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Teor de Ácido Acético em Vinagre Comercial

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UFG – Universidade Federal de Goiás 
IQ – Instituto de Química 
 
 
 
Disciplina: Química Analítica Experimental 
Docente: Maria Inês Gonçalves Leles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teor de Ácido Acético em Vinagre Comercial 
 
Discente: Isaac Santana Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia, 22 de maio de 2019. 
I. Introdução 
Com a função de atribuir e realçar sabor e aroma aos alimentos, o vinagre é composto de uma solução de ácido 
acético diluído proveniente de um processo duplo (fermentação/alcoólica – acética) a partir de amidos e açucares pre-
sentes em frutas, tubérculos, cereais, vegetais, mel e vinho. No Brasil, os mais comercializados são os de vinho tinto, 
arroz, álcool e maçã. 
O ácido acético é um ácido fraco, cuja constante de ionização é 1,75 x10-5 em água. Possui caráter bactericida 
e por isso usado na indústria alimentícia como conservante e na higienização de vegetais e utensílios da cozinha. O 
vinagre deve apresentar teor entre 4% e 6% (m/v) de ácido acético segundo a legislação brasileira. 
 
II. Procedimento Experimental 
Usando solução padronizada de NaOH 0,142 MolL-1 faz-se a titulometria de neutralização com o vinagre de 
maçã de marca Montêz produzido e engarrafado pela Sociedade Florense de Bebidas Ltda em Flores da Cunha – RS 
– Brasil, teor informado no rotulo de 4,1% (m/v), lote L034, com data de fabricação e validade respectivamente 
19/02/2019 e 19/02/2021. 
Da embalagem do vinagre acima especificado transfere-se alíquota de 20 mL para balão de fundo chato de 
100 mL e aferiu-se o menisco diluindo-se o vinagre comercial para 20% e deste retirou-se duas alíquotas de 20 mL para 
a titulometria com fenolftaleína indicador conforme o esquema abaixo. Tais alíquotas foram estimadas para uso de 80% 
do volume de uma bureta de 25 mL. 
 
Figura 1 - Esquema da titulometria de neutralização de CH3COOH com NaOH 
III. Resultados e Discussões 
Sabendo que 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) +𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇋ 𝐶𝐻3𝐶𝑂𝑂𝑁𝑎(𝑎𝑞) +𝐻2𝑂(𝑙) é 1:1, o número de mols expresso em 
termos de volume gasto de NaOH da bureta corresponde ao numero de mols consumido de ácido acético. Assim para 
os volumes V1= 19,7 mL e V2=19,9 mL tem-se: 
V1 = 19,7 mL 
0,142 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 1000 𝑚𝐿
𝑛 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 19,7 𝑚𝐿
⟹ 𝑛 = 2,7974 𝑥10−3 𝑚𝑜𝑙 de NaOH consumido pelo vinagre 20%, e pela massa molar: 
1 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 60,04 𝑔
2,7974 𝑥10−3 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 𝑚1 𝑔
⟹ 𝑚1 = 0,16796 𝑔 de NaOH. Para a alíquota pré-diluição: 
𝑚1 = 0,16796 𝑔 ⟶ 20 𝑚𝐿
𝑚2 𝑔 ⟶ 100 𝑚𝐿
⟹ 𝑚2 = 0,83978 𝑔 de Ácido acético na amostra do vinagre Montêz. Para seu teor: 
20 𝑚𝐿 ⟶ 0,83978 𝑔
100 𝑚𝐿 ⟶ 𝑇1 %
⟹ 𝑇1 = 4,19% (m/v). 
V2 = 19,9 mL 
0,142 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 1000 𝑚𝐿
𝑛 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 19,9 𝑚𝐿
⟹ 𝑛 = 2,8258 𝑥10−3 𝑚𝑜𝑙 de NaOH consumido pelo vinagre 20%, e pela massa molar: 
1 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 60,04 𝑔
2,8258 𝑥10−3 𝑚𝑜𝑙 ⟶ 𝑚1 𝑔
⟹ 𝑚1 = 0,16966 𝑔 de NaOH. Para a alíquota pré-diluição: 
𝑚1 = 0,16966 𝑔 ⟶ 20 𝑚𝐿
𝑚2 𝑔 ⟶ 100 𝑚𝐿
⟹ 𝑚2 = 0,84305 𝑔 de Ácido acético na amostra do vinagre Montêz. Para seu teor: 
20 𝑚𝐿 ⟶ 0,84305 𝑔
100 𝑚𝐿 ⟶ 𝑇2 %
⟹ 𝑇2 = 4,24% (m/v). 
Os dados e cálculos até aqui demonstrados são referentes ao grupo 8, para os demais grupos faz-se a seguinte 
tabela: 
Tabela 1 - Dados experimentais de volume e titulo para os 8 grupos. Tabela 2 – Tratamento estatístico via software Excel. 
Grupos V1 (mL) T1 (%) V2 (mL) T2 (%) Desvio padrão Sx
1 19,50 4,15 19,50 4,15 = 19,6250 0,2113449
2 19,60 4,17 19,70 4,20 = 4,1797 0,048113364
3 20,00 4,26 19,80 4,24
4 19,40 4,13 19,20 4,09 Erro Relativo
5 19,50 4,15 19,40 4,125
6 19,50 4,15 19,70 4,19
7 19,80 4,22 19,80 4,22 T= (4,179 ± 0,04)% (m/v)
8 19,70 4,19 19,90 4,24
Médias
 =
 − 
 
 100 = 
 ,1 − ,1 
 ,1 
 100 = 1,94%
 
𝑇 
 
 
 
IV. Conclusão 
Com Teor (T) de ácido acético estando acima do mínimo requerido pela legislação brasileira e estando de 
acordo com o rotulo da embalagem (T0) o lote L034 do vinagre Montêz de validade 19/02/2021 após volumetria com 
16 amostras em 8 grupos está aprovado para comercialização e consumo humano. 
T= (4,179 ± 0,04) % (m/v) 
O erro positivo de 1,94% acredita-se estar distribuído entre os erros individuais de cada equipe e de aferição/ 
imprecisão de suas vidrarias sendo o mesmo insignificante se comparado ao volume total de vinagre analisado. 
 
V. Referências bibliográficas 
[1] Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instrução Normativa número 6, de 03 de abril de 
2012. Instrução Normativa MAPA, n.6, 2012. Disponível em: <http://www.anav.com.br/legislacao.php?id=29>. 
Acesso em: 16 de maio de 2019. 
[2] BACCAN, N., ANDRADE, J. C., GODINHO, O. E. S., BARONE, J. S. Química analítica quantitativa elemen-
tar. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2001, 245p. 
[3] VOGEL, A. I., et al. Análise química quantitativa. 6. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002, 462p 
[4] Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Sistema de Produção de Vinagre. Disponível em: 
<https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Vinagre/SistemaProducaoVinagre/legislacao.htm>. 
Acesso em 19 de maio de 2019.

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