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Thaynara Cabreira - 003 COLOSTOMIA A ostomia consiste na abertura de uma nova “boca” – cria-se uma comunicação entre o órgão interno e o exterior (pele), geralmente com intuito de eliminar dejetos do organismo. A nova abertura que se cria com o exterior chama-se OSTOMA. Algumas ostomias comumente faladas são traqueostomia, nefrostomia e colostomia. Ao se referir ao aparelho digestivo, a ostomia é chamada de digestiva e elimina-se fezes para o exterior. A diversas razões para se criar uma ostomia como perfurações acidentais, câncer no reto, no intestino grosso. INTRODUÇÃO Colostomia e ileostomia são procedimentos cirúrgicos destinados a promover desvio do trânsito fecal mediante construção de um ânus artificial na parede do abdome para permitir eliminação de gases e fezes para meio externo. ILEOSTOMIA – abertura do intestino delgado distal. COLOSTOMIA – abertura do cólon A matéria fecal é eliminada pelo ESTOMA Obs.: A palavra ostomia deriva do grefo “stomoum” que signivica justamente criação de uma boca/abertura. Indicações: obstrução intestinal, câncer de intestino, traumatismos, doenças inflamatórias, etc. Obs.: o desvio é feito antes do local lesado. Por exemplo, numa perfuração abdominal com perfuração do intestino grosso – colo descendente, realiza-se ostomia num ponto anterior – ou no colo descendente acima da lesão ou no transverso, geralmente. Obs2.: As colostomias geralmente são realizadas do LADO ESQUERDO enquanto as ileostomias são realizadas do LADO DIREITO. Pensando nisso, como seria uma ostomia no colo ascendente, visto que esse se encontra no lado direito do abdome? Geralmente não é Thaynara Cabreira - 003 realizado, quando lesão é logo no início do colo, ostomia às vezes é feita ainda na porção de intestino delgado. NÃO É REGRA, APENAS MAIS COMUM. CLASSIFICAÇÃO DAS COLOSTOMIAS - Temporárias e Permanentes: como o nome já diz, baseia-se se será feito ou não uma reconstrução de trânsito. - Colostomia ascendente – abre-se a nova boca no cólon ascendente. Nesse local as fezes ainda são líquidas. Obs.: lembrar que é no intestino grosso que há absorção de água e formação das fezes. O cólon ascendente é logo no início desse intestino, assim a absorção de água foi pouca e as fezes são líquidas. - Colostomia transversa: o estoma está localizado no cólon transverso. As fezes são semi- líquidas. - Colostomia descendente: o estoma está no cólon descendente. Fezes já formadas. - Colostomia sigmoide – o estoma está a nível de cólon sigmoide, sendo fezes firmes e sólidas. ILEOSTOMIA Volume de drenagem dos efluentes: está relacionado com alimentos ingeridos (500 a 800 mL/dia). Nesse ponto gases e cheiros são reduzidos. Características das fezes: líquidas/semi-líquidas, de cor castanho esverdeadas. Elimina grande quantidade de eletrólitos e enzimas devido a diminuição de absorção pelo trato digestivo (os eletrólitos e água, principalmente, seriam absorvidos a nível de intestino grosso e não está tendo a passagem por esse local). O pH é muito alcalino – CORROSIVO (lembrar que a nível de duodeno pela secreção pancreática há liberação de bicarbonato que alcaliniza o quilo a fim de melhorar atuação enzimática da região) COLOSTOMIAS Thaynara Cabreira - 003 Especificidade x Localização COLOSTOMIA ASCENDENTE O estoma é realizado na alça ASCENDENTE, do lado DIREITO do abdome. As fezes têm consistência líquida ou semi-líquida e são muito irritantes. COLOSTOMIA TRANSVERSA – TRANSVERSOSTOMIA O estoma é feito na alça do transverso, no lado esquerdo ou direito do abdome. As fezes apresentam consistência pastosa, sendo pouco