR
As vias aéreas inferiores estão submersas no par ênquima pulmonar, iniciando pela traqueia e terminando nos alvéolos; 
As unidades respiratórias (alvéolo-capilar) só estão presentes a partir dos bronquíolos terminais, na sua porção final, e em maior número e função nos bronquíolos respiratórios, daí o nome;
Os brônquios mais próximos da traqueia (zona central) são mais calibrosos, enquanto os que estão mais próximos dos alvéolos (zona periférica) têm diâmetro menor.
CAIXA TORÁCICA
Formada por estrutura óssea, tecido conjuntivo, fáscia, músculos da parede torácica e elementos vasculares e neurais. As costelas desempenham papéis importantes como proteger os órgãos da caixa torácica e fornece um sistema dinâmico de alavanca óssea para a ventilação. A parte cartilaginosa das costelas que se unem ao esterno garante uma articulação, contribuindo para o movimento anterior e lateral (alça de balde) das costelas e caixa torácica. A região do tronco também é importante, pois nela estão às origens e inserções dos músculos abdominais anteriormente e dos músculos responsáveis pela postura na face posterior. Estas estruturas participam ativamente na mecânica ventilatória, que será vista mais adiante.
CONCEITOS
Pressão Alveolar: Pressão existente dentro dos alvéolos. Em repouso é igual à zero. No início da inspiração torna-se negativa. No início da expiração é positiva.
Pressão Intra Pleural: Pressão existente entre as pleuras parietal e visceral. Resultado da soma das forças elásticas. Tem valor negativo.
Surfactante: Substância tenso-ativa que reveste o alvéolo. Responsável pela diminuição da tensão superficial, adequando a pressão intra-alveolar.
MECÂNICA VENTILATÓRIA
Músculos da Ventilação
DIAFRAGMA
Mais importante músculo da respiração;
Camada muscular em forma de cúpula; 
Composto pelos hemidiafragmas D e E;
Inervação = Nervo frênico (C3-C5);
Inserção Costal (no apêndice xifoide e na borda superior das últimas 6 costelas) e crural (L1,L2, L3); 
Vascularização:
Artérias mamárias internas 
Artérias intercostais 
Artérias frênicas inferiores e superiores.
Contração do Diafragma na Inspiração
Conteúdo abdominal forçado para baixo e para frente 
 ⇓ 
 ↑ diâmetro vertical da cavidade torácica 
 ⇓ 
 Costelas são levantadas e dirigidas para fora 
↑ diâmetro transverso do tórax 
Contração é limitada pelo ↑↑↑↑ da pressão intra-abdominal 
Respiração em repouso = diafragma move cerca de 1,5 cm; 
Inspiração e expiração forçada = excursão de até 10 cm;
Paralisia = movimenta para cima (movimento para doxal).
Eficácia da contração depende:
Comprimento do músculo;
Tipos de fibras musculares;
Velocidade de encurtamento;
Frequência de estimulação; 
Suprimento de sangue e estoques energéticos.
Maior comprimento inicial maior força gerada.
Músculos respiratórios inspiratórios = Mais eficaz próximo ao VR / expiratórios = CPT.
ZONA DE APOSIÇÃO
Indivíduos normais ⇒Zona de aposição diminui com a contração.
Tipos De Fibras
55% Tipo I ⇒ Diâmetro menor, mais enzimas oxidativas, mais mitocôndrias, mioglobinas, maior tempo de contração, mais resistentes à fadiga, metabolismo oxidativo, trabalho muscular continuado.
20% Tipo IIA ⇒ Intermediárias.
25% Tipo IIB ⇒ Fadigam rapidamente.
VELOCIDADE DE ENCURTAMENTO FREQUÊNCI A DE ESTIMULAÇÃO
CONCEITOS
Complacência: C = ∆V
 ∆P
Varia cerca de – 2 a – 10 l/cmH2O; 
Varia em proporção direta com o tamanho pulmonar; 
Capacidade de distensão dos pulmões em função da força dos músculos da caixa torácica.
C sistema respiratório = C caixa torácica + C pulmonar.
Elastância: “É a resistência elástica“ imposta pelo duplo fole à sua distensão.
E = ∆P
 ∆V
Duplo fole é formado pela caixa torácica e pelos pulmões.
Variação de força muscular da caixa torácica para variar volume pulmonar.
RELAÇÃO DAS FORÇAS AGONISTAS E ANTAGONISTAS DA VENTILAÇÃO.
Fase da Ventilação
Forças Agonistas: Forças Musculares
Forças Antagonistas: Força Elástica
Inspiração
Diafragma Intercostal Externo P.Intercartilagem dos Internos Escalenos e ECOM.
Força Elástica: 
Elasticidade da Caixa Torácica.
Elasticidade dos tecidos Pulmonar Artificial.
Elasticidade dos Tecidos Pulmonares Tensão Superficial.
Força Não Elástica:
Resistência ao Fluxo: Resistência Viscosa ou Friccional do tecido inércia.
Resistência ao Fluxo Tensão: Resistência Viscosa ou Friccional do tecido inércia.
Expiração
Força Muscular:
Músculos Abdominais: Intercostais Internos ( Expiração Forçada e Máxima).
Força Elástica:
Elasticidade da Caixa Torácica.
RELAÇÃO VENTILAÇÃO E PERFUSÃO
PERFUSÃO
Dependente da Gravidade;
Baixo regime pressórico;
Mais uniforme nos decúbitos prono e supino.
HIPÓXIA (Diminuição da Oxigenação).
Gera aumento da resistência vascular pulmonar;
Provoca vasodilatação sistêmica.
Regiões Superiores
⇓
Menor do que as inferiores
⇓
Diferenças da pressão hidrostática dentro dos vasos sanguíneos.
VENTILAÇÃO
Dependente da ação da gravidade;
Dependente do gradiente de pressão pleural (ápice = -10CMH2O e base = -2,5 CMH2O);
Alvéolos mais distendidos no ápice (menos complacente) e menos na base (mais complacente);
Ápice é mais ventilado (acúmulo de ar) do que base; 
Região dependente está a favor da gravidade e ventila melhor.
Regiões Inferiores
⇓
Ventilam mais do que as superiores
⇓
Pressão intrapleural menos negativa
Peso do pulmão
Menor volume de repouso
Maior alteração d e volume.
Regiões Superiores 
 ⇓ 
Ventilam menos do que as inferiores 
 ⇓ 
Grande volume de repouso 
Alvéolos maiores 
Menor alteração de volume.
RESUMO
Base:
Volume de Repouso Maior;
Alvéolos Maiores;
Alterações Volumétricas Menores.
Ápice:
Volume de Repouso Pequeno;
Alvéolos Menores;
Alterações Volumétricas Maiores.
RELAÇÃO VENTILAÇÃO – PERFUSÃO
A base é mais ventilada e mais perfundida do que o ápice; 
O ápice tem maior relação V/Q. A taxa de O2 alveolar é superior a da base.
Lei de EULER
V (4l) = 0,8 l/min VASOCONSTRIÇÃO REFLEXA
Q (5l)
Unidade Normal ⇒ Alvéolo ventilado e perfusão adequada e Rel V/Q adequada e eficiente;
