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Aleitamento materno- debs parte 2

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Aleitamento materno- parte 2
Lembrar sempre que o leite é espécie-específico, cada espécie tem o leite correto para a velocidade de crescimento do seu filhote.
Nos primeiros dias de vida o RN tem 80% do seu peso representado pela água, por isso o leite anterior é tai rico em água e tão importante também. Em uma mamada o bebe vai receber no primeiro terço um leite rico em água, e nos últimos 2/3 um leite rico em gordura.
Principais componentes imunológicos do leite materno:
-IgA secretora: recobre e impermeabiliza as mucosas (digestivas, respiratória, urinária).
-Lactoferrina ação bacteriostática, retira o ferro necessário para a sobrevida dos agentes infecciosos, tira da circulação para impedir a invasão de agentes.
-Lisozima: ação bactericida, age na lise da parede celular das bactéria- E. colli e algumas cepas da Salmonella).
-Mucinas: se liga ao microorganismo impedindo sua ligação a mucosa intestinal.
-Macrófagos: fagocitose- engloba a bactéria.
-Fator bífido: Lactobacilos- ácidos orgânicos que reduzem o pH.
Espécie-específico: alguns fatores do leite da vaca poderiam ser aproveitados, no entanto, são destruídos pela pasteurização, armazenagem e /ou pela fervura do leite.
O leite materno mesmo pasteurizado mantém os fatores que o bebe precisa.
Vantagens maternas:
-Diminui risco de hemorragia pós-parto
-Fortalece o vínculo mãe e filho
-Diminui a incidência de depressão pós-parto
-Produção
-Armazenamento/Segurança
-Praticidade
-Custo
-Reduz a osteoporose
-Reduz a incidência do CA de ovário de mama.
Vantagens para o bebe:
-Diminui incidência de morte súbita
-Diminui risco de otite, infecção urinaria e atopias
-Aumenta capacidade de combater doenças
-Diminui problemas ortodônticos
-Menores problemas fonoaudiológicos 
-Melhor desenvolvimento psicomotor, emocional e social
-Menor risco de diabetes, obesidade, HAS, doenças cardiovasculares e dislipidemias na vida adulta. (artigos)
Segundo o MS 9,7% dos bebes encontravam-se em AM até 5/6 meses de vida no ano de 1999 e a duração do AME era de 23 dias. Ver gráfico de levantamento do pais e de Araguari, os resultados esperados de AM estão insatisfatório nos dois levantamentos (slide).
Em 1990 na Itália criou-se a Declaração do Innocenti, foi um incentivo global a favor do aleitamento materno. Ainda nessa declaração criaram os dez passos para o sucesso do aleitamento materno.
Dez passos para promoção do aleitamento materno:
Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço.
Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar esta norma. (difícil porque sempre muda a equipe, tem que sempre dar algum curso)
Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação.
Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto. (se falava antes meia hora, hoje se fala dentro da primeira hora de vida)
Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.
Não dar a RNs nenhum outro alimento ou bebida alem do leite materno, a não ser que tenha indicação clinica.
Praticar o alojamento conjunto permitindo que mães e bebes permaneçam juntos 24h/dia. (o bebe não pode ficar mais de uma hora longe da mãe durante o dia, no máximo uma hora).
Encorajar a amamentação sob livre demanda.
Não dar bicos artificiais ou chupetas as crianças amamentadas.
Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio a amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.
Orientar a mãe a AME até os 6 meses e depois complementar até os 2 anos com outros alimentos.
LM no segundo ano de vida X necessidades diárias:
-95% vitamina C
-45% vitamina A
-38% de proteínas (pela pobreza e falta de condição o bebe não consome o tanto que precisa de proteína por não comer a quantidade de carne necessária). 
-31% do total de energia
Além do efeito anti-infeccioso mantido.
Contra indicações formais:
-Mãe HIV + mesmo que em tratamento, essa mãe no nosso país não oferece LM para seu filho, pois há um acréscimo de 7 a 22% na chance de exposição a esse vírus quando essa mãe oferece LM. Nas literaturas falam-se de 8 a 24%.
-Mãe HTLV +, o HTLV é um vírus relacionado com o linfoma, e quando essa mãe tem esse vírus o aleitamento também é contra-indicado.
-Mãe gravemente enferma, é uma mãe que está hospitalizada ou na UTI, ou uma mãe que tem uma doença muito grave não tem condições.
Contra indicações temporariamente : (maioria virais)
-Mãe CMV+, risco alto de 40% em especial em uma infecção aguda por CMV, com uma mãe que teve um filho prematuro ou um filho imunodeficiente, só oferece leite pasteurizado. (não tem tratamento para citomegalo).
-Herpes simples e herpes zoster (só é contra-indicado quando há lesões na mama, oferece leite pasteurizado para o bebe).
-Hepatite C: não existe nada ainda na literatura que comprove o percentual de risco de transmissão pelo LM ou que comprove algum caso de transmissão pelo LM, mas por ser um quadro viral as lesões mamilares também vão contra-indicar (lesões sangrantes).
-Hepatite B: a lesão sangrante também irá preocupar, mas pelo fato de ter vacina e imunoglobulina que vai se fazer logo após o nascimento (nas primeiras 12 horas de vida) o risco desaparece, se isso não acontecer, a mãe for + e tiver uma lesão sangrante na mama, vai contra-indicar.
-Hanseníase: até o tempo de tratamento adequado. No caso da Rifampicina são 3 semanas que a mãe teria que pasteurizar esse leite e Dapsona 3 meses (ou seja, não irá amamentar).
-Doença de Chagas: apenas o sangramento mamilar na infecção aguda.
-Sífilis: imediatamente após o diagnostico de sífilis da mãe trata a mesma, por isso muitas vezes não se contra-indicação, porque se tratar poderá amamentar, e hoje se faz isso logo após o diagnostico.
-Tuberculose: essa mãe irá amamentar de máscara o filho, e ficar o mínimo possível com esse bebe no colo, só pega para amamentar, e faz a quimioprofilaxia do bebe com isoniazida, tomar todos os dias 10 mg por quilo por 3 meses, e logo após os três meses faz os exames no bebe pra saber se o bebe teve contato ou não com o bacilos, se der negativo suspende a medicação e vacina com a BCG. A preocupação do contato do filho com a mãe é até as 3 semanas de tratamento da mãe, depois a mãe para de transmitir e pode ficar mais a vontade com o bebe. No entanto o bebe ficará até 3 meses tomando a isoniazida.
Todas precisa tratar a mãe.
Condições maternas:
-Mãe em quimioterapia ou radioterapia pois eliminam substancias radioativas.
-Mãe com exposição ocupacional e/ou ambiental a metais pesados com níveis superiores aos aceitáveis.
-Mãe em uso de: anfetaminas/andrógenos/anticoncepcional em altas doses/cloranfenicol/tetraciclina/metronidazol EV/etc.

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