Buscar

Aula 1 - Inovação tecnológica - Stent com rapamicina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Equipe Serviços Infraestrutura Links especializados Dicionário Busca Artigos Intranet
Stent com Rapamicina
Uma grande inovação no tratamento não cirúrgico dos vasos
que nutrem o coração
O stent revestido permite a liberação de Rapamicina. É uma
terapia intervencionista totalmente inovadora que previne a
reestenose tardia no local de liberação do stent
O stent revestido (fig. 3) e que permite a liberação de Rapamicina, é uma terapia
intervencionista totalmente inovadora, e foi especialmente desenhado para prevenir a
reestenose tardia no local de liberação do stent.
A Rapamicina (também conhecida como Sirolimus ou Rapamune) foi isolada pela
primeira vez em 1975, na Ilha de Páscoa, num microorganismo do solo, o Streptomyces
higroscopicus. O composto levou o nome de Rapamicina, em homenagem à Rapa Nui,
nome nativo da Ilha de Páscoa.
A substância obtida, além de sua atividade antibiótica e antifúngica, também possui
potente propriedade antiproliferativa, imunossupressora e comprovadamente inibidora do
ciclo de proliferação celular.
Fig. 3 - Representação esquemática seqüencial de angioplastia com implantede Stent
revestido com Sirolimus (Rapamicina).
Fig.3A - Pré-dilatação da lesão com Balão
Hemodinâmica - Hosp. Santa Lúcia http://www.hemodinamica.com.br/artigo02.htm
1 de 5 05/02/2015 10:13
Fig.3B - Posicionamento do Stent revestido
Fig.3C - Expansão do Stent pelo balão
Fig.3D - Stent com Rapamicina liberado
Implante de Stent com Rapamicina no Hospital Santa
Lúcia
O implante do stent, revestido com Rapamicina, começou a ser feito a partir de junho de
2002 no Hospital Santa Lúcia. Desde então, foram implantados 20 Stent Cypher, com
total sucesso, em diversas artérias coronárias.
Nas figuras 4 e 5, temos dois exemplos da nossa casuística. No primeiro caso, o stent
foi colocado no terço médio da artéria coronária descendente anterior. Já no segundo
exemplo, a intervenção foi realizada no terço distal da artéria coronária direita.
Hemodinâmica - Hosp. Santa Lúcia http://www.hemodinamica.com.br/artigo02.htm
2 de 5 05/02/2015 10:13
 
Fig. 4 - Angioplastia com Implante de Stent Cypher, revestido com Rapamicina, no terço
médio da Artéria Coronária Descendente Anterior.
 