Unidade Shunt ⇒ Não ventila e há perfusão Rel V/Q decrescente;
Unidade Espaço Morto ⇒ Há ventilação e não perfunde Rel V/Q infinito.
Quadro sobre as relações de pressão alveolar (Palv), pressão da artéria pulmonar (Pap) e pressão da veia pulmonar (Pv):
ÁPICE: Palv > Pap e Pv ( zona I ); 
INTERMÉDIO: Pap > Palv > Pv ( zona II ); 
BASE: Pap > Palv < Pv ( zona III ).
HEMATOSE
Diferenças de Pressão 
Difusão Molecular.
Barreira Anatômica:
Endotélio Capilar
Epitélio Alveolar
Espaço intersticial
Alterações: Dificuldades nas Trocas Gasosas.
CO2 → 20 vezes mais DifusívelO2 → difunde antes de o sangue percorrer a metade do capilar.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PNEUMOFUNCIONAL
Objetivos: Definir as alterações funcionais pulmonares através de exame físico, testes específicos e exames complementares, adequando os planos de tratamento para cada situação encontrada.
COLETA DE DADOS
História da Doença Atual (HDA) → resumo dos problemas Atuais → informações clínicas.
História da Doença Pregressa (HDP) → doenças e cirurgias prévias e que não se relacionem ao quadro atual.
História Familiar (HF) → doenças graves e/ou crônicas sofri das por familiares.
História Social (HS) → ocupação atual e passada d o paciente. → hábitos de vida (tabagismo, alcoolismo,...) → condições de moradia e saúde.
História Fisiológica (HFis.) → dizem respeito às doenças crônicas, incuráveis (hipertensão, diabetes, hepatite,..).
História Medicamentosa (HM) → list a de medicamentos atuais admini strados conforme prescrição médica.
EXAME FÍSICO:
Inspeção Estática
Inspeção Dinâmica
Palpação
Ausculta Pulmonar.
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Observação do Paciente no Leito.
Nível de suporte ventilatório (cateter nasal, óculos nasal, Máscara de Venturi, Ayre, ventilação mecânica).
Nível de consciência ⇒ Orientação tempo e no espaço.
Alerta = Nível de consciência normal;
Atende aos comandos verbais;
Confuso = Rebaixamento do nível de consciência (sem sedação).
Resposta Motora
Obedece a ordens;
Localiza dor; 
Reage à dor (retirada); 
Reage à dor (flexão); 
Reage à dor (extensão); 
Sem resposta.
AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS (FC, FR, T, P AS, P AD).
T°C = 36-37, 5°C: 
↑ hipertermia (aumento de consumo de O2, FC e FR). 
↓ hipotermia (tremores e vasoconstrição).
FC = 60-100bpm:
Taquicardia= ↑ 100bpm (repouso)
Bradicardia= ↓ 60bpm
FR = Eupneia/normal= 12-16rpm:
Taquipnéia= ↑ 24rpm (30)
Bradipnéia= ↓ 10rpm
TA ou PA = PAS = Força máxima exigida artérias durante contração do VE 90-140mmhg.
PAD = Força máxima artérias que permanece após o relaxamento dos ventrículos 60-90mmhg.
Avaliação da coloração da pele, edema periférico.
OBSERVAÇÃO DO TÓRAX
Tórax Cifótico
Tórax Cifoescoliótico
Tórax em Tonel
Pectus Excavatum (tórax de sapateiro)
Pectus Carinatum / Peito de Pombo.
Tórax em Tonel
Eixo anteroposterior = ou > que eixo transversal Gradio Costal perde sua movimentação normal.
⇓
Tórax com movimento em bloco
Ação constante dos músculos acessórios.
Tórax Excavatum
Tórax de sapateiro
Depressão do osso esterno e cartilagens costais (região do processo xifoide) ⇓
Desvios anatômicos na árvore brônquica.
Tórax Peito de Pombo
Tórax em quilha.
Protusão acentuada do esterno e cartilagens costais.
INSPEÇÃO DINÂMICA
Ritmos Respiratórios e Padrão Respiratório
Normal = Regular (12-20mpm) / relação I: E= 1:1, 5 - 1:2.
Apneia = Ausência respiração maior que 15 segundos.
Cheyne-Stokes = Irregular (intercala incursões respiratórias profundas com superficiais) ex: ICC, distúrbios neurológicos graves ou drogas.
Kussmaul = Rápida, profunda ex: acidose metabólica (diabética).
Biot = Ritmo Totalmente Irregular.
Apnêustica (várias apneias)
Respiração Paradoxal = Parte ou toda a parede torácica move-se para dentro na inspiração e para fora na expiração.
Tipo Respiratório ⇒ determinado pelo segmento do tronco que predomina durante os movimentos respiratórios.
Respiração costal superior ou apical ou torácica: Predomínio da elevação do tórax sobre o abdome; comum sexo feminino.
Respiração mista: Compartimento torácico e abdominal se move com a mesma amplitude.
Respiração paradoxal ou invertida: Presença de assincronismo entre o compartimento torácico e abdominal.
⇓
IRpA/ fadiga muscular.
Tiragem ⇒excesso de retração dos espaços intercostais.
⇓
Obstrução brônquica
⇓
Colapso do parênquima
Pressão negativa maior.
Pode ser difusa ou localizada: 
Supra clavicular 
Intraclavicular 
Intercostal 
Subcostal.
Tosse ⇒ Ação reflexa de defesa do organismo.
Produtiva ou Úmida: Secreção fluida 
Improdutiva ou Seca: Sem secreção ou esta está aderida nas paredes internas dos brônquios.
Eficaz: Remoção do muco das vias aérea 
Ineficaz: Sem remoção do muco.
Quantidade e Aspecto da secreção ⇒ Produção diária = 100 cm3 (Pequena, Média, Moderada ou Grande).
Aspecto:
Esbranquiçada: (Muco denso. Ex: pós-broncoespasmo); 
Purulenta: Amarelada (muco e fragmentos d e células. Ex: Inflamação crônica); 
Esverdeada: (Muco denso, exsudato e transudato. Ex: Quadro infeccioso - PNM); 
Rósea: (Muco e hemácias destruídas. Ex: Edema pulmonar) 
Marrom: (Muco, transudato, exsudato e fragmentos de parênquima pulmonar. Ex: Doenças crônicas pulmonares);
Mucopurulenta; 
Hemorrágica e sanguinolenta; 
Hialina;
Vômica: (Presença de conteúdo gástrico).
PALPAÇÃO TÓRAX 
Traqueia 
Mobilidade Torácica 
Expansibilidade Torácica (normal= 3-5 cm simetricamente) 
Cirtometria ou Toracometria Dinâmica 
Expansibilidade Pulmonar ⇒ Expansão simétrica da parede torácica, durante a inspiração (normal= 3-5 cm). 
 ⇓
Atelectasias
Derrame pleural
Pneumotórax
Intubação seletiva.
Testes de expansibilidade Anterior e Posterior:
Cirtometria Torácica ⇒ Medição das Circunferências Torácicas realizadas nas Fases Expiratória e Inspiratória Máximas.
Medidas realizadas: 
Nível axilar 
Nível apêndice xifoide 
Nível intermediário (localização mais precisa do diafragma) 
Cicatriz Umbilical.
Variações consideradas normais da Cirtometria:
	