irritantes. COLOSTOMIA DESCENDENTE O estoma é realizado na alça descendente, no lado esquerdo do abdome. As fezes têm consistência semi-sólida, NÃO SÃO IRRITANTES. QUANDO INDICAR? Muitas vezes é uma decisão difícil e deve ter um diálogo entre a EQUIPE INTERDISCIPLINAR, a FAMÍLIA e o PACIENTE. Obs.: Deve-se lembrar que a ostomia envolve não apenas uma mudança física. Deve-se lembrar que o emocional do paciente deve ser trabalhado, sendo a equipe interdisciplinar essencial. Ele não possui mais controle de uma necessidade básica do seu organismo, não consegue controlar as fezes, flatulências, tem uma bolsa que fica no seu corpo e que pode gerar constrangimento. É essencial um trabalho com psicólogo. Ademais, o nutricionista também é de extrema importância para adequar a sua dieta a essa nova realidade. ABORDAGEM TERAPÊUTICA - Câncer colorretal Thaynara Cabreira - 003 - Doença diverticular - Doença inflamatória intestinal - Incontinência anal - Colite isquêmica - Trauma - Infecções perineais graves - Doenças congênitas O PROCESSO DE CUIDAR - O CUIDADO é demonstrado e praticado de modo interpessoal - O CUIDADO consiste de fatores que resultam na satisfação de certas necessidades humanas - O CUIDADO eficaz promove o crescimento individual e familiar. Os RESULTADOS do cuidado aceitam uma pessoa como ela é, assim como ela virá a ser - O MEIO AMBIENTE do cuidado promove desenvolvimento do potencial da pessoa, ao mesmo tempo que permite escolher a melhor ação par si em um tempo dado - O cuidado enfoca mais SÁUDE do que CURA - A prática do CUIDAR é fundamental à enfermagem Envolve: período pré-operatório, período trans-operatório e pós-operatório. PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO Momento da indicação da cirurgia até a entrada no centro cirúrgico. Plano de orientação com base em sua INDIVIDUALIDADE. Abordagem: FÍSICA, PSICOLÓGICA E SOCIAL Objetivo: preparar física e emocionalmente Identificar fatores desfaforáveis Reintegração social DEVE-SE preparar o paciente para o AUTOCUIDADO. Obs.: lembrar que quando a ostomia envolve duodeno e íleo é muito corrosivo e pode causar infecção com facilidade. - CONHECIMENTO DO INDÍVIO ACERCA DO DIAGNÓSTICO Thaynara Cabreira - 003 - Antecedentes familiares - Medicamentos - Atividades sociais - Estado emocional - Padrão cultural - Escolaridade - Estado nutricional - Habilidades psicomotoras - Condição da pele Nesse período realiza-se ainda 1- Teste de SENSIBILIDADE 2- Preparo COLÔNICO 3- Demarcação – é essencial observar área lesada e analisar possíveis locais de desvios, procurando realizar a melhor alternativa para paciente. DEMARCAÇÃO A demarcação é a determinação ou delimitação dos limites por meio de marcas com intuito de favorecer durante ato cirúrgico a confecção adequada do estoma para que permita uma adaptação adequada dos dispositivos. Geralmente é realizada 4 a 5 centímetros da cicatriz umbilical e outras (rebordo costal, crista ilíaca, linhas da cintura). Fácil visualização Deve-se pensar o TIPO DE ESTOMA Músculo retoabdominal Espaço para aderência do dispositivo (bolsa) Avaliar todas as posições a fim de garantir melhor qualidade de vida ao paciente. Thaynara Cabreira - 003 Deve-se realizar avaliação de um todo a fim de definir onde será feito o procedimento. Respeita-se o local da lesão a fim de facilitar o desvio. Obs.: parte onde será colocada a colostomia e ileostomia. ÍLIO GERALMENTE ABRE A NOVA BOCA PARA LADO DIREITO E COLOSTOMIA GERALMENTE É DO LADO ESQUERDO. Obs.: é essencial conhecer o dispositivo e apresenta-lo ao paciente visto que esse fará parte de sua nova realidade. PERÍODO TRANSOPERATÓRIO