Fig. 5 - Angioplastia com Implante de Stent Cypher, revestido com Rapamicina,no terço
distal da Artéria Coronária Direita
HISTÓRICO
O procedimento evoluiu
O coração é composto por agrupamento de músculos especiais responsáveis pela
contração cardíaca e consequente movimentação do sangue através de todo o corpo. A
nutrição do músculo cardíaco é mantida por uma rede de vasos chamada artérias
coronárias. A obstrução (ou estenose) desses vasos determina quadros clínicos
complexos chamados de doença coronária obstrutiva, síndrome coronária, insuficiência
coronária ou síndrome isquêmica.
A obstrução dos vasos se dá pela formação de placas com oclusão total ou parcial dos
mesmos, de grau e extensão variáveis e de modo temporário ou definitivo. O
crescimento da placa, reduzindo a luz coronária, é lento e gradual na maioria das vezes,
com apresentação clínica estável. A instabilidade da placa por fissura ou ruptura,
associada a diversos graus de trombose local, configura casos de insuficiência coronária
instável e, num estágio mais avançado, o infarto agudo do miocárdio.
Estatística
Estatística divulgada pela Associação Americana do Coração, para o ano de 1999,
revela que a doença coronária obstrutiva, representada pela angina de peito e infarto
agudo do miocárdio, foi responsável por aproximadamente 530 mil óbitos, só nos
Hemodinâmica - Hosp. Santa Lúcia http://www.hemodinamica.com.br/artigo02.htm
3 de 5 05/02/2015 10:13
Estados Unidos. Isto significa que, para cada cinco mortes registradas, uma decorreu
de evento coronário agudo.
Para diminuir a incidência dessa doença, os pesquisadores do mundo inteiro continuam
dando ênfase à abordagem preventiva através da informação educativa à população. Já
o tratamento medicinal - que pode ser clínico, intervencionista ou cirúrgico - visa à
diminuição das complicações, da mortalidade e, principalmente, melhorar a qualidade de
vida do paciente.
A era do Balão
A Angioplastia Coronária é um tratamento intervencionista não cirúrgico e consiste na
dilatação, com balão, de placas responsáveis pela manifestação clínica da insuficiência
coronária. O balão, inicialmente, é introduzido através de uma artéria periférica e
posicionado no local da lesão, onde é insuflado para dilata-la, e retirado logo a seguir.
A primeira angioplastia percutânea com balão foi realizada pelo Dr. Andréas Gruentzig,
em 16 de setembro de 1977, em Zurich, revolucionando a abordagem das lesões
obstrutivas coronarianas e constituindo-se a partir deste momento numa alternativa ao
tratamento clínico e cirúrgico dos pacientes.
A angioplastia com balão (fig. 1) mostrou-se um tratamento promissor na época,
embora apresentasse índices elevados de oclusão aguda do vaso tratado. E também a
chamada reestenose tardia: aproximadamente 50% das artérias com lesão voltavam a
se obstruir, cerca de seis meses depois.
Fig. 1 - Dilatação da Lesão Coronária com Balão..
A era do Stent
Em 1987, foi descrito pela primeira vez o uso de stents em seres humanos. O stent
consiste em uma micro-malha metálica que envolve o balão, e que é liberado
definitivamente com a insuflação do mesmo no local da obstrução coronária (fig. 2).
Hemodinâmica - Hosp. Santa Lúcia http://www.hemodinamica.com.br/artigo02.htm
4 de 5 05/02/2015 10:13
Fig. 2 - Angioplastia com liberação do stent na lesão.
A utilização do stent determinou a drástica diminuição dos fenômenos oclusivos agudos
e da reestenose (reobstrução) tardia do vaso tratado, que caiu para percentuais de 25 a
30%, após seis meses do implante da prótese.
No entanto, a novidade do stent, trouxe também uma complicação denominada
trombose sub-aguda, que aparecia no local do implante, em até 30 dias. Esse problema
foi sanado com alguns procedimentos básicos, dentre eles o ajuste otimizado da
endo-prótese, a utilização de drogas antiadesivas plaquetárias, como o AAS e derivados
da Ticlopidina (Clopidogrel), e mais recentemente o abciximab, com potente efeito sobre
o mecanismo plaquetário.
Estudos clínicos
O stent revestido, conhecido comercialmente como Cypher, tem sido foco de vários
estudos clínicos, já concluídos, realizados no mundo inteiro e também em nosso País.
Eles revelam o índice quase nulo, de reestenose tardia.
• O estudo FIM, feito com 45 pacientes de dois centros de Cardiologia, um em São
Paulo e outro em Roterdã, mostrou o seguinte resultado para o grupo tratado em São
Paulo: em 24 meses, 0% (zero) de reestenose tardia, tanto no grupo de liberação
rápida como na lenta. (A liberação rápida ou lenta depende do tempo em que a
substância Rapamicina, vai sendo liberada para a parede do vaso, 15 ou 30 dias).
• O estudo RAVEL, feito com 238 pacientes de 19 centros, mostrou o seguinte resultado
em 24 meses: 0% (zero) de reestenose no grupo que recebeu stent revestido com
Rapamicina.
• O estudo SIRIUS (Estados Unidos), com 1100 pacientes de 53 centros, com o
seguinte resultado: 400 pacientes estudados após 24 meses: 2% de reestenose intra-
stent; 7,2% de reestenose de borda de stent; 700 pacientes restantes com 9 meses de
acompanhamento e ainda não concluído.
• O estudo E-SIRIUS (Europa), com 350 pacientes de 35 centros, com o seguinte
resultado: 0% de reestenose após 8 meses, em agosto de 2002
• O estudo C-SIRIUS (Canadá), com 100 pacientes de 8 centros com o seguinte
resultado: 0% de reestenose após 8 meses, em outubro de 2002.
________________________
Dr. Francisco A. Cruz, autor dessa página, é responsável pelo Serviço de Hemodinâmica
e Cardiologia Intervencionista do Hospital Santa Lúcia
Equipe:
Dr. José Carlos Mendonça Mendes
Dr. Paulo Antônio Marra da Motta
Dr. Vicente Paulo da Motta
Hemodinâmica- Hosp. Santa Lúcia http://www.hemodinamica.com.br/artigo02.htm
5 de 5 05/02/2015 10:13

Continue navegando