	Inspiração
	Expiração
	∇ariação
	AXILAR
	90
	95
	5 cm
	XIFÓIDE
	90
	94
	4 cm
	INTERMEDIÁRIO
	92
	94
	4 cm
	UMBILICAL
	92
	97
	5 cm
	
	
	
	
Ausculta Pulmonar 
Murmúrio Vesicular 
Ruídos Adventícios 
Roncos 
Sibilos inspiratórios e expiratórios 
Estertores 
Atrito Pleural
Murmúrio Vesicular = Som produzido pela passagem do ar Inspirado dos BT aos alvéolos e vice-versa, na Expiração.
Mais audível na fase inspiratória
Mais audível em regiões apicais 
Difícil de captar em indivíduos com parede torácica espessa.
Abafado em regiões ósseas (esternal, escapular e vertebral). 
Pode estar audível, diminuído ou abolido = Em razão de adequada ventilação ou não no local. 
 ↓ = redução de volume corrente do calibre das pequenas veias arteriais. 
Intensidade = preservado levemente, moderadamente, severamente diminuído. 
Abolido = Pneumotórax, obesidade ou hiperinsuflação intensa.
Roncos = Ruído de tonalidade grave, sua origem se deve a presença de secreção espessa que se adere às paredes dos brônquios de maior calibre.
Predominante Inspiratório.
Sibilos = Ruído de tonalidade aguda 
Predomínio expiratório (“chiado”)
Expiratório = broncoespasmo 
Inspiratório = redução da luz brônquica por secreção espessa.
Estertores = sons úmidos, gerado pela passagem do ar entre as secreções soltas nas vias aéreas inferiores.
Indicam a presença de secreção fluida 
Líquido na periferia alveolar
Predomínio na fase inspiratória final.
Estertores crepitantes = Ruídos finos e baixos (“esfregar os cabelos com os dedos ”) líquido intersticial nos alvéolos (Ex: Pneumonia, SARA ou Edema Agudo de Pulmão) ou reexpansão de áreas atelectasiadas.
Estertores bolhosos = Origem na luz da árvore traqueobrônquica alterados pela tosse ou inspiração profunda.
Atrito Pleural = Superfícies pleurais estão irritadas por inflam ação, infecção ou neoplasia.
Estalido ou “som de couro”.
TESTES ESPECÍFICOS
PEAK FLOW: Avalia o Pico de Fluxo Expiratório, servindo para verificação de possível grau de obstrução das vias aéreas inferiores.
Aparelho composto de corpo e bucal;
Realiza-secom o paciente em pé ou sentado ou ainda deitado em decúbito dorsal com a cabeceira elevada entre 45 e 60°;
Com o bucal colocado na boca e com o auxílio de um clip nasal, pede-se para o paciente fazer o máximo da sua inspiração volume de reserva inspiratório (VRI) e logo após, pede-se a Expiração com o máximo de força até chegar ao seu volume de reserva expiratório (VRE);
Verifica-se o valor obtido no marcador do corpo do aparelho;
Executam-se 3 repetições do procedimento e elege-se como resultado do teste o valor Maior obtido pelo paciente.
MANOVACUOMETRIA: Avaliação da força muscular ventilatória.
Capacidade d a musculatura respiratória em gerar efetiva contração. (Efetivo trabalho muscular (ou tensão) que o diafragma pode gerar em um a inspiração forçada máxima).
 Avaliação Força Muscular Respiratória 
⇓
Indireta
⇓
Pressões exercidas contra a via aérea ocluídas.
Leo Black e Robert Hyatt (1969).
Utilizaram manômetro com escalas em fases positiva e negativa
⇓
Pressões Respiratórias Estáticas Máximas
⇓
Mano vacuômetro.
Digital e Analógico
ANALÓGICO:
Medição das pressões inspiratória e expiratória máximas;
Utilizado em pacientes em ventilação espontânea e em ventilação mecânica
Pode ser utilizado para calibrar pressão de aparelhos para VNI (ventilação mecânica não invasiva), bem como monitorar qualquer terapia pressórica.
DIGITAL:
Mesmas funções do analógico;
Possui um software que acompanha o equipamento;
Possibilita armazenar dados do paciente bem como todas as suas avaliações;
Permite acompanhar a evolução do tratamento através de relatórios gráficos e estatísticos;
Diferentes tabelas para adultos e crianças.
Pimax = Pressão Inspiratória Máxima.
Reproduz o índice de f orça inspiratória (diafragmática).
Pode ser medida no nariz, na boca e em vias aéreas artificiais.
Pemax = Pressão Expiratória Máxima.
Mensura o índice de força expiratória dos músculos da pare de torácica e abdominal.
Indicações: 
Doenças neuromusculares;
Esclerose Lateral Amiotrófica;
Poliomielite, etc. 
Deformidades da parede torácica; 
Avaliação de anormalidades funcionais (diminuição da CVF e do PFE);
Avaliação da resposta da reabilitação pulmonar e cardíaca;
Avaliação do processo de desmame da ventilação mecânica;
Avaliação da extubação Traqueal.
Contraindicações:
Absolutas
Angina Instável;
Infarto do Miocárdio recente;
HAS severa e sem controle;
Pneumotórax recente.
Relativas
Cirurgia Ocular;
Dor torácica ou qualquer outro sintoma que interfira na realização do exame.
Complicações: Angina, tontura ou mal-estar, confusão mental, cefaleia, náuseas e vômitos.
Fatores que influenciam na Força Muscular: 
Idade: Há partir 20 anos ocorre diminuição anual da Pimax ± 0,5 Cmh20;
Sexo: Os valores para o sexo feminino tendem a ser 70 % dos valores do sexo masculino.
Técnica:
Via aérea ocluída;
Máximo esforço voluntário e involuntário;
Paciente em repouso e sentado;
Conexão ao mano vacuômetro por bucal, TOT ou traqueostomia plástica.
Pimax:
Inspiração intensa e profunda, a partir do VR (volume residual).
Sustentada por 1 segundo;
Circuito ocluído.
Pemax:
Expiração forçada, rápida e intensa a partir da CP T (capacidade pulmonar total).
Sustentada por 1 segundo;
Circuito ocluído.
Executa-se 3 vezes no mínimo (valores que não diferem mais do que 5 %) Repouso de 30-60 segundos entre testes.
	Valores Previstos (Tabela de Black)
Masculino Feminino 
Pimax = 143 - 0,55 X idade Pimax = 104 - 0,51 X idade 
Pemax = 268 - 1,03 X idade Pemax = 170 - 1,03 X idade
ESPIROMETRIA
Spirare = respirar + metrum = medida;
Prova de função pulmonar onde se avaliam os volumes e fluxos aéreos;
Auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios.
J. Pneumol 28 (3) Outubro de 2002.
Diretrizes para Testes de Função Pulmonar.
Espirômetros a Fluxo
Parâmetro Expiratório Esforço-Dependente
⇓
Reflete o calibre vias aéreas proximais.
Volumes Pulmonares
Capacidades Pulmonare
Capacidade vital (CV): É a quantidade de ar que pode ser expirada pelos pulmões, após uma inspiração máxima seguida de expiração máxima. Maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração (4,5L; 75% da CPT).
Capacidade pulmonar total (CPT): Volume máximo que os pulmões podem alcançar com o maior esforço possível (7 l). 
	CPT = CI + CFR CV = VRI + VC + VRE CPT = CV + VR
CPT = VRI + VC + VRE + VR
Indicações:
Fumantes com idade superior a 40 anos
Exposição ambiental
Perícia Médica
Investigação Pneumológica: Dispneia, sibilância, tosse, cianose, pneumopatias intersticiais difusas.
Avaliação da resposta ao bronco dilatador
Monitoramento de tratamento: Asma, DPOC, Transplante e Reabilitação Pulmonar.
As normalidades extrapulmonares: Cifoescoliose, Doenças neuromusculares, Obesidade, Pectus excavatum
Avaliação pré-operatória (risco cirúrgico).
Avaliação do desempenho físico dos atletas.
Contraindicações:
Hemoptise;
Dor torácica ou abdominal
Dispneia importante
Mau estado clínico
Traqueostomizados
Pneumotórax
Angina 
Aneurisma 
Cirurgia ocular recente
Náuseas ou vômitos severos.
Critérios de aceitação das curvas:
Ausência de tosse no primeiro segundo, vazamento, obstrução de peça bucal.
Expiração abrupta sem hesitação
Inspiração Máxima antes da manobra expiratória
Duração do período expiratório superior a 6 segundos.
Variáveis da Curva Fluxo-Volume
Capacidade Vital Forçada (CVF)
⇓
Volume máximo de ar mobilizado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração (CPT).
Fluxo Expiratório Forçado Médio (FEF25-75 %)
⇓
Média do fluxo expiratório situado entre 25 e 75% da CVF
Relacionado com as vias aéreas de pequeno calibre
Razão VEF /CVF ou VEF % (Tiffeneau)
⇓
Permite corrigir os valores de VEF1 em função das variações de CVF
Pico de Fluxo Expiratório (PFE)
⇓
Fluxo correspondente ao extremo da curva expiratória, devendo ser obtido por um esforço máximo e explosivo inicial.
Comentários:
Faixas de Registros: 60 - 400l/mi n = Pediátricos 
 100 - 850l/min = adultos.
Fatores que interferem nos valores do teste: Sexo, estatura, idade, valores máximos 20 anos/sexo feminino e 25 anos/sexo masculino e aos 35 anos estáveis, raça, peso.
INTERPRETAÇÃO
Padrões de Espirometria 
Normal 
Distúrbio ventilatório restritivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida
Distúrbio ventilatório misto ou combinado
Distúrbio ventilatório inespecífico.
Valores Preditos Normais
CVF > 80 % 
VEF1 > 80% 
FEFE 25-75% > 50% 
%VEF1 > 80% em crianças e adultos jovens > 75% em indivíduos acima de 45 anos > 70% em indivíduos acima de 65 anos.
Padrões de Espirometria
Normal
Distúrbio ventilatório restritivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
Distúrbio ventilatório misto ou combinado 
Distúrbio ventilatório inespecífico.
Distúrbio Ventilatório Restritivo (DVR) 
CVF diminuída
VEF1 normal ou diminuída
%V EF1 normal
FEF25-75 % normal 
Caracteriza redução de volumes pulmonares.
Padrões de Espirometria
Normal 
Distúrbio ventilatório restritivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo
Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
Distúrbio ventilatório misto ou combinado
Distúrbio ventilatório inespecífico.
Distúrbio Ventilatório Obstrutivo (DVO) 
VEF1 diminuído 
CVF normal ou baixa 
%V EF1 diminuído 
FEF25-75 % diminuído
Caracteriza redução de fluxos aéreos expiratórios.
Padrões de Espirometria 
Normal 
Distúrbio ventilatório restritivo 
Distúrbio ventilatório obstrutivoDistúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
Distúrbio ventilatório misto ou combinado
 Distúrbio ventilatório inespecífico.
Distúrbio Ventilatório Obstrutivo com CVF Reduzida
CVF reduzida (diferença entre os valores percentuais previstos para CVF e VEF1 > ou = 25%), Ex: CVF 62 % VEF 1 30%.
CVF reduzida por provável hiperinsuflação
Aprisionamento aéreo eleva muito VR.
Padrões de Espirometria 
Normal 
Distúrbio ventilatório restritivo 
Distúrbio ventilatório obstrutivo 
Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
Distúrbio ventilatório misto ou combinado
Distúrbio ventilatório inespecífico.
Distúrbio Ventilatório Misto ou Combinado 
VEF1 reduzido
CVF reduzida (>>>> ou = 12 %), Ex: asma + obesidade.
Padrões de Espirometria
Normal 
Distúrbio ventilatório restritivo 
Distúrbio ventilatório obstrutivo 
Distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF reduzida 
Distúrbio ventilatório misto ou combinado 
Distúrbio ventilatório inespecífico.
Distúrbio Ventilatório Inespecífico 
Padrão pseudo restritivo
CVF nl pós-bd 
Ex: bronquiectasias = Fechamento completo de vias aéreas periféricas.
Classificação da Gravidade: 
Distúrbio VEF1(%) CVF (%) VEF1/CVF 
Leve 60-LI 60-LI 60-LI 
Moderado 41-59 51-59 41-59 
Grave < 40 < 50 < 40
Resposta ao Bronco dilatador:
Indivíduos normais (sem obstrução): VEF1 maior 10% ou 300 ml 
Indivíduos com obstrução: VEF1 maior 0,2l (200 ml) 
 CVF maior que 0,35l (350 ml) 
 Elevação em 12% da CVF e VEF1.
RESUMO DOS CRITÉRIOS DI AGNÓSTICOS EM ESPIROMETRIA
	
VEF1/CVF.
	Normal
Normal
	Obstrutivo
Baixa
	Restritivo
Normal
	
CVF
	
Normal
	
Normal ou Baixa
	
Baixa
	
VEF1
	
Normal
	
Reduzido
	
Reduzido
CURVAS ESPIROMÉTRICAS
OBS: existe ainda o teste de VENTILOMETRIA para verificação do volume minuto e com isto determinar o Índice de Respiração Superficial (IRS). Este teste será visto no próximo Módulo onde serão vistos também os Modos de Ventilação Mecânica.
EXAMES COMPLEMENTARES
GASOMETRIA = Avaliação dos níveis dos gases arteriais 
⇓⇓⇓⇓
Trocas gasosas normais? 
Hipoxemia? 
Hipercapnia? 
↓ Sap O2 durante atividades, exercício? 
Distúrbios não respiratórios?
Indicações:
Confirmação diagnóstico de IRpA (insuficiência respiratória aguda)
Monitorização do tratamento da IRpA (Ventilação mecânica, oxigenioterapia).
Alteração observada durante exercício
Avaliação de distúrbios de troca gasosa 
Diagnóstico de alterações metabólicas.
Parâmetros de Avaliação:
pH 
PaCO2
PaO2
SapO2
HCO3
 Excesso de base.
pH: Constante relacionada à dissociação do ácido carbônico 
pH = Pk + HCO3 
 PCO2
Valor Normal = 7,35-7,45.
PaO2: Pressão parcial oxigênio e reflete o transporte do O2 (aa) para o sangue.
Valores de normalidade 
Adultos jovens = 85-100mmhg
Idosos nls = 70-75mmhg.
Valores Abaixo = HIPOXEMIA
PaO2= 104,2 – (0,27 X idade em anos).
HIPOXEMIA
⇓⇓⇓⇓
Importante
⇓⇓⇓⇓
<<<< 60mmhg compromete oxigenação tecidual
Ventilação Mecânica ou Cateter (máscara) O2 
⇓⇓⇓⇓
Relação PaO2/FiO2 (Índice de Oxigenação)
⇓⇓⇓⇓
Difusão da PaO2 pela FiO2 em valores absolutos 
Permite avaliar a oxigenação em diferentes condições de oferta de O2.
Fluxo (l/min) FiO2 = [ O2 ]
24% 
28% 
32%
36% 
40% 
44%
PaO2/FiO2 >>>> 400mmHg = normal 
PaO2/FiO2 >>>> 300-400mmHg = déficit de oxigenação 
PaO2/FiO2 <<<< 300mmHg = IRp A 
PaO2/FiO2 <<<< 200mmHg= IRpA grave ou SARA (Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto ).
PaCO2: Pressão parcial do gás carbônico 
Reflete diretamente a ventilação alveolar 
Valores de normalidade: 35-45mmhg
Valores abaixo = Hipocapnia 
Valores acima = Hipercapnia.
INTERPRETAÇÂO:
Acidose Respiratória Aguda 
↑PACO2 (Acima 45) 
↓ph (abaixo 7,35) 
Crônica pH Normal 
PACO2 alto Alcalose Respiratória Aguda 
↑PACO2 (Menor 35) 
↑ pH (Acima7,45) 
Crônica pH Normal 
PACO2 Baixo.
RADIOLOGIA TORÁCICA
Neste tópico é importante saber identificar as estruturas normais da caixa torácica, para daí então conseguir definir quando houver alguma alteração. Começaremos pelo mais básico: Definir o que é tecido mole, tecido ósseo e espaço preenchido pelo ar. Quanto mais densa for à estrutura, mais esbranquiçada ela aparecerá. Então as costelas, o esterno, as clavículas, as escápulas e as vértebras aparecerão totalmente brancas ao RX. Os tecidos moles serão projetados como se fossem nuvens levemente esbranquiçadas, enquanto o interior dos pulmões terá imagens mais claras que corresponderão aos vasos e brônquios e outros espaços totalmente escuros representando a presença de ar dentro destes. Imagens brancas onde de veriam serem escuras, podem representar a presença de acúmulo de secreção (consolidações) ou a inda, de atelectasias (colabamento das vias aéreas ou alvéolos). As pleuras não são visíveis a menos que tenham alterações patológicas como derrames pleurais, pneumotórax (ar entre as pleuras), hemotórax (sangue), empiema (pús) ou talvez a presença de tumores nas paredes pleurai s. As cúpulas diafragmátic as podem ser observ adas, bem como an alisadas seu posiciona mento dentro do tórax determinando se os pulmões estarão hipoexpandidos ( pouco ar) ou hiperinsuflados (muito ar aprisionado). A radiologia torácica nos auxilia como fisioterapeutas, para que possamos localizar com mais precisão as alterações nos pulmões e nos permite fazer o acompanhamento da evolução terapêutica de nossas condutas de tratamento.
É importante salientar que a prática nos auxilia a determinarmos melhor e com mais precisão as alterações, pois cada indivíduo é diferente e específica e na respiratória, as características das funções pulmonares mudam com grande dinamismo e em curto espaço de tempo.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Sempre que pensamos em tratamento na área respiratória deve-se seguir uma regra básica: 
Desobstruir; 
Reexpandir, Desinsuflar 
Ainda poderemos incluir nos objetivos o Treinamento Muscular Ventilatório quando houver necessidade (ex.: pacientes muito tempo em ventilação mecânica invasiva), por perda de massa muscular ou lesão nervosa, entre outras causas. 
Desobstrução:
Eliminação normal de secreções exige
⇓
Transporte muco ciliar adequado 
Alts na função ciliar
Depuração
Tosse eficaz.
Sinais Clínicos de Acúmulo de Secreções 
Alterações na temperatura corporal
Alts na FR, FC,TA 
Alts na ausculta pulmonar.
Consequências: Inflamação, obstrução de vias aéreas, atelectasias. 
Deslocamento de muco brônquico 
Eliminação de muco brônquico.
RECURSOS TERAPÊUTICOS MANUAIS
Formas convencionais de descolamento do muco:
Percussão Torácica 
 ⇓
Propagação de ondas de energia mecânica que são aplicadas na PT e transmitidas aos pulmões 
Aumenta a pressão intra-torácica 
Frequência = 20-25hz 
Variações: 
Tapotagem (Clapping) = “mãos em concha”.
Punho-percussão (Flapping) 
Dígito-percussão (Tenting).
Contraindicações:
Condições Ortopédicas:
Fraturas de costelas
Osteoporose
Osteomielite.
Condições Pulmonares:
Broncoespasmo
Hemoptise 
Dispneia intensa
Pneumotórax 
Tuberculose
Contusãopulmonar.
Condições Oncológicas:
Metástases ósseas
Ressecção tumoral de tórax ou pescoço 
Coagulopatias.
Condições Variadas:
Enxertos cutâneos 
Queimaduras
Enfisema subcutâneo
Ferimentos torácicos abertos.
Tempo: Considerar a ausculta pulmonar e a individualidade de cada paciente. Intensidade: Variação conforme a idade e condições musculares.
Vibração Torácica
Movimentos oscilatórios rápidos, realizados contraindo isometricamente o músculo da mão e antebraço e na direção em que as costelas e os tecidos moles se movem, executados principalmente na fase expiratória. Vibro compressão= aumenta o estímulo tátil e consiste em aplicar sobre o tórax uma força relativamente constante em compressão com objetivo= promover aumento do fluxo expiratório, proporcionando auxílio para o deslocamento das secreções.
No recém-nascido se faz com 2 dedos (um por cima do outro) e por um tempo de 3 – 5 minutos. 
As contraindicações são as mesmas da percussão torácica. 
TEMP= Terapia expiratória manual passiva: Funciona muito semelhante à compressão, podendo ter uma forma brusca ou lenta de acordo com os objetivos e sinais clínicos do paciente no momento.
PADRÕES VENTILATÓRIOS
Fatores que podem alterar o padrão ventilatório do indivíduo:
↑ da resistência de vias aéreas 
↓ da Complacência 
Distúrbios Obstrutivos e Restritivos 
Esforço físico 
Gravidez 
Anemia
Hipertermia
Drogas
Alterações posturais.
Padrão Ventilatório Tranquilo (Quiet Inspiration).
Regime de ventilação pulmonar realizado de forma suave, disciplinada, com inspirações nasais ao nível de VCI e expirações ao nível de VCE (nasal ou oral). 
Fluxo aéreo de predomínio laminar.
Baixas velocidades.
Padrão Ventilatório com Inspiração Profunda (Deep Inspirati on I)
Predomina a inspiração profunda (não excessiva), ao nível de VRI médio (sem alcançar a CI máxima).
Inspiração lenta e uniforme (via nasal).
Expiração oral, sem variações bruscas (não excedendo ao nível de VRE). 
Objetivos:
Aumenta a profundidade ventilatória 
Aumenta ventilação em bases pulmonares 
Aumenta a complacência 
Utilizado na prevenção de atelectasias.
Padrão Ventilatório com Inspiração Profunda (Deep II)
Inspiração profunda ao nível de CI máxima 
Inspiração nasal, lenta e uniforme (cuidar o W inspiratório) 
Apneias pós-inspiratórias seletivas 
 ⇓
Facilitam a hematose nas unidades alvéolo-capilares.
Padrão Ventilatório com Inspiração Fracionada ou em Tempos (IF)
Inspiração nasal, suave, interrompida por curtos períodos de apneia pós-inspiratória. 
Programada para 2, 3, 4, 5 ou 6 tempos repetitivos 
Expiração oral até o nível de repouso expiratório (podendo s e estender até o VRE).
Objetivos:
Melhorar a complacência tóraco-pulmonar
Incremento da CI 
Aumenta o fluxo aéreo, predominantemente nas zonas médias e basais Contra-indicação  pacientes com elevada resistência das vias aéreas
Contraindicação:
Pacientes com elevada resistência das vias aéreas.
Padrão Ventilatório com Soluços Inspiratórios (SI)
Inspiração subdividida em inspirações curtas e sucessivas, sem apneia pós-inspiratória, até completar a CI máxima e a CPT.
Última inspiração por via oral
Expiração oral 
Objetivos 
Reexpandir zonas basais 
Incremento da CRF e do VRI
Promove a dilatação brônquica
Diminui o infiltrado intersticial e a congestão vascular pulmonar.
Padrão Ventilatório com Expiração Abreviada (EA)
Inspiração nasal, suave e profunda, em seguida expira-se uma pequena quantidade de ar.
Volta a inspirar profundamente e expira novamente uma pequena quantidade de ar 
Inspira profundamente pela última vez e então, expira completamente. 
Rel I: E= 3:1
Padrão Ventilatório com Inspiração Máxima Sustentada (SMI)
Consiste na utilização de inspirômetros de incentivo. 
⇓
Ocasionam um trabalho ventilatório, caracterizado por inspiração ativa forçada, que deverá ser sustentada por um determinado intervalo de tempo.
Inspiração é realizada de forma oral, ativa e profunda, sendo seu início de forma rápida.
Expiração até a CRF 
Tipos: Fluxo e Volume.
INSPIRÔMETROS A FLUXO 
O volume mínimo de ar inalado através do equipamento é o produto do fluxo x tempo.
 
INSPIRÔMETROS A VOLUME
Marca-se com o ponteiro o volume inspirado desejado.
Orienta-se o paciente a manter, durante a inspiração, o top o do marcador, entre os indicadores da janela. 
Nesta posição aperfeiçoa-se a distribuição de ar por todo o pulmão do paciente.
Objetivos 
Atua no acréscimo do VRI e da CPT 
Aumenta a pressão transpulmonar. 
Facilita a hiperdistensão alveolar.
Padrão Ventilatório Lapena
Inspiração e Expiração em 2 tempos, com apneias pós-inspiratórias 
Relação I: E equilibrada 
Inspiração nasal, atingindo a CI máxima e expiração oral atingindo o VRE máximo.
Padrão Ventilatório com Inspiração Abreviada
Inspiração lenta, suave e uniforme até atingir a CI máxima. 
Apneia pós-inspiratória
Expiração oral com freno labial até o VRE médio 
Inspiração nasal ao nível do VC
Expiração oral até o VRE médio
Inspiração ao nível do VC 
Expiração oral até o VRE médio 
Inspiração nasal, lenta até a CI máxima.
Objetivos
Desinsuflaçâo pulmonar
Manutenção de elasticidade tóraco-pulmonar.
Padrão Ventilatório com Freno Labial
Consiste na expiração realizada com os lábios franzidos ou os dentes semifechados.
Objetivos: ↑↑↑↑ VC, ↓↓↓↓ FR, melhorar nível de oxigenação pela manutenção de pressão positiva nas vias aéreas.
Cuidados
Respostas Anormais ao Exercício 
↑↑↑↑ FC= 20-30bpm acima do nível basal 
↓↓↓↓ FC= abaixo do nível basal 
↑↑↑↑ PAS= 20-30m mHg acima do nível basal 
↓↓↓↓ PAS= >>>> 10mmHg abaixo do nível basal 
Alterações importantes na SpO2 
↑↑↑↑ do trabalho respiratório.
RECURSOS COM PRESSÃO POSITIVA
PEEP: É a manutenção artificial na via aérea de uma pressão positiva supra-atmosférica, depois de uma expiração completa.
Trata-se da aplicação com finalidade terapêutica, de uma resistência na fase expiratória do ciclo respiratório, com o propósito de manter uma pressão positiva na via aérea em toda a fase (principalmente no final).
Efeitos fisiológicos da PEEP sobre o sistema pulmonar:
↑ da CRF ⇒⇒⇒⇒ maior oxigenação, ↑↑↑↑ PaO2 porque o diâmetro alveolar cresce linearmente.
Recrutamento alveolar 
↓↓↓↓ do Shunt intrapulmonar ⇒ remoção de secreções, aumenta a ventilação colateral.
Deslocamento dos PIP.
↑↑↑↑ volume de gás alveolar, ↑↑↑↑ PaO2.
Melhora da relação V/Q.
Efeitos da PEEP no sistema cardiovascular: 
↑↑↑↑ da PEE P ⇒ aumento da pressão intratorácica, da pressão pleural e do volume pulmonar.
 