Visita pré-operatória aumenta CONFIABILIDADE DO PACIENTE Deve-se obterinformações acerca do paciente e do sistema coletor apropriado para instalação no transoperatório Acompanhar o cirurgião na exteriorização do estoma e evolução da cirurgia PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO Atendimento as necessidades biológicas e psicossociais do ostomizado. Deve ser precoce, sistematizada e INDIVIDUALIZADA 1- Ajudar a desenvolver o AUTOCUIDADO/treinar um cuidador; 2- Oferecer suporte emocional por meio de uma equipe multidisciplinar 3- Prevenir/detectar complicações ostomais e periostomais 4- Proporcionar reabilitação 5- Consulta ambulatorial após 15 dias de alta 6- Encaminhar para polo de distribuição 7- Acompanhar evolução da doença Obs.: pode ter obstrução abdominal por não efluência das fezes. É treinado para realizar troca em casa, mas deve ter setor de ostomia no município. Os ostomizados são cadastrados, aparecem lá e há controle – se o paciente não aparecer, não for buscar bolsas, deve procura-lo a fim de conhecer sua situação. CARACTERÍSTICAS DO ESTOMA SAUDÁVEL - Coloração vermelho vivo - Protrui ou encontra-se no mesmo plano da pele Thaynara Cabreira - 003 - Mucosa úmida - Indolor à palpação - Localização adequado - Funcionante – eliminação normal das fezes Obs.: Não é possível realizar sutura de uma perfuração intestinal, por exemplo, porque causaria infecção visto que o conteúdo da luz intestinal é altamente infeccioso – fezes. Na reconstrução de trânsito, como consegue reconectar e não ter infecção? Faz conexão protegendo local – usa uma espécie de película onde se faz a junção não permitindo contato com fezes. MEDICAMENTOS CAVILON O cavilon spray 28 mL é uma barreira com solução de secagem rápida que, aplicada na pele, forma uma película protetora indolor, transparente, durável, resistente a água, mas permeável ao ar (permite transpiração da pele). Não possui álcool, portanto não provoca ardor ao ser aplicado em regiões já hiperemiadas e lesas. Barreira que oferece total proteção contra irritações de pele decorrentes de incontinência urinária e fecal, e danos causados pelos adesivos e curativos repetitivo. RESUMINDO: o cavilon permite proteção da pele por criar película protetora que impede contato direto das fezes com tecido. PASTA DE BARREIRA PROTETORA DE PELE - Adapt Pasta barreira protetora de pele para estomia hollister 14 gramas - Hidrocoloides em pasta em bisnaga de 14 gramas - São usadas para promover nivelamento e preencher irregularidades da pele em volta dos estomas ou fístulas. Permite moldar com facilidade, ajudando preencher espaços e impedindo vazamento. Usa-se muito quando estoma não é redondo – faz desenho para facilitar instalação da bolsa. É um preenchimento que protege – NÃO DEIXA EXTRAVASSAR FEZES EM ABERTURAS IRREGULARES E AJUDA ADESÃO DA BOLSA. PÓ PARA ESTOMIA BRAVA COLOPLAST Thaynara Cabreira - 003 É destinado a pacientes estomizados, nos casos em que há maceração da pele periestoma ou dermatite irritativa de contato. A pele macerada/irritada precisa de tempo para cicatrizar e é importante que esteja seca por baixo do adesivo da placa de fixação da bolsa de estomia, a fim de evitar macerações posteriores ou deslocamento do adesivo. O produto é composto por: carboximeltilcelulose sódica, goga guar e goma xantina. Apresenta excelente capacidade de absorção (absorvendo exsudatos e secreções), além de manter seca a pele periestema, reduzindo irritação. Pó para estomia usa para tratar caso esteja com alguma lesão derivada da colostomia, como queimadura de pele e assadura.
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