Pode ter repercussões sobre o débito cardíaco (DC) 
Produz compressão física do coração.
Complicações do uso da PEEP: 
PULMONAR:
Barotrauma Espaço Morto
Hipoxemia refratária ↑ Trabalho respiratório.
CARDIOVASCULAR: ↓ DC pressão pulmonar, ↓ diurese.
Indicações da PEEP:
Mobilização de secreções retidas 
Hipoxemia 
Prevenção ou reversão de atelectasias 
Diminuição do aprisionamento aéreo
SARA 
Formas de aplicação: EPAP, Terapia PEP, VMNI, VMI.
EPAP 
Aplicação da PEEP em ventilação espontânea através de máscara, tubo ou traqueostomia.
Aplica-se terapeuticamente para aumentar a oxigenação arterial, aumentar a complacência e adequar um programa de treinamento muscular respiratório.
Necessita de um “sistema fechado”e pressurizado 
Componentes do Sistema 
Máscara facial, tubo endotraqueal, traqueostomia de PVC. 
Válvula unidirecional.
Mecanismo de resistência expiratória.
Válvula Unidirecional: Semelhante ao tubo T apresenta em suas extremidades membranas que se abrem ou fecham; dependendo da fase do ciclo respiratório.
Válvula Spring Loaded: Mecanismo de Resistência Expiratória ⇓
LIMIAR PRESSÓRICO
 NãoDependente da Gravidade = maior comodidade na aplicação da terapia PEEP, representado pelo sistema “Spring Loaded”.
Ventilação Mecânica Não-Invasiva (VMNI)
CPAP: É o mesmo mecanismo do EPAP somado a um gerador de fluxo na fase inspiratória com fins de auxílio à ventilação, melhorando a qualidade da respiração.
Máscara de CPAP
Gerador de Fluxo
Paciente em VMNI
Prong Nasal.
Terapia PEP 
Similar à técnica EPAP, exceto quanto ao tipo de resistor expiratório ⇓
Resistor de Fluxo
(sistema de orifícios).
Sistema com diversos orifícios que estabelecem por diferentes diâmetros o nível de resistência expiratória.
PEEP não é constante
Fluxo ↑↑↑↑ = PEEP ↑↑↑↑
Padrão de Respiração Ideal:
INSPIRAÇÃO 
Nasal, lenta, suave e uniforme.
Sem grandes volumes.
EXPIRAÇÃO
Oral, prolongada e uniforme.
Ao nível da CRF (ou VR)
Expiração com freno labial.
Monitorização da Terapia por PEEP/P EP:
PaO2 e SaO2 
Sinais vitais (FR, FC, PA).
Consumo de oxigênio
Ventilação e Espaço morto.
Shunt intrapulmonar
Complacência pulmonar.
TÉCNICAS DE OSCILAÇÃO ORAL DE ALTA FREQÜÊNCIA (OOAF)
Definição:
Aplicação terapêutica periódica ou intermitente de resistor de limiar pressórico do tipo gravitacional à fase expiratória do paciente.
Produz frenagem do fluxo expiratório pela produção de curtas e sucessivas interrupções à passagem deste.
Efeitos Fisiológicos:
Oscilação promove a dilatação dos brônquios 
⇓
Diminuindo a aderência as secreções brônquicas 
Evita colapso precoce da via aérea 
↓ Trabalho respiratório e ↑ Capacidade vital.
Indicações:
Tosse persistente
Bronquiectasias
DPOC
Fibrose Cística
Asma.
Contraindicações:
Pneumotórax
ICC descompensada
Instabilidade clínica.
Frequência de Estimulação:
Depende: Viscosidade do muco brônquico, elasticidade do tecido pulmonar. Duração: Até eliminação do muco (20-40 minutos).
FLUTTER
Equipamento Portátil.
Composição: 
Corpo do aparelho (Peça Bucal) 
Cone (Funil Circular) 
Esfera de aço inoxidável 
Capa protetora (Capuz Perfurado) 
 Mecanismo de Ação:
Frequência Oscilatória de vibração (6-26hz). 
Pressões (5-35 cmH 2O). 
Aceleração do fluxo expiratório = Pressão do ar expirado empurra a esfera que rola até o ponto mais alto do cone; pressão aumenta progressivamente.
ACAPELLA
Mecanismo de ação: Frequência oscilatória de vibração (0-30hz), aceleração do fluxo expiratório, aumenta a pressão intermitente endotraqueal.
Aspiração de Vias Aéreas
Esta técnica é usada quando há necessidade de auxílio para remoção das secreções das vias aéreas. Normalmente faz-se após a aplicação de outras técnicas de descolamento e deslocamento da secreção e aí então se aspira ao muco através de sonda conecta da ao sistema de vácuo. É importante comentar que cada local ou serviço de saúde tem o seu próprio protocolo para o procedimento de aspiração, que geralmente está em acordo com o Centro de Controle de Infecções.
Os materiais necessários, em geral, compõem-se de sonda (cujo calibre varia de acordo com o diâmetro e dimensão da via a ser aspirada); luvas de procedimento ou estéreis; conector do vácuo; recipiente para coleta do material aspirado; gaze.
Quando o muco fica muito espesso e difícil de ser aspirado pode-se instilar SORO FISIOLÓGICO na via aérea (em torno de 2-3 ml) para facilitar o processo. ATENÇÃO: NUNCA usar Água destilada! Ela provoca broncoespasmo das vias aéreas!
A aspiração é utilizada pela fisioterapia como mais um recurso para a eliminação da secreção que obstrui as vias da ventilação, portanto deve ser usada quando o fisioterapeuta identifica sua necessidade e não com o um procedimento de rotina.
Inaloterapia 
Consiste no uso de nebulizações e vaporizadores como recursos para a eliminação dos fatores de obstrução das vias aéreas. Existem vários tipos e modelos de Inaladores no mercado, porém devemos ter cuidado com a real indicação deste recurso. Os nebulizadores ultrassônicos introjetam partículas líquidas muito pequenas na via aérea, podendo em certas situações, causar um acúmulo de líquido dentro dos alvéolos prejudicando a respiração e trocas gasosas, principalmente em pessoas idosas ou bebês prematuros. A associação de medicações bronca dilatadora só pode ser feita mediante a prescrição e indicação médica para tal. FISIOTERAPEUTA NÃO PRESCREVE MEDICAÇÕES!!!
Cuidados no Manuseio com o Paciente:
Sempre que trabalham os na recuperação da capacidade ventilatória e respiratória de um indivíduo precisamos estar atentos às características do próprio indivíduo. Usaremos os recursos disponíveis de acordo com a nossa habilidade e competência para este fim. É preferível utilizar um único recurso, bem aplicado, com bons resultados, do que lançar mão de várias técnicas e não ter efetividade em praticamente nenhuma delas, não obtendo assim o resultado espera do e necessário. Precisamos estar conscientes de que lidamos com uma das funções vitais do nosso paciente: A RESPIRAÇÂO. E quando temos em nossa frente um indivíduo com sofrimento, cansaço e desespero, à procura de “ar”, de vemos tentarem entender que existe uma vida em pauta e, sendo responsáveis e competentes no que executamos, poderemos, com certeza, auxiliar nesta “procura”, para que no final, os olhos que mostravam desespero, agora nos mostram gratidão pelo nosso apoio e tranquilidade para mais um dia de liberdade. 
FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO
A respiração provê oxigênio aos tecidos e remove o dióxido de carbono. A fim de alcançar tais objetivos, a respiração pode ser dividida em 4 funções principais:
Ventilação Pulmonar: Influxo e Efluxo de ar entre atmosfera e os alvéolos pulmonares.
Difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue.
Transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo.
Regulação da Ventilação: E outros aspectos da respiração.
VIAS AÉREAS
Da traqueia, via respiratória única, aos alvéolos, há 23 ramificações, sendo as 16 primeiras condutoras e as 7 últimas transicionais e de trocas. A estas ramificações, corresponde um aumento de área de secção transversa do sistema respiratório e uma consequente lentificação da velocidade do fluxo aéreo (velocidade de fluxo= débito/área de secção transversa).
As vias mais centrais, condutoras, não participam nas trocas, constituindo o espaço morto anatómico, que é cerca de 30% em cada ventilação. Entre elas, encontram-se vias de maior calibre envolvido por tecido cartilaginoso, que impede o seu colapso, e vias de menor calibre com um forte componente muscular, que lhes permite uma dilatação e constrição independente do volume pulmonar - Os brônquios. 
Com as sucessivas ramificações seguem-se vias de calibre inferior a 1 mm, que deixam de ter cartilagem - os bronquíolos. Estes se encontram incrustados na rede de tecido conjuntivo pulmonar, dependendo o seu calibre do volume pulmonar, o que constitui uma importante diferença funcional em relação aos anteriores. Os bronquíolos respiratórios, cujas paredes são indefinidas, correspondem às aberturas dos alvéolos, sendo por isso designados ductos alveolares.
Os alvéolos pulmonares são revestidos por um epitélio simples e fino. O tecido alveolar ocupa uma fracção mínima do volume total do pulmão, deixando uma grande fracção (40 a 50%) para uma vasta rede capilar. Como resultado, a distância média entre o gás alveolar e a hemoglobina nos eritrócitos é de apenas 1,5µm, o que torna bastante eficientes as trocas. Independentemente deste reduzido volume, a área de superfície alveolar interna é aproximadamente 1m2/Kg de peso corporal. A unidade funcional do pulmão, para efeitos de trocas, recebe a designação de Unidade Respiratória Terminal. É composta por um bronquíolo terminal erespectivos ductos alveolares (bronquíolos respiratórios) e alvéolos. Existirão cerca de 60000 destas unidades, cada qual com 250 ductos alveolares e 5000 alvéolos anatômicos. O epitélio das vias aéreas tem um componente ciliar e secretor ausente a partir dos bronquíolos. As fibras musculares brônquicas são predominantemente inervadas pelo parassimpático, que tem ação constritora ligeira a moderada. Podem ser ativadas por reflexos com origem pulmonar (reflexos da tosse e do espirro), quando há irritação das vias respiratórias. Estes reflexos poderão estar hiperativos nos doentes asmáticos. O simpático exerce um fraco controlo direto, visto que há poucas terminações nervosas deste sistema a nível brônquico. Contudo, há receptores β2-adrenérgicos que respondem a catecolaminas circulantes. O simpático enerva diretamente as glândulas submucosas, os gânglios parassimpáticos e o músculo liso vascular.
Está descrita, também, uma inervação não colinérgica e não adrenérgica com ação bronca dilatadora mediada pelo VIP (vasoactive intestinal peptide).
As fibras musculares brônquicas parecem, igualmente, ser sensíveis ao arrefecimento, respondendo com bronco constrição, este mecanismo poderá estar na base das crises de asma (bronco constrição) induzidas pelo frio e pelo exercício.
ÁCINO PULMONAR
A parte do pulmão situada distalmente ao bronquíolo respiratório é chamada de ácino pulmonar. O Ácino pulmonar é constituído de:
Bronquíolos respiratórios (RB)
 Ductos alveolares (AD) 
Sacos alveolares (AS) 
Alvéolos.
Um conjunto de três a cinco ácinos forma um lóbulo pulmonar que é envolto por delgado septo conjuntivo denominado septo inter-lobular.
UNIDADE ALVÉOLO-CAPILAR
Os alvéolos são grupamentos parecidos com uvas nas extremidades dos bronquíolos. Sua principal função é a troca gasosa entre o ar no alvéolo e o sangue. Cada alvéolo é composto por uma camada simples e fina de troca. Dois tipos de células epiteliais são encontrados nos alvéolos, os Pneumatócitos, sendo eles:
Células Alveolares TIPO 1: São maiores e mais finas de modo que os gases podem se difundir rapidamente através delas. (envolvidos nos processos de troca).
Células Alveolares TIPO 2: São menores, mas sintetizam e secretam o surfactante. O Surfactante mistura-se com o fluido do alvéolo para facilitar a expansão dos pulmões durante a respiração.
Os vasos sanguíneos cobrem cerca de 80-90% da superfície alveolar, formando uma lâmina quase contínua de sangue que está em contato com os alvéolos cheios de ar. A troca de gases do pulmão ocorre pela difusão através das células alveolares TIPO 1 com os capilares. Na maior parte da área de troca, a membrana basal que cobre o epitélio pulmonar fundiu-se com o endotélio, e somente uma pequena quantidade de fluido intersticial está presente. A proximidade dos capilares sanguíneos com o ar nos alvéolos é essencial para a troca rápida dos gases
HISTOLOGIA DO TECIDO PULMONAR
A membrana respiratória é formada por membranas basais e epitélio. É o espaço entre o ar e o sangue. É bidirecional.
ESPAÇO MORTO ANATÔMICO E FISIOLÓGICO
Parte do ar que a pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas gasosas, por simplesmente preencher as vias respiratórias onde essas trocas nunca ocorrem, tais como o nariz, a faringe e a traqueia. Esse ar é chamado AR DO ESPAÇO MORTO, por não ser útil para as trocas gasosas. Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro, antes de qualquer ar dos alvéolos alcançarem a atmosfera. Portanto, o espaço morto é muito desvantajoso para remover os gases expiratórios dos pulmões.
500 ml é o volume corrente, ou seja, os ares inspirados a cada respiração normal, destes 500 ml, 150 ml estão no espaço morto anatômico (área onde não ocorre qualquer troca gasosa) então estes 150ml são denominados ar do espaço morto anatômico. 500 ml – 150 ml = 350 ml, renovação do ar sendo este o que faz as trocas gasosas.
Quando o espaço morto alveolar é incluído na medida total do espaço morto, ele é chamado ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO, em contraposição ao espaço morto anatômico. Ele ventila e não perfunde. O ar dos alvéolos sem perfusão não faz trocas gasosas e é considerado espaço morto (sem função). Espaço morto fisiológico: é na realidade a soma do espaço morto anatômico com outros volumes gasosos pulmonares que não participam da troca gasosa.
Por Exemplo: Determinada área do pulmão é ventilada, mas não perfundida e os gases que chegaram aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é funcionalmente morto. Também pode ocorrer o contrario onde ocorre a perfusão, mas não ocorre a ventilação, o que resulta em um sangue que não pode fazer as trocas gasosas e a este sangue o chamamos de sangue shunt por sua incapacidade de realizar as trocas gasosas. O espaço morto fisiológico é maior que o anatômico.
CIRCULAÇÃO PULMONAR (Trocas Gasosas) E BRÔNQUICA (Parênquima Pulmonar).
Na circulação pulmonar o sangue do coração manda para o pulmão fazer as trocas e o sangue fica arterializado. Na circulação brônquica, há nutrição da parede dos brônquios, bronquíolos.
SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO
Parassimpático:
Acetilcolina
Receptor Muscarínico
Contração Muscular Liso (Bronquíolos).
Secreção Mucosa.
Simpático:
Noradrenalina.
Receptor β2
Diminuir Contração músculos liso (Brônquios)
Diminuir secreção mucosa.
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO MOTOR
Nervo Frênico
Nervos Intercostais
Inerva Músculos esqueléticos
Controla Expiração e Inspiração.
VENTILAÇÃO TOTAL E ALVEOLAR
A ventilação total é o volume de ar que entra ou sai das vias aéreas a cada movimento respiratório ou num minuto. Pode ser avaliado por espirometria. Em repouso, o volume mobilizado, em cada ciclo ventilatório, designa-se por volume corrente (média no adulto: 500 ml). Varia com a idade, sexo, posição corporal e atividade metabólica. Para um volume corrente de 500 ml e uma frequência respiratória normal de 12 a 15/minuto, a ventilação total, é de 6 a 8L/min. Num esforço ventilatório máximo, a ventilação total designa-se por capacidade vital. A ventilação alveolar corresponde ao volume de ar renovado que chega aos alvéolos a cada ventilação ou a cada minuto, e que participa efetivamente nas trocas gasosas. Pode considerar-se que a ventilação alveolar é a parte da ventilação total obtida após a exclusão do espaço morto anatômico.
VT= Vc x FR (ventilação total)
VEM= VEM x F (volume espaço morto)
VA= (Vc – VEM) x FR (ventilação alveolar).
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Forças Elásticas e Resistivas
A pleura pulmonar é uma fina camada membranosa formada por dois folhetos: 
Pleura Parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade torácica.
Pleura Visceral que recobre os pulmões, o mediastino (pleura mediastinal) e o diafragma (pleura diafragmática). 
A cavidade pleural é o espaço virtual entre os dois folhetos da pleura, que é ocupado pelo líquido pleural para a lubrificação das pleuras, facilitando os movimentos dos pulmões durante a mecânica da respiração pulmonar.
Músculos da Respiração
Músculos Inspiratórios: Ao se contraírem, produzem aumento do volume da caixa torácica. 
Primários: Músculos Paraesternais, Escalenos e Externos. 
Características: Resistência à fadiga, Alto fluxo sanguíneo, Maior capacidade oxidativa, Maior densidade capilar (proteólise).
Diafragma 
Acessórios: Esternocleidomastóideo, Esterno-Hióide, Peitoral Maior.
Diafragma: Traciona a superfície inferior dos pulmões para baixo, aumentando o volume da caixa torácica no sentido vertical (craniocaudal).
Intercostais Externos e Músculos do Pescoço (Esternocleidomastóideo e Escalenos): Tracionam as costelas e o osso esterno para cima e para diante, aumentando o volume da caixa torácica no sentido horizontal (ântero-posterior). São os mais cobrados na respiração forçada.
Músculos Expiratórios: Ao se contraírem, produzem diminuição do volume da caixa torácica.
Expiração: processo inteiramente Passivo.
Músculos: Retro abdominal, Oblíquo Externo, Transverso Abdominal.
Músculos Abdominais (Transverso, OblíquoExterno e Interno): Elevam a superfície inferior dos pulmões, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido vertical (craniocaudal).
Músculos Intercostais Internos: tracionam as costelas e o esterno para baixo, diminuindo o volume da caixa torácica no sentido horizontal (ântero-posterior).
Gasto de Energia
Passivo: Inspiração Basal.
Ativo: Expiração. Esforço físico (inspiração/ativa). A variação de comprimento (volume) é proporcional à força (pressão).
Propriedades elásticas do Pulmão
Todas as estruturas do pulmão (vasos, bronquíolos, alvéolos, etc.) encontram-se interligadas por uma trama de tecido conjuntivo pulmonar, de sorte que, quando há insuflação todos esses componentes se distendem. É a Interdependência, que contribui para manter todos os alvéolos abertos, posto que caso alguns se fechassem seus vizinhos pucariam suas paredes e tenderiam a reabri-los. Além das propriedades elásticas dos tecidos pulmonares, os pulmões ainda apresentam um importante fator que contribui para suas características elásticas: a Tensão Superficial do líquido que recobre as zonas de trocas, denominado Surfactante.
Pressão Intrapleural, Alveolar e Transpulmonar
Pressão Intrapleural (Pip): É a pressão no espaço pleural, ou seja, entre as duas pleuras. É sub atmosférica. É sempre negativa, pois existe uma drenagem constante do liquido intersticial pelos ductos linfáticos, sendo no repouso –5 cm H2O.
Durante a expansão do pulmão a pressão intrapleural fica mais intensa e negativa, cerca de – 7 cm H2O (inspiração).
Durante a expiração a pressão intrapleural, aumenta para – 3 cm H2O, esta pressão é sempre negativa nunca positiva.
Pressão Alveolar (Palv): É a pressão no interior dos alvéolos. Sendo a responsável por manter a expansão pulmonar contra a parede torácica, evitando assim seu colabamento
No momento de repouso, ou seja, não se inspira nem expira a pressão alveolar é de 0 cm H2O (sendo na realidade a pressão atmosférica).
Durante a inspiração a caixa torácica se expande por causa da musculatura, o que expande também o pulmão, de acordo com as leis da física quando o volume de gás sofre um aumento súbito sua pressão diminui assim durante a inspiração a pressão alveolar cai para cerca de –1 cm H2O. 
Durante a expiração ocorre o oposto do descrito acima e a pressão aumenta para cerca de 1 cm H2).
Pressão Transpulmonar (Ptp): É a pressão resultante (diferença) entre a pressão intrapleural e alveolar, sendo ela quem controla a quantidade de ar que entra ou sai do pulmão. Quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra no pulmão.
Histerese: Fenômeno físico determinado pela resistência do tecido pulmonar que provoca uma diferença entre a curva de insuflação e deflação pulmonar, a histerese é determinada pela força elástica dos pulmões que estão em dois grupos:
Força elástica do próprio tecido muscular.
Força elástica causada pela tensão superficial do liquido que reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços aéreos do pulmão.
O pulmão enche mais facilmente em sua região apical do que a basal, pois no movimento da expiração o pulmão nunca se esvazia por completo e o ar para sair do pulmão passa por ultimo na região basal em direção aos bronquíolos, por conseguinte a região basal fica com mais ar que a apical após a expiração, e por isso o pulmão enche mais facilmente na região basal.
Lei de Hooke
Afirma que os corpos perfeitamente elásticos exibem uma relação linear entre a força aplicada e a deformação obtida até ser o módulo de elasticidade. Tanto os pulmões como a caixa torácica são elásticos e armazenam energia quando se distendem.
Complacência: É uma medida da tendência de um órgão oco a resistir ao recuo às suas dimensões originais com a remoção de uma força compressiva ou distintiva. É o trabalho necessário para expandir os pulmões contra as forcas elásticas do pulmão. A complacência é máxima em volumes pulmonares moderados, e muito baixa em volumes que são muito baixos ou muito altos.
A complacência pulmonar de um individuo sadio e adulto é de cerca de 200 ml/cm H2O. 500 ml é o volume corrente, ou seja, os ares inspirados a cada respiração normal, destes 150 ml estão no espaço morto anatômico (área onde não ocorre qualquer troca gasosa) então estes 150 ml são denominados ar do espaço morto anatômico. 500 ml – 150 ml = 350 ml, renovação do ar sendo este o que faz as trocas gasosas.
Lei de Laplace
Laplace afirmava que, em um sistema fechado de bolhas comunicantes (como os alvéolos), os menores tendem a esvaziar-se nas bolhas maiores. Quanto menos o tamanho dos alvéolos, maior a sua tensão superficial, e mais facilmente se colaba.
TENSÃO SUPERFICIAL: Quando se forma uma interface entre H2O e ar as moléculas de H2O situadas na superfície, tem uma atração especialmente forte umas pelas outras, como consequência a superfície da água esta sempre tentando se contrair. Os alvéolos possuem água em suas paredes internas, água esta que faz com que o alvéolo tenda a colabar forçando o ar para fora dos mesmos em direção aos bronquíolos e brônquios.
SURFACTANTE: Os alvéolos não colabam graças à existência de surfactante pulmonar, agente tenso ativo na água produzido pelos Pneumócitos tipo II dos alvéolos, que reduz acentuadamente a tensão superficial da água que encontre os alvéolos. O surfactante é uma mistura complexa de vários fosfolipídios (DPPC- dipalmitoil fosfatidilcolina), proteínas (apoproteínas surfactantes) e íons (cálcio), que não se dissolvem uniformemente em água, espalhando-se sobre a superfície da mesma, uma vez que alguns de seus componentes apresentam áreas hidrofílicas (que reagirão com água) e outras áreas hidrofóbicas (não se dissolve).
TROCAS GASOSAS
Lei dos Gases
A pressão dos gases é determinada pelo impacto constante das moléculas em movimento contra uma superfície. É proporcional ao numero de moléculas. Os gases dissolvidos na água ou nos tecidos do corpo exercem pressões, visto que apresentam movimento aleatório – energia cinética.
Difusão
A difusão de gases entre os alvéolos e o sangue obedece às regras da difusão simples.
A taxa de difusão através das membranas é diretamente proporcional ao gradiente de pressão parcial (concentração).
A taxa de difusão através das membranas é diretamente proporcional à superfície de área disponível.
A taxa de difusão através das membranas é inversamente proporcional à espessura da membrana.
A difusão é mais rápida em distâncias curtas.
Pp= PN2 + PCO2 + PO2
A pressão parcial de um gás é determinada não só por sua concentração como também pelo seu Coeficiente de Solubilidade.
Difusão Alvéolo-Capilar
As paredes alveolares são extremamente finas e estão envolvidas por um plexo capilar extenso. Esta estreita proximidade faz com que as trocas ocorram através das membranas de todas as porções terminais dos pulmões, não só através dos alvéolos propriamente ditos. Esta superfície de trocas designa-se por membrana respiratória e possui diferentes camadas:
Camada de fluido que reveste internamente o alvéolo (onde se encontra o surfactante)
Epitélio alveolar, composto por células epiteliais finas; 
Membrana basal epitelial;
Espaço intersticial, delgado entre o epitélio alveolar e a membrana capilar;
Membrana basal dos capilares que, em muitos pontos, se funde com a do epitélio;
 Membrana endotelial capilar.
Surpreendentemente, a espessura de todas estas camadas ronda um total de 0,6µm. Em termos de superfície total de trocas, estima-se, como já foi referido, cerca de 70 m2. Por outro lado, o diâmetro dos capilares raramente excede os 5µm, o que faz com que os eritrócitos se encostem às paredes, diminuindo a quantidade de plasma que os gases devem percorrer o que, por si, também contribui para a rapidez das trocas.
Em suma, os fatores que determinam a velocidade das trocas gasosas através da membrana respiratória são: 
A espessura da membrana;
A área superficial da membrana;
O coeficiente de difusão do gás na substância da membrana;
A diferença de pressão parcialdo gás entre os dois lados da membrana.
Com base no volume de gás que se difunde através da membrana, em cada minuto, para uma diferença de pressão de 1 mmHg, pode exprimir-se a capacidade de difusão da membrana. Num indivíduo saudável, e para o O2, deve ser de cerca de 21 ml/min/mmHg. O tempo de trocas é o adequado para que a PO2 no eritrócito entre em equilíbrio com a PO2 alveolar. Ou seja, a difusão não é um passo limitante.
Após os alvéolos serem ventilados com ar fresco, a próxima etapa no processo da respiração é a difusão do O2 dos alvéolos para o sangue e do CO2 no sentido oposto do sangue para os alvéolos. Esta troca ocorre nas membranas respiratórias (todas as superfícies pulmonares) por meio de difusão, ou seja, tanto O2 quanto o CO2 passam do meio mais concentrado para um meio menos concentrado. Como se pode perceber tanto O2 quanto CO2 tem um sentido oposto durante a difusão.
Ventilação Normal: 4,2 L/min.
Hiperventilação: É o aumento da quantidade de ar que ventila os pulmões, devido a causas muito variadas, como p.ex. exercício físico, febre, hipóxia etc., podendo traduzir-se em hipocapnia e alcalose.
Hipoventilação: Ocorre quando a ventilação é inadequada para realizar a troca de gases nos pulmões.
Hipoventilação: Aumenta a captação de CO2.
Hiperventilação: Aumenta a excreção de CO2.
Após os alvéolos serem ventilados com ar fresco, a próxima etapa no processo da respiração é a difusão do O2 dos alvéolos para o sangue e do CO2 no sentido oposto do sangue para os alvéolos. Esta troca ocorre nas membranas respiratórias (todas as superfícies pulmonares) por meio de difusão, ou seja, tanto O2 quanto o CO2 passam do meio mais concentrado para um meio menos concentrado. Como se pode perceber tanto O2 quanto CO2 tem um sentido oposto durante a difusão.
A difusão depende de cinco fatores:
Solubilidade do gás em um liquida. 
A área da reação transversa do liquido. 
À distância através da qual o gás deve difundir. 
Peso molecular do gás.
Temperatura do gás.
A maioria dos gases com importância na fisiologia da respiração possuem uma solubilidade muito baixa no sangue e o inverso ocorre nos lipídios através da membrana celular onde são muito solúveis. Quando há edema a membrana celular aumenta em muito a sua espessura, com isso se tem uma maior dificuldade para ocorrer à difusão. Composição do ar alveolar e sua relação com o ar atmosférico, ao níve
nível do mar.
O ar alveolar não apresenta de modo algum as mesmas concentrações gasosas do ar atmosférico, pois:
O ar alveolar é substituído parcialmente por ar atmosférico a cada respiração.
O O2 esta constantemente sendo absorvido dos alvéolos para o sangue. 
O CO2 esta em difusão constante do sangue para os alvéolos. O ar atmosférico seco que penetra nas via aérea é umidificado antes de chegar aos alvéolos. 
O ar atmosférico seco que penetra nas via aérea é umidificado antes de chegar aos alvéolos.
A velocidade de renovação do ar alveolar pelo ar atmosférico ocorre de maneira muito lenta, pois em um individuo normal após a respiração no final da expiração o volume de ar que permanece no pulmão é de cerca de 2.300 ml, todavia apenas 350 ml chegam aos alvéolos a cada respiração normal, como consequência disso o ar renovado a cada respiração é de apenas 1/7, pois 2300/350 = 0,007.
Esta renovação lenta do ar é importante para evitar:
Alterações súbitas da concentração de gases no sangue. 
Evitar o aumento ou diminuição excessiva na oxigenação dos tecidos. 
Alterações súbitas da concentração de CO2 tecidual. 
Alterações excessivas do pH do sangue e tecidos, quando a respiração é interrompida.
Concentração e pressão de O2 nos alvéolos: 
É controlado em 1° lugar pela velocidade de absorção de O2 pelos capilares. 
É controlado em 2° lugar pela velocidade da entrada do novo O2 para os pulmões pelo processo da ventilação. Concentração e pressão de CO2 nos alvéolos: 
O CO2 é continuamente formado no organismo, sendo também continuamente liberado nos alvéolos e a partir daí para fora do corpo. 
A concentração de CO2 no sangue é muito mais importante que a de O2. 
Se o gás for solúvel no liquido (plasma) ele exerce pouca pressão este é o caso do CO2 que demora a saturar, já o O2 é muito pouco solúvel em meio liquido saturando mais rapidamente.
PV (pressão venosa pulmonar) O2: 40 mmhg.
PV (pressão venosa pulmonar) CO2: 45 mmhg.
Pa (pressão artéria pulmonar) O2: 104mmHg.
Pa (pressão artéria pulmonar) CO2: 40mmHg.
PA (pressão alveolar) O2: 100 mmHg.
PA (pressão alveolar) CO2: 40mmHg.
ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO: É na realidade a soma do espaço morto anatômico com outros volumes gasosos pulmonares que não participam da troca gasosa. Por exemplo: determinada área do pulmão é ventilada, mas não perfundida e os gases que chegaram aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é funcionalmente morto. Também pode ocorrer o contrario onde ocorre a perfusão, mas não ocorre à ventilação, o que resulta em um sangue que não pode fazer as trocas gasosas e a este sangue o chamamos de sangue shunt por sua incapacidade de realizar as trocas gasosas. “O espaço morto fisiológico é maior que o anatômico”.
Quando entra O2 no organismo a sua pressão parcial diminui devido a umidificação que ocorre nas vias aéreas, em saltos de 160 mmHg para 149 mmHg.
Pressão alveolar O2: 104 mmHg.
Pressão arterial O2: 100 mmHg.
Pressão venosa O2: 40 mmHg.
O CO2 é resultado da queima da glicose dentro das células, tendo como função reativar o tampão carbônico para a manutenção do pH.
CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3-
Este tampão tem como finalidade manter a estabilidade do pH, pois:
CO2↑ H+↑ pH↓, o que leva a uma acidose.
CO2↓ H+↓ pH↑, o que leva a uma alcalose.
É mais importante manter o equilíbrio de CO2 que o de O2:
[CO2] no ar atmosférico é praticamente 0mmHg. 
[CO2] no ar atmosférico é praticamente 0mmHg. 
[CO2] no ar alveolar = 40mmHg. 
Pressão arterial CO2 = 40mmHg. 
Pressão venosa CO2 = 45mmHg.
Percebe-se que a diferença entre o sangue venoso e o arterial não pode ser muito grande, pois se isso se ocorre o sangue venoso seria muito ácido. Quando o sangue venoso passa pelo pulmão deixa cerca de 5 mmHg de CO2 saindo para a veia pulmonar com cerca de 40mmHg de CO2, então qualquer problema que impeça este processo em longo prazo acarretará uma acidose respiratória.
Acidose Metabólica: Ocorre por problemas relativos ao metabolismo, por exemplo, excesso de produção de acido lático, no diabético o excesso de corpos cetonicos no sangue e etc... Todos estes problemas aumentam a concentração de H+ no sangue o que por sua vê diminui o pH, para compensar tem-se uma hiperventilação para retirar o CO2 em excesso, os rins aumentam a excreção de íons H+ e a reabsorção de HCO3-.
Alcalose Metabólica: Por problemas do metabolismo tem se a falta de íons H+ e o excesso de HCO3- o que aumenta o pH, é compensado através de uma hiperventilação e os rins aumentam a excreção de HCO3- e a reabsorção de H+.
Acidose Respiratória: Causada por uma ventilação ruim, o que aumenta a concentração de CO2 no sangue que por sua vês diminui o pH do mesmo. Para se compensar 1° tem se os tampões dos líquidos corporais e também os rins necessitam de vários dias para corrigir o problema.
Alcalose Respiratória: Ocorre quando se tem uma ventilação excessiva que eleva o pH do sangue, para se compensar tem se os tampões corporais e também os rins.
Transporte de O2 e CO2 no Sangue
Após sua difusão dos alvéolos para o sangue pulmonar, o O2 é transportado principalmente pela hemoglobina dentro dos eritrócitos até capilares teciduais onde é liberado para ser utilizado pelas células. A presença de sangue nos eritrócitos permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais O2 de que sem sua presença, ou seja, O2 dissolvido no plasma. O CO2 faz o caminho inverso do O2, ele também se combina quimicamente no sangue o que aumenta seu transporte em cerca de 15 a 20 vezes.
TRANSPORTE DE O2 NO SANGUE:
O pH do sangue arterial é diferente do sangue venoso:Sangue arterial: 7,36 a 7,44 Sangue venoso: 7,44 a 7,46 Esses valores têm importância para o transporte de O2 que é muito pouco solúvel em H2O(plasma), sendo necessário uma proteína, a 
hemoglobina (Hb) para seu transporte.
Hemoglobina (CARACTERISTICAS)
4 polipeptídicas (2 alfas e 2 betas) – Hb A, Hb F (2 gama) e Hb S (aa de cadeia beta é Valina no lugar de glutamato).
4 grupos HEME (Protoporfirina e Ferro Ferroso Fe2+).
Combinação com O2 (Oxihemoglobina)
Dissociação com O2 (Deoxihemoglobina) 
Metemoglobina: Férrico (Fe3+) – Nitrito 
Carboxihemoglobina: (Hb CO).
A hemoglobina se liga a até quatro O2 e a partir que o primeiro se liga os outros se ligam a ela mais facilmente (mecanismo de auto facilitação).
Normalmente cerca de 97% de todo O2 transportado dos pulmões para os tecidos são transportados em combinação química com a hemoglobina, sendo que os três restantes estão dissolvidos na água do plasma. Quando 100% da Hb esta ligada ao O2, a concentração de O2 é transportado em 20% ou seja, 100ml de sangue para 20mm de O2. A uma PO2 de 104 mmHg, 99% do O2 é transportado pela proteína Hb.
No sangue arterial com uma saturação de 97%, a quantidade total de O2 ligado à hemoglobina é de 19,4mm para cada 100 ml de sangue, ao passar pelos capilares esta quantidade cai para cerca de 14,5mm, assim em condições normais cerca de 5mm de O2 são transportados dos pulmões para os tecidos a cada 100ml de sangue.
Função de Tampão da Hemoglobina
Tampão de O2 tecidual, ou seja, ela é responsável pela estabilização da pressão de O2 no plasma e tecidos.
Nos tecidos a PO2 normal é de cerca de 40mmHg, quando o sangue chega nos tecidos a sua pressão varia de acordo com o seu metabolismo, quando a PO2 cai a concentração de Hb também cai. 
Quando a concentração de O2 da ATM se modifica acentuadamente o efeito tampão da Hb entra em ação, mantendo a PO2 tecidual e sanguínea quase constante, tanto na altitude onde a PO2 dos alvéolos pode cair pela metade ou quando mergulhamos a altas profundidades onde a PO2 nos alvéolos pode aumentar cerca de até 10 vezes.
Por exemplo: quando por qualquer que seja motivo a pressão alveolar venha a se elevar até 500 mmHg cerca de 5 vezes o seu valor normal, mas a saturação da Hb nunca pode passar de 100% ou seja apenas 03% de seu valor normal que é 97%, a seguir o fluxo sanguíneo continua e ao passar pelos capilares teciduais perde cerca de 05mm de O2, o que automaticamente reduz a PO2 do capilar para um valor que é apenas alguns mm do valor normal de 40mmHg.
Para o metabolismo celular é necessária apenas à presença de pequena pressão de O2, para que ocorram as reações químicas intracelulares normais, sendo necessário uma PO2 de apenas 1 mmHg para que a PO2 deixe de ser um fator limitante para as reações enzimáticas das células.
Fatores que desviam a curva de dissociação da Oxiemoglobina
Quanto mais CO2 tiver maior será o metabolismo celular e a célula por sua vez necessitara de uma maior quantidade de O2. 
O aumento da temperatura do sangue favorece o desvio para a direita, pois aumenta o transporte de O2 para os músculos durante a atividade. 
Efeito Bohr: desvio para a esquerda, o que atrapalha a dissociação da Hb diminuindo a quantidade de O2 liberado.
TRANSPORTE DE CO2 NO SANGUE:
O CO2 se dissolve bem no sangue, com uma facilidade muito maior que o O2, consequentemente a pressão do CO2 será também bem menor que a do O2.
Já a concentração de CO2 é muito maior que a de O2 (por isso sua concentração é mais importante que a de O2).
As hemácias possuem a enzima anidrase carbônica que catalisa a reação H2O + CO2, que formara acido carbônico que por sua vês se dissociara em íons bicarbonato e H+ (todo este processo ocorre dentro da hemácia).
Na circulação parte de todo CO2 é transportado na forma de bicarbonato dentro da hemácia (maior parte), também na forma liquida no sangue e por ultimo ligado a hemoglobina Hb-CO2 (carboxiemoglobina).
70% na forma de bicarbonato dentro da hemácia.
23% Hb-CO2. 
07% CO2 dissolvido no plasma.
Uma hiperventilação não aumenta a concentração de O2 no sangue, a não ser que se aumente o numero de Hb, pois a uma pressão de 100 mmHg 97% de todo O2 e 
transportado pela hemoglobina.
Acidose deprime o sistema nervoso podendo causar coma. 
Alcalose excita o sistema nervoso podendo causar convulsão. 
Hiperventilação aumenta a excreção de CO2. 
Hipoventilação aumenta a captação de CO2. 
O maior problema não é a falta de O2, mas sim o acumulo de CO2.
Quando o sangue fica ligeiramente ácido, com a queda do pH do valor normal de 7,4 para 7,2 a curva de dissociação de oxigênio-hemoglobina se desloca em média por cerca de 15% para a direita (Efeito Bohr). Por outro lado, o aumento do pH do normal de 7,4 para 7,6 desloca a curva de maneira semelhante para a esquerda.
Deslocam a curva para a direita:
Maior concentração de Dióxido de Carbono (PCO2).
↑ do pH 
↑ da Temperatura corporal 
↑ do 2,3 Bifosfoglicerato (BPG).
O BPG é um composto fosfatídico metabolicamente importante presente no sangue em diferentes concentrações, sobdiferentes condições metabólicas. (Outra explicação: é um produto intermediário formado durante a glicólise anaeróbia, via energética da hemácia).
ESPOMETRIA: VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
Os volumes e as capacidades pulmonares são medidos por meio da Espirometria, que consiste em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões, ou seja, afere as capacidades e volumes pulmonares. O espirômetro é um equipamento composto por uma escala indicadora de volume, uma campânula flutuante, um tanque com água e um bocal. Na espirometria, podem ser medidos 4 volumes (volume corrente, de reserva inspiratório, de reserva expiratório e residual) e 4 capacidades ( capacidades inspiratória, funcional, vital e capacidade pulmonar total).
VOLUMES PULMONARES: São as medidas individuais da quantidade de ar que o indivíduo é capaz de inspirar ou de expirar de acordo com a espirometria.
Volume Corrente (VC=500 ml): Corresponde ao volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo respiratório em condições basais (o ciclo respiratório em repouso). O volume corrente pode ser designado ainda como VT (Tidal Volume).
Volume de Reserva Inspiratória (VRI=3000 ml): É o volume de ar extra que ainda se consegue inspirar depois de já ter inspirado o volume corrente, não o incluindo então.
Volume de Reserva Expiratória (VRE=1100 ml): Volume de ar que, por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser exalado no final a expiração do volume corrente normal.
Volume Residual (VR=1200 ml): Volume do ar que permanece nos pulmões mesmo no final da mais vigorosa das expirações (mesmo assim é constantemente renovado). Não pode ser demonstrado no gráfico da espirometria uma vez que o espirograma só demonstra volumes inspirados ou expirados. Caso fosse registrado, estaria abaixo da reserva expiratória.
CAPACIDADES PULMONARES: São as somas de dois ou mais volumes pulmonares.
Capacidade Inspiratória (CI= VC+VRI =3500 ml): É a quantidade de ar que um indivíduo pode inspirar, partindo do nível expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões.
Capacidade Residual Funcional ( CRF= VRE+VR =2300ml): Consiste em uma quantidade de ar que, em condições normais, permanece nos pulmões ao final da expiração normal. Não pode ser calculada por espirometria.
Capacidade Vital (CV= VRI+VC+VRE =4600 ml): É a amplitude total de uma inspiração máxima e uma expiração máxima, passando pelo volume corrente (incluindo-o). Consiste, portanto, na maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após tê-los enchido ao máximo e, em seguida, expirado completamente.
Capacidade Pulmonar Total (CPT=VC+VRI+VRE+VR= 5800 ml ou CPT=CV+VR): Representa o somatório de todos os volumes pulmonares, ou seja, todo o volume de ar existente no pulmão. Não pode ser medida na expirometria por ter volume residual como um de seus componentes.
Volume Respiratório Minuto (VRM): Corresponde à quantidade total de ar que se movimenta pelas vias respiratórias a cada minuto.
VRM